Amores e Amores escrita por mari_star


Capítulo 1
Capítulo 1




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Allana era uma mulher difícil, aliás, muito difícil. Difícil de entender. Morava no estado de São Paulo, na capital. Tinha 23 anos e morava com sua amiga Bela. Da mesma idade de Allana, Bela era uma mulher que gostava de se divertir e curtir a vida ao máximo.

Bela, apesar de seu jeito era muito responsável. Trabalhava dando aula em uma faculdade e estudava História. Allana era mimada. Estudava na mesma faculdade que Bela, mas cursava Arqueologia. Não trabalhava, recebia mesada de seu pai.

Numa quarta-feira comum, Bela acorda cedo, prepara o café e acorda Allana:

-Lana acorda! Já são quase seis e meia!

- Ah mãe! Só mais cinco minutinhos...

-Lana! Não sou sua mãe, mas se quiser perder prova fica à vontade!

Allana deu um pulo da cama e disse assustada:

-Que horas são, Bela?

-Quase seis e meia! Você enrola demais pra acordar! Corre senão vai perder hora!

-Já tô indo! O café tá pronto?

-Tá sim. Eu já vou. Tenho muito o que fazer na faculdade. Tchau e, se vira!

Bela pegou suas coisas e saiu. Allana foi tomar café. Bela chega à faculdade e vai para sua sala de aula. Começa a arrumar suas coisas. Allana já saia de casa, cheia de livros e coisas nas mãos. Sem querer esbarra em um belo homem. Mas nem se dá conta, pede desculpas e vai pra faculdade.

O homem em quem esbarrara se chamava kauã, tinha a mesma idade dela, tinha os cabelos negros e compridos, era branquinho e de olhos azuis. Ele morava no mesmo condomínio que ela só que em outro andar, tinha acabado de se mudar. Morava junto com seu irmão João Vítor, que tinha 24 anos, mas parecia ter bem menos que o irmão. João Vitor dava aula também na mesma faculdade que Bela, mas era muito irresponsável, enquanto Kauã trabalhava de dj numa boate e durante o dia praticamente tomava conta do irmão.

Na faculdade, Allana chega e corre para sua sala para fazer prova. Chega um pouco atrasada, mas de tanto insistir seu professor a deixa entrar.

Na sala de Bela, esta assistia à aula, como sempre muito concentrada em tudo. Logo as aulas acabaram, e na saída, Bela esperava Allana para voltarem juntas para casa.

-Até que enfim apareceu hein?-disse Bela.

-Ué! Eu tenho culpa da aula ter demorado tanto?

-Vai comigo de moto ou não?

-Não obrigada, estou de carro.

-Ok então, tô indo. Até depois.

-Até!

Bela saiu com sua moto e foi pra casa, correndo bastante. Allana conversou mais um pouco com seus amigos e depois foi pra casa. Bela ao chegar, deixou sua moto na garagem do prédio e foi para seu apartamento. Lá ela fazia o almoço.

Na garagem do mesmo prédio, João Vítor chegava com seu carro a toda velocidade, estacionou de forma tão brusca, que logo bateu numa moto, a moto de Bela.

Quando percebeu o que havia feito, desceu logo do carro, e disse pra si mesmo:

-Nossa! O que eu fiz? Ai, quem foi o idiota que estacionou esta moto tão mal?Vou ter que falar com o porteiro do prédio pra saber de quem é. Droga!

João Vítor logo saiu dali. Deixou tudo do jeito que estava e foi à portaria do prédio. Ao chegar lá, falou com o porteiro, Carlos:

- Oi, boa tarde. - Disse João Vítor.

-Olá, em que posso ajudá-lo?

-É que acidentalmente, eu bati numa moto lá na garagem... Preciso saber de quem é e conversar com o dono.

-Por favor, me passe a placa da tal moto...

-Eu não anotei. È uma moto preta com muitos adesivos rosa. É muito bonita por sinal.

-Já sei de quem é. Só temos uma moto assim, é do morador do 315, do quarto andar.

-Ok, muito obrigado.

João Vítor então pegou o elevador e foi para o quarto andar do prédio. Tocou a campainha, como Allana não havia chegado, Bela atendeu à porta:

-Olá, como posso ajudá-lo?-perguntou Bela.

João Vítor nada respondia. Ficou encantado com a beleza de Bela. Ela realmente chamava a atenção. Era branca de cabelos bem vermelhos, olhos castanhos muito marcantes. Enfim, uma beleza diferente. Ele também era muito bonito. Era loiro, e como o irmão tinha olhos azuis e pele branca. Seu cabelo, no entanto era curto. Bela repetia:

-Olá? O que o senhor quer?Tá tudo bem?

-Hã?Que?Como?Esqueci...

-O senhor veio até meu apartamento pra dizer “esqueci”?

-É que é tão bela...

-É não sei como sabe, mas esse é mesmo meu nome.

-Engraçada você. É sobre uma moto que vim falar.

-Meu nome é mesmo Bela, e o que tem minha moto?

-É que você a deixou mal estacionada e eu acabei batendo de carro nela.

-Eu deixei mal estacionada? Eu sempre a deixo daquele jeito!Você que deve ser barbeiro. Vamos à garagem pra ver o que podemos fazer.

-Vamos, mas a culpa não foi minha!

-Ah não, foi culpa do seu carro!-disse Bela em tom irônico.

Os dois desceram até a garagem do prédio. Bela ao ver o estado de sua moto gritou furiosa:

-Você acabou com minha moto!

-Não é pra tanto...

-Lógico que é!Em que apartamento você mora?

-Por quê?-perguntou entusiasmado.

-Pra eu te levar a conta do concerto da moto!

-Como é?

-Você acabou com minha moto e não quer pagar? Está louco?

-Tudo bem eu moro no 212 do terceiro andar!

-Ok, quando eu souber quanto é te levo a conta. Tchau. -disse Bela saindo furiosa.

-Tchau gata. -Disse ele despreocupado.

Já na casa de Bela e Allana, estas chegavam juntas, Allana da faculdade e Bela da garagem. Allana perguntou ao ver o estado da amiga:

-O que aconteceu? Também está chegando agora?

-Não, eu estava na garagem!

-Fazendo o que lá?

-Vendo o estrago que fizeram na minha moto.

-O que aconteceu?

-Um dos moradores bateu nela. O concerto vai ficar caro. Ele é quem vai pagar.

-Nossa, faça mesmo ele pagar. O almoço tá pronto?

-Está sim. Almoça porque eu perdi a fome.

-Ok. Depois vou dormir um pouco. Estou morta de cansaço.

Allana foi almoçar e Bela ver qual o valor do estrago feito na sua moto. Depois de falar com o mecânico, Bela saiu para ir à casa de João Vítor lhe levar a conta. Ela vai para o terceiro andar, e no 212 ela aperta a campainha. Ninguém atende. Então ela vai a portaria perguntar ao porteiro se o moço havia saído.

Chegando lá falou ao porteiro:

-Oi, preciso de uma informação!

-Pode falar moça. -respondeu ele.

-É que bateram na minha moto na garagem, e ninguém atende na casa do rapaz...

-Ah tá... Já sei dessa história. A senhorita já falou com ele?

-Falei sim, mas no 212 ninguém atende!

-212?Esse apartamento está vazio!

-Aquele idiota me falou o número errado pra ele não ter que pagar!O senhor sabe onde ele mora?

- Sim, uns números depois, no 215.

-Muito obrigada seu Carlos!

Ela foi novamente ao terceiro andar. Ao chegar no 215 havia um moço abrindo a porta. Era Kauã, ela percebendo que não era o mesmo, perguntou:

-Você mora aqui?

-Moro sim, por quê?

-Ah, então o porteiro deve ter se enganado! Não foi você o barbeiro!

-Barbeiro que história é essa?

-É que há algumas horas atrás um rapaz bateu na minha moto lá na garagem e o porteiro disse que ele morava no 215, mas acho que ele se enganou.

-Esse rapaz é loiro?

-Acho que é sim. Na verdade nem reparei muito bem.

-Então deve ser meu irmão. Entre para conversarmos melhor.

Os dois entraram em casa. Bela com um pouco de receio.

-Meu nome é Kauã.

-O meu é Bela. Então, seu irmão está?

-Na verdade não sei. Acabei de chegar como você deve ter percebido.

Os dois estavam sentados na sala, quando veio alguém do quarto falando:

-Kauã é você que chegou?-quando João Vítor viu Bela ali quase caiu pra trás e disse:

-Você aqui?!Como soube que eu morava aqui?

-Graças a um excelente porteiro descobri sua mentira!

-Que feio em Vítor?Além de bater na moto da moça, ainda mente seu endereço!-disse Kauã bravo.

-Ah é que ela que deixou a moto mal estacionada! A culpa não foi minha!

-Conheço bem seu jeito de dirigir! Você deve ser o único culpado! Bela diga quanto é que o Vítor vai pagar.

-Eu falei com o mecânico e inicialmente vai ficar R$530,00 reais.

-Tudo isso?!-disse Vítor assustado.

-Inicialmente sim!-respondeu ela.

-Pode ter certeza que ele vai pagar. -Disse Kauã repreendendo o irmão.

-Obrigada Kauã. Gostei muito de você. Pelo jeito, apesar de serem irmãos são bem diferentes. Tenho que ir. Tenho muito que fazer ainda hoje. Até mais Kauã. Tchau pra você. -disse ela dirigindo-se a Vítor.

Bela saiu do apartamento deles e foi para o seu. Chegando lá, Allana estava dormindo, Bela arrumou suas coisas e foi tomar banho. No apartamento dos garotos, Kauã e Vítor conversavam:

-Você não tem jeito! Como Bate numa moto e depois mente?-diz Kauã indignado a Vítor.

-Ué! Só não queria pagar. Mas graças a você e ao porteiro vou ter que pagar fortunas!

-Você não presta!Você sabe em que apartamento ela mora?

-Sim no 315 do quarto andar. Por quê?Ficou interessado?

-Queria apenas conversar melhor com ela. Já volto. Vou dar uma volta.

Kauã tomou o elevador e foi até o quarto andar. No 315, pensou um pouco antes de apertar a campainha, mas acabou apertando. Bela já saía do banho quando a campainha tocou. Colocou seu roby, e foi atender a porta:

-Você?Que faz aqui?

-Posso entrar?

-Como percebeu acabei de sair do banho. Se não se incomodar em ficar sozinho até que eu me vista...

-Magina, eu espero...

-Fica à vontade... Já volto.

Ela foi se trocar e ele ficou ali sentado. Logo ela voltou e os dois ficaram conversando. Já umas seis da tarde, ela diz:

-Bom agora tenho que pedir pra você ir... Tenho que me arrumar pra ir trabalhar.

-Tudo bem... Eu também tenho que ir trabalhar daqui a pouco.

Os dois se despediram e Kauã foi embora. Allana acordava agora. Allana foi tomar um banho e Bela foi arrumar suas coisas. Logo Allana saiu do banho e Bela foi tomar o seu. Allana se arrumou como nunca. Colocou um vestido curto e preto todo brilhante, próprio pra se usar a noite, uma sandália preta também. Soltou seus cabelos negros e lisos. Estava radiante. Bela saiu do banho e ao vê-la assim disse:

-Nossa aonde você vai?

-Vou a uma danceteria com umas amigas... Quer vir também?

-Eu trabalho esqueceu?Mas vai mesmo e se divirta por mim.

-Pode deixar amiga!Tô indo. Até mais.

-Até mais Lana.

Bela foi se arrumar para ir trabalhar. Pegou suas coisas e chamou um táxi. Logo estava na faculdade. Como sempre ela entrou na sala dos professores e começou a arrumar suas coisas, quando ouve uma voz conhecida vindo do corredor. Continuou fazendo suas coisas. Logo o “dono da tal voz” entrou na sala e disse sem olhar direito pra ela:

-Boa noite.

Ela olhou-o da cabeça aos pés e ao ver quem era disse irritada:

-O que você faz aqui?

-Eu trabalho aqui!- respondeu ele.

-Era só o que me faltava o barbeiro trabalhando no mesmo lugar que eu.

-Eu não sou barbeiro e tenho nome, é João Vítor. E você o que faz aqui?

-Eu infelizmente ainda trabalho aqui!

-Por que você me trata assim? Só por causa da moto?

-É lógico! Que outro motivo eu teria?

-Ter me achado bonito, lindo, maravilhoso?

-Coitado se enxerga!

Ele olhou-a fundo nos olhos, e foi aproximando-se devagar.

-Você tem certeza que pensa isso?

-Absoluta. Você é muito diferente de seu irmão. Ele sim é gente!

-Acha que não sou gente?Então vou te provar!-João Vítor encostou Bela contra a parede, olhou-a fundo nos olhos e a beijou. Bela quando conseguiu se soltar virou uma bofetada no rosto de Vítor. Ele pôs a mão sobre seu rosto e disse:

-Não disfarce, você gostou.

-O dia que uma bofetada foi sinal de ter gostado do que foi feito o mundo estará totalmente perdido. -Disse Bela saindo.

João Vítor saiu rindo. Algumas horas depois, acaba a aula. Na sala dos professores, Bela arrumava suas coisas para ir embora, quando apareceu João Vítor, ao vê-lo ela disse:

-Nem chegue perto de mim seu tarado.

Ele passou reto nem a olhou e disse somente “boa noite” muito friamente e saiu indo embora.

Bela ficou chocada. Foi atrás dele para discutir, quando ele parou perto de um carro e entrou nele no lado do passageiro. Ela olhou para dentro do carro e viu uma mulher lá dentro. Vítor deu um beijo nela e os dois saíram de carro. Bela assustou-se e sentiu um aperto no coração ao ver aquela cena. Pegou um táxi e foi pra casa. No caminho todo pensava no beijo que Vítor dera naquela mulher. Não sabia por que, mas se sentia mal com aquilo. Ao entrar em casa viu Allana vendo TV e disse:

-Oi.

-Oi Bela. Olha apertaram a campainha e deixaram aquela rosa ali.

Bela olhou em cima da mesa e lá viu uma rosa vermelha junto com um pequeno papel. Ela pegou a rosa e leu o papel onde dizia:

“Para uma mulher muito linda... Vá hoje à boate Dance assim que chegar do trabalho. Quero muito te ver lá. Beijos. Kauã”.

Ela sorriu e disse:

-Lana vou sair quer vir comigo?

-Aonde você vai?

-A uma boate chamada Dance, você deve conhecer.

-Você?Saindo pra se divertir?Está doente?

-Não, só quero esquecer de uns problemas e nada melhor que dançar.

-Vou me arrumar. Já venho.

-Tá, não demore. Eu me arrumo num instante.

Logo as duas estavam prontas. Allana pôs um vestido branco brilhante muito bonito. Arrumou os cabelos e pôs uma sandália branca também estava radiante. Seus cabelos negros ficavam em contraste com o vestido branco.

Bela estava linda também. Pôs um vestido preto brilhante e muito sexy. Seus cabelos ruivos ficaram ainda mais marcantes com a roupa preta. E uma sandália preta muito linda.

Elas saíram juntas de carro. Ao chegar à boate, as duas chamavam muito a atenção por onde passavam. Todos as olhavam e ficavam impressionados com a beleza das duas.


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