No Sumidouro do Espelho escrita por daghda


Capítulo 8
Capítulo 8




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Depois da merecida semana de folga que os quatro funcionários do ministério tiveram, estavam de volta, cada um em seus devidos cargos, cumprindo, como sempre, de forma exemplar suas tarefas e funções. Mas tinham uma reunião marcada para a primeira hora depois do expediente,em que se reuniriam os seis amigos. Falariam um pouco sobre o intenso trabalho de pesquisa que fariam ao lado dos inomináveis sobre os espelhos.

Fariam uma intensa pesquisa sobre a procedência e as fórmulas utilizadas para gerar a magia que havia nos artefatos, tentariam estabelecer os rumos percorridos pelos espelhos, os localizando no tempo e no espaço, tentariam validar mágica e cientificamente a teoria de que os espelhos teriam sido criados pelos fundadores de Hogwarts e, dessa forma, tentar validar a teoria de que houveram mais dois bruxos brilhantes entre estes fundadores já conhecidos.

Foram, pela primeira vez depois da missão, até a sala secreta no departamento dos mistérios, para contemplarem livremente os três artefatos. Eram os únicos, além dos inomináveis e do próprio ministro que tinham acesso a essa sala. E também eram os únicos a saber de sua existência, e eram os únicos que conheciam os projetos de pesquisa que envolvem os artefatos. Estavam curiosos, dispostos ao trabalho, entusiasmados. E estavam esfuziantes, eufóricos com as possibilidades diante de tamanha preciosidade do mundo mágico.

Uma vez diante dos espelhos todos foram acometidos pelo mesmo sentimento de amizade, cumplicidade e união que os acompanhava desde os tempos negros, em Hogwarts, quando Voldemort assolava toda a comunidade bruxa.

Somente estes seis amigos poderiam descrever como foi decisivo para suas vidas se manterem sempre unidos. Só eles poderiam descrever o quanto se salvaram, o tamanho da gratidão mutua que tinham, o tamanho da cumplicidade e confiança que os ligava.

Não era a toa que estavam sempre juntos, em suas vidas profissionais, sempre compartilhando de projetos conjuntos, em suas vidas pessoais, sempre se visitando. Não havia um domingo em que os seis não se reunissem em uma das casas para almoçarem juntos.

E isso gerou neles uma grande facilidade para se perceberem, se notarem, se ampararem e colaborarem entre si. Eram unidos e esbanjavam carinho.

E isso gerou em todos um mesmo e fortíssimo desejo.

Um desejo que se sublimou em seus corações como se fosse um só coração. Que os inundou as almas como se fosse a apenas uma grande alma.

Suas mentes se fundiram, exatamente como as almas já o eram desde sempre, daquela forma fantástica, mágica e tão conhecida daquele grupo, como sempre ocorrera entre eles, mais uma vez desde sempre.

Fizeram questão de evitar volver o olhar para o Espelho de Mandhros, não tiveram especial interesse pelo Espelho de Ojesed, que já tinham contemplado, passaram direto por esses dois primeiros espelhos e todos se dirigiram imediatamente para o espelho de Dagna, carregando o desejo comungado no silêncio como a uma bandeira pela qual tinha extremo carinho, respeito e orgulho.

Diante desse espelho eles se viram, ao mesmo tempo, os seis juntos. Harry e Gina abraçados, sorrindo felizes e aos seus três filhos lindos, Neville com sua esposa e filhos ao lado de Luna com seu marido e sua filhinha, e Mione agarrada ao seu Rony com os dois ruivinhos diante de si também, os seis amigos, os quatro casais, oito crianças lindas, as dezesseis pessoas reunidas, diante de uma longa estrada. E olharam pro céu que ornava sublime e sereno uma lua imensamente cheia.

E souberam que por essa imagem o espelho estava realizando da forma mais simples e concreta possível o desejo de suas almas. O desejo que sentiam como se fossem uma única pessoa. Aqueles seis amigos que nunca duvidaram uns dos outros.

O de estarem sempre unidos, se manterem para sempre leais amigos, seguirem sempre se apoiando, e sempre próximos, sempre lado a lado, e que nada, nunca, nem ninguém nesse mundo, fosse capaz de separá-los.

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Mas os dois juntos se vão

Mas os dois juntos se vão

Mas os dois juntos se vão...


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