Akame é assim escrita por Kitty


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Obs: fic escrita para o tema de Valentine Day na comunidade Johnnys-ai



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Jin olhou torto para o chocolate em suas mãos, incerto se deveria entregá-lo. Eles costumavam revezar. No ano anterior, ele havia recebido uma tartaruga inútil que lhe rendeu momentos prazerosos, era verdade, mas também lhe deu muita confusão. E no White Day ele deu uma jibóia para se vingar de Kamenashi.


Este ano, portanto, era a sua vez de dar chocolate a ele, mas...

- Eu nunca mais quero te ver, Akanishi Jin. Vá cantar sozinho na puta que te pariu!

Essas foram as últimas palavras que Kamenashi lhe direcionou quando foi anunciado que ele deixaria o KAT-TUN. Depois disso, não tiveram oportunidade para conversarem. Jin embarcou para o estrangeiro e só voltou no final do ano, em dezembro. É certo que ele havia retornado algumas vezes, mas havia sido por motivos especiais – o falecimento da mãe de Yokoyama, a estréia de Reio no teatro – e por tempos curtos demais, ele mal teve tempo de falar com a sua própria família. Não podia, portanto, considerar aquelas palavras, ditas em uma discussão, no calor do momento, como um término verdadeiro. Certo?

Ok. Fazia dois meses que tinha voltado e Kazuya não atendia suas ligações, não respondia suas mensagens, não mandava nem ao menos uma resposta por intermédio de Koki, isso, é claro, se o rapper maldito realmente entregou seus recados. Mas Jin havia tentado com Nakamaru e com Ueda também e continuou sem resposta. Junnosuke ficou com medo de falar com Kamenashi.

Yamapi inclusive levou uma bola de basebol na testa quando tentou conversar com Kamenashi sobre Jin. Tegoshi nem se deu ao trabalho de ouvir o seu pedido, quanto mais tentar convencer Kame a lhe escutar. Ryo não teve a menor paciência para mais uma briga Akame, como ele definiu. Massu não entendeu o seu pedido e conversou sobre coisas aleatórias com Kame, esquecendo-se completamente de Jin quando o caçula do KAT-TUN o convidou para jantar. Koyama não quis se meter, nunca quis se meter para preservar sua própria saúde mental, termos usado pelo rapaz.  E Shigue...

Jin piscou. Havia esquecido totalmente do último membro do News. Bem, sacudiu os ombros, agora não lhe adiantava nada, ele estava no prédio do Kame e o elevador havia chegado no andar. Conseguiu que sua presença não fosse anunciada graças ao seu carismo e a da nota graúda que deu ao porteiro. Assim a surpresa seria completa e Kamenashi não poderia pedir ao porteiro para que mentisse.

Seria perfeito! O namorado o perdoaria, eles transariam, e ele poderia finalmente lhe contar como foram incríveis todas as suas apresentações nos Estados Unidos. Kamenashi ficaria admirado e o elogiaria pela sua coragem.

Andou em direção à porta do apartamento dele quando uma ideia terrível lhe rompeu a mente. E se Kame não estivesse sozinho? E se aqueles fanservices descabidos com Koki não fossem apenas fanservices? E se naquele momento eles estavam ali comemorando o dia dos namorados?

Sentiu calor quando a raiva lhe dominou. Expulsaria aquele rapper à pontapés e arrastaria Kame para um motel. Sim, porque ele não transaria com Kame na mesma cama que Koki. Nunca. Jamais.

Apressou os passos com a intenção de derrubar a porta com um potente chute. Mas não o fez, seus passos perderam a velocidade quando a verdade lhe caiu sobre os olhos. Kamenashi tinha todo o direito de reconstruir sua vida com outra pessoa, na verdade, ele merecia isso. Sabia que era justo que o caçula não tivesse lhe apoiado em mais uma atitude egoísta. Estava exigindo demais de Kamenashi.

Girou sobre os pés e ia embora. Chegou a apertar o botão do elevador, mas quando escutou o plim, sentiu um aperto no coração. Virou-se e olhou para a porta de Kamenashi. Sentia tanta falta daquele rapaz genioso, exigente, manipulador, dominador, pervertido...

Correu para a porta e tocou a campainha e... Não! Não devia ter tocado!

Não devia estar ali.

Correu para o elevador. E ia apertar o botão. Não! Não podia! Não podia fugir como um covarde, ele não era um covarde. Bem, talvez um pouquinho. Ninguém era capaz de ser bravo diante do olhar assustador de Kamenashi, ninguém.  

Ainda assim, se ele fugisse agora, não o veria nunca mais e isso era mais assustador que qualquer bronca que o caçula quisesse e pudesse lhe dar. Aquela era a sua chance, a sua última chance de rever toda a situação e tê-lo de volta. Deveria lutar por isso, porque ele o amava. Sim, ele amava um homem, ele tinha certeza disso. Não era porque ele decidiu lutar pelos seus sonhos que ele havia deixado de amá-lo. Essas coisas não se misturavam em seus sentimentos, embora Kamenashi tenha lhe acusado tantas vezes de preferir os Estados Unidos a estar com ele. Isso não era verdade simplesmente porque se tratavam de dois assuntos completamente diferentes em sua vida.

Tinha que lutar por ele.

Encheu-se de ânimo e coragem e girou novamente em direção à porta. Desequilibrou-se, sentindo-se um pouco tonto por fica andando que de um lado para o outro em um intervalo de tempo muito pequeno. Esqueceu que já tinha tocado a campainha e ia afundar o dedo de novo quando a porta foi bruscamente aberta.

Jin parou com o dedo próximo ao botão e piscou.

Kamenashi o olhou com aquela expressão severa que assustava a todos.

Jin sorriu.

Kame respirou com força, estava bravo.

Jin enviou as mãos no bolso, sabendo que estava diante de uma grande ameaça.

Kame lambeu os lábios irritados e fez um som de deboche.

Jin temeu pela sua vida.

Kame, então, agarrou a Jin pela gola e o trouxe a força para dentro do apartamento em um beijo de tirar o fôlego.

- Você é muito lento... – ele disse, ainda irritado, e depois fechou a porta com força e sorrindo sedutoramente para Jin. – Precisou de tanto tempo assim para vir me procurar?

- Anooo... Feliz Dia dos Namorados?

Jin exibiu um largo sorriso e ergueu a barra de chocolate, que foi ao chão com um tapa de Kamenashi. E Jin soube, ele não sairia dali intacto.


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