Learning To Fall escrita por Gabriela Alves


Capítulo 1
A Little Piece of Heaven


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu espero que vocês gostem, demorei três dias para ler, provavelmente essa fic ficou enorme, se ficar, vou dividi-la em 2 capitulos.



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                               POV Percy

                Depois que Hermes beijou a testa de Luke, Zeus parou as Parcas e falou que era para elas o ressuscitassem, elas perguntaram o porquê e ele respondeu:

- Por sua bravura e por ter salvado o Olimpo e o mundo é uma das melhores formas de agradecermos.

                Elas acharam que foi convincente, colocaram-no no chão e começaram a cantar em uma língua mais antiga que o grego antigo, simplificando, não entendi nada, logo o corpo de Luke começou a brilhar. Quando elas pararam o corpo dele parou de brilhar, pude ver seus olhos se abrirem e ele se sentou. Annabeth correu até ele e lhe abraçou.

                Fiquei parado olhando todo mundo abraçar e falar que ele foi demais e coisas do gênero. Senti alguém parar ao meu lado e passar o braço envolta dos meus ombros.

- Você fez muito bem defendendo Olimpo, Percy. – me virei, bem, quem acho que era meu pai errou feio, pois na verdade era Hades.

- Obrigado, tio Hades. – falei abaixando a cabeça.

- Não fique assim. Você foi o que mais fez pelo Olimpo, meio-sangue. – uma voz feminina disse bagunçando meus cabelos.

- Obrigado, Perséfone e Hades. Acho que vocês foram os únicos que reconhecem o que eu fiz. – levantei a cabeça e olhei-os.

                Hades, por incrível que pareça, estava sorrindo para mim, Perséfone também. Sorri verdadeiramente para eles.

- Tem certeza que só os dois reconhecem você? – ouvi alguém a minhas costas falar.

                Vir-me-ei, era Hermes. Ele sorria para mim com os braços cruzados. Sorri para ele, ele veio até mim e estendeu a mão para eu apertá-la, não hesitei e apertei-a.

- Você está de parabéns, Percy. Ainda não sei por que estão dizendo que meu filho é o herói.

- Bem, ele é, em parte, mas é. Ele se matou para salvar o Olimpo.

- Sim, mas se você não tivesse dado a faca para ele, provavelmente, o Olimpo e o mundo estariam acabados.

- Chega! A ação foi dupla, os dois salvarão o Olimpo. – falei encerrando o assunto.

                Ficamos conversando e depois de um tempo eles foram concertar os tronos e eu fiquei sentado em volta da fogueira junto com Héstia, Annabeth, Nico, Grover e Luke. Eles conversavam animadamente, riam e tudo mais, mas eu fiquei quieto, primeiro: por que ninguém puxava assunto comigo e segundo: eu não estava muito para conversar.

                Eu estava pensando no que aconteceu na guerra, pensei em todos os semideuses que morreram lutando bravamente e como Zeus teve a cara e pau de ressuscitar apenas um, que aliás, quase destruiu o Olimpo inteiro.

- PERCY!!!! – ouvi Annabeth gritar, me tirando dos meus pensamentos.

- O que foi? Deu a gritar agora foi? – falei frio, ela me olhou espantada, ela tinha motivos, eu nunca havia falado assim com ela.

- Eu estou te chamando faz um tempão. – explicou-se. – Vem, os deuses querem falar com a gente. – chamou.

- Tudo bem. – falei me levantando. – Vamos.

                Eu e os outros fomos para o centro da “sala”, chegando lá me sentei no chão (só para irritar os deuses e outra coisa, eu estava cansado, foram cinco dias em guerra!). A maioria me fuzilou, os únicos não me fuzilaram foram Hades, Hermes, Perséfone e Ártemis. Zeus me olhava com desgosto, Hera me olhava irritada, Atena do mesmo jeito que Hera, meu pai me olhava com desgosto (sim, até mesmo o meu pai), Afrodite me olhava de um jeito que eu não sabia se estava com raiva ou se estava gostando, Ares me olhava do mesmo jeito de sempre... Enfim, acho que deu para você entender.

                Zeus começou um discurso sobre a bravura dos deuses contra Tifão e quando terminou começou outro discurso sobre a bravura dos semideuses ao defender o Olimpo etc. eu não prestei muita atenção, estava concentrado no meu colar.

                Zeus começou a chamar os semideuses um por um, a primeira foi Thalia, por ser sua filha (os ciclopes haviam retirado-a debaixo da estátua de Hera e ela estava de muletas). Ele deu os parabéns por sua bravura na batalha e prometeu ajudar a recrutar novas caçadoras. Quando ele acabou com ela, ela se cruzou para todos os deuses (até Hades e Héstia) e foi para o trono de Ártemis, que também a parabenizou. E, é claro, Thalia agradeceu.

- Tyson, filho de Poseidon! – Zeus chamou.

                Tyson, mesmo parecendo nervoso, foi até o meio do conselho. Zeus comentou alguma coisa sobre ele não perder muitas refeições e depois falou que, por sua bravura e etc., lideraria os ciclopes e seria nomeado general do exército do Olimpo.

                Depois disso Dionísio chamou Grover e disse que ele faria parte do Conselho dos Anciões de Casco Fedido e ai Grover desmaiou. Em seguida Atena chamou Annabeth, fez um pequeno discurso e no final falou que Annabeth faria a reconstrução do Olimpo. Apolo, Afrodite e Ares fizeram um pequeno diálogo que teria que ter muitas estátuas deles e coisas do tipo.

                Depois foi a minha vez, fui ao centro do conselho e Zeus apenas disse:

- Perseu, por sua bravura e coragem ao defender o Olimpo, você terá a nossa benção e agradecimento pela eternidade. – pela beirada do olho pude ver Hades cruzar os braços, fechar a cara e fuzilá-lo.

- Obrigado. – falei e fui até a porta.

                Enquanto ia percebi o olhar de alguns deuses sobre mim, a minoria era pena, como os de Hades, Perséfone, Hermes, Ártemis, Afrodite e Héstia, enquanto o resto era apenas desgosto (sim, até mesmo o meu pai).

                Sentei-me no degrau da porta e olhei para dentro do conselho. Era a vez de Luke, que era o último, para ele ofereceram algo diferente, a imortalidade e o mesmo recusou olhando para Annabeth, que sorria para ele de orelha a orelha. Doía ver isso, a única pessoa que já amei, provavelmente, havia se esquecido da minha existência. “O amor dói Perseu.” Uma voz feminina falou no meu subconsciente, eu apenas assenti com um suspiro e virei o rosto.

//////////////////////

                Depois de queimarmos as mortalhas o pessoal resolveu fazer uma festa para comemorar a vitória e para comemorar por Zeus ter ressuscitado Luke e a sua volta ao Acampamento Meio-Sangue.

                Queria ter conseguido me divertir, mas não conseguia, pois para todo lugar que eu ia via Luke e Annabeth andando de mãos dadas e conversando com outros semideuses.

                Grover percebeu que eu estava meio solitário e veio até mim.

- Ei cara! Que foi que está aí sozinho?

- Só estou pensando. – falei tirando meus olhos de Luke e Annabeth.

- Porque você não deixa isso para depois e vem comemorar conosco?

- Para mim não tem o que comemorar. Vai se divertir, eu vou ficar no meu chalé. – falei me levantando, ele se levantou comigo.

- Você tem certeza?

- Tenho.

- Então tá. Até mais. – ele apertou minha mão e foi até Luke e Annabeth e falou algo como “Você arrebentou!”.

                Fui para o meu chalé e fui tomar banho. Enquanto banhava me lembre que era meu aniversário, mas eu não tinha sido o único, ninguém tinha se lembrado, nem mesmo ela.

                Sai do banho já vestido e secando o cabelo, ouvi alguém entrando no chalé. Olhei que era, era ela.

- Oi Annabeth. – parei de secar o cabelo. – O que faz aqui?

- Grover disse que você estava isolado aqui então vim te chamar para a festa, vamos cantar agora.

- Prefiro ficar aqui e dormir, eu não tenho o que festejar.

- Certeza?

- Sim. – falei sorrindo, só que apenas com os lábios, como faço quando tem algo me incomodando. Mas ela não percebeu.

                Ela apenas assentiu e saiu do chalé. Deitei na minha cama, liguei o rádio e comecei a me lembrar de tudo que já passei no Acampamento Meio-Sangue, e quase tudo isso estava ligado a ela, até mesmo nisso a mesma me dominava. “Como pode tudo que eu mais prezava e gostava mudar de uma hora para outra?” perguntei-me.

                As lágrimas começaram a descer, não tentei impedi-las, sabia que seria em vão, logo as lágrimas desciam como dois rios dos meus olhos. Depois de uns minutos eu cai no sono, sem sonhos, ainda bem, pelo menos uma coisa boa tinha de me acontecer naquele dia.

                Devo ter acordado umas cinco e meia da matina, pois ainda estava escuro. Me levantei e comecei a arrumar minhas coisas, quando terminei peguei meu caderno e comecei a escrever uma carta com a desculpa que eu voltaria em uma ou duas semanas, uma mentira e tanto, pois na verdade eu não pretendia voltar, nunca mais voltaria ao Acampamento Meio-Sangue. E em outra tentei escrever uma desculpa para Annabeth, mas desisti, não era bom fazer isso quando ela estava apaixonada por outro cara, principalmente quando esse outro era o Luke e joguei o papel em algum lugar do meu chalé.

                Coloquei a mochila nas costas e sai, olhei lá dentro, lembrando de tudo que eu havia passado nesse acampamento. Fui andando até a Colina Meio-Sangue.

                               POV Annabeth

                Eu estava sentada no pé do Pinheiro de Thalia pensando nele, estava tentando entender porque ele havia falado daquele jeito comigo ontem, tão frio “o que eu fiz para ele falar comigo assim?” pensei quando vi o mesmo vindo para a Colina Meio-Sangue com a mochila nas costas. Levantei-me.

                Blackjack chegou voando e pousou na sua frente, Percy sorriu e falou alguma coisa, depois que ele falou outra coisa para Blackjack subiu em cima dele e os dois se foram. Meu coração doeu e vieram-me lágrimas aos olhos.

- Impossível... Será que ele...?

                Corri até o seu chalé, encontrei uma carta em cima da sua cama, sentei-me na cama e li a carta, não sei por que, mas o que estava escrito não em confortou, vai ver porque eu sabia que, provavelmente, ele não voltaria.

                Deixei a carta na cama, com os olhos cheios de lágrimas, olhei tudo em volta, talvez algo ali me reconfortasse. Jogado em um canto meio escondido do chalé tinha uma bolinha de papel amassada, fui lá, peguei-a e li o que estava escrito. Nela dizia que Percy também me amava, mas porque ele teria jogado esse papel em qualquer canto do chalé? Será que ele pensava que eu amava Luke e não ele?

                Fui para a praia pensando nisso. Talvez lá meu coração se aquietasse, no lugar favorito dele no Acampamento. Mas como eu estava errada, fiquei chorando por horas, parecia que eu tinha perdido meu motivo de viver, parecia que alguém estava abrindo um enorme buraco no meu peito. Aquele, com certeza, foi o pior dia da minha vida.

                                      FIM (será)


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Notas finais do capítulo

Gente eu fiz mais essa fic para que eu pudesse fazer a continuação *^_^*. Bjs, espero que vcs tnhm gostado da fic.