After The Death escrita por Yse_Vampire


Capítulo 1
Capítulo 1




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Nunca fui uma garota normal.Estou falando do meu humor negro, minhas roupas, o estilo de música que eu gosto e essas coisas.Sim isso é diferente para uma garota da minha cidade, e para os parâmetros da minha família.

 Deixe-me falar um pouco da minha vida, sim isso é chato, para uma pessoa que tem uma vida normal e medíocre.

Meu nome é Melinda Gordon, tenho 17 anos, cabelo preto liso, olhos azuis, pele pálida, sou meio baixinha, meus pais são Kelly e James Gordon.Minha família é rica, apesar de eu não ligar para isso, tenho uma boa qualidade de vida, estudo em um bom colégio, tenho mil garotos aos meus pés, que são todos interesseiros e chuto eles sempre que um se joga pra cima de mim.Vida perfeita?Não.

 Já te falei da minha irmã?Ah não, bem o nome dela é Cindy, tem 8 anos, um amor de criança, sempre nos demos muito bem...eu visito ela quase todos os dias no cemitério.

Quando eu tinha 8 anos minha irmã Cindy morreu.A única pessoa da minha família que eu me entendia.Fiquei arrasada, fui a única, meus pais não ligam para nós, se é que posso dizer que eles são meus pais.Meus parentes não prestam, só querem saber como estão indo os negócios da família.

 No velório dela eles nem fizeram questão de fingir que estavam arrasados, melhor do que fingir.Eu escolhi o vestido preferido dela para o velório, um preto com detalhes em roxo.Ela estava linda, uma beleza melancólica porque estava morta.Eu também não chorei, fui forte no velório, não queria que me vissem chorar.
 Depois que minha irmã morreu parecia que minha vida tinha acabado.Aos 8 anos comecei a ir em um terapeuta chato e tomar antidepressivos.Aos 11, cometi a minha primeira tentativa de suicídio.Aos 14 comecei a me drogar, me sentia livre dos problemas.Meus pais descobriram e me internaram em uma clinica, não porque se preocupavam comigo era para não acabar com a imagem deles.Me convenci que isso não me levaria a nada e não traria a Cindy de volta.Aos 15 anos eu estava sóbria, e foi depois disso que minha vida mudou...

 

19 de agosto de 1992: (Narrador observador)

 

 Melinda saia do cemitério umas 11:30 da noite.Dava passos largos e rápidos.Estava muito frio aquela noite e a rua era deserta e escura.Ela vê um homem parado no meio da rua e olha para ele por uns segundos.Cabelo castanho, alto, aparentava ter uns 20 anos, vestia uma blusa de manda curta e uma bermuda.”Como ele consegue?Eu aqui de sobretudo e ele de regata”.

 O homem olha para ela e nota que ela o observa.

-Você consegue me ver?

 Ela estranha a pergunta, então começa a andar rápido.O homem continua perguntando.

-Você consegue me ver?

 Ela começa a andar mais rápido e quando vira a esquina ele estava lá olhando para ela.

-Você consegue me ver?Por favor e preciso da sua ajuda!

-Qu...quem é você? – Melinda estava tremendo

-Meu nome é Daniel Nippon, por favor me ajude...

-Meu pai me ensinou a nunca falar com estranhos

 Ela começou a andar tão rápido que chegava a correr.Ela chegou na sua casa, ou melhor mansão, ignorou as perguntas dos pais e dos empregados e se trancou no quarto.

Porque ele perguntava aquilo?Essa pergunta não saia da cabeça dela.Ela decide ligar a televisão.Estava dando o jornal.

-Hoje a tarde foi encontrado morto um jovem de 20 anos.Daniel Nappon foi assassinado quando foi ser assaltado...

 Ela não escutou mais nada...Ficou em choque.As palavras “Daniel Nappon, assassinado” ecoavam na cabeça dela.Como ela teria visto ele a noite se ele morreu a tarde?Melinda estava muito assustada, ela raciocinou um pouco, ligou os fatos e entendeu o que estava acontecendo.

 Por isso ele perguntava se ele conseguia ver ela, ele é um fantasma, e queria a ajuda dela para resolver algo pendente aqui.Melinda concluiu que tinha o dom de se comunicar com espíritos.Ela tinha que voltar até o caminho do cemitério e falar com aquele homem.

 No outro dia Melinda estava ansiosa.Não sabia se era curiosidade ou até medo, mas queria que chegasse a tarde para ir até o caminho do cemitério.A tarde chegou, Melinda saiu de casa com desculpa que ia ao cemitério.Ela chegou no lugar aonde tinha encontrado Daniel.

-Daniel...Daniel...

-Você voltou – ele apareceu do nada dando um susto em Melinda

-Sim...e não faça mais isso, ainda não me acostumei com a idéia de ver espíritos.O que você quer?

-Quero que fale com a minha irmã.Ela se sente culpada pela minha morte, no dia que eu morri nós brigamos e eu sai de casa.Por favor fale com ela.

-Ela nunca vai acreditar em mim.

-Ela acredita nessas coisas de espíritos, eu não acreditava mas agora vejo que estava errado.

-Aonde ela mora?

-Aqui perto, na próxima rua

 Melinda foi até a outra rua, Daniel apontou para uma casa azul, simples.Ela foi lá e tocou a campainha

-Ela mora sozinha? – Melinda pergunta

-Eu morava com ela, agora ela mora sozinha

 Uma garota de cabelo liso castanho, olhos castanhos, alta abra a porta.

-Olá – a moça disse simpática

-Ahn...Senhorita Nippon...eu gostaria de falar com você sobre o Daniel

-Ah...sim, sim entre

 Melinda entrou na casa, era uma casa de classe média, a moça apontou para um sofá, Melinda sentou

-Quer beber algo? – a moça pergunta

-Não obrigado

-Bem mas o que você tem a dizer

-Senhorita Nippon...

-Me chame de Mary

-Mary...nem sei como falar isso mas...eu falei com o seu irmão

-Quando?

-Hoje...e ontem à noite

-Está querendo dizer que falou com o espírito dele? – meio assustada

-É meio, ou melhor totalmente absurdo, nem eu acreditei mas é, é isso mesmo

-Eu sou espírita mas sei também que tem muita gente aproveitadora... – Mary séria

-Eu não quero nada, só que escute o que o seu irmão me diz

-Ele está aqui? – Mary surpresa

-Sim...

-Melinda, diga a ela que a culpa não foi dela – Daniel

-Ele disse que a morte dele não foi sua culpa

-Mas eu briguei com ele... – chorando

-Diga que foi estar no lugar errado na hora errada, e que a nossa briga foi minha culpa

-Ele disse que estava no lugar errado na hora errada e a briga foi culpa dele – Melinda pega a mão de Mary – olha eu tenho apenas 15 anos mas acredite já passei por muita coisa, coisas terríveis a maioria.Inclusive perdi a minha irmã quando eu tinha 8.Eu desisti de viver naquela época, eu acabei com a minha vida mas agora me arrependo.De algum jeito me comunicar com o seu irmão, ver que tem gente querendo estar no meu lugar me fez abrir os olhos...não estrague sua vida como eu estraguei a minha, eu consegui abrir os meus olhos cedo mas se fosse tarde não teria mais volta...seu irmão não quer te ver assim.

Mary parou de chorar e abraçou Melinda

-Obrigada... – ela sussurrou


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