Supernatural escrita por BrownSugar


Capítulo 9
"Apenas um sonho"


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo e o próximo foram baseados no episódio da segunda temporada de Supernatural, a série da warner. Espero que gostem :)



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***

Eu acordei com um grito agudo saindo da televisão. Passava um filme antigo de terror na tv. Uma mulher correndo, tentando fugir de uma besta. Tive que limpar o suor da testa. Aquele sonho bizarro me fez acordar ofegando. Olhei em volta e... Voltei ao meu mundo! A mulher dos meus sonhos recostada em mim. Me levantei da cama e andei até a sala pra me desfazer da sensação horrorosa que o pesadelo deixou. Olhei em cima da mesa e afinal estava tudo certo! Lá estavam as chaves do Impala e varias correspondências endereçadas à Dean Winchester, Lawerence, Kansas.

— Te acordei, meu bem? – Carmem havia se levantado da cama e agora estava de pé ao meu lado.

Ela balançou a cabeça positivamente – Teve um sonho ruim, amor?

— Ruim não. Estranho...

— Me conta – disse ela se sentando no sofá e me puxando pra si

— Não lembro bem – disse honestamente – eu caçava monstros com Sam...

— Mas vocês mal se falam! – ela riu

— Eu disse que era estranho! E havia duas garotas. Uma delas era exatamente como você e ao mesmo tempo não era você... Tinha um outro nome... não consifo lembrar! Enfim, eu era doido por ela, - disse puxando minha mulher pro meu colo e lhe dando um beijo. – E o Sam namorava sua irmã, uma ruiva magrela. Vocês moravam comigo e o Sam e...

— Mas a Jessica é loira e super bochechuda! Vamos voltar a dormir, querido – disse ela enroscando os braços ao redor de mim.

Nota: Jessica é a noiva de Sam que foi assassinada pelo demônio do olho amarelo, no primeiro ep da série original.

Dei uma boa olhada ao redor nas fotos que estavam em estantes por toda a sala uma delas era a da formatura de Sam onde estavam ele Jessica, papai e mamãe. “Dean, está tudo bem!” Me levantei e carreguei Carmem de volta para o quarto coloquei ela na cama e deitei ao seu lado.

— Amanhã vou cedo pra casa da minha mãe para ajudá-la. Afinal é aniversario dela!

Como prometido, às seis da manha estava de pé na frente da casa da minha mãe.

— Bom dia dona Mary! – disse dando um abraço nela. – estava com saudades.

— Ah meu filho você não sabe como é bom ter você aqui! – disse minha mãe passando as mãos no meu rosto.

Nos abraçamos e entramos assim na casa.

— O que a madame quer que este seu servo faça? Posso cortar a grama pra senhora.

— Cortar a grama, Dean? – perguntou sorrindo

Peguei o cortador de grama e fui para o jardim com uma garrafa de cerveja na mão. Quando acabei, me sentei nas escadas de frente pra rua e fiquei observando à calçada inexplicavelmente feliz como se um dia eu tivesse sonhado com tudo aquilo, e agora tivesse tornado real.

Um carro azul estacionou na frente da cerca branca da casa e logo Sam saiu de dentro dele com um casaco esportivo cinza e Jessica saiu pela porta do carona, ela estava usando um vestido branco extremamente sexy. Sammy escolheu bem aquela garota. Exceto pelas bochechas. Os dois vieram abraçados até mim. Sabia que desde a morte do pai nós não nos falávamos, mas me veio, quando vi meu irmão, uma súbita vontade de abraçá-lo. E assim fiz.

— Sammy! Jess! Que saudade

— Oi Dean – disse Jess que sorria, claramente, sem entender muito bem

— Oi

Sam guardava muito rancor de mim, mas pareceu feliz por aquele momento de trégua e correspondeu o abraço. Entramos na casa e fomos nos sentar ao lado de nossa mãe que estava no sofá olhando fotos de quando eu e Sam éramos pequenos. Mais tarde Carmem também chegou e junto com mamãe e Jessica fizeram o almoço.

Depois que almoçamos Mary recebeu os presentes. Eu e Carmem lhe demos um vestido longo, azul com um decote nas costas, e Sam e Jessica, um par de brincos e um colar de perolas.

No fim da tarde Carmem e eu voltamos pra casa pra nos arrumarmos e encontrar a família feliz no restaurante onde terminaríamos a comemoração.

Minha roupa escolhida cautelosamente por minha sexy esposa eram uma calça social preta, sapatos sociais pretos e uma camisa azul clara de botões. Carmem ainda estava no banho. Enquanto esperava fui me sentar na grama do jardim. Era final de tarde e eu observava as pessoas que passavam pela rua, até que vi alguém familiar, duas pessoas na verdade, duas garotas. Elas eram parecidas, uma era morena de cabelos ruivos e a outra também morena, tinha cabelos pretos. As duas me encaravam do outro lado da rua com camisolas brancas e descalças.

— Ei – chamei me pondo de pé e indo na direção delas. Na hora em que estava atravessando a rua um carro passou por mim buzinando e quando pude olhar de novo pra onde as garotas estavam elas tinham sumido. Voltei pra dentro atormentado e Carmem calçava os pés.

Nós saímos, chegamos ao restaurante, encontramos os outros, mas eu ainda estava atordoado com a imagem das garotas.

— Depois vamos comer um cheeseburger? – Carmem me perguntou baixinho, interrompendo meus pensamentos, enquanto o garçon trazia pratos com aspargos ou algo parecido.

— Agora... – disse Sam continuando um dialogo que eu nem sabia que existia – temos mais uma surpresa pro aniversário da mamãe. Fala pra eles – disse cutucando Jessica

— É a sua família!

Sam, então, levantou a mão de Jessica onde estava um anel de noivado

— Ai meu Deeus – Disse Mary se levantando pra abraçar Jessica e depois Sam

— Eu nem acreditei – contou Jessica à Carmem

— Parabéns – disse ao Sam. De repente enquanto estavam todos falando sobre o casamento vi as mesmas duas garotas paradas na porta do restaurante me olhando. Fui andando na direção delas e mais uma vez elas desapareceram antes que tivesse a chance de perguntar quem eram. Quando olhei pra trás todos na mesa me olhavam incrédulos como se eu tivesse cometido um assassinato.

Voltamos todos pra casa de Mary. Enquanto as moças estavam se despedindo e falando sem parar meu irmão me puxou pra um pouco distante.

— O que foi aquilo no restaurante?

— Nada só achei ter visto alguém.

Todos menos eu e Carmem entramos na casa.

— Gente, adorei meu aniversário. – disse Mary subindo as escadas – Vou dormir estou muito cansada.

Sam e Jessica já iam entrando também

— Espera ai gente. Ainda não são nem nove horas. Vamos sair pra tomar uma cerveja?

Sam olhou incrédulo pra mim

— Garotas vocês me dão licença por um minuto?

— Claro – disse Jessica – Vem Carmem. As duas entraram na casa enquanto Sam me olhava parado diante da porta como se eu fosse uma criança levada que merecesse uma bronca.

— O que está acontecendo com você?

— Nada só to feliz por você, Sammy.

— Ah e tem isso também, desde quando você me chama de Sammy?

Aquilo me fez voltar a mim. Fechei a cara e chamei Carmem pra que fossemos embora. Quando chegamos em casa me joguei no sofá enquanto Carmem trazia cervejas pra nós dois.

— É a minha preferida. – disse com um suspiro

— Eu acho que te conheço bem. Bem o suficiente pra saber que você está tristinho.

— Eu e o Sam. Não somos amigos...

— É vocês não se falam muito. Acho que não se conhecem bem... Sabe – olhei pra ela - Ele não sabe o que ta perdendo!

— Tá... Eu posso me redimir com o Sam.

— Você anda diferente! – ela franziu as sombracelhas como se olhasse pra alguém com a mesma aparência que eu, mas outra pessoa.

— Eu sei que não faz sentido, mas eu sinto que ganhei uma segunda chance, e não quero desperdiçar.

— Tem razão, não faz o menor sentido – disse Carmem com um riso bufado me beijando em seguida. Continuamos o beijo, e fomos chegando mais perto um do outro, eu pus sua mão em meu membro duro – Ai não... – Carmem gemeu jogando a cabeça pra trás enquanto beijava seu pescoço – não faz isso comigo não, eu tenho que ir trabalhar.

Ela se levantou do sofá, depois de mais alguns segundos e foi até o guarda-roupa pra vestir sua roupa de enfermeira, so pra me deixar mais exitado. Então me deu um ultimo beijo e saiu.

— Não se esqueça de trocar de roupa – disse ela por cima dos ombros enquanto corria para o carro.

Fui para o quarto para trocar de roupa. Abri o armário então vi mais uma vez as duas garotas. Dessa vez elas estavam amarradas pelas mãos em cordas presas no teto do armário vestidas com aquelas mesmas camisolas brancas, e diria que estavam mortas se não fosse pelo fato de respirarem fracamente. Estavam pálidas como se algo lhes sugasse as vidas. Pisquei pra cena, com o coração batendo à mil e quando voltei a olhar elas haviam sumido.

Queria me distanciar daquela cena, então fui para o banheiro e arrancando aquela camisa ridícula me olheando no espelho notei algo diferente; marcas em meu peito, uma tatuagem. Olhei fixamente aquele desenho por alguns minutos e de repente comecei a me lembrar do dia em que a fizemos. Eu e Sam com o intuito de celar nossos corpos pra não sermos possuídos.

— Não foi um sonho. – constatei limpando as gotículas de suor que se formavam na minha testa. Cada detalhe da minha vida começava à voltar, a vida original. Com o coração batendo como uma metralhadora, corri para o computador e fui atingido por lembranças das pessoas que salvei de catástrofes sobrenaturais. Comecei a pesquisar na internet e ver manchetes sobre coisas que uma vez eu tinha impedido.

Estava confuso e sai de casa atordoado indo até o cemitério onde estava enterrado o papai que havia morrido de derrame. As lembranças dessa vida se misturavam com a vida real ou seja lá que vida era essa.

— Pai... - disse olhando a lápide de John E. Winchester - Eu não sem quem sou! Não sei a que vida pertenço. Acho que fiz coisas que existem provas de que não fiz. Pessoas que deveria ter salvo, estão mortas. Parece que minha vida real está voltando e não quer me deixar ser feliz. Sei o que você diria se estivesse naquela outra vida diria pra eu ir atrás do que está acontecendo caçar e acabar com o desgraçado que me trouxe aqui. O que é a minha felicidade versos todas aquelas vidas. Mas por quê? Por que eu preciso ser um tipo de herói. E quanto à mamãe, ela não tem o direito de viver a vida dela? E o Sam ele não tem o direito de ser feliz?

Me ajoelhei chorando na frente da lápide do papai “John Winchester amado esposo e pai”. Saí do cemitério limpando as lagrimas.


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Notas finais do capítulo

esperamos que tenham gostado!



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