Lucy estava ao lado de Gabriela que estava dormindo na cama do hospital. Lucy olhava para ela preocupada. Então, lentamente Gabriela vai abrindo os seus olhos, e olha para Lucy.

— Onde estou? — Perguntou ela tentando se sentar, mas Lucy coloca a mão em seu ombro a forçando se deitar.

— No hospital. Não se levante você ainda tem que se recuperar.

— O que aconteceu?

— Você e Lisanna brigaram se lembra? — Perguntou para Gabriela, a mesma apenas desviou os olhos do rosto de Lucy e começou a encarar a parede.

— Sim...

— Por que brigaram?

— Por uma coisa aí... — Não queria contar a Lucy.

— Ah... — A loira percebera que ela não queria falar sobre aquilo então não insistiu.

— Lucy...

— Han?

— Pode me deixar sozinha por um instante? — Perguntou Gabriela ainda sem encarar Lucy.

— Ah... Claro! Bom, eu tenho que ir para a Fairy Tail mesmo! — Falou se levantando e caminhando até a porta. — Tchau! — Falou passando pela porta, mas não obteve resposta.

Gabriela encarava a parede e pensava na luta que tivera contra Lisanna. Na luta contra ela, Gabriela havia percebido um símbolo de uma caveira no pescoço da mesma. Ela nunca havia visto aquele símbolo nela, quando elas eram amigas Lisanna nunca tivera aquele símbolo.

Será que...?  — Pensou Gabriela assustada.

— Merda! — Falou ela se levantando da cama e saindo pela janela.

***

***

— Olá pessoal! — Falou Lucy a Happy, Erza, Gray e Natsu.

— Olá Lucy! — Respondeu Erza sorridente, mais sorridente que o normal, e isto chamou a atenção de Lucy.

— Yo Lucy!! — Disse Natsu.

— Aye! — Respondeu Happy.

— Lucy! — Cumprimentou Gray com um aceno de cabeça.

Lucy caminha até Erza e se põe ao seu lado.

— Ei, Erza. — Falou ela baixinho para que só a ruiva escutasse.

— O que foi Lucy? — Respondeu da mesma maneira.

— Por que está sorridente deste jeito? — Perguntou ela curiosa, e então, viu Erza corar, algo que nunca imaginou ver.

— N-nada! — Respondeu a Scarlet gaguejando.

— Se não é nada por que gaguejou e corou? — Perguntou Lucy insinuando.

— B-bom, por nada!

— Mentira! Anda, desembucha! — Insistiu a loira.

— É que o Jellal foi solto. — Falou Erza corando mais ainda.

— Mesmo?! — Falou mais alto do que deveria chamando a atenção de Gray e Natsu.

— Shiu! Fale baixo!

— Desculpe! Mas e aí? O que irá fazer? Você gosta dele, não é? Deveria ir vê-lo.

— Acontece que...

— Pessoal!! — Falou Makarov em cima da bancada onde se servia as bebidas chamando a atenção de todos. — Teremos um novo integrante na Fairy Tail!! — Falou ele e logo começaram os comentários, todos se perguntavam quem poderia ser. — Jellal! — Falou o velhinho dono da Fairy Tail, e então, a grande porta é aberta, passando por ele o homem de cabelos azuis com uma marca no olho que tanto chamava a atenção de Erza.

— Eeeehhh?!! — Todos ficaram surpresos. Eles não sabiam que Jellal havia sido solto.

Jellal quando avistou Erza começou a caminhar até ela para seu nervosismo.

— Boa sorte! — Disse Lucy empurrando a ruiva na direção de Jellal.

— Lucy! — Tentou impedir a loira, mas já era tarde demais, já estava na frente de Jellal.

— Jellal... — Falou encarando os olhos do azulado.

— Erza... — Então em um movimento rápido ele puxa a Erza pela cintura e a beija, fazendo todos ficarem com os olhos arregalados e com o queixo lá no chão. Erza apesar de ter ficado surpresa ela correspondia ao beijo, afinal, não poderia negar que era apaixonada por ele.

— P-por que fez isso? — Perguntou ela totalmente sem jeito. Erza Scarlet, a grande Titânia não se dava bem com aqueles assuntos, e parecia que até mesmo trocava de personalidade.

— Por que eu sempre quis fazer isso! — Falou Jellal passando a mão nos cabelos Scarlet de Erza. — Eu te amo! — Isso pegou Erza desprevenida. Suas pernas bambearam, ela só não foi ao chão por que Jellal a segurou pela cintura.

— Mesmo? — Perguntou ela sem acreditar.

— Mesmo! Eu te amo, Erza Scarlet. — Falando isso ele a beija novamente.

— Eu também te amo. — Falou separando o beijo e voltando a beijá-lo.

— Nunca vi um romance tão rápido! — Falou Lucy olhando para eles assustada.

— Aye!

A grande porta da Fairy Tail é aberta, revelando Gabriela que passava por ela, mas algo estava diferente, ela não tinha aquele seu sorriso em seu rosto.

— Gabriela!! — Falou Lucy correndo até a amiga. — Por que não está no hospital?

— Aquele lugar é chato! — Falou dando um sorriso fraco.

— Também não gosto de hospitais!! É um lugar triste. — Disse a loira.

— Lucy eu vou ali e já volto, ok? — Disse Gabriela pondo se a andar.

— Ok... — Lucy estava começando a achar estranho o comportamento de Gabriela.

A morena caminhou até o balcão onde estava Mirajanne junto de sua irmã Lisanna que conversa com Jubia sobre algo. Ela se sentou em um dos bancos que havia ali e ficou a observar a marca que havia no pescoço de Lisanna.

Já vi esta marca em algum lugar... Mas onde? — Pensava ela confusa.

Lisanna não percebera que Gabriela estava ali a encarar, então continuava sua conversa com Jubia.

Gabriela sabia que Jubia tinha ajudado Lisanna, mas não sabia por quê.

Será que é por que Lisanna falou que a ajudaria a conquistar o Gray? — Pensou ela. — Não, Jubia pode tentar fazer de tudo para conquistar Gray, mas não machucaria os seus nakamas... Então, por quê?

Em um ato Jubia se vira olhando para Gray e então, Gabriela olha em seu pescoço e tem uma surpresa. A mesma marca que Lisanna tinha no pescoço, Jubia também tinha. Então, como se o mundo parasse naquele momento, Gabriela se lembrou de onde tinha visto aquela marca. Foi como um tiro. Naquela lembrança, ela ficou estática, não queria se lembrar daquilo, não queria rever aqueles momentos, mas era algo impossível.

Flash Back ON

Gabriela estava feliz a olhar o pôr do sol. Seus lindos olhinhos castanhos chegavam a brilhar quando via aquela linda cena que só o sol poderia fazer.

— Lindo! — Falou ela. Gabriela estava deitada de bruços com a cabeça apoiada nas mãos, os cotovelos estavam no chão, dando assim apoio. O vento soprava seus cabelos que eram curtos na época, as lindas flores balançavam. Oh, como era lindo aquele momento.

Então, como um vulto, algo negro passou por cima dela. Curiosa ela olha para trás, e vê aquilo indo à direção da sua linda casa, não era uma casa luxuosa, mas a adorava. Ela então se levanta e caminha até a sua casa, estava com medo. O que poderia ser aquela coisa? Era o que se passava na mente da pequena garotinha que deveria ter os seus cinco anos de idade.

Há passos pequenos ela caminha até a sua casa, ao chegar lá vê a sua irmã mais velha com uma faca na mão. Sua mãe e seu pai estavam caídos no chão ensangüentados, sem vida. Seus olhos se arregalaram surpresos.

— Carol-onee-chan? — Perguntou confusa olhando para a sua irmã que tinha um sorriso sádico no rosto.

— Gabriela! Que bom que chegou! — Falou ela ainda com o sorriso sádico.

— Han? — Murmurou a garotinha confusa.

— Será a sua vez de morrer! — Falou sua irmã a pegando pela gola da blusa e a erguendo. Seus pesinhos não se encostavam ao chão.

— Onee-chan! Por que está fazendo isso? — Perguntou ela com lágrimas escorrendo pelo seu pequeno rosto.

— Por que só agora eu percebi o quanto esta família é insignificante! Eu não preciso de vocês! — Falou ela com raiva.

Gabriela não entendia. Carol sempre falava que adorava aquela família, e disse que nunca queria ver algo ruim acontecendo com ela. Será que ela estava mentindo? Não, aquele sorriso que ela dava ao falar isso era sincero demais para ser uma mentira. Era o que se passava na mente da pequena.

Seus olhos castanhos olhavam para o rosto de sua querida irmã. Até que viu aquilo no pescoço dela. Uma caveira negra estava no pescoço de sua onee-chan. Nunca havia visto aquilo ali antes, ela não tinha aquilo.

Carol já se preparava para matar Gabriela, quando um homem encapuzado apareceu por detrás dela e segurou sua mão a impedindo.

— Vamos deixar que só ela sobreviva. Vamos deixar que ela caia na solidão e no desespero de ter perdido a sua família. — Falava o homem. Em um ato ele levantou o rosto e então, ela pode ver quem era. O homem tinha cabelos negros, e uma caveira na testa. O mesmo tinha um cetro de caveira.

Fora ele quem colocara a maldição em sua irmã.

— Está bem, mestre Black. — Falou Carol soltando sua irmã que caiu sentada.

— Pequena garotinha. — Falou se abaixando e fitando o rosto de Gabriela. — Meu nome é Kuro Black, não se esqueça. — Falou para logo depois sumir junto com a sua irmã.

Gabriela ficou desesperada, começou a chorar. Ela estava caindo no desespero e na solidão como o homem encapuzado dissera. Mas aí ela apareceu, uma pequena garotinha apareceu na porta de sua casa.

— Você está bem? — Falou uma garotinha de cabelos brancos e olhos azuis.

— Não... — Falou Gabriela chorando.

— Venha, nós vamos cuidar de você. — Falou ela estendendo a mão até Gabriela para que ela pudesse pegar. Hesitante ela pegou a mão da garota. — Eu sou Lisanna e você?

— Gabriela.

— Gabriela, a partir de agora, a Fairy Tail vai ser sua família.

As duas saíram dali e então Gabriela fez parte da Fairy Tail, dois anos depois encontrou sua irmã morta em uma estrada da qual ela estava andando para poder cumprir a sua missão.