Resultado quase Perfeito escrita por Daianelm


Capítulo 4
Capítulo 4




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            Esgueirando-se pela floresta para não se deparar com monstros sanguinários, Marle tentava medir a gravidade da situação. “Deixa eu ver. Primeiro lutamos contra Lavos e ganhamos, depois fomos sugados por um portal esquisito”.

            - E agora ESTAMOS TODOS DEFORMADOS! – com o grito vários pássaros se ergueram das copas. Ela ficou com medo de ter atraído alguma criatura com o grito, pois já estava metida em confusões até o pescoço. Mas nenhuma apareceu.

            “Calma. Calma Marle, também não é pra tanto”.Tentou se conformar. Em vão. “Ora, a quem eu quero enganar? Isso é terrível!”. De repente, vários pensamentos assustadores começaram a surgir em sua mente. E se apenas o pessoal do castelo estivesse naquele estado? “Talvez uma bruxa perversa tenha enfeitiçado a família real e seus servos enquanto estávamos salvando o futuro. Se isso for verdade, o que acontecerá quando eu chegar à cidade?”. As seguintes imagens invadiram sua mente: uma linda garotinha humana brincando alegremente aos arredores da cidade, mas Marle chega com sua nova fisionomia assustando-a. Então, a garotinha sai correndo e gritando pela cidade. A cidade entra em pânico e, em seguida, aparecem várias pessoas segurando tochas e garfos de feno nas mãos com o intuito de persegui-la. “Não, isso é ridículo”. Pra começar, era dia, então as tochas seriam totalmente desnecessárias. E, céus, garfos de feno? Aquilo era uma cidade, pra que diabos eles iriam querer garfos de feno? Espingardas seriam mais fáceis de se arranjar. “Como se isso fosse melhorar a situação”.          

            Seus pensamentos foram interrompidos pelos barulhos da cidade. E, para seu alívio, não havia nenhuma garotinha humana ali. Na verdade não havia nenhum humano, apenas repitites!

            - Bom, pelo menos eu posso caminhar sossegada agora. – e seguiu seu caminho com mais tranqüilidade.

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Acho que não preciso dizer o que Crono estava fazendo na Feira do Milênio...

            - ZZZZZZZZZZZZZ...

15 minutos depois...

            - ZZZZZZZZZZZZZ... – um pombo pousa na cabeça de Crono.

30 minutos depois...

            - ZZZZZZZZZZZZZ... – vários pombos estavam pousados em Crono.

            - Crono! Crono! É você? – ao longe, gritava Marle. – Vamos Crono, acorda! Sou eu, Marle – os pombos voaram com a aproximação da garota.

- Hã? AHHHHH. – Crono gritou ao abrir os olhos e ver a garota – Marle, não chegue deste jeito. – falou se recuperando do susto. 

           -Ora, olha só quem fala. Até parece que você não mudou nada, pois fique sabendo que só te reconheci pelas roupas. E você ainda por cima está cheirando mal. – falou magoada.

            - Ah, bem, também não é assim. – Observou a tristeza da amiga por causa do que ele havia dito e tentou reparar os danos – Quer dizer... Seus cabelos loiros e meus cabelos punks desapareceram, mas eu sempre admirei o “estilo Ronaldinho”. – falou dando ênfase à própria careca com um sorriso na face, mas Marle ficou pasma com aquilo. Crono viu sua tática de reparo de danos fracassar, então resolveu partir para outra característica.  – E essa cor verde de nossas peles? Bem, verde é simplesmente minha cor favorita e... E... – Marle ficava com a expressão cada vez mais desesperada e Crono já não sabia o que dizer. – E... E...

            - Ham, ham. – o repitite que protegia a entrada para a máquina de Lucca interrompeu – A invenção está pronta, se quiserem vê-la podem prosseguir por este caminho. – “Salvo pelo gongo” pensou Crono. Marle também pareceu aliviada pela interrupção. Ela não agüentaria ter seus novos “dotes” analisados por mais tempo.

            - Que bom, então vamos lá!

            Mas para a infelicidade de ambos, várias pessoas seguiram pelo caminho que dava a invenção, tirando a possibilidade de falarem abertamente com Lucca sobre o assunto de serem repitites.

            Chegando ao destino, eles viram Lucca fazendo a apresentação da máquina, mas com uma pequena diferença:

            - Mas a máquina será testada apenas algumas vezes, para não forçá-la muito, assim se quiserem vê-la de novo, deverão retornar mais tarde. – Lucca deu um olhar significativo para Crono como se dissesse “agente conversa depois disso”. Ele apenas assentiu.

            - Mas Lucca, nós testamos a máquina em animais o dia inteiro ontem e não aconteceu nada com ela. Por que seria diferente hoje? – perguntou um confuso Taban.

            - Porque... Porque... É... Porque eu fiz um levantamento das condições da máquina hoje e concluí que, como testamos muito ela ontem, seria perigoso forçá-la demais hoje. É isso! HAHAHAHAHA! – a última frase saiu como se ela estivesse contente consigo mesma. Provavelmente deliciando-se com sua genialidade para desculpas.

            - Levantamento de condições é? – Taban perguntou pensativo – Tudo bem, se você diz. – e ficando animado – Então, vamos deixar de conversa e ir logo pro que interessa: demonstração. 

            Depois de três demonstrações de teleporte, sendo Crono o primeiro voluntário, já que ninguém aparentava querer ser o primeiro a experimentar a máquina, a apresentação foi encerrada e as pessoas se dispersaram pela Feira muito impressionadas. Os únicos que tiveram permissão para continuar ali foram Crono e Marle. Finalmente eles estavam em paz para poderem tentar resolver aquele problema.

            - Sabia que vocês viriam aqui. – falou Lucca sorrindo.

            - Você sabia? Então por que me deixou plantado lá fora? Sabe pelo que eu passei?

            - Não, mas... Argh. Crono que fedor, e o que é isso?

            - Cocô. – falou sem cerimônia.

            - O QUÊ? – perguntou Lucca sem acreditar no que ouvia. OO

            - É isso mesmo o que você ouviu. Os pombos fizeram a festa enquanto eu dormia lá fora – lançou um olhar acusador para Lucca e deu destaque no “lá fora”.

            - Vocês dois querem parar com isso para irmos ao ponto que interessa? – Marle já estava ficando impaciente com aquela discussão. “Como se não tivéssemos nada importante pra fazer”.

            - Tudo bem. Você está certa. E então, alguém tem idéia de como isso aconteceu, o porquê, e como resolver isso? – perguntou Crono. Ele e Marle olharam quase que imediatamente para Lucca como se ela fosse a “dona da sabedoria”. Lucca levantou uma sobrancelha e respondeu:

            - Eu não sei...

            - NÃO? Mas o que vamos fazer se nenhum de nós conseguiu achar essas respostas? – Marle falou desesperadamente e com olhos marejados. Porém, Lucca apenas continuou:

            - Mas há uma forma de descobrirmos.

Continua.


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