Testando o Amor escrita por Death the Queen


Capítulo 1
Capítulo 1 - O pedido.


Notas iniciais do capítulo

Olá! :D"Testando o Amor" é uma história bem levinha e divertida. Não pretendo escrever muito. Ela terá no máximo dez capítulos. Eu espero que gostem bastante! ♥



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Oi. Meu nome é Joan e eu tenho dezesseis anos. Tenho cabelos castanhos, um pouco curtos demais para uma menina e olhos normais demais, para que alguém perceba-os. Não sou nem muito alta, mas também não sou baixinha. Minha pele é clara, mas não é aquele exagero descrito em certos livros. Minhas roupas não são chamativas, são apenas normais. Não me destaco na multidão e minhas notas são medianas. Sou uma pessoa normal.

Uma pessoa normal, com amigas normais, com uma vida normal, com uma família normal e com uma paixão normal.

Uma paixão. Não, não é paixão. Eu sei que sou nova e ainda inexperiente, mas acho que o amo. Faria qualquer coisa por ele, mataria e morreria. Pode parecer exagero ou uma confissão dramática de uma adolescente qualquer, mas vocês não entendem o tamanho do sentimento que tenho por ele, seja amor ou paixão. Ou quem sabe uma mistura dos dois.

Eu sequer falei com ele e, se ele sabe o meu nome, já é grande coisa. Somos da mesma sala, mas não me sento perto dele. Não temos amigos em comum - ou melhor -,  ele não tem amigos. Os meninos não falam com ele. Houve uma época em que até tentavam, mas Daniel é uma pessoa muito fechada, muito centrado em seu próprio mundo. E ainda assim, faz sucesso com as outras meninas. Não só da minha sala, mas de outras também!

Mas nenhum de seus relacionamentos duram muito. Todos, todos eles, sem excessão, duram uma semana e depois, misteriosamente eles terminam e voltamos à estaca zero.

Eu gosto de passar as aulas observando-o. Ele não parece notar que é observado por mim constantemente, mas eu faço isso em 90% das aulas. É o meu passatempo favorito. Eu podia passar dias, semanas, meses, a minha vida inteira, só observando a ele.

- Jô? - Alguém me chamou, enquanto eu estava imersa em meus pensamentos. Eu estava tão longe, que não pude nem distinguir quem era o dono da voz. Mas aos poucos, eu fui voltando ao mundo real e a voz ficou mais reconhecível, como se eu estivesse saindo de debaixo da água e meus ouvidos pudessem, agora, desempenhar sua função normalmente. - Jô?

- Hm? - Eu olhei para os lados, procurando a pessoa quem me chamou. Quando olhei para frente, o meu amado olhava para mim, com a mesma expressão de indiferença de sempre. - Oh... - Foi tudo o que eu consegui dizer.

- Há algo de errado comigo? - Ele perguntou, já se levantando da carteira com a intenção de vir até mim.

- N-N-Não, de f-forma alguma. - Patético, patético, patético! Será que não tem como eu me comunicar de forma normal com ele??

- Então o que você tanto observa?

- NADA! - Eu gritei. Não acredito que gritei, meu Deus, que vergonha. Ele continuou andando até mim e abriu um meio sorriso. Devia estar mesmo se divertindo com a babaca aqui. - T-Tá rindo do quê??

- De você. - Ele respondeu, sem aparentar nenhum nervosismo ou preocupação. - De quem mais eu estaria rindo?

Eu não conseguia respondê-lo. Estava paralisada e minhas pernas estavam começando a tremer. Minhas mãos estavam encharcadas de suor e meu coração, acelerado. Ele deve ter notado, pois abriu um sorriso maior ainda.

Eu não sabia como agir e ainda estava ocupada tentando fixar a imagem de seu sorriso em minha mente.

- Agora é intervalo. Está a fim de ir até o terraço comigo? - Eu apenas concordei com a cabeça, os olhos arregalados. Ele passou por mim e sinalizou, a fim de que eu o seguisse. - Ah, e mais uma coisa.

- O quê? - Ele passou um de seus dedos pelo meu queixo e depois o passou pelos meus lábios.

- Você está babando.

Merda!

Incrível. Ele nunca prestou atenção em mim, e quando presta, eu gaguejo feito uma tonta E babo. Ótimo. Como se não bastasse.

Ainda sim, eu decidi seguí-lo. Afinal, não custava nada, não é?

Pelo caminho, algumas pessoas nos olhavam e começavam a cochichar entre si, coisas que eu não conseguia escutar. A maioria das pessoas, era meninas, mas havia um menino curioso aqui e ali. Eu cheguei a achar que eles iam acabar nos seguindo, mas isso não aconteceu. Quando finalmente chegamos, eu me sentei contra a grade e perguntei:

- E então? - Eu tentava bancar a garota legal, que não se deixa afetar por nada, com uma pose de durona, mas o meu corpo me condenava. A tremedeira estava piorando.

Ele sentou-se de frente para mim. Já não sorria mais, mas mantinha uma expressão divertida.

- Você gosta de mim? - Eu tenho certeza de que fiquei vermelha. Subiu um calor para o meu rosto e eu abria a boca e fechava, que nem um peixinho dourado. - É, acho que gosta. - Ele disse, convencido. Não acredito que ele me trouxe aqui só pra tirar uma com a minha cara.

Mas seu próximo passo quase me matou. Por mais que eu tivesse visto o que estava por vir, fiquei tão nervosa que virei pedra, de tão rígida que eu estava. E antes que eu percebesse, nossos lábios já enconstavam-se um no outro e seus braços me envolviam.

O beijo deve ter durado no máximo três segundos, mas eu posso lhe garantir que a minha vida toda, valeu a pena só por causa dele.

- Joan... - Ele se afastou um pouco, para poder olhar-me nos olhos. Uma de suas mãos seguravam meu rosto e eu estava tão feliz que se alguém interrompesse aquele momento, eu acho que matava.

- Sim? - Tentei soar calma, mas até os anjos, em meio a todos os seus afazeres, notaram o tremor contido em minha voz.

- Seja minha namorada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Reviews, por favor?