A assassina I - Hogwarts, Uma Outra História escrita por GabrielleBriant


Capítulo 25
Férias na Mansão Snape




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CAPÍTULO XXV. - FÉRIAS NA MANSÃO SNAPE

Finalmente o primeiro dia das férias da páscoa tinham começado. Junto com ele, a preocupação. Amélia iria passar as férias com o seu namorado! Como a sua mãe tinha permitido isso, ela não sabia... Talvez fizesse parte do jeitão estranho que ela tinha incorporado desde o fim do seu quinto ano... Mas, o fato é que ela estava em seu quanto com Lílian, arrumando as suas malas.

A garota ruiva disse.

- Eu ainda não acredito que você vai realmente passar as férias com ele... Quer dizer, eu não sei se teria coragem!

Amélia sorriu.

- Ah, Ly! Nós estamos nos anos 70! Tudo pode!

- Mas... – ela se aproximou. Diminuiu a voz – Você acha que algo vai acontecer?

Achava, sim. Mas não podia contar nada... Pelo menos não antes de acontecer.

- Não. Eu acho que não. Sabe, nós vamos estar com os nossos pais o tempo inteiro! Não sei se vai ser possível... E nem eu sei se teria coragem!

Lílian sorriu divertida. Levantou uma sobrancelha.

- E toda aquela história dos anos 70?

Amélia mordeu o lábio. Tinha que falar com a amiga.

- Ly, e se acontecer?

- Aí você me conta como foi, para eu não fazer muita besteira quando me casar com o Tiago!

XxXxXxX

Ainda naquela mesma tarde, o casal estava chegando num pequeno vilarejo no sul da Inglaterra. No alto de uma grande colina, reinava imponente a tradicional Mansão Snape. A família residia ali há incontáveis gerações. O vilarejo nunca viu casa maior ou mais bonita.

Não se podia dizer jamais, porém, que os Snape eram amados. Eileen Snape, a matriarca, talvez. Ela era uma senhora simpática que sempre procurava se socializar com os seus pobres vizinhos. Mas o seu marido, Tobias Snape, era odiado. O homem era sinistro e grosso. Jamais trocara uma palavra sequer com qualquer um dos moradores do vilarejo.

O casal tinha três filhos: Serene Snape, a mais jovem, tinha dez anos. Iria ingressar em Hogwarts no ano letivo seguinte. Estava excitadíssima. O filho do meio era Sérvolo Snape. Ele tinha ido a Hogwarts há apenas dois anos. Amélia não sabia muito dele... Apenas que era Sonserino e que não simpatizava muito com o irmão mais velho. E, por fim, o mais velho era Severo.

Quando Amélia e Severo chegaram na casa, ela parecia estar sem ninguém. Tudo estava no lugar. Era impecável. Severo olhou para Amélia, que olhava admirada para a casa.

- É magnífica, não é?

Amélia suspirou. Não podia mentir. A casa era perfeita.

- É maravilhosa.

- Bom, é aqui que vamos passar a semana. Minha mãe deve estar na cozinha.

Ela o olhou.

- Onde estão seus irmãos?

- Viajaram com meu pai. Sabe, ele não tem idéia que seu filho pródigo está de volta ao lar!

- Sua mãe não o disse?

- Não. Se ela tivesse dito, ele não teria deixado a casa. Quando eu digo que o velho me odeia, eu realmente estou sendo sincero.

Ele deu três passos em direção ao sofá. Tirou as bagagens reduzidas que trazia no bolso e, com um toque de sua varinha, as fez voltar ao tamanho normal. Nesse momento, um elfo doméstico chegou.

- Oh! O menino Severo está de volta! Em que posso servir o mestre?

- Olá Twinkly. Amélia, esse é Twinkly, um dos nossos elfos domésticos.

- A família de Twinkly está há anos servindo os Princes! Nunca, nunquinha, ganhamos nenhuma roupa sequer!

Twinkly disse, com orgulho. O pequeno elfo pegou, de um jeito meio desengonçado, todas as malas e começou a carregá-las.

- Onde devo colocar as malas da jovem senhorita?

- No quarto de hóspedes ao lado do meu. Vem, Amélia, eu vou te mostrar a casa.

Ele começou pela sala, mostrando a Amélia as fotos dos ancestrais, que, estranhamente, não se moviam. Torceu o nariz quando chegou à foto do pai. Depois, foram para uma sucessão de salas e salões, até chegar à cozinha, onde a mãe de Snape cozinhava alegremente junto com três outros elfos domésticos. Os olhos da mulher se iluminaram ao ver o filho. Ela largou as panelas e correu ao seu encontro.

- Severo! Meu filho! Voc... Você cresceu tanto! Está tão bonito!

A mulher começou a abraçar e beijar Severo, que ficou constrangidíssimo com a situação. Amélia se deleitava com a imagem. A mãe de Severo era uma bela mulher... Bom, pra idade. Ela estava no meio dos seus quarenta. Ela, percebendo o olhar felicitado de Amélia, deixou o filho.

- Mãe, essa é Amélia Lair, a garota de quem eu te falei. Amélia, essa é Eileen Snape, minha mãe.

- É um prazer conhecê-la senhora Snape.

- Ah, minha filha. Chame-me de Eileen! Afinal você já está a dois anos com o meu filho! Já faz parte da família!

- Como a s..., Digo, como você quiser, Eileen.

- Severo, mostre o resto da casa para Amélia. Eu vou terminar com esses biscoitos!

Severo se apressou em tirar Amélia de uma vez da cozinha.

- Bom, só falta o primeiro andar.

Os dois subiram as grandiosas escadas da Mansão Snape. O corredor que levava aos quartos era cheio de quadro de familiares de Severo. Muitos dos quais nem o próprio sabia de quem se tratava.

No caminho, Severo foi abrindo uma sucessão de portas, cada qual levava a um quarto mais luxuoso e espaçoso. Por fim, ele chegou ao quarto em que Amélia pernoitaria.

- Aqui é o quarto de hóspedes que você vai ficar.

Os dois entraram. O quarto era majestosamente mobiliado, como o resto de toda a casa. A decoração desse quarto era, na sua maioria, escura, puxada para o vinho. A enorme cama carregava lençóis aveludados e aconchegantes... Quase... convidativos. Amélia estremeceu com esse pensamento. Já estava se segurando há dois anos... Não sabia se conseguiria o fazer por muito mais tempo.

Depois de uma rápida olhada no quarto, os dois saíram. Snape a guiou para a porta imediatamente ao lado. O quarto dele.

- E aqui é onde eu durmo desde muito pequeno. Não é grande coisa, mas...

- Não é grande coisa! Sev, esse é o maior quarto da casa! É enorme! É maior até do que o quarto dos meus pais!

- Isso é porque você não viu o quarto dos meus pais. - Amélia quase se animou - E nem vai ver. Eu não entro naquele antro nem que a minha vida dependesse disso... Quer dizer, só quando essa casa for minha.

Amélia ficou intrigada. Como um quarto poderia ser mais grandioso que esse? O verde escuro tomava conta de quase toda a decoração do quarto - dos tapetes às cortinas. A madeira dos móveis também era escura, contrastando com o dourado dos seus detalhes... Detalhes em ouro, – Amélia não deixou de constatar.

A cama era ainda maior do que a do quarto anterior... Se Amélia já tinha imaginado loucuras ao ver a cama em que ela dormiria, imagine o que ela pensou ao ver essa. Ela se sentiu excitada com a antecipação.

- Eu não consigo imaginar como você conseguiu deixar de viver aqui – ela apressou em mudar o curso dos seus pensamentos.

- Embora o lugar seja bom, Amélia, como você sabe, a companhia não era. Eu prefiro morar num cubículo a dividir essa casa com o meu pai.

- Ele é tão mal assim?

- Ele nunca gostou de mim. – Ele se sentou numa larga poltrona que tinha no canto do quarto, perto da estante de livros. Amélia se acomodou no chão, num tapete maravilhosamente macio – Sempre me bateu... Humilhou-me... A mim e a minha mãe. O ódio que eu sinto por ele tem sido cultivado desde que eu tinha apenas cinco anos de idade, quando eu o vi bater na minha mãe pela primeira vez. E tudo piorou depois que meus irmãos nasceram... Principalmente depois que Serene, a filha querida, veio ao mundo. Eu sou a ovelha negra.

Amélia abaixou a cabeça.

- Eu queria poder dizer que eu te entendo, mas não dá.

- Eu sei. Você já me disse várias vezes como os seus pais são maravilhosos... Sabe, Amélia, eu prefiro que você não me entenda.

Ele desceu da cadeira e se ajoelhou no chão, de frente a ela. Foi engatilhando até se aproximar o suficiente para encostar os seus lábios. O beijo, que começou devagar, foi aumentando rapidamente de proporções. Ele continuou a avançar. Ela se curvou para trás. Quando estavam os dois já quase deitados, uma batida na porta fez com que eles se afastassem imediatamente.

- Os biscoitos estão prontos!

Sem graça, Amélia se levantou e correu para a porta. Foi seguida de um extremamente furioso e frustrado Severo.

XxXxXxX

Chá e biscoito com Eileen Snape. Não havia nada mais agradável nesse mundo. A mulher era simplesmente adorável... Era incrível que um cara como o pai de Severo conseguisse segurar uma mulher dessa: Ela simpática, interessante, fina... Tudo que uma mulher da alta sociedade tem que ser.

Eileen pousou a sua xícara sobre a mesa.

- Mas você ainda não me contou como você e o meu filho começaram a namorar.

- Ah! – Amélia riu. – Foi uma história muito longa. E complicada. Mas, em resumo, nós somos amigos que acabaram por se apaixonar depois de uma noitada.

Eileen quase cuspiu todo o biscoito que tinha na boca ao ouvir isso. Amélia percebeu o mal-entendido. Enrubesceu. Severo se justificou pela namorada.

- Nós só bebemos, mãe. E acabamos por nos beijar.

Ela suspirou aliviada. Sorriu abertamente.

- Ah, bom! Eu sempre digo a Severo que ele deve parar com essa história de beber. Nós acabamos por fazer o que não devemos, quando bebemos!

Amélia a encarou com curiosidade.

- Você não bebe?

- Em ocasiões especiais, sim. Apenas vinho. E muito pouco. Mas você também bebe, não, Amélia? Na noite em que vocês começaram a namorar você também estava embriagada?

- Mais ou menos isso... – Severo rolou os olhos. Amélia o olhou em reprovação. A mãe dele não precisava saber quão bêbada ela estava quando beijou Severo pela primeira vez! – Só que nó não começamos a namorar naquela noite.

- Não!

Amélia quase gargalhou.

- Na verdade, só fomos namorar um ano depois.

- Um Ano! – Eileen bebericou um pouco de chá. – Vocês, jovens... De qualquer forma, eu fico feliz! Dois anos foi o tempo mais longo que o meu filho namorou. – Pegou mais um biscoito. – Ah! Você pretende trabalhar ou vai ficar de madame, como eu?

- Trabalhar. Eu vou entrar na faculdade e encontrar um emprego de qualquer coisa. Sabe, só para me manter por aqui sem dar despesas aos meus pais.

- É bom saber o quanto você é responsável. O severo pensa em fazer a mesma coisa... Mas os motivos são outros – ela acrescentou, tristonha.

Amélia deu um sorriso triste. Severo bufou.

- Ele me contou isso. Nós estamos até pensando em morar juntos.

- Jura? Quer dizer que desse namoro pode sair casamento?

- Mãe! - Severo entrou na conversa - Nós estamos falando de morar juntos, não de casamento!

- Se vocês vão partilhar uma vida, é casamento!

XxXxXxX

Eles passaram a noite inteira assim, conversando. E assim também se passou a semana inteira. Até que chegou a inevitável última noite do último dia... As últimas horas que Amélia estaria passando naquela mansão maravilhosa, com aquela mulher magnífica e aquele garoto... Sem palavras para descrevê-lo.

- Bom, mas já está tarde. – Eileen constatou, olhando para o relógio. – Vocês vão ter que acordar cedo amanhã... Nova York, estou certa?

- Certíssima. – Amélia sorriu. – Vamos passar o resto das férias de páscoa por lá.

- Bom, é melhor que vocês subam.

Snape a acompanhou para o quarto de hóspedes. Sem longos beijos de despedida, ele desejou à Amélia uma boa noite.

Ela entrou. Tomou um rápido banho e vestiu uma camisola de seda preta. Uma camisola muito sexy, por sinal. Caia muito bem no corpo dela, desenhando todas as curvas. Rendas indiscretas revelavam boa parte dos seus seios fartos.

Ela se deitou, sentindo o veludo vinho acariciar a sua pele. E começou a imaginar... As mãos dela foram descendo lentamente para uma região que ela não dava atenção sempre. Quando estava quase chegando lá, uma batida na porta a trouxe de volta à fria realidade.

Ela colocou um roupão por cima da sua camisola e foi atender a porta. Severo estava lá.

- Vamos para o meu quarto.

Ainda lânguida, ela aceitou.

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