The Eagle escrita por biancarr


Capítulo 6
Café da Manhã na Casa de Campo




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Na manhã seguinte, Hugo foi o primeiro a acordar, Rose o ouvira descendo as escadas com as malas, ela não deu ouvidos e cobriu a cabeça com o cobertor. Por mais que estivesse ansiosa para passar o fim de semana inteiro com os primos e os tios, estava extremamente cansada, pois passara, outra vez, a noite inteira no quarto de objetos pessoais de seus pais...

Ainda com a cabeça coberta, Rose ouviu a porta de seu quarto abrir e uma meia-luz atravessá-lo. Ocorreu-lhe espiar, mas antes que pudesse alguém se sentou ao seu lado e tirou seu cobertor.

- Eu sei que você não está dormindo, Rose! – Era Hermione, ela já estava pronta e segurava uma xícara – Vamos levante-se, ou iremos deixar você!

Rose se sentou na cama e esfregou os olhos.

- Tome – disse sua mãe entregando-lhe uma xícara com água. Hermione sacou a varinha e tocou sua ponta na xícara, a água transformou-se em um chocolate quente. Rose o tomou e devolveu a xícara para a mãe, sentia-se menos cansada agora – Você tem meia-hora para tomar banho, se arrumar, descer suas malas e tomar café.

Rose bufou e levantou-se da cama e, sem discussões, foi direto para o banheiro.

Quando terminou de fazer tudo, desceu para cozinha ainda calada (o que não é de sua natureza), o efeito do chocolate de sua mãe terminou no momento em que ela ligou o chuveiro quente, portanto continuava sonolenta.

- Um milhão de anos para se arrumar, Rose! – disse Hugo, Rose limitou-se a olhá-lo.   

- Está tudo bem querida? – perguntou Rony.

- Ãham – Foi o que Rose respondeu.

Depois de uns dez minutos a família Weasley estava pronta, com meia dúzia de bagagens sendo que três eram de Hugo e suas tranqueiras. “Mãe, eu vou caçar duendes, jogar quadribol e fazer experiências com a Lílian eu preciso do meu equipamento” foi a desculpa que ele usou, então Rony conjurou um malão como os que eles usavam em Hogwarts. Lá se foram mais dez minutos para que Hugo passasse as coisas das três malas para o malão. 

Depois de Hugo terminar, os Weasley saíram e seguiram para um pequeno morro perto de sua casa, chamado occidens. A caminhada foi longa, pois Hugo não agüentava o próprio malão e tropeçava nele em, praticamente, cada passo que dava. Quando chegaram ao ponto mais alto do morro, Rose olhou de um lado para outro tentando entender a situação, dali podia-se ver, apenas a deserta Summerville suas casinhas.

- O que, exatamente, estamos fazendo aqui? – perguntou Rose.

- Ah! Ela fala. Isso não é fantástico – disse Hugo com deboche.

- Estamos indo para a casa do seu tio Harry! – disse Rony – Agora venham – ele esticou a mão para Rose e Hermione fez o mesmo para Hugo.

- Ainda não entendi – disse Hugo

- segurem as malas – disse Hermione – e não soltem, por nada neste mundo, nossas mãos, ok!?

Rose e Hugo assentiram e deram as mãos para os pais. Quando ficou ao lado de sua mãe, Hugo arregalou os olhos...

- Nós não vamos...? – começou ele, Rony olhou para ele e respondeu:

- Sim, nós vamos!

...

Em um minuto Rose estava com uma mão dada com o pai e a outra segurando firmemente sua mala no pico do occidens, no outro sentia um forte puxão no estômago e seu cérebro diluindo e por último estava no meio de um extenso campo plano e verde com apenas alguns salgueiros e macieiras a sua volta. O lugar era espetacular, tinha uma casa pequenina no meio do campo, um enorme campo de quadribol e um lago em baixo do salgueiro mais alto. A grama era extremamente verde e o sol brilhava no céu. Rose tentava enxergar algo além dos campos, mas era impossível. O silencio e a calmaria tomavam conta do lugar, Rose não queria se mexer ou falar, poderia ficar ali para sempre, mas Hugo a tirou desse transe.

- EU ACABEI DE APARATAR! – ele gritou, jogou a mala no chão e continuou – eu aparatei, eu aparatei, espere até eu contar para aquele idiota do Clive Morgeth!

- Tudo bem, Hugo! – Disse Hermione – Chega de gritaria e pegue sua mala.

Os Weasley seguiram para a porta da pequena casinha. Ela era quadrada e toda branca, tinha todos os detalhes em madeira maciça, havia um poste de luz ao lado e cinco espreguiçadeiras na frente. Quando se aproximou, Rose pode ver uma placa prateada pendurada na porta, escrito “Potter” de dourado.

Rony bateu na porta e em menos de trinta segundos Harry já havia aberto, radiante. Lílian em seu lado. O silencio e a calmaria se fora. De dentro da casa ouviam-se pessoas cantando, gritando e rindo, pelo o que parecia todos os Weasley estavam ali. Harry e Rony se abraçaram, depois foi a vez de Hermione seguida de Hugo e por último Rose.

- Entrem – disse Harry, dando espaço para eles entrarem – Entrem! Nossa Rose, querida, como você está enorme. Quando foi que você resolveu crescer?

Rose sorriu, entrou e de boca aberta ficou quando viu o tamanho da, aparentemente, pequena casa. Já de cara, ela percebeu que a sala poderia ser maior que todo o andar de baixo da sua casa. A sala era enorme, com dois grandes sofás azuis, as janelas e uma porta de vidro iam do teto ao chão, o piso era de madeira clara e a havia uma escada que subiam em espiral em cada lado da sala. O lugar era iluminado e cheio de fotos em movimento. Nos fundos havia uma cozinha toda em mármore, com dois balcões e duas cadeiras defronte.

Estavam todos ali, os avos Weasley, Jorge e sua família, Gui e Fleur, Carlinhos, Neville, Teddy e Victória enroscados no sofá. Depois de todos se cumprimentarem, Molly postou-se no meio da sala e a bagunça parou no mesmo instante.

- Já que estamos todos aqui – Ela disse – podemos tomar um café decente. Todos para fora!

Houve alguns gritos e todos, por mais incrível que pareça, saíram organizadamente pela porta de vidro. Seguiram todos para trás da casa, onde estava à mesa de madeira mais cumprida (com exceção da de Hogwarts, é claro) que Rose já vira com vários pratos, copos e talheres já colocados, havia pelo menos uns vinte lugares ali. Hugo, Roxanne, Lílian, Fred, Tiago e Alvo foram para o campo de quadribol e o resto do pessoal sentou-se nas cadeiras da mesa.

- Ro – Gritou Roxanne, do campo – Vem jogar!

- Está maluca – Respondeu Rose – se eu fizer isso um de vocês vai acabar indo para o St. Mungus!

Roxanne deu os ombros.

- Precisamos de um... – começou Roxy, mas foi interrompida pela avó, Molly.

- Nada disso – disse Molly com a voz esganada – Vocês vão tomar café primeiro!

Rose riu, vendo os primos reclamarem e jogarem suas vassouras no chão, Roxy era a pior deles.

- Mas vó... – disse ela, no encalço de Molly  

- Mas nada, Roxanne. Você precisa se alimentar.

Roxy bufou e foi se sentar do lado de Lílian. Tiago fez gesto chamando Rose, e ela foi se sentar ao lado do primo. Neville Longbottom, amigo da família e professor de Hogwarts, estava sentado do seu outro lado.

- Então, Rose – disse ele, com um sorriso bondoso, mas acima de tudo cansado – ansiosa para o inicio das aulas?

- Oh! Claro, mas que tudo Sr. Longbottom – disse Rose, por mais que o visse freqüentemente fora de Hogwarts, não perdia a mania de chamá-lo de Sr. Longbottom, professor Longbottom...

- Apenas Neville, Ro – ele disse

- Hmm... ok!

- Muito bem pessoal – disse Gina da ponta da mesa, colocando uma cesta de pães na sobre ela – podem atacar.

Não precisou, falar duas vezes. A gritaria começou. Hermione, Angelina e Gina conversavam sobre uma liquidação de suéteres e casacos na Madame Malquim com Fleur e Sra. Weasley. Rony, Harry e Jorge conversavam com o Sr. Weasley. Tiago e Fred davam as risadas mais altas do mundo, Lílian e Hugo montavam algum monstro com pães, palitos de dente e muffins, Neville, Carlinhos e Gui conversavam sobre como os dragões haviam sumido da Romênia e onde eles estariam se abrigando, e Victória e Teddy discutiam.

- Não dá para entender estes dois, não é?! – disse Tiago para Rose

- Uma hora se amam e na outra estão discutindo feito loucos – Disse Rose

- São os mistérios do amor – Disse Lílian, sonhadora.

- Ou eles realmente não servem pra coisa – disse Hugo de boca cheia

- Ai, meu Deus Hugo – disse Lílian – que nojo!

- O quê? – disse Hugo, com um Muffin em cada mão.

Rose revirou os olhos e continuou comendo seu Muffin. Tiago começou a contar piadas e em alguma delas, Fred riu tanto que engasgou com o próprio bacon. Depois foi a vez de Harry, Rony e Hermione contarem suas aventuras, mesmo já tendo as ouvido, Rose achava que elas não deixavam de ser incríveis.   

Depois do café, os filhos e os pais se desafiaram para uma partida de quadribol. De um lado estavam Harry, Rony, Gui, Gina, Angelina e Jorge. Do outro Hugo, Roxanne, Lílian, Fred, Tiago e Teddy (Victória havia o deixado jogar). Aquilo não parecia muito justo na opinião de Rose, mas ninguém parecia se importar. O resto da familia Weasey se dividiu em dois grupos, os Caras (time dos filhos) e os Coroas (time dos pais). Carlinhos decidiu ser o juiz, Rose sentou-se na grama ao lado de Alvo, sua avó e Victória, torcendo pelo time dos Caras, Hermione, Sr. Weasley, Fleur e Neville estavam do lado oposto do campo torcendo pelos Coroas.

- Você não quis jogar? – perguntou Rose ao Alvo

- Hã? – disse ele meio distraído – Não, não... Acho que eu acabaria mandando alguém para o St. Mungus!

- Ei, essa frase é minha! – disse Rose rindo

- Eu sei – respondeu Alvo, também rindo.

- Ro – chamou Alvo, arrancando a grama.

- Sim? – disse Rose

- Você acha que eu sou um idiota? – Alvo estava sério. Rose sabia que o irmão o chamava assim, sabia também que Alvo tinha complexo de inferioridade, já que era mais tímido e não era popular como Tiago. Tentara convencê-lo do contrário várias vezes, mas ele nunca havia perguntado diretamente.

- É claro que não, Alvo – disse Rose – Você é a pessoa mais inteligente, gentil e leal que conheço. Eu sei que se um dia eu precisar, você vem correndo!

Alvo sorriu e Rose bagunçou seu cabelo.     

Carlinhos foi ao meio do campo, segurando a goles.

- Vai começar – disse Alvo levantando-se, Rose também se levantou. Todos já estavam flutuando em suas vassouras. Faltava um jogador em cada time, portanto eles decidiram colocar só um batedor. Roxy, Lílian, Hugo, Angelina, Gina, Gui eram artilheiros; Teddy e Rony goleiros; Fred e Jorge batedores; Tiago e Harry apanhadores.

- Nada de empurrar o adversário da vassoura, e de se aproveitar da velhice dos Coroas ouviram Caras – disse Carlinhos. Todos riram.

- Eeeeei- disse Rony – não estamos tão acabados!

- Que seja - disse Carlinhos.

Os Weasley começaram a gritar de um lado “vamos Coroas” e do outro “Caras, Caras!” Carlinhos soltou o Pomo de Ouro e em seguida jogou a goles e gritou “Valeeeeendo” enquanto a ela subia.         


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