Por que Garotos não Tem Manual?! escrita por alice-lovesick


Capítulo 36
Capítulo 36




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/141589/chapter/36

Disfarcei a preocupação diante de Anne.

- Você não pode estar falando sério, Anne. – disse – Eu o escrevi uma carta na pretensão de te entregar, para que você o concedesse. Não acredito no que estou ouvindo.

- Te avisei, Isabella. Te avisei dos riscos. E você tá aí, toda enroscada com um garoto qualquer.

- Ele não é um garoto qualquer, – pus a mão no ombro de Erick – ele é meu namorado.

- Ah – fez uma cara cínica – namorado? Mal posso acreditar no que ouvi semanas atrás… “Ah que dor… não acredito que ele fez isso comigo, eu gostava taaaaaaaanto dele” – ela disse, tentando me imitar.

- Você não me conhece mesmo, não é Anne?! Não se garante com o garoto e depois vem jogando a culpa pra cima de mim? Realmente, espero que ele tenha condições futuras para sobreviver. Mas o que ele fez comigo, não tem volta. E eu amo o Erick. Acho que nem isso você sabe o que é. – Pude ver o sorriso de Erick se abrindo diante do que eu havia dito a Anne.

- “Anne”, por favor, deixa a Isabella em paz, que ela não tem nada a ver com isso. O cara se atirou porque quis, porque ele deu motivos pra que a Isa terminasse com ele.

- Então tá… Tudo bem. Espero que a sua culpa não te corroa, Isa. – Anne insistiu em jogar na minha cara.

(…)

- Por favor Isa, te imploro para que você me diga que não está se sentindo culpada por causa desse canalha. Me diz que não.

- Xiii, brodi. Não pede isso pra garota. 

- Tá tudo bem, gente. Nós também estamos voltando pra Los Angeles, certo? E então certificaremos tudo o que aconteceu. Eu não tive culpa, você mesmo disse. – só falta me convencer. – Me ajuda a arrumar as malas, Erick? Noah, você vai ficar por aqui?

- Vou… preciso arrumar algum emprego por aqui – riu.

- Então vamos, Isa. Quero te livrar dessa dor logo. – ele disse e então me abraçou.

Sorri e o dei um beijo.

- Essa é a minha garota, – ele completou – forte pra tudo. – sorriu orgulhoso enquanto íamos andando.

Talvez possa parecer que não estou tentando, mas era tudo que eu estava fazendo. Lucas só me deixou uma fresta, que mal me cabia, mal me pertencia. Não havia motivos para continuar ali. Respiro, na esperança de que não despedace qualquer dia desses. 

- Sabia que você fica linda desse jeito?

- Desse jeito como? – perguntei, confusa.

- Forte. Guerreira. De pé. Batalhadora. Confiante. Serena.

- Você que é uma gracinha me falando coisas desse tipo. Até fico envergonhada.

- Quero que fique com algo. – ele disse enquanto tirou sua correntinha favorita do pescoço.

- Não, não! Não posso aceitar. Tem muito valor afetivo pra você.

- Exatamente. Duas coisas importantes pra mim, juntas. Por que eu não desejaria isso?

- Ai, Erick. Obrigada. Você é um fofo. Coloca pra mim? – levantei os cabelos e virei de costas pra ele.

Ele delicadamente colocou a correntinha em mim. E então cantou bem baixinho no meu ouvido:

“Remember when you were my boat and I was you sea? Together we’d float so delicately…” – Fireworks, música de You Me At Six.

Então comecei a rir.

- Você é tão linda. 

- Nossa, quem me dera!

- É sério. Nunca vi garota mais linda do que você.

- Ah, para! Tem um tanto. Vai falar que a Anne não é bonita?!

- Tem razão. Ela é bonita.

- Não disse?! Ela é mil vezes mais bonita que eu!

- Ela é bonita, sim. Mas você é maravilhosa.

- Tá exagerando, Erick! – ri – Imagina! Vê se eu sou isso tudo! Define uma garota maravilhosa.

- Uma garota maravilhosa? Ok. Uma garota que vai entrar por uma porta acompanhada por um rapaz, provavelmente o irmão, já que o pai não é tão presente. E então ela vai agachar ao meu lado e responder ao Padre: “sim, eu aceito”. E depois vai dar uma volta no meu carro comigo e quando estiver frio pra caramba, vai me ajudar a lavar meu carro. Quero dizer, nosso carro. E das crianças. Aí ela vai me ajudar a controlar as crianças que vão estar correndo por toda a casa, até que mais tarde ela vai se deitar comigo, de mãos dadas, e claro, ela vai acordar assustada procurando minha mão por debaixo do lençol, que acidentalmente se perdeu durante a noite. Bom, e aí, se identificou?

Minhas mãos ficaram trêmulas. As coloquei em seu rosto e o beijei totalmente alegre.

- Você é o homem da minha vida. – disse enquanto parei no meio da calçada.

Todo charmoso ele abriu seu sorriso brilhante. Seus olhos estavam fixos em minha boca, pedindo os meus mais perto. 

– É um pecado deixar que você parta. Te quero tanto, mas tanto…

Fim da primeira temporada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por que Garotos não Tem Manual?!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.