My Wrong escrita por Char_Bouvier


Capítulo 11
Capitulo 010 — Dor, dor e crueldade


Notas iniciais do capítulo

O capítulo demorou para vim, mas finalmente veio.
Beijos Elisabeth Jones Bouvier, a melhor amiga ~cof cof~



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Capitulo 010 — Dor, dor e crueldade

Eu não quero um outro amor. Querida, é só em você que eu penso. Não pare de pensar em mim, não faça eu me sentir sem rumo. Venha até aqui e me ame. Não seja cruel com um coração verdadeiro. Por que devemos ficar separados? Eu realmente te amo, querida, eu juro... 

Os dias se passavam rapidamente e Isabella não teve sequer uma noticia de Edward Cullen. Ele Havia aceitado de bom grato seu pedido e uma parte dela a lembrava de que não deveria reclamar, mas a outra sentia que simplesmente, não poderia esquecê-lo, e tentar fazer daquilo que ocorrera um simples acontecimento que cairia no mundo das lembranças, onde ninguém jamais poderia recuperá-lo. Embora, não quisesse admitir, ela estava completamente aguçada a qualquer lembrança que tivesse daquela tarde. Recolheu uma flor do bosque repleto pelas mais variadas e a beijou levemente, sentindo o aroma dela. Logo jogou-a no chão, desgostando-se da textura e do cheiro, preferiu não lamentar-se, mas apenas era tarde demais para isto. O que realmente queria naquele momento, era sentir a textura dos lábios que há tanto tempo não tocava, queria sentir suas bocas enroscando-se uma na outra, os hálitos se misturando incomumente. Simplesmente queria os braços de Edward mais uma vez a cercando. Achava, no entanto, impossível o tê-lo de volta, e de qualquer maneira, nem poderia, pois tinha que se esforçar para esquecê-lo, e depois, ele prometeu afastar-se por um beijo.

— Maldito! — esbravejou ela fora de si.

Fanny virou-se para fitá-la com as feições confusas.

— Quem é o maldito desta vez? — perguntou doce.

— Edward, Fanny! Aquele maldito! — suspirou tomando um fôlego desnecessário.

— O que ele fez desta vez? Pois sei que não o vê desde aquele jantar,

Isa sorriu sarcástica e divertida da inocência da mulher, que por tantos anos a criou.

— Engana-se. Fanny, eu e ele nos encontramos em meu passei que dei na semana passada... — corou livremente — E... hum... nos beijamos.

A pobre mulher tomou uma lufada de ar, os olhos saltados das orbitas de maneira sutil, mas até espantosa. Levou apenas alguns segundos para Fanny digerir tudo.

— O que acabastes de me dizer?

— Tu não és surda Fanny.

— Como se beijaram? Isso não é... ele a forçou?

— Beijando — sorriu de leve relembrando-se do choque nos lábios ao se tocarem — E claro que não me forçou... ele... ele me pediu — explicou.

— Deus Isabella! — a mulher explodiu — Como pôde ser tão irresponsável?

— Eu não fui... depois de nos beijarmos, fiz a ele uma proposta.

— Que proposta?

— Lhe daria mais um beijo, e em troca ele teria de me deixar em paz, afastar-se completamente. Para sempre — a voz saiu falha, num silvo quase não ouvido por ela mesma.

— E ele aceitou?

— Sim. Aceitou.

Fanny continuou chocada. Isabella mantinha-se controlando todo o choro que a qualquer momento parecia querer mostrar o quanto ela sentia arrependimento de sua promessa, mas agora tudo estava lançado, e ela teria de ao menos tentar uma vez.

— E você gostou?

— Nunca me senti tão amada em toda a minha vida — admitiu sincera.

X

O sol logo se oporia e os raios alaranjados já adentravam iluminando a sala, onde Isabella lia quietamente seus livros e James entretia-se com o jornal da manhã. Ambos seres opostos que se repeliam, e onde inutilmente Isabella tentaria dar uma chance para alguém que odiava com demasia, quase doentia. Seguiria eternamente sem Edward, e pretendia esquecer todas as lembranças. Precisava ao menos tentar, ao menos uma tentativa.

— Hum... — pigarreou, e ergueu o olhar do livro para fitar o esposo, mas antes olhou na janela, e viu o ser com seus cabelos desalinhados rumando em cima de seu cavalo negro — Queria ter uma conversa com você — disse apressada.

— Sobre o que esta conversa seria Isabella?

— Quero aprender a lhe amar — tentou sorrir, mais no meio de seu sorriso forçado, observou que o homem no cavalo já se aproximava de maneira veloz.

— Ouço bem? Quer aprender a me amar?

Isabella nada disse, apenas levantou-se e caminhou incerta sem saber o que fazer, ou decidindo se realmente faria. Tocou nas mãos do esposo, e logo em seguida, sentou em seu colo da maneira mais ajeitada possível. O marido a observou perplexo, mas sorriu. Isabella beijou-lhe as faces, e sorriu tentando passar um sinal de conforto pra ela mesma, e deixou os ouvidos se aguçarem para ouvir a chegada do visitante, que ela não queria receber, mas estava, no entanto, agradecendo, porque ela queria mostrá-lo, que jamais poderiam viver juntos. E apenas o faria, para mostrar, que queria ser cruel com ele. Queria mostrá-lo que ainda não o havia perdoado, embora já tivesse dito que o amava.

— Oh querida, fico tão feliz! — empolgou-se ele.

Antes mesmo de raciocinar uma resposta, escutou as galopadas sumirem, e passos pesados atravessarem a escada principal. Sabendo, que ele presenciaria aquela cena, tomou o rosto do marido em suas mãos, e depositou um beijo simples, e forçado nos lábios dele. Tomou toda a iniciativa, em movimentar seus lábios contra os dele, que correspondeu prontamente. Isabella estava alheia aquele beijo, porque concentrava-se no momento em que o ser irrompesse pela porta e os pegasse de “surpresa”. Ela rezava copiosamente para que Fanny não aparecesse e estragasse todo o show, e ao visto, suas preces foram atendidas. Assim, que a porta fez seu clique avisando que estava sendo aberta. Isabella esperou apenas mais dois segundos, para se separar do esposo, e dizer:

— Eu vou aprender a lhe amar da melhor forma que eu puder, querido — murmurou doce e com a voz falha.

— Amo voc... — o marido não completou, pois ergueu o olhar ao ver que Edward Cullen estava parado na porta, os fitando de maneira absurdamente triste e enraivecida — Sr. Cullen! — cantou alegremente.

Edward soltou um pigarro antes de responder, e observou todos os movimentos de Isabella ao ergue-se do colo do esposo, e fingir espanto. Porque a verdade era que, Isabella ouviu sua chegada e estava arrasada, mas era o necessário a fazer, e Edward não a vira na janela minutos antes.

— Olá, Sr. e Sra. Villefort — quase cuspiu as palavras.

— A que devo a honra de sua visita?

— Apenas para compartilharmos um vinho, mas vejo que lhe atrapalhei, portanto já devo partir.

— Oh não! Vamos compartilhar sim o vinho! Principalmente que hoje tenho enormes motivos para celebrar! — Edward sorriu amargo.

— Claro — disse com os dentes cerrados.

— Então... deixe-me pegar o vinho em minha adega! 

— Não precisa, eu já trouxe este — levantou o vinho em suas mãos.

— Oh, imagine, eu mesmo usarei um de meus preferidos, tem 59 anos! — Edward apenas deu um meio sorriso, querendo acerta-lhe um soco no meio da face — Me acompanha? — ele concordaria, mas olhou de relance para Isabella que se tremia dos pés aos últimos fios de cabelo.

— Não. Esperarei aqui, odeio lugares fechados demais — mentiu.

— Tudo bem então, voltarei em alguns minutos.

James virou-se para a esposa que continuava afastada dos dois, apenas observando a conversa e caminhou até ela, dando-lhe um leve beijo nos lábios.

— Amo você — sorriu afastando-se para a adega.

O silencio tornou-se constante entre Edward e Isabella, que continuavam apenas com olhares. O dele era acusativo, raivoso e magoado, o dela era triste e envergonhado. Abriu três vezes a boca, mas nenhum som saiu dali. Ele esperava por uma reação dela. Uma explicação, mas notou que não haveria explicações para o que ele havia presenciado. E aquela cena fora quase como matá-lo lentamente, rasgando-lhe a pele.

— Por isso que me fez prometer? — perguntou ele em tom acusativo.

— Também — a voz saiu fraca, mas logo ela se recompôs.

— Porque isso? Porque queres tanto ser cruel com meu coração verdadeiro?

— Eu... eu não quero.

— E porque faz? Tentarás mesmo amá-lo? — ela soltou um suspiro.

— Sim. Tentarei. E você deve arranjar um outro amor. Deve agora não deixar uma dançarina maldita fazer sua cabeça dizendo que nunca me amou. Agora deverás fazer com que tua cabeça acredite que não me amas mais, que nunca me amou. Terás de ter um outro amor.

— Outro amor? — aumentou uma oitava de voz.

— Sim — tentou botar pra fora. 

Aquele conversa era tão difícil.

— Como eu vou ter um outro amor, se só penso em você, se só quero você?

— Darás um jeito. Pare de pensar em mim.

— Não pare de pensar em mim — ele pediu quase implorativo — Não enquanto eu penso em você.

— Pararei.


— Não me faça ficar sem rumo. Não deixe de pensar em mim. Não deixe de me querer. Não seja cruel com meu coração Isa.

— Não peça algo que não depende de mim. Sou capaz de me apaixonar de novo, de viver de novo. Posso voltar ser feliz de novo e sem você, o que é melhor.

— Apenas me ame Isa! Isso não é o suficiente?

— Não, não é. Já lhe disse isso, não o perdoei.

— Mas porque não podemos ficar juntos? Apenas me responda, porque sinceramente não consigo entender seu pensamento.

— Não podemos.

— Eu amo você Isabella! — ela sorriu pra ele. Aquela frase parecia ser o mar das sensações.


— Não me faça ficar sem rumo. Não deixe de pensar em mim. Não deixe de me querer. Não seja cruel com meu coração Isa.

— Não peça algo que não depende de mim. Sou capaz de me apaixonar de novo, de viver de novo. Posso voltar ser feliz de novo e sem você, o que é melhor.

— Apenas me ame Isa! Isso não é o suficiente?

— Não, não é. Já lhe disse isso, não o perdoei.

— Mas porque não podemos ficar juntos? Apenas me responda, porque sinceramente não consigo entender seu pensamento.

— Não podemos.

— Eu amo você Isabella! — ela sorriu pra ele. Aquela frase parecia ser o mar das sensações.

— Aprenderá a amar outra.

— Como eu vou faz... Como irei agradar Alice, Isabella? — enrolou-se nas palavras, e sorriu falsamente com a chegada do “inimigo”.

— Como...? — ela perguntou confusa. Afinal, que raios Alice tinha haver com aquela conversa?!

— Oh! Desculpem-me a demora — Isabella deu um salto do lugar onde estava.

E logo a porta principal abriu sem aviso algum, o homem que a abriu estava arfante e suando frio, notava-se pelas gotas de suor que escorriam por sua testa lisa.

— O que houve Jack? — James perguntou alarmado.

•••


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem reviews.



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