Meu Nome não é Katherine escrita por Flanela


Capítulo 8
Mas ele não tinha morrido?


Notas iniciais do capítulo

Bom demorei a postar porque fiquei meio triste com o último capítulo, porque achei que receberia mais reviews. E porque esse capítulo tinha que ter muitas coisas e era meio difícil falar delas todas juntas. Bem, eu posto se houverem reviews e eu adoraria mesmo se houvesse. Vocês sabem como é bom receber o reconhecimento por algo que você faz. Então eu adoraria se vocês comentassem. Pode ser criticando, não importa. Comentário é comentário.Boa leitura!



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Era noite. Ela passara o dia todo colhendo maçãs do pomar e agora estava em seu pequeno e recluso quarto de paredes beges sentada em sua rede enquanto  pegava  uma agulha e costurava em um pedaço de pano que achara largado algum tempo antes. O dia havia sido calmo e Karina e John haviam estado fora o dia todo. Eles eram como se fossem seus pais, haviam-na encontrado quando era ainda era bebê, pois seus pais haviam sido mortos, diziam eles, por soldados espanhóis. Seu cabelo na altura da cintura a incomodava mais do que tudo, deixando-a com um imenso calor, porém John havia impedido-la de cortá-lo, por isso ela usava-o preso no alto da cabeça em um rabo-de-cavalo.

Estava acabando de costurar a ponta de um coração quando ouviu a porta bater. Ela logo jogou sua costura em um buraco na parede e fingiu estar mexendo em seu cabelo.

Começou a ouvir vozes. E não eram só as de Karina e John.

Eles entraram no quarto. John estava na frente, segurando a mão de Karina, que estava com lágrima nos olhos.

     - Mãe? – ela perguntou assustada. Não se lembrava de ter visto a mãe daquele jeito antes.

E então um homem alto e forte de cabelos castanhos entrou. Ele a fitava como se ela fosse uma fugitiva que fosse sair correndo dali a qualquer instante.

       - E então – Karina perguntou ao homem alto – o que você acha?

A esta altura os três já estavam dentro do quarto, o que a deixou assustada. Afinal, John e Karina nunca a deixavam ter visitas. Porque então aquele homem entrara assim tão fácil em seu quarto? E porque Karina chorava?

 Ela ficou de pé e o homem chegou mais perto. Perto o bastante para sentir sua respiração, coisa que, inacreditavelmente ela não podia fazer. Era como se ele não respirasse.

       - Serve – disse finalmente o homem – Porém façam logo, Lord Niklaus sairá em breve da cidade – retirando-se a passos largos em seguida

Karina virou-se para John e deu-lhe um beijo. Sussurrou algo em seu ouvido, olhou uma última vez para ela e então deixou o quarto, deixando-a sozinha com John.

     - O que foi tudo isso pai? – ela perguntou aproximando-se dele.

Então ele pegou o próprio pulso e rasgou-o com uma mordida. Ela achava que estava sonhando, ficara imobilizada. A próxima coisa que viu foi o pulso em sua boca. Ele o apertava contra seus lábios de forma a seu sangue cair em sua boca. Era nojento, ela queria cuspir àquilo tudo, porém ele era mais forte do que ela. Chorar parecia inútil então ela nem tentou.

Ela acordou algum tempo depois, pronta para ver a imagem assustadora dos lábios de John pingando de sangue. E de sentir a maior dor de sua vida.

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     - Calma, está tudo bem – uma voz feminina dizia.

Ela sentia seus ombros sendo sacudidos e seus olhos, embora sentisse-os abertos, não viram nada por alguns segundos. Quando finalmente enxergou algo viu um imenso quarto  de paredes brancas. Não se lembrava de como chegara lá. Ela tremia.

Quando finalmente focalizou nos rostos à sua volta identificou-os. Era de Elena a voz tranqüilizadora. Ela estava ajoelhada perto da cama onde ela estava deitada e segurava sua mão.

      - Foi só um sonho. Está tudo bem Louise.

“Louise?” ela quis perguntar. Então como de súbito lembrou-se de tudo. Seus olhos correram o quarto a procura de Damon.

      - Damon! – ela exclamou e tentou se levantar, porém não conseguiu. Damon que estava bem do outro lado a olhava com espanto. Ao lado dele estavam Stefan e uma moça morena de cabelos ondulados que parecia ser a mais assustada de todos.

Damon chegou mais perto da cama

     - Quem é Karina? – perguntou calma e suavemente, como se sua voz pudesse transformá-la em pó.

E então ela lembrou-se de seu sonho. E  de ‘Louise’, nome que inventara para eles.

     - Onde está Klaus? - ela perguntou mudando de assunto

     - Não sabemos- respondeu Damon – Bem, eu queria te agradecer por... Ter me salvado. E gostaria também de perguntar sobre o motivo que...

     - Qual o nome do veneno? – Bonnie perguntou interrompendo-os

     - Esdróxidious.

     - Se ele foi criado para matar um original... Talvez haja um feitiço que possa curá-la. Desde que ela não seja uma original. Você não é uma original é?

      - Não, não sou.

Então Bonnie e Stefan saíram do quarto. Bonnie levava um livro de bruxaria grosso em baixo do braço. Iriam procurar um feitiço.

      - Porque? Quer dizer, como você sabia...?

       - Eu estava passando e vi Stefan passar. Na verdade só percebi um vampiro passar um tanto lerdamente e resolvi segui-lo. Vi que era Stefan e no segundo seguinte que ele me viu vi Klaus com a arma na mão e agi. Não poderia deixar.

      - Não poderia deixar o que? – Elena levantou-se e postou-se ao lado de Damon. Parecia assustada.

      - Não podia deixar Damon perder o amor.

      - Como? – Damon parecia confuso

       - Damon, o amor entre você e Elena é tão bonito e verdadeiro, eu não poderia deixar ela estragar tudo de novo.

Ela sentiu um arrepio percorrer o corpo de Elena. Elena sabia que amava Damon, só não havia admitido para si mesma ainda. Já Damon, ao contrário, estava rígido e encarava-a agora com uma curiosidade um tanto aguçada.

       - Ela?

       - Katherine. – ela percebeu o quanto eles pareciam confusos e não via outra saída não contar a verdade. Tentou sentar-se sozinha, sem sucesso, tendo que aceitar a ajuda de Elena que agora estava sentada na ponta da cama, Damon logo atrás dela. – Meu nome é Katerina. Olhem, eu não queria mentir mas é que não daria tempo para contar tudo. Eu sabia que Katherine estava na cidade, com Klaus. Além disso era melhor que vocês não soubessem de mim. Assim eles também não saberiam. E, bem, o motivo pelo qual eles não devessem saber que eu estava aqui é que nasci a muito tempo. Nasci na Espanha e minha família era muito simples e morava afastada. Infelizmente nasci bem na época em que Katherine fugira de Klaus, A época. Vampiros de todo o mundo raptavam meninas, crianças ou adultas que se pareciam com Katherine e as apresentavam a Klaus, dizendo achar ser Katherine, para ganharem a imensa recompensa que ele oferecera a quem a encontrasse. A verdadeira Katherine quero dizer. Porém todos os vampiros praticamente começaram a fazer isso.  – ela fez uma pausa. Era difícil falar daquele assunto depois de tanto tempo sem se abrir com ninguém. – Eles me encontraram, mataram meus pais e me criaram por anos, até que eu estivesse com a mesma idade de Katherine. Eles me achavam a cara dela e chamaram um amigo para confirmar. Ele mesmo me confundiu com ela. E eles decidiram. Estava na hora e eles me transformaram. Fora humilhante passar anos chamando duas pessoas de pai e mãe quando na verdade essas pessoas só queriam me usar. Eu não pude fazer nada e eles me levaram para lá. Obviamente Klaus soube que eu não era Katherine.  Porém ele disse-me que eu era extremamente parecida com ela. Era a mais parecida que lhe havia aparecido. Então.... – ela iria pular algumas partes, eventualmente – ele me deixou matar Karina e John, meus 'pais'. Eu perdi minha família, minha vida, tudo. Tudo por causa dela. Por causa de sua covardia em aceitar a besteira que havia feito em aproximar-se de Klaus.  E então eu encontro você Elena e toda a sua situação. E eu me vi em você e não queria que você tivesse a vida tomada por causa dela.

Eles pareciam chocados. Damon a encarava com compreensão, afinal ele era um vampiro, entendia o quanto a vida de um vampiro era dolorosa. Já Elena parecia chocada, com medo. Ela parecia esperar alguém aparecer e dar-lhe um beliscão.

      - Então seu nome não é Louise...? – Foi tudo que Elena foi capaz de dizer.

      - Não. Meu nome é Katerina. Resolvi não mudar de nome. Iria parecer que fiz isso por causa dela. E eu não quero mais ter nada a ver com ela. Eu sou eu, ela é ela. Tudo tem um lado bom e um ruim. Um nome também.

Damon deu um passo a frente

       - Acho que já ouvi lendas das “ Katerinas”, mas foi a muito tempo. E eu não sabia de quase nada então achei que fosse mera brincadeira. Mas, Katerina, porque...

     - Porque, Damon, você a ama. Stefan não. Vocês dois amaram Katherine. Mas, não é sempre que agente consegue superar um amor. Alguns conseguem, outros não. E, no momento que eu vi vocês dois naquele dia que me apresentei eu soube que vocês conheciam Katherine. Porque Stefan olhava para você Elena, como se você fosse Katherine. Mas Damon não. E eu não podia, simplesmente não podia, deixar isso acabar. Esse amor eu digo.

Elena levantou-se. Ela entedera tudo o que Katerina havia dito. E, no fundo sabia de sua veracidade. Sabia que era verdade, só não conseguia admitir. Ela parecia confusa e estava quase se virando para sair quando, de súbito lembrou-se de algo intrigante

      - Katerina, como você sabe como alguém olha para Katherine?

       - Porque eu já tive meu Stefan Elena. Só que não tive meu Damon.

Bem neste momento Bonnie e Stefan adentraram no quarto. Bonnie parecia muito feliz consigo mesma e Stefan também. Eles não sabiam de nada o que havia sido dito. E não eram Elena e Damon que iriam contar. Damon olhava para Elena e Elena para ele. Porém nunca ao mesmo tempo. Eles tentavam se enganar, como duas crianças. Mas duas crianças apaixonadas.

        - Existe um feitiço. Eu só preciso de algumas poucas coisas. Um castiçal, algo de prata e um pedaço de fio de cabelo de Louise.

      - Obrigada Bonnie. – Katerina disse e então sorriu, entregando-lhe um fio de cabelo.

Elena então pareceu lembrar-se de algo

       - Eu tenho algo de prata que deve servir. – E então pegou um anel prata de seu bolso.

Um anel onde se podia ler “Katerina”. Ela deu um pulo, aterrorizada. Era O anel. SEU anel. Ela não conteve suas cordas vocais e deu um grito abafado.

Damon, percebendo pegou o anel nas mãos e olhou-o.

       - É só um anel prata sem nada... – Elena disse aflita

        - Não. É um anel com uma tinta clara. Uma tinta que só vampiros podem ler. Uma tinta aonde se lê “ Katerina”. – Ele correu o olhar para Elena. Ele deduzia a história do anel julgando a história de Katerina e sua reação. – Elena. Aonde você achou esse anel?

        -  Caiu do bolso de Elijah quando  eu arranquei a adaga e ele a deixou cair... Achei que poderia ser útil...

Então ela também entendeu.

Embora Stefan e Bonnie continuassem sem saber de nada.

Katerina estendeu a mão e Damon lhe deu o anel, que ela pôs prontamente no dedo. E logo uma única lágrima caiu em seu rosto. Ela não queria chorar, mas também não continha sua emoção.

Damon iria explicar tudo a Stefan e Bonnie quando houve uma batida na porta.

Elena e Damon correram para a porta. Deixando os outros no quarto amparando Katerina.

Damon chegou primeiro e abriu a porta.

         - Olá Damon. E então, quando será o velório?

Stefan chegou em seguida enquanto Elena ainda estava no topo da escada.

        - Elijah, como é bom vê-lo – Damon disse ironicamente, tentando amenizar a situação.

Porém ao ver Stefan Elijah não pôde deixar de dizer

       - Mas Stefan não estava morto?


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Notas finais do capítulo

Não tava não bobinho.HASUIHDUSHUDASHIenfim, vocês podem perceber que o próximo capítulo terá muita intriga e emoção. Acho que já disse tudo lá em cima ^^Obrigada por ler!



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