A Serpente escrita por Heva Paula


Capítulo 13
Capítulo 13 - Desejo




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Uma tortura! Foi assim que me senti, as noite foram quentes e aconchegantes, dormir com suas mãos e seu corpo me aninhando foi um dilema eu estava presa entre a loucura e o prazer, eu só podia esta ficando louca, eu não podia perder o controle! Eu não podia perder esta batalha! Eu queria me entregar e ser dele, mas as palavras de Naíma o jeito como aquela mulher agia, ela era tão bonita comparada a mim, ela amava Badi, ao contrario de mim, tudo o que eu sentia por meu marido era apenas o desejo do meu corpo e nada mais, nossa relação estava baseada entre contatos corporais, eu não merecia esta roubando o lugar de alguém, por que eu estava chorando?

- Safia? Você esta se sentindo bem?

- Sim! – funguei, enquanto limpava meu rosto com a manga do meu pijama.

- O que esta acontecendo? – ele me segurou em seus braços e me levantou gentilmente.

- Não é nada, esta tudo bem!

- Devia para de mentir, não é o seu ponto forte.

- Às vezes o silêncio me deixa mais confortável comigo mesma.

- Você precisa entender que eu não estou com você por respeito, por seguir um padrão, eu quero você! Eu desejo você, antes era apenas... – ele silênciou.

- O que? – minhas palavras foram apenas um sopro na escuridão do nosso quarto.

- Antes eu desejava seu corpo... Agora eu desejo seu coração, eu desejo o seu sorriso, já se passaram mais de cinco noites, cinco sonhos, cinco vezes em que você apenas me desprezou, cinco dias em que o seu olhar não encontra o meu... Eu disse que esperaria, eu não vou forçá-la a nada, você vai me procurar, você vai me desejar... – minhas mãos tocaram seu corpo quente, os pontos de luz que iluminavam seu corpo me fazia percorrer circulos entre sua face até o seu abdômen, bendita gargantilha!

- É difícil... Esta sendo muito difícil... Você não entende... – eu não conseguia juntar as palavras.

- O que? – ele me observou com um olhar tão doce e carinhoso.

- Apenas acabe com esse tormento! – minhas mãos fecharam em volta da sua nuca

Eu queria mais, eu queria sentir... Sentir... Sentir... Nada mais, Badi era perfeito, ele roubou minha alma, eu o pertencia, mesmo quando acreditava não pertencer, nós dois estavamos sedentos pelo prazer, eu o queria para mim, cada toque, cada respiração, meu coração parecia esta preso em minha garganta, a gargantilha que ainda continuava em meu pescoço por todos esses dias, me sufocava, o ar me faltava diante de todo aquele deleite, eu desejava o fim de toda aquela tortura, eu sentia um prazer que atravessava meu corpo indo até o meu íntimo, seu membro rijo pulsava em minha pele, e em um súbito momento de loucura meu pijama foi rasgado, sua mãos tocaram o interno de minhas coxas, um rosnado primitivo emergiu na garganta de Badi, seus lábios sequer largaram os meus, minha pele quase despida não deixava a minha timidez transparecer, quem era essa mulher que se fazia irreconhecível?

- Safia eu quero você... – sua voz era apenas um sussurro em meio toda a rouquidão.

Pancadas fortes em nossa porta do quarto!

- Senhor! Senhor! – Badi tentou ignorar – senhor há algo de errado com seu tio!

- O que? – Badi se levantou tão rapidamente que fez meu corpo quicar em nossa cama – o que houve com Said?! – a porta foi escancarada.

- Ligaram... Bem é que... – Ester parecia ruborizada diante da situação, Badi demorou alguns segundos para perceber o fato de esta apenas usando uma simples calça de seda, senti o olhar de Ester pesar sob meu corpo apenas usando uma lingerie.

- Diga! – ele estava muito nervoso para envergonhasse, sua voz era fria e grave.

- Ligaram do hospital...

- Como? Qual hospital? Onde ele esta?

- O endereço esta anotado aqui. – ele rapidamente tomou o pequeno pedaço de papel – Diga a Benjamin que prepare meu carro e diga que eu mesmo irei dirigir!

- Sim senhor!

Ele fechou a porta abruptamente, as luzes foram acesas, seus passos largos e fortes corriam de um lado para o outro:

- Vamos levante-se!

- Mas...

- Vista-se e venha comigo! – seu olhar parecia tão contido e distante, aonde estava aquele homem que há pouco tempo fazia meu corpo queimar em brasa?


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