Um Crepúsculo Diferente escrita por Fash


Capítulo 4
Primeiro Dia de Aula




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Pov. Bella

Já estava acostumada com os olhares tanto masculino quanto feminino, mas isso não dizia que gostava.

— Precisa de ajuda? - Clara pergunta, nunca uma Switt jamais precisa de ajuda, mas eu não disse isso.

— Não preciso me viro. - eu digo, alarmo o carro e saio em direção à secretaria, que por sorte tinha o nome, entro e dou de cara com uma mulher meio idosa.

— Pois não? - ela pergunta

— Sou Rubi Isabella Switt Wolfe. - eu digo, os olhos dela se iluminam. Então eu era esperada. Ótimo adora chamar atenção, que ironia.

— Sim, a filha do Senhor Wolfe, aqui está seu horário e esse é o mapa da escola e isso e pra os professores assinar. Meu nome é Luisa Campel, se precisar de ajuda e só me chamar. - ela diz e aceno com a cabeça, saio e começo a olhar meu Horário.

Português - Sr. Mason

Educação Cívica - Jefferson

Trigonometria - Sr. Varner

Espanhol - Lilian

Refeitório

Biologia - Sr. Diego

Educação Física - Clapp

Não é tão chato. Fui pra minha primeira aula de Português no prédio 3, o professor pediu para eu me apresenta.

— Meu nome é Isabella Switt, mas gosto que me chamem de Bella. – eu digo dando um sorriso no final da frase e escuto alguns garotos suspirarem. Depois da apresentação o pediu pra eu me senta lá atrás me dei uma lista de livros: Brontë, Shakespeare, Chaucer, Faulkner. Já tinha lido todos ainda bem.

Quando tocou o sinal, uma buzina anasalada, um garoto magricela com problemas de pele e cabelo preto feito uma mancha de óleo se inclinou para falar comigo.

— Você é Isabella Switt, não é? – Ele parecia direitinho o tipo prestativo de clube de xadrez.

— Bella – corrigi. Todo mundo num raio de três carteiras se virou para me olhar.

— Qual é a sua próxima aula? – perguntou ele. Tive que olhar na minha bolsa.

— Hmmm, Educação Cívica, com Jefferson, no prédio seis.

Para onde quer que eu me virasse, encontrava olhos curiosos.

— Vou para o prédio quatro, posso mostrar o caminho… – Sem dúvida, super prestativo.

— Meu nome é Eric – acrescentou ele. Eu sorri.

— Obrigada.

Pegamos nossos casacos e fomos para a chuva, que tinha aumentado. Eu podia jurar que várias pessoas atrás de nós se aproximavam o bastante para ouvir o que dizíamos.

— E aí, isto é bem diferente de New York, não é? – perguntou ele.

— Muito. – eu digo dando um sorriso

— Como é lá? - ele pergunta curioso

— Bem mais movimentado. - eu digo me lembrando de como lá é perfeito

— Puxa. - ele diz

Voltamos pelo refeitório até os prédios do sul, perto do ginásio. Eric me levou à porta, embora tivesse uma placa bem evidente.

— Então, boa sorte – disse ele enquanto eu pegava a maçaneta.

— Talvez a gente tenha mais alguma aula juntos. – Ele disse parecia ter esperanças. Sorri vagamente para ele e entrei.

O resto da manhã se passou do mesmo jeito. Meu professor de trigonometria, o Sr. Varner, me pediu pra eu me apresentar.

— Meu nome é Isabella, mas gosto que me chamam de Bella. - eu digo sorrindo, seguir pra minha carteira.

Depois veio a aula de espanhol que eu adoro uma garota chamada Jessica ela tagarelava sobre professores e aulas. Saímos pro refeitório quando Clara me chama.

— Quer se sentar com a gente? - ela pergunta olhando pra sua mesa.

— Não precisa. - eu digo, e volto acompanhando Jessica.

Sentamos à ponta de uma mesa cheia de vários de seus amigos, que ela me apresentou. Esqueci o nome de todos assim que ela os pronunciou. Eles pareceram impressionados com sua coragem de falar comigo. O menino da aula de inglês, Eric, acenou para mim do outro lado do salão.

Estavam sentados no canto do refeitório, à maior distância possível de onde eu me encontrava no salão comprido. Eram cinco. Não estavam conversando e não comiam, embora cada um deles tivesse uma bandeja cheia e intocada diante de si.Não me encaravam, ao contrário da maioria dos outros alunos,mas não foi nada disso que atraiu e prendeu minha atenção. Eles não eram nada parecidos. Dos três meninos, um era grandalhão – musculoso como um halterofilista inveterado, com cabelo escuro e crespo. Outro era mais alto, mais magro, mas ainda assim musculoso, e tinha cabelo louro cor de mel. O último era esguio, menos forte, com um cabelo desalinhado cor de bronze. Era mais juvenil do que os outros, que pareciam poder estar na faculdade ou até ser professores daqui, em vez de alunos. As meninas eram o contrário. A alta era escultural. Linda, do tipo que se via na capa da edição de trajes de banho da Sports lllustrated, do tipo que fazia toda garota perto dela sentir um golpe na auto-estima só por estar no mesmo ambiente. O cabelo era dourado, caindo delicadamente em ondas até o meio das costas. A menina baixa parecia uma fada, extremamente magra, com feições miúdas. O cabelo era de um preto intenso, curto, picotado e desfiado para todas as direções. E, no entanto, todos eram de alguma forma parecidos. Cada um deles era pálido como giz, os alunos mais brancos que viviam nesta cidade sem sol. Mais brancos do que eu. Todos tinham olhos muito escuros, apesar da variação de cor dos cabelos. Também tinham olheiras – arroxeadas, em tons de hematoma. Como se tivessem passado uma noite insone, ou estivessem se recuperando de um nariz quebrado. Mas os narizes, todos os seus traços, eram retos, perfeitos, angulosos. Mas não era por nada disso que eu não conseguia desgrudar os olhos deles. Fiquei olhando porque seus rostos, tão diferentes, tão parecidos, eram completa, arrasadora e inumanamente lindos. Eram rostos que não se esperava ver a não ser talvez nas páginas reluzentes de uma revista de moda. Ou pintados por um antigo mestre como a face de um anjo. Era difícil decidir quem era o mais bonito talvez a loura perfeita, ou o garoto de cabelo cor de bronze.

Todos pareciam distantes – distantes de cada um ali, distantes dos outros alunos, distantes de qualquer coisa em particular, pelo que eu podia notar. Enquanto eu observava, a garota baixinha se levantou com a bandeja – o refrigerante fechado, a maçã sem uma dentada – e se afastou com passos longos, rápidos e graciosos apropriados para uma pista de decolagem. Fiquei olhando, surpresa com seus passos de dança, até que ela largou a bandeja no lixo e seguiu para a porta dos fundos, mais rápido do que eu teria pensado ser possível. Meus olhos dispararam de volta aos outros, que ficaram sentados, impassíveis.

— Quem são eles? - perguntei a Jessica, enquanto ela olhava para ver do que eu estava falando embora já soubesse, provavelmente, pelo meu tom de voz, de repente ele olhou para ela, o mais magro, o rapaz juvenil, o mais novo, talvez. Ele olhou para minha vizinha só por uma fração de segundo, e depois seus olhos escuros fulguraram para mim. Ele desviou os olhos rapidamente, naquele breve olhar, seu rosto não transmitiu nenhum interesse – era como se ela tivesse chamado o nome dele, e ele a olhasse numa reação involuntária, já tendo decidido não responder.

Jessica riu sem graça e respondeu

— São Edward e Emmett Cullen, e Rosalie e Jasper Hale. A que saiu é Alice Cullen. Todos moram com o Dr. Cullen e a esposa. – Ela disse isso à meia-voz.

Ahh então são os Cullens do qual papai tinha falado

— Então eles são os Cullens? - perguntei dando uma de idiota.

O que não fazia meu estilo.

— Sim. Sua irmã e as pessoas que estão sentadas conhece e você? - ela perguntou

— Não, meu pai comentou sobre eles. - eu digo e olho pra mesa deles o rapaz bonito, que agora fitava a própria bandeja, desfazendo um pãozinho em pedaços com os dedos pálidos e longos. Sua boca se movia muito rapidamente, os lábios perfeitos mal se abrindo. Os outros três ainda pareciam distantes e, no entanto, eu sentia que ele estava falando em voz baixa com eles. Nomes estranhos e incomuns, pensei. O tipo de nome que têm os avós. Mas talvez seja moda por aqui – nomes de cidades pequenas? Espera Jessica é um nome comum.

— Eles são lindos. - eu digo com minha voz fria

— É – concordou Jessica com outra risada. – Mas todos estão juntos… Emmett e Rosalie, e Jasper e Alice, quero dizer. E eles moram juntos. – Sua voz trazia toda a condenação e o choque da cidade pequena.

— E o quer que tem? - eu digo o povo curioso.

Espera... Eu sou curiosa, mas é por uma boa causa.

— Eles eram pra se tratarem como irmãos. - ela diz chocada. Como se eu tivesse problemas mentais.

— Se você morasse em New York isso seria tão comum. - eu digo rindo.

— Jasper e Rosalie têm 18 anos, mas estão com a Sra. Cullen desde que tinham 8 anos. Ela é tia deles ou coisa assim.– Mas acho que a Sra. Cullen não pode ter filhos – acrescentou ela, como se isso diminuísse sua bondade. – Se mudaram há dois anos, vindos de algum lugar do Alasca.

Enquanto eu os examinava, o mais novo, um dos Cullen, virou-se e encontrou meu olhar, desta vez com uma expressão de evidente curiosidade.Eu o encarei de volta. Ele me olhava em espécie de expectativa frustrada.

— Quem é o garoto de cabelo ruivo? – perguntei. Ele ainda estava me encarando, mas não aparvalhado como os outros alunos. Tinha uma expressão meio frustrada.

— É o Edward. Ele é lindo, é claro, mas não perca seu tempo. Ele não namora. Ao que parece, nenhuma das meninas daqui é bonita o bastante para ele. – Ela fungou um caso claro de dor-de-cotovelo.

— Ele já te rejeitou? - eu perguntei na tentativa de esconder o riso

— Elle nãooo éee - ela começou a gaguejar

— Não precisa responder Jessica foi uma pergunta inconveniente. - eu digo. Depois olhei para ele de novo. Seu rosto estava virado para o outro lado, mas achei que sua bochecha parecia erguida, como se ele também estivesse sorrindo. Depois de mais alguns minutos, os quatro saíram da mesa juntos. Todos eram muito elegantes até o grandalhão de cabelo castanho.

Fiquei sentada à mesa com Jessica e os amigos dela por mais tempo do que teria ficado se eu estivesse sozinha. Estava ansiosa para não me atrasar para as aulas no meu primeiro dia. Uma das minhas novas conhecidas, que me lembrava repetidamente que seu nome era Angela, tinha biologia II comigo no próximo tempo. Seguimos juntas em silêncio para a sala. Ela era tímida.

Quando entramos na sala, Angela foi se sentar em uma carteira de tampo preto exatamente como aquelas que eu costumava usar. Ela já tinha uma vizinha. Na verdade, todas as carteiras estavam ocupadas, exceto uma. Ao lado do corredor central, reconheci Edward Cullen por seu cabelo incomum, sentado ao lado daquele lugar vago. Enquanto eu andava pelo corredor para me apresentar ao professor e conseguir que assinasse minha caderneta, eu o observava furtivamente. Assim que passei, ele de repente ficou rígido em seu lugar. Me encarou novamente, encontrando meus olhos com a expressão mais estranha do mundo era hostil, furiosa. Desviei os olhos rapidamente, ninguém me encarava assim. Andei normalmente até seu lado,percebi que os olhos dele eram pretos como carvão.

O Sr. Diego assinou minha caderneta e me passou um livro, sem perdi para eu me apresentar. É claro que ele não teve alternativa a não ser me mandar para o lugar vago no meio da sala.fui me sentar ao lado dele, irritada pelo olhar hostil que ele me lançava.

Coloquei os livros na carteira e tomar meu lugar, mas, pelo canto do olho, vi sua postura mudar. Ele estava inclinado para longe de mim, sentado na ponta da cadeira, e desviava o rosto como se sentisse algum fedor. Imperceptivelmente, cheirei meu cabelo. Tinha cheiro de morango, o aromo do meu xampu preferido. Parecia um odor bem inocente. E tentei prestar atenção ao professor.

Infelizmente a aula era sobre anatomia celular, uma coisa que eu já estudara. De qualquer modo, tomei notas cuidadosamente. A aula parecia se arrastar mais do que as outras. Seria porque o dia finalmente estava chegando ao fim, ou porque eu esperava que o punho dele relaxasse? Não aconteceu: ele continuou sentado tão imóvel que nem parecia respirar. Qual era o problema dele? Será que este era seu comportamento normal? Questionei a avaliação que fiz da amargura de Jessica no almoço de hoje. Talvez ela não fosse tão ressentida quanto eu pensava.

Eu olhei, mas uma vez para olhe e ele agora me encarava de cima, os olhos pretos cheios de repugnância. De repente passou por minha cabeça a expressão como se pudesse matar.

Naquele momento, o sinal tocou alto,e Edward Cullen estava fora de sua carteira. Com fluidez, ele se levantou de costas para mim era muito mais alto do que eu pensava e estava do lado de fora da porta antes que qualquer outro tivesse saído da carteira.

Fiquei paralisada no meu lugar, encarando inexpressiva as costas dele.Ninguém me tratava daquele jeito nunca.Comecei a pegar minhas coisas devagar, tentando bloquear a raiva que se espalhava em mim.

— Você não é Isabella Switt? – perguntou uma voz de homem.

Olhei para cima e vi um rapaz bonitinho com cara de bebê, o cabelo louro-claro cuidadosamente penteado com gel em pontas arrumadinhas, sorrindo para mim de maneira simpática.

— Bella – eu o corrigi, com um sorriso.

— Meu nome é Mike. - ele diz

— Oi, Mike. - eu digo

— Precisa de ajuda para encontrar sua próxima aula? - ele diz

— Vou para a educação física. Acho que posso encontrar o caminho.- eu digo tentando ser simpática.

— É minha próxima aula também. – Ele parecia impressionado, mas não era uma coincidência assim tão grande numa escola tão pequena.

Fomos para a aula juntos. Ele era um grande tagarela, alimentou a maior parte da conversa, tinha morado na Califórnia até os 10 anos, Por acaso também era meu colega na aula de inglês. Ele foi à pessoa mais legal que eu conheci hoje.

— E aí, você furou o Edward Cullen com um lápis ou o quê? Nunca o vi agir daquele jeito.- ele diz enquanto entrávamos no ginásio

Ao que parecia aquele não era o comportamento habitual de Edward Cullen. Decidi me fazer de burra.

— Era o garoto do meu lado na aula de biologia? – perguntei naturalmente.

— Era – disse ele. – Parecia estar sentindo alguma dor ou coisa assim.

— Não sei – respondi. – Nunca falei com ele.

— Ele é um cara estranho. – Mike se demorou ao meu lado em vez de ir para ao vestiário. – Se eu tivesse a sorte de me sentar do seu lado, conversaria com você.

Eu sorri para ele antes de ir para a porta do vestiário feminino. Ele era simpático e estava na cara que gostava de mim. Mas não foi o suficiente para atenuar minha irritação. Quando eu entrei dei de cara com Clara me olhando preocupada.

— Você está bem? - ela pergunta nervosa

— Sim estou ótima. - eu digo sorrindo e vou para a aula.

O professor de educação física, treinador Clapp, encontrou um uniforme para mim, mas não me fez vesti-lo para a aula de hoje. Fiquei assistindo a quatro partidas de vôlei que aconteciam simultaneamente. Eu sou ótima no esporte.

O ultimo sinal finalmente tocou. Andei devagar para a secretaria para entregar minha caderneta. A chuva tinha ido embora, mas o vento era forte e mais frio. Ao entrar no escritório aquecido, quase me virei e voltei para fora. Edward Cullen estava parado junto à mesa na minha frente. Reconheci de novo aquele cabelo bronze desgrenhado. Ele não pareceu ter ouvido a minha entrada. Fiquei encostada na parede de trás, torcendo para que a recepcionista ficasse livre. Ele estava discutindo com ela numa voz baixa e cativante. Rapidamente peguei a essência da discussão. Ele tentava trocar o horário de biologia por qualquer outro horário qualquer outro.

A porta abriu de novo e de repente uma rajada de vento frio entrou pela sala, espalhando os papéis na mesa, jogando meu cabelo na cara. A menina que entrava limitou-se a ir até a mesa, colocou um bilhete na cesta de arame e saiu novamente. Mas Edward Cullen se enrijeceu de novo e se virou lentamente para olhar para mim – o rosto era absurdamente lindo – com os olhos penetrantes e cheios de ódio. Por um momento, senti um arrepio de puro medo, que eriçou os pêlos de meus braços. O olhar só durou um segundo, mas me gelou mais do que o vento frio. Ele voltou a se virar para a recepcionista.

— Então deixa para lá – disse asperamente numa voz de veludo. – Estou vendo que é impossível. Muito obrigado por sua ajuda. – Virou-se sem olhar para mim, desaparecendo porta afora.

Fui até a mesa, com minha cara ficando vermelha de raiva.

— Como foi seu primeiro dia, querida? – perguntou a recepcionista em tom maternal.

— Foi ótimo. - eu digo mentido, mas eu sempre fui ótima em menti que ela acreditou.

Sai e Clara vinha na minha direção. Com uma expressão estranha

— Vamos? - ela pergunta enquanto olho pra ela tentando definir sua expressão até que acho Preocupada.

— É claro quero ir pra casa. - eu digo entrando no meu carro. E dirigindo até casa.


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