Era mais um dia como os outros pareciam tudo normal e agradável, já fazia uma semana desde que eu o deixei ir.  

- Saito. – suspirei. – Não sabia que fazia tanta falta.

Mas, claro que foi melhor assim. Não me arrependo do que fiz, mas por outro lado estou morrendo de saudades de gritar e brigar com ele.

- Srta Valliére? – Siesta perguntou.

- Sim? – respondi.

Ela me puxou para perto da janela, estava chovendo, ela apontou para uma enorme caixa de papelão, havia uma pequena fogueirinha lá, alguns cobertores e... Para minha surpresa, Saito estava dormindo lá.

- Acho uma crueldade o que a Srta fez com ele. – Siesta disse. – Nem ao pior deixa ir ajudá-lo?

- Não. – falei, friamente. – Assim ele vai aprender.

Enquanto tentava ser dura, aquilo estava fazendo meu coração derreter, pobre Saito. Fui me deitar, ainda estava chovendo, Siesta estava resmungando em seu quarto.

- Eu preciso deixá-lo voltar. – falei.

O que eu estava fazendo? Eu mesma jurei não deixá-lo mais voltar, talvez por um mês inteiro. Essa minha reação, é inaceitável...

Ouvi uma batida na janela, era ele.

- Louise. – ele dizia, batendo na janela. – Me deixe entrar, serei um bom cãozinho.

- Idiota. – eu disse, virando o rosto.

Mesmo com aquela minha resposta ele não desistiu, ficou lá, um trovão muito forte caiu e ele pulou de susto.

- Louise, não seja má. – ele disse.

Por um impulso, algo que eu não pude controlar... Abri a janela e o deixei entrar, ele sorriu e sentou do lado de minha cama, como sempre.

- Vou dormir na minha casinha de cachorro. – ele disse.

- Saito... – falei, envergonhada.

- O que? – ele falou.

- Nunca mais olhe para outras garotas além de mim. – eu disse, irritada.

- Claro Louise. – ele sorriu como resposta.

Bem, como sempre, ele conseguiu que eu achasse um pedaço de perdão para ele lá no fundo do meu coração, no outro dia tudo se repetiu, mas eu estava cansada de brigar, por que ele sempre voltava e lá íamos nós de novo.