- QUAL O SEU PROBLEMA?!

Ouviu-se um grito nos corredores vazios da ridgeway, seguidos por um garoto moreno e um pouco musculoso andando apressado.

- Ai, relaxa! Foi só uma brincadeira.

A garota que o perseguia era uma antiga conhecida dos diretores: Sam Puckett. Também conhecida como “diabo loiro”. Um apelido apropriado para suas ações. Freddie escancarou a porta do banheiro masculino entrando apressado e deixando Sam do lado de fora.

- Você ficou mesmo chateado, Freddonho?

- Cala a boca Sam! Meus olhos estão ardendo! É tudo sua culpa!

A garota ria do lado de fora do banheiro divertindo-se com os gritos do garoto. Foi só uma pegadinha, a pegadinha perfeita segundo Sam. Colocará ketchup que disparou na direção de Freddie assim que abriu o armário, o mesmo garoto que agora gritava com tanta raiva.

- Sam! Eu juro que vou falar com o diretor!

O sorriso do rosto da loira desapareceu, sentiu sua face ficar esbranquiçada. Mais uma reclamação e seria expulsa da escola.Ela não temia sair da escola por que possuía uma paixão pelos estudos, mas sim porque não queria ir para um reformatório. Outra vez.

- Não, Freddie! Não faz isso!

Ela entrou no banheiro empurrando a porta com força para se deparar com uma visão que não esperava: Freddie estava sem camisa, essa estava na pia. Ficaram os dois alguns segundos em silêncio se encarando. Ouvia-se apenas o barulho da água da pia.

- O que...?

- Eu precisava limpar a camisa que você sujou, Sam.

- Ah...

Ainda muito sem graça, Sam resolveu falar com Freddie sobre o real motivo de ter entrado no banheiro masculino.

- Não fala pro diretor o que eu fiz! Mais uma reclamação e eu vou ser expulsa!

Freddie cruzou os braços deixando os músculos mais a mostra, Sam engoliu seco e corou um pouco, mas ajeitou o cabelo bruscamente e tentou disfarçar o quanto aquilo a deixava sem graça.

- O que eu ganho se não contar pro Franklin?

Sam dá um passo pra mais perto de Freddie e fala com uma expressão série.

- Por...favor.

- Ainda não vejo nenhum ganho pra mim.

- Eu... – suspiro – prometo que não vou colocar nada no seu armário pelo resto do ano.

- Nunca mais, Sam.

- O quê?

-Nunca mais.

- Não!

- Diretor Franklin...

- Certo! Nunca mais!

Freddie sorriu vitorioso.

- Ótimo, agora, eu preciso limpar minha camisa.

- Ah, eu limpo, só...

Sam andou até a pia pegando a camisa das mãos de Freddie, o movimento rápido porém fez a água espirrar na sua blusa.

- Droga!

Freddie olhou para a blusa de Sam vendo seu sutiã exposto, o mesmo corou imediatamente ao ver o mesmo, tentou desviar o olhar, mas não conseguiu.

- Se importa?

Sam disse isso e tirou sua blusa. Simplesmente. Parecia não se importar nem um pouco com a presença de Freddie, o qual não corou dessa vez, mas ficou completamente vermelho ao ver como os seios de Sam quase não cabiam no sutiã.

- Ahr, Freddie, é quase como se eu não fosse uma garota pra você.

 Na hora que disse isso ouve uma tristeza em sua voz imperceptível. Se ela soubesse que para ele isso não era totalmente verdade, não teria tirado a blusa tão despreocupadamente.

- Não é verdade...

- O quê você falou?

Sam olhou pra ele e quando girou seu rosto fez seu sutiã roçar no peito nu de Freddie. Ela não percebeu, mas ele sim. Os dois se olharam nos olhos e quando Sam começou a se sentir constrangida com aquela situação, virou o rosto novamente e fingiu que prestava atenção nas roupas em sua mão.

- Tanto faz...

Enquanto ela lavava a camisa e esfregava-a seus seios roçavam um no outro acompanhando a velocidade com que esfregava a roupa. Freddie não conseguia desviar o olhar, por mais que lutasse. No momento não pensou em nada, a não ser no desejo que ela o causava inconscientemente. Colocou uma mecha de cabelo dela atrás de sua orelha e com muito cuidado foi para atrás dela, se apoiando com um dos braços colocado na pia, em volta de Sam.

- Freddie, o quê...

Ela disse as palavras, mas não se moveu, não queria e não entendia o porquê. Se fosse qualquer outro garoto fazendo isso com ela não hesitaria em golpea-lo. Mas aquele era Freddie, a quem conhecia tão bem e em quem não via ameaça. Além disso, aquele braço que a envolvia parecia muito protetor para ser rejeitado. Ele afastou o cabelo das costas dela com o outro braço fazendo-a ter arrepios. Ela fechou os olhos e sentiu a água da pia transbordar e cair nos seus pés. Não se importou, tudo que não era o corpo de Freddie era sem importância demais. Ela sentiu os lábios do mesmo no seu pescoço e soltou um gemido abafado.

- Sssh...

Freddie falou para ele pedindo silêncio, sua razão dizia que estariam em problema se alguém os achasse naquela situação. Mas que dane-se a razão, ela tinha ido dar uma volta assim que Freddie viu os seios inchados da loira.

- Freddie...

Ele deu um beijo leve no seu pescoço e depois começou com a seção de chupões, ao ouvir outro gemido de Sam teve que colocar sua mão na boca dela. Sam conseguia sentir a pulsação do coração de Freddie em suas costas, ele pulsava aceleradamente assim como o dela. As batidas eram tão altas que as se perguntou se ele poderia escuta-las. Ele baixou os chupões descendo até seu ombro, até que ela se virou. Sua expressão era tão erótica que teria feito Gandhi perder sua pureza. Os dois se olharam nos olhos por um longo tempo, Sam podia se sentir consumir por dentro com o olhar de Freddie. Ele acariciou o rosto de Sam, que fechou os olhos e sentiu sua respiração acelerada. A próxima coisa que sentiu foi a pressão dos lábios dele contra os dela. Era como se mil barreiras tivessem sido quebradas dentro dela ao sentir a língua dele invadir sua boca. As mãos de Freddie repousavam sobre sua cintura, ela não teve escolha a não ser entrelaçar seus braços no pescoço do mesmo quando sentiu o peso que o corpo dele fazia obrigando-a a sentar na pia e entrelaçar suas pernas na cintura dele. As mentes de ambos estavam completamente brancas e não se lembravam de ter experimentado nada igual antes. Até que a estúpida necessidade de oxigênio os obrigou a parar.  Freddie encostou sua testa na de Sam enquanto ofegava. Sentia sua calça molhada por causa da pia e viu que Sam estava encharcada.

- Você quer continuar?

- Você não?

Sam sorriu com a pergunta.

- É só que talvez eu possa perder o controle que me resta, Sam.

- Mas não é isso que estamos fazendo?

Ela fechou os olhos. Os dois sorriram pensando nisso. Controle? Quem precisava disso? Freddie iniciou mais uma sessão de beijos, eles eram rápidos, mas faziam o mundo girar tão lentamente. Pareciam estar carregados de paixão contida por muito tempo. Todas às vezes que os sentimentos ficaram presos estavam ali sendo gritadas. A água da pia escorria molhando os dois, o que só fazia com que Sam pudesse sentir mais ainda a protuberância formada no meio das pernas de Freddie. Ele desceu os beijos para os seios de Sam, esses se tornavam tão quentes que pareciam deixar um rastro de fogo por onde passavam. Os gemidos que ela soltava eram altos, mas eles não se importavam com serem ouvidos.

- Freddie...porque...agora?

Falou ela entre gemidos. Ele deu um último chupão no seio dela.

- Minha vontade de perder a cabeça com você não é recente, Sam.

Ela ficou mais vermelha do que já estava. Ele desligou a pia vendo como tinham alagado o banheiro, Sam riu. Freddie depositou um carinhoso beijo em sua testa e a abraçou, ela pode sentir o coração dele batendo rápido.

- Posso te contar um segredo?

Ela sorriu e entrelaçou seus braços no pescoço de Freddie, respondeu um “u-hum” enquanto ele sussurrou em seu ouvido.

- Eu te amo, Puckett.

Ele mordeu o lóbulo da orelha dela a fazendo abrir um sorriso que mostrava todos os dentes. Ainda abraçada com ele, ele a ajudou a se levantar da pia e pegou a camisa do chão.

- Ah Sam, eu acho que você vai ter que comprar outra camisa pra mim.

- Ou sujar outras.