A assassina I - Hogwarts, Uma Outra História escrita por GabrielleBriant


Capítulo 22
NOMs de Defesa Contra as Artes das Trevas




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CAPÍTULO XXII. - NOMS DE DEFESA CONTRA AS ARTES DAS TREVAS

Amélia abriu os olhos lentamente... E sorriu. Hoje seria o penúltimo dia de aula do seu quinto ano... E que ano! Bom demais! Finalmente tinha se acertado com Severo... Nada oficial, mas todos ficariam sabendo assim que as férias terminassem.

E tomara que elas terminem logo!’

A verdade é que a última coisa que Amélia queria era voltar aos Estados Unidos. Se pudesse, iria para a casa de Severo, passar as férias com ele...

O que seria extremamente perigoso, a julgar pelo que quase aconteceu ontem!’

-Bom dia, Mia! Preparada?

O sorriso morreu. Elizabeth. Apenas essa menina tinha o dom de transformar o humor dela. Suspirou. Sentou-se.

-Bom dia, Elizabeth.

-Menina, nós somos colegas de quarto! Já disse pra me chamar de Lizzy, apenas.

- Certo Elizabeth.

A menina bufou. Amélia começou a vestir o uniforme.

-E aí? Preparada?

-Para...?

Thompson virou os olhos.

-O exame de Defesa Contra as Artes das Trevas!

Amélia sorriu desdenhosamente.

-Querida, para isso eu estou preparada desde que nasci!

XxXxXxX

-Lílian!

A menina pulou com o susto. Ela estava numa das mesas do salão comunal da Grifinória, cheia de livros de Defesa, passando os olhos por eles e tentando decorar o máximo possível.

-Ah, Mia!

Ela se aproximou e fechou um dos livros.

-Nervosa?

-Dá pra perceber?

-Um pouco. Você viu os meninos?

-Não... Já devem ter descido para o café. – Olhou Amélia por um momento – Escuta, vocês brigaram ontem, ou coisa parecida?

Amélia procurou em sua mente... E respondeu, sinceramente.

-Não. Mal falei com eles.

Ela franziu o cenho.

-Estranho...

E começou a fechar os livros e juntar as anotações. Amélia ajudou.

-O que?

-Bom é que... – Lílian pareceu hesitar por um momento. Falou em voz baixa. – Eu não sei se deveria te contar... Vai parecer fofoca, mas é que você é minha amiga!

-O que?

-Bom, é que eu os ouvi conversando... O Sirius... bem, ele estava te... condenando por algo que você fez ontem de noite.

-Mas eu nem falei com ele ont... – E então, Amélia percebeu: ‘O barulho no banheiro da Murta!’ – Oh, Merlin!

Amélia mordeu o lábio, desesperada.

-O que foi?

-Eu tenho que falar com ele!

-Então vamos descer, ver se conseguimos encontrá-lo no salão principal.

XxXxXxX

Mas ela não encontrou. Nem nenhum dos marotos... Apenas conseguiu vê-los na hora da prova.

No salão principal, várias mesas estavam dispostas, como em todos os outros dias de NOMs. Amélia mordeu o lábio. Procurou um lugar próximo a Sirius... Sentou-se umas três cadeiras atrás dele, na fila em sua direita.

Nem viu que, perto dali, Severo se sentava.

-Psssst! Pssst! – Amélia olhava desesperada para Sirius, que se entretia com seus amigos. – Black! Black! Sirius!

O garoto se virou. Olhou de uma forma hostil para Amélia e voltou a conversar. Ela bufou.

-Sirius!

Antes que o garoto pudesse responder, uma outra voz, ao lado dela, exigiu um pouco de atenção.

-O que você quer com Black?

Amélia suspirou. Era Severo.

-Desejar boa sorte. – Ela mentiu.

-É, ele pode precisar de sorte. – Riu. – Por que você não foi sentar do meu lado?

-Nem tinha te visto. – Nesse momento, Flitwick entrou no salão. – Vai começar! Boa sorte!

-Não precisarei disso. Nem você. Apenas, faça direito.

Ela deu um meio sorriso. Quando voltou a olhar para sirius, o olhar dele, que estava finalmente sobre ela, a reprovava.

Ai, meu amigo... Você realmente foi me espionar ontem!’

-Todos em silêncio e em seus lugares. – Em apenas um minuto não se ouvia nem a respiração dos alunos no salão. – Que os testes comecem.

Pergaminhos apareceram, e Amélia não pode mais pensar em seu amigo, ou no que ele estaria pensando dela.

XxXxXxX

A prova foi como o esperado: maravilhosa. Amélia não teve dificuldade alguma em responder nenhuma questão. Em apenas uma hora e meia, tinha feito tudo.

E não tinha sido a única a achar isso: Quando chegou nos jardins de Hogwarts, encontrou Augusto Malfoy e Bellatrix Black. Aproximou-se do grupo, sorrindo.

-O que acharam da prova?

-Muito fácil – Augusto falou, crispando o lábio. – Sinceramente, esperava um pouco mais. Sabia que ia ser fácil, mas a prova foi, simplesmente...

-...Infantil – Bellatrix completou.

-Concordo com todos vocês. Mas foi até bom! Tenho certeza absoluta que tiro nota máxima!

Os dois concordaram. Mudando de assunto, Augusto disse.

-Amélia, nós vamos sair, para comemorar a boa nota. Quer ir?

Amélia deixou de sorrir. Não deveria sair de Hogwarts, ela sabia... Desconversou.

-Aonde vocês vão?

-Para um bar na Travessa do Tranco! – Amélia mordeu o lábio inferior. ‘Muito longe!’ – É de um amigo do meu pai... Lá não vai acontecer nada com quem estiver comigo. – Augusto olhou para ela. Ela assentiu. A única que não sabia dos temores do pai dela era Bellatrix.

-E como vocês vão fazer para chegar lÿ

-No Cabeça de Javali tem uma lareira conectada com lá – Bellatriz falou, impaciente. – E aí? Vai ou não?

-Eu não sei... Er... Nós não deveríamos esperar por Severo...

-Ele sempre demora em provas! - Bellatriz respondeu, ainda mais impaciente - Se esperamos por ele, perderemos a chance de tomar um bom Whisky.

Amélia não argumentou mais. Ela sentia que era o seu papel social ir até o bar... Por mais que isso significasse descumprir uma ordem direta dos seus pais... Logo estava com os amigos num bar sujo na Travessa do Tranco.

XxXxXxX

Obscuro e sinistro eram elogios para o local. Logo que chegou, Amélia não se sentiu bem. Ela teve medo dos freqüentadores... Todos sinistros, trajados de negro... As únicas figuras conhecidas eram poucos Sonserinos do sétimo ano. Mas, depois de algumas (muitas) doses de Whisky, Amélia já se sentia até bem confortável.

Bellatrix, que tinha ficado na cerveja amanteigada, virou-se para ela e perguntou.

-Você está namorando o Severo, não estÿ

Amélia a encarou. Não tinha um pingo de hostilidade na voz da garota... E o rosto dela estava... Sereno? ‘Tem que ser efeito do álcool!’

-É, estou. – respondeu displicentemente – Já faz um tempo.

-Eu sabia. Sabe, vocês são péssimos em guardar segredo.

Mas uma vez, a falta de grosserias no tom de Bellatriz alarmou Amélia. O que diabos ela estava querendo com aquela conversa... simpática?

-Eu acho que sim.

-Vocês formam um bonito casal. - Ela bebericou a garrafa. - Mais bonito do que eu com ele.

Amélia suspirou e disparou.

-Bella, não que eu não esteja gostando, mas por que exatamente você está me tratando como um ser humano?

Ela deu uma risadinha... Mas não foi em escárnio.

-Bom, é que se o Severo te escolheu como namorada você não pode ser tão má quanto eu penso. Eu acho que nunca te dei a chance de mostrar quem você é para mim.

-Você tem toda razão!

Bellatrix crispou o lábio... Mas logo relaxou e sorriu.

-O fato é esse: eu não te odeio! E, como nós temos muitos amigos em comum, eu pensei em tentar pelo menos ter uma convivência saudável com você.

-Tudo isso porque Severo quer namorar comigo?

-Essa é só a ponta do iceberg, Amélia.

Ela balançou a cabeça e tomou mais um gole de Whisky.

-Então isso seria um acordo de paz?

-Precisamente.

-Garotas! - Augusto falou – É muito bom que vocês duas estejam se entendendo, mas nosso tempo aqui acabou. Temos que voltar!

-O que? Jÿ Eu só tomei... - Amélia pensou um pouco - peraí, quantas doses eu tomei?

-Não faço idéia, Amélia! – Ele bufou – Vamos!

E os três amigos fizeram o caminho de volta.

XxXxXxX

Quando chegaram, uma aglomeração de alunos perto do lago chamou a atenção dos três.

-O que diabos está acontecendo ali? - Amélia se perguntou, confusa.

Risadas ecoaram da aglomeração.

-Não sei - Augusto respondeu. - Mas estamos para descobrir.

Os três correram até làencontrando dificuldade para passar pelos inúmeros estudantes. Quando finalmente chegaram no centro da roda, viram Snape transpirando ódio por cada poro. Remo estava sentado no pé de uma árvore... Há pouco estivera lendo, mas agora só segura o livro Transfigurações e presta atenção na confusão. Sirius e Tiago estavam juntos, com as varinhas empunhadas e Lílian falava com Tiago.

-...a sua vassoura consiga sair do chão com o peso dessa cabeça cheia de titica. Você me dá NÁUSEAS.

Lílian saiu correndo do local. Amélia continuava apenas observando, confusa.

-Evans! - Tiago gritou por Lílian. – EI, EVANS! - Ele se virou para Sirius quando percebeu que a garota não o responderia – Qual é o problema dela?

-Lendo nas entrelinhas, eu diria que ela acha você metido, cara.

-Certo. - Tiago disse, parecendo furioso. - Certo...

Um feixe de luz saiu da varinha de Tiago, e Snape foi imediatamente suspenso no ar de ponta-cabeça. As vestes dele subiram e revelaram as pernas e a cueca cinza que ele usava. Augusto riu. Amélia ficou furiosa.

-Quem quer ver eu tirar as cuecas do Ranhoso?

A maioria das pessoas deu gritinhos de excitação. As risadas ecoavam pelos jardins. Tiago olhou para Sirius. Ele acenou, como se desse autorização para que a humilhação fosse concluída. Sem conseguir se manter calada, Amélia se jogou no meio da roda, gritando para todos ouvirem:

-Eu quero!

XxXxXxX


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