Seu Toque escrita por Kamiragem


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Essa fanfic está sendo revisada para melhor apreciação dos leitores. Enjoy!



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Seu toque

Capítulo 2.

Os primeiros dias de casa nova eram agradáveis para Shinji. Ele raramente ficava sozinho, principalmente Rei não fazia nenhuma atividade extracurricular além da natação, que era bem no horário que Asuka ficava em casa.

Apesar de toda correria do fim do semestre letivo, as coisas corriam tranquilamente numa rotina que tinha se mostrado bem familiar.

Misato acordou atrasada como sempre. O café já estava na mesa, os três ex-pilotos também.

-Você não tem vergonha de ser irresponsável desse jeito? – Provocou a ruiva – Sabia que você deveria ser o exemplo por aqui?

A mulher olhou com desdém pra menina, não gostava de levar bronca logo pela manhã, e avisou ainda de boca cheia.

- Tenho que ir agora, comportem-se. – Levantou-se e saiu correndo.

Rei olhou sem expressão a cena que já lhe era familiar. Shinji despediu-se no momento que a porta fechou. "Algumas coisas nunca mudam" pensou o garoto.

Langley terminou o café e saiu sem esperar os outros dois. Ela não admitia gostar muito das duas pessoas que dividiam aquele destino com ela e preferia manter-se um pouco afastada.

- Como foi a prova ontem? – Rei se dirigiu ao último que ficara na casa.

- Acho que bem. Tenho que agradecer pela ajuda que tem me dado. - Ele respondeu grato. – O Toji e o Kensuke perguntaram se podem estudar com a gente hoje. É que química não é p forte de nenhum de nós.

- Claro, a gente acha uma sala de estudos no colégio! – Disse a menina disposta.

Acabaram o café e foram pra aula. Ikari se perguntava se aquela Rei era a que ele conhecia antes.

Explicar química para os colegas não era exatamente uma tarefa fácil, mas Rei a executou com louvor. Muita calma e uma didática desconhecida por ela mesma, fez os temidos números quânticos compreensíveis. A representante também estava no grupo, que veio a ser complementado por Asuka logo depois.

Já em casa, Shinji e Rei trataram de arrumar uma refeição rápida.

- Os garotos acham que deveríamos aplicar um golpe de estado e colocar você no lugar do professor! – Brincou o menino.

- Que exagero. – Ela contrariou meio tímida.

- Tem alguma matéria que você não se dê bem? – Ele disse, querendo provar para a menina o potencial que tinha.

- Tem... na verdade não sou muito boa em artes... em nenhuma delas, tirando a parte de história da arte.

- Artes? – Ele se admirou com a resposta.

Rei ficou um pouco acanhada com a resposta dele.

- Desculpe, mas é que eu tenho de certa forma facilidade. – Ele tentou consertar. – Há bastante tempo que eu estudei um pouco de música.

- Tudo bem. – Ela assimila – Sabe tocar alguma coisa?

Ele pede para que a garota espere. Depois de um tempinho retorna com um velho companheiro de tardes solitárias. Junto com isso trazia também algumas partituras.

Rei observou ele posicionar o violoncelo e tocar uma melodia suave que chegou aos seus ouvidos como uma grata surpresa. Ela então sentou ao lado do garoto enquanto ele tocava.

Quando terminou ele olhou para menina ao seu lado, sem saber que reação esperar.

- Você toca muito bem. – Ela esboçou um sorriso pequeno.

- Obrigado.

- Pode me ensinar?

A pergunta o pegou de surpresa.

- Er... claro, mas não sei e sou um bom professor.

- Só vai saber se tentar! – Ela disse, admirando-se de estar dando seu primeiro conselho.

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Passadas as provas semestrais, Shinji se envolveu em uma nova missão, ensinar música a alguém que não fazia a mínima idéia de por onde começar.

Então pelo menos três vezes por semana, durante a tarde ele passava (ou pelo menos tentava) a Rei tudo que havia aprendido.

Foi quando Misato começou a perceber mudanças no comportamento da garota. Estava mais atenta aos outros, até foi possível vê-la numa conversa animada com Kensuke (pelo menos ele estava animado).

Além disso Shinji parecia mais feliz, mais leve.

Certa tarde, Rei resolve perguntar uma coisa que a estava incomodando.

- Shinji?

- Sim? – Ele olhou para a garota, desviando os olhos da partitura por ter ouvido seu primeiro nome.

- Você sente falta? – Ela olhou com dúvida.

- Do quê? – Ikari sabia do que se tratava, mas nunca tinham tocado no assunto desde o fim... e ele temia o que a pergunta de Rei podia significar.

- Da NERV.

- Somente de algumas pessoas. – Ele pensou em Kaji e tantos outros que trabalhavam no geofront.

- Eu... sinto falta do EVA...

De certa forma ele sabia o que isso queria dizer. Depois de tanto tempo unidos aos seus mechas ele imaginava que Rei sentia o mesmo vazio que às vezes o invadia. Ele então largou o que tinha em mãos e sentou-se mais próxima da garota, convidando-a a se abrir.

- Nasci com um objetivo... quando tudo acabou eu não o tinha mais... estava sozinha e vazia. – Rei suspirou – Nem mesmo sabia quem era, talvez eu ainda não saiba...

A expressão dela agora era de tristeza. Shinji mal podia se lembrar do tempo em que Ayanami não sabia mostrar o que sentia, por simplesmente nem saber o que era distinguir o seus sentimentos.

- E o que pensou quando soube que viria pra cá? – Ele perguntou.

- De certa forma eu fiquei feliz.

- Eu também. – Ele completou sem saber ao certo porque estava dizendo aquilo.

- Acho que não gosto tanto de estar sozinha.

- Eu acho que na verdade ninguém gosta!

Então ficaram em silêncio. Mas dessa vez era confortável e desejável... _____________________________________


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Notas finais do capítulo

Tá aí mais um Capítulo... Pato, viu só, nem demorei tanto... a fic é curtinha pros padrões do site, espero que gostem. Concluo no próximo capítulo. Beijos!