A Ella Le Gusta escrita por Blair_Black


Capítulo 1
Ah! esses românticos...


Notas iniciais do capítulo

Pensamentos esquisitos, que ela julga serem "de uma hora para outra". A visita pela mente atordoada de uma garota, que não decidirá (ainda) pelo sim ou não.



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Tudo parecia perfeitamente normal. Não para ela. Com os últimos “acontecimentos”, arranjar mais coisas em que pensar. Não tinha ideia do porque, mas aquela situação - que nem sabia existir fora de sua mente - a preocupava. Não tinha certeza daqueles pensamentos; ás vezes, porém, eles se tornavam tão poderosos que a deixavam encabulada.
Essa confusão mental tinha como causa um sujeito. Não qualquer um, era um amigo – ela achava. Os atos do outro a constrangiam há tempos. Não era um constrangimento maldoso, provocado por ofensa, mas um constrangimento de deixar-lhe com a face rubra.
Ela confessava a si mesma, de forma espontânea, sinto-me bem quando estou com ele, conversando, discutindo.... Mesmo que ele algumas vezes fosse um pouco prepotente ou a fizesse se sentir uma boba. Ela achava que não era proposital. Em uma das conversas que ela imaginava, avisava-lhe para ter cuidado com as palavras. Elas são poderosas e, dependendo de como são usadas, podem magoar pessoas.
Conforme o tempo passava, ficava mais confusa. No outro dia, numa conversa entre amigos, ele falava algo sobre estar gostando de uma garota, de estar apaixonado. Ela se fechou de imediato. Uma dor de cabeça acometeu-lhe, como se estivesse estressada. Conseguiu segurar por um tempo, até entrar no ônibus e se acomodar. Foi inevitável que as lágrimas caíssem e que o pranto inconveniente deixasse seu nariz avermelhado e “fungante”. Depois, ao pensar no ocorrido, não conseguia entender aquela situação.
Ela já havia vivido aquela experiência. Sim, já havia. Entretanto, essa era mais intensa que a outra. Cada gesto para com ela fazia com que ela o admirasse mais e mais. Ela começava a achar que estava gostando dele. O início da certeza era dissipado ao lembrar da última vez, que se enganara. E também tinha medo de sentir essas “coisas do coração”. Um “babaca”, como ela fazia questão de lembrar, a magoara bastante e ela não estava preparada pra passar por aquilo novamente.
As diferenças entre os dois sujeitos eram berrantes. O primeiro, um boêmio, galanteador barato, seus olhos olhavam para ela, fazendo mesuras. O segundo, esforçado, intelectual (só lhe faltavam os óculos), de aparência um pouco rústica. Nada de metrossexuais para mim, por favor! ela comentava em sua ingênua mente.
Ainda precisaria de um tempo para descobrir se era apenas admiração ou se estava mesmo gostando do amigo. Aprendera a não tomar decisões precipitadas. Tinha também necessidade de atos românticos, sob disfarce. Os românticos eram melosos e enjoativos.
Isso não tinha – tanta - importância. Esperaria mais um pouco.


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