A Letter escrita por nyaanko
Notas iniciais do capítulo
Bem, capitulo único, espero que gostem. >u
A letter
O barulho do despertador ressoava pela casa. O inglês abriu os olhos olhando o despertador com as vistas ainda cansadas pelo sono. “7:30...”, leu no relógio e sua mão deslizou pelo botão do mesmo, caindo sobre a cama novamente.
Agora se ouvia apenas a chuva do lado de fora da casa, e os passos de um Inglês que descia as escadas em direção à sala de estar, ainda um pouco sonolento. Ele vestia um casaco leve e roupas casuais, não pretendia sair de casa hoje... “Hoje... Que dia é hoje?”. Arthur abriu a porta da sala, pegando, da entrada, o jornal de hoje e um envelope. Julgando-o sem importância, jogou o envelope de qualquer jeito no sofá ao entrar na casa, fechando os olhos e suspirando. Porém, assim que abriu os olhos, encarou o jornal, um pouco surpreso.
4 de julho, segunda-feira.
Ele encarou aquela data por alguns segundos. Arthur havia esquecido que era hoje o dia... Ou pelo menos ele tentou não se lembrar. “Esse maldito dia...”. Jogou o jornal por cima da carta, se sentando pesadamente ao sofá e apoiando o rosto sobre uma de suas mãos. Sua expressão indiferente, mas seus olhos verdes brilhavam. Um brilho distante. Por mais que tentasse esquecer, as lembranças sempre vinham à tona. Por todos esses anos... Ele nunca se esqueceu.
▬ Mas não importa. Ele não vai voltar...
Ele pensou, sua mente perdida em diversas memórias. E ficou assim durante pelo menos alguns segundos antes de notar a presença da carta, aquela que havia ignorado. Ele a pegou, estranhando o fato de não haver um remente. Somente havia a data deste dia e o nome de Arthur.
O britânico abriu a carta e, de dentro, retirou algumas fotos. Seus olhos mudaram de expressão, uma expressão nostálgica. Ele encarava a primeira foto, uma foto dele e de Alfred juntos. Alfred ainda era uma jovem nação na foto. Em seu verso, estava escrito algumas palavras, palavras que ele reconheceu como sendo as de Alfred.
“ Eu sei muitas das coisas que eu faço, porque você me ensinou.
Eu queria ser um adulto como você. E eu ficava feliz em ouvir seus pensamentos mais íntimos, suas idéias. Ficava feliz em apenas te ouvir... Você conhecia esse sentimento também, certo? ”
Arthur sorriu. Realmente, ele sempre ficava feliz quando Alfred o contava algo, mesmo que fosse uma coisa simples ou um pensamento infantil. Ficou feliz por saber que o americano sentia a mesma coisa. Porém... Seu sorriso sumiu ao ver a próxima foto. Ele apertou os olhos.
Era Alfred, com o velho paletó que Arthur havia dado para ele. E o inglês estava do lado, olhando orgulhoso como sua nação era grande agora. Alfred também parecia orgulhoso. Ele virou a foto.
“ Você me deu muitas coisas. E o meu preço foi a liberdade. ”
Seus olhos começaram a brilhar mais, se enchendo de lágrimas. Ele pegou a próxima foto, não havia nem Alfred, nem Arthur nas fotos. Havia somente um céu nublado e chuvoso. O mesmo céu que ele via todos os anos, aquele mesmo dia.
“ Fora do Jardim, está chovendo forte.
Eu perdi muita coisa, mas ganhei uma... Eu ganhei a liberdade..
Desculpe, eu não tenho arrependimentos...
Nunca poderei voltar atrás. ”
...
“Hey... A chuva já parou aí? ”
Era difícil, mas Arthur continha as lágrimas. Não iria desperdiçar mais lágrimas... Não iria.
“ Eu não consigo escrever bem em uma carta...
É por isso que... ”
Ele leu o resto da carta. E assim que terminou de ler a última frase, a campainha tocou, e o inglês, tão rápido quanto pôde foi até ela. Não agüentou, deixou que as lágrimas escorressem assim que, ao abrir a porta, seus olhos encontraram os do americano. E aqueles olhos continuavam tão azuis quanto o céu, que agora se abria, como se a chegada do mesmo tivesse trazido o aquele céu. Aquele mesmo céu azul do dia em que se encontraram pela primeira vez.
“ Junto com essa carta, eu estou voltando. ”
▬ Seja Bem Vindo de Volta, Americano idiota...
E seus lábios se encostaram, dando abertura a um longo beijo. E apenas ficaram ali. Agora eles tinham todo o tempo do mundo.
“ Eu te amo, Arthur. ”
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