Um Crepúsculo Diferente escrita por Fash


Capítulo 7
Fenômeno




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“Eu tenho uma personalidade muito forte. E quando alguém tem personalidade forte, você também gosta disso ou não. Sou um certo…estilo.. E isso está bom pra mim.”

Pov. Bella

Quando abri os olhos de manhã, havia algo diferente. Era a luz. Ainda era a luz verde-acinzentada de um dia nublado na floresta, mas de certa forma estava mais clara. Percebi que não havia um véu de neblina na minha janela. Pulei da cama para olhar para fora e gemi de pavor.

Uma fina camada de neve cobria o jardim, acumulava-se no alto e deixava a rua branca. Mas essa não era a pior parte. Toda a chuva da véspera havia se solidificado – cobrindo as agulhas das árvores em fantásticas formas e fazendo da entrada de carros uma pista de gelo liso. Fui ao toalete, peguei uma roupa mais quente.

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Desci papai já tinha ido pro trabalho bem, mas cedo. Clara e Daniel estavam me esperando na garagem. Fui até eles entrei clara entrou do outro lado e Daniel no dele.

— Vamos apostar uma corrida? - Daniel pergunta eu assenti ele saiu em disparada eu o segui com Clara gritando de medo ao meu lado, aumentei, mas ainda e passei dele quando estava perto do colégio eu diminui um pouco, mais mesmo assim ele girou. Desci rindo de Clara que estava branca. Daniel me abraçou e nos dois continuávamos rindo dela. Entrei no carro dessa vez pra estacionar, e sai com meu ipod.

Depois me encostei-me ao carro e comecei a escutar musicas.

Estava parada lutando para reprimir a onda de emoção que as correntes de neve me provocaram, quando ouvi um som estranho. Foi um guincho agudo e estava se tornando rápida e dolorosamente alto. Olhei para cima, sobressaltada.

Vi várias coisas ao mesmo tempo. Nada estava se movendo em câmera lenta, como acontece nos filmes. Em vez disso, o jato de adrenalina parecia fazer com que meu cérebro trabalhasse muito mais rápido, e eu pude absorver simultaneamente várias coisas em detalhes nítidos.

Edward Cullen estava parado a quatro carros de mim, olhando-me apavorado. Sua face se destacava do mar de rostos, todos paralisados na mesma máscara de choque. Mas de importância mais imediata foi a van azul-escura que tinha derrapado, travado os pneus e guinchado com os freios, rodando como louca pelo gelo do estacionamento. E ia bater no meu carro e eu estava parada bem no meio disse. Não dava tempo nem de fechar os olhos. Pouco antes de ouvir o esmagar da van sendo amassada no meu carro, alguma coisa me atingiu, mas não da direção que eu esperava. Minha cabeça bateu no asfalto gelado e senti uma coisa sólida e fria me prendendo no chão. Eu estava deitada atrás do carro caramelo estacionado ao lado do meu. Mas não tive oportunidade de perceber mais nada, porque a van ainda vinha. Raspara com um rangido na traseira da picape e, ainda girando e derrapando, estava prestes a bater em mim de novo.Um palavrão baixo me deixou ciente de que alguém estava comigo e era impossível não reconhecer a voz. Duas mãos longas e brancas se estenderam protetoras na minha frente e a van estremeceu até parar a trinta centímetros do meu rosto, as mãos grandes criando um providencial amassado na lateral da van. Depois as mãos mexeram-se com tal rapidez que pareciam um vulto. Uma estava repentinamente agarrada sob a van, e alguma coisa me arrastava, balançando minhas pernas como as de uma boneca de trapos, até que elas atingiram o pneu do carro caramelo. Um gemido metálico feriu meus ouvidos e a van parou, estourando o vidro, no asfalto – exatamente onde, um segundo antes, minhas pernas estiveram. Por um segundo o silêncio foi absoluto, antes que começasse a gritaria. No tumulto repentino, eu podia ouvir mais de uma gritando meu nome. Mas com mais clareza ainda, podia ouvir a voz baixa e frenética de Edward Cullen no meu ouvido.

— Bella? Está tudo bem?

— Eu estou bem. – Minha voz parecia estranha. Tentei me sentar e percebi que ele me segurava junto à lateral de seu corpo num aperto de aço.

— Cuidado – alertou ele enquanto eu me esforçava. – Acho que você bateu a cabeça com força.

Percebi uma dor latejante acima da orelha esquerda. – Ai – eu disse, surpresa.

— Foi o que eu pensei. – Pela voz dele, tive a surpreendente impressão de que ele reprimia o riso.

— Como foi que chegou aqui tão rápido? - eu perguntei com dor ainda.

— Eu estava bem do seu lado, Bella – disse ele, o tom sério novamente.

Eu me virei para me sentar e desta vez ele deixou, afroxando o abraço em minha cintura e deslizando para longe de mim, o máximo que permitia o espaço limitado. Olhei para a expressão preocupada e inocente dele. E depois eles nos acharam uma multidão de gente com lágrimas descendo pelo rosto, gritando uns com os outros, gritando para nós.

— Não se mexa – instruiu alguém.

— Tirem o Tyler da van! – gritou outra pessoa. Houve um alvoroço com a atividade em nossa volta. Tentei me levantar, mas a mão fria de Edward puxou meus ombros para baixo.

— Fique quieta por enquanto.

— Mas está frio. – reclamei. Fiquei surpresa quando ele riu baixinho. – Você estava lá – lembrei-me de repente, e o riso dele pára num instante. – Você estava perto do seu carro.

A expressão dele ficou séria.

— Não estava não.

— Vi você. – Tudo em nossa volta era um caos. Eu podia ouvir as vozes mais rudes de adultos que chegavam à cena. Mas, obstinadamente, me prendi a nossa discussão; eu estava certa e ele tinha que admitir isso.

— Bella, eu estava parado do seu lado e tirei você do caminho. – Ele disse.

— Não. – Finquei pé.

O ouro em seus olhos inflamou. – Por favor, Bella.

— Por quê? – perguntei.

— Confie em mim – pediu ele, a voz suave e dominadora. Agora eu podia ouvir as sirenes.

— Tudo bem – repeti com raiva.

— Tudo bem – rebateu ele, repentinamente exasperado.

Foram necessários seis paramédicos e dois professores – o Sr. Varner e o treinador Clapp – para afastar a van de nós o bastante para que as macas entrassem. Edward recusou veemente a dele e eu tentei fazer o mesmo, mas o traidor lhes disse que eu tinha batido a cabeça e devia ter uma concussão.

Clara praticamente se jogou em cima de mim me pedindo desculpa. E eu não fazia ideia. Queriam botar um protetor no meu pescoço, mas eu não deixei.

Cheguei ao hospital me sentei na cama tentando refletir sobre a confusão de imagens inexplicáveis que se agitavam caoticamente em minha cabeça. Quando me levantaram do carro, eu vi o amassado fundo no pára-choque do carro caramelo – um amassado muito distinto, que combinava com os contornos dos ombros de Edward… Como se ele tivesse se jogado no carro com força suficiente para amassar a estrutura de metal…

E depois havia a família dele, olhando à distância, com expressões que iam da censura à fúria, mas sem a menor sugestão de preocupação pela segurança do irmão.

Tentei pensar numa solução lógica que explicasse o que acabara de ver – uma solução que excluísse o pressuposto de que eu estava louca.

Houve outra agitação do pessoal do hospital, outra maca trazida para o leito ao lado do meu. Reconheci Tyler Crowley, de minha turma de educação cívica, atrás das ataduras sujas de sangue que envolviam firmemente sua cabeça. Tyler parecia cem vezes pior do que eu. Mas olhava angustiado para mim.

— Bella me desculpe!

— Eu estou bem, Tyler… Você parece péssimo, está tudo bem com você? – Enquanto falávamos, enfermeiras começaram a desfazer sua atadura encharcada, expondo uma miríade de cortes superficiais em toda a testa e na bochecha de Tyler.

Ele me ignorou.

— Achei que ia matar você! Eu estava indo rápido demais e derrapei no gelo… – Ele gemeu quando uma das enfermeiras começou a limpar seu rosto.

— Não se preocupe com isso; você não me acertou.

— Como foi que saiu do caminho tão rápido? Você estava lá e de repente tinha sumido…

— Me tiraram de lá. - eu disse dando os ombros, o cheiro de sangue tava me fazendo mal.

Eles me levaram para uma radiografia da cabeça. Eu lhes disse que não havia nada de errado e tinha razão. Nem uma concussão. Perguntei se podia sair, mas a enfermeira disse que primeiro teria que falar com o médico. Então fiquei presa na emergência, esperando, atazanada pelas desculpas constantes de Tyler e suas promessas de que iria me compensar. Não importava quantas vezes eu tentasse convencê-lo de que estava bem, ele continuava a se atormentar. Por fim, fechei os olhos e o ignorei. Ele continuou num murmúrio cheio de remorsos.

— Ela está dormindo? – perguntou uma voz musical. Meus olhos se abriram.

Edward estava parado ao pé do meu leito, com um sorriso malicioso. Olhei para ele, com o meu olhar de irritação.

— Aí, Edward, me desculpe… – começou Tyler. Edward ergueu a mão para detê-lo.

— Sem sangue, sem crime – disse ele, lampejando os dentes brilhantes. Ele foi se sentar na beira do leito de Tyler, virado para mim. Sorriu novamente com malícia.

— Não é da sua conta. - eu digo irritada antes dele falar alguma coisa.

Depois um médico apareceu ele era jovem, era louro… e era mais lindo do que qualquer astro de cinema que eu já vira. Mas era pálido e parecia cansado, com olheiras. Pela descrição de Jonathas, este tinha que ser o pai de Edward.

— Então, Srta. Switt – disse o Dr. Cullen numa voz extraordinariamente agradável – Como está se sentindo?

— Eu estou ótima. - eu digo sorrindo

Ele foi até o quadro de luz na parede acima de minha cabeça e o ligou.

— Sua radiografia parece boa – disse ele. – Está com dor de cabeça? Edward disse que bateu com muita força.

— Eu estou bem – repeti com um suspiro, lançando um breve olhar zangado para Edward.

Os dedos frios do médico sondaram de leve meu crânio. Ele percebeu quando estremeci.

— Dolorido? - ele perguntou

— Não. - eu digo e me levanto. – Já senti coisas piores.

— Se sentir dor tome Tylenol. - ele diz e aceno com a cabeça e Edward tava atrás de mim.

— O que quer de mim, Bella?

— Quero saber com quem eu estou lidando. - eu digo irritada

— O que você acha que aconteceu? – rebateu ele.

— Só o que sei é que você não estava em nenhum lugar perto de mim… O Tyler também não o viu, então não me venha dizer que bati a cabeça com força. Aquela van ia atropelar nós dois… E não aconteceu, e suas mãos pareceram amassar a lateral dela… E você deixou um amassado no outro carro e não está nada machucado… E a van devia ter esmagado minhas pernas, mas você a levantou… – Pude perceber como aquilo soava como maluquice.

Ele me encarava incrédulo. Mas seu rosto estava tenso, na defensiva.

— Acha que eu levantei a van? – O tom de voz questionava minha sanidade, mas só o que conseguiu foi me deixar mais desconfiada. Era como uma fala dita com perfeição por um ator habilidoso.

— Você acha que eu sou idiota. Você pode mentir como um ator habilidoso. Mas eu sei o que vi. - eu digo balançando meus cabelos.

— Sabe que ninguém vai acreditar nisso. – Agora a voz dele tinha um tom de desdém.

— Não vou contar a ninguém. – Eu disse cada palavra devagar, controlando cuidadosamente minha raiva.

A surpresa passou rapidamente pelo rosto dele.

— Então por que isso importa?

— Por...,Quer saber deixa pra lá, você é um idiota,não vou gastar meu tempo com você e a propósito quando uma van vim pra cima de mim, não precisa me salvar. - eu digo sentindo meus olhos escurecerem.

— Não pode simplesmente me agradecer e acabar com isso?

— Não pedi pra ser salva, então tchau. - eu digo andando raiva e saio. Clara me abraça, Daniel e Papai

— Hmmm… Vai precisar ligar para a sua mãe. – Ele inclinou a cabeça, sentindo-se culpado.

— Você contou para Laura. - eu digo com mais raiva parece que o mundo está conspirando contra mim.

— Sim, ela é sua mãe. - ele diz me olhando

— Não tenho mãe. - eu digo, e vou até onde Clara está.

— Onde está meu carro? - eu pergunto

— Está todo amassado. - ela diz

— O que ? - eu grito nervosa.

A em enfermeira me mandaeu fazer silencio

— Você sofre um acidente e estar preocupada com o carro. - ela diz incredula

— Não é um carro qualquer, é uma coleção. - eu digo irritada e vou pro carro do papai, chegamos a casa.

Decidi que podia muito bem ir para a cama mais cedo naquela noite. Jonathas continuou a me observar ansiosamente e aquilo estava me dando nos nervos. Passei pela a conzinha e peguei três comprimidos de Tylenol e fui pro meu quarto.

Eles ajudaram e, à medida que a dor cedia, eu caí no sono.

Essa foi à primeira noite que sonhei com Edward Cullen.


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