Um Crepúsculo Diferente escrita por Fash


Capítulo 14
Equilibrando




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Eu não vou atrás dos caras. Minha mãe me ensinou a ser assim.


Pov. Bella

– Billy! - Jonathas chamou assim que saiu do carro.

Eu virei na direção da casa, convidando Jacob pra entrar enquanto passava pela porta de entrada. Eu ouvi Charlie saudando os dois em voz alta atrás de mim.

– Eu vou fingir que não vi você atrás do volante, Jake - ele disse em tom de desaprovação.

– Nós recebemos as carteiras mais cedo na reserva - Jacob disse enquanto eu destrancava a porta.

– Claro que recebem - Jonathas riu.

– Eu preciso sair de alguma forma - eu reconheci facilmente a voz ressonante de Billy, apesar dos anos. O som dela fez com que eu me sentisse mais nova de repente, uma criança.

Eu entrei, deixando a porta aberta atrás de mim e acendendo as luzes antes de tirar meu casaco. Então eu fiquei perto da porta, observando ansiosamente enquanto Jacob e Jonathas ajudavam Billy a sair do carro e a sentar na sua cadeira de rodas. Eu saí do caminho enquanto os três corriam pra dentro, sacudindo a chuva.

– Isso é uma surpresa - Jonathas estava dizendo.

– Já faz muito tempo - Billy disse. - Eu espero que esse não seja um momento ruim. - Seus olhos escuros vieram parar em mim de novo. Sua expressão estava ilegível.

– Não, está ótimo. Eu espero que você possa ficar para o jogo. - Jonathas diz sorrindo.

Jacob sorriu. - Eu acho que esse é o plano nossa TV quebrou na semana passada.

Billy fez uma cara feia para o filho. - E, é claro que Jacob estava ansioso pra ver Bella de novo - ele acrescentou.

Jacob fez uma careta e baixou a cabeça enquanto eu tentava lutar contra uma onda de remorso que eu senti de repente. Talvez eu tenha sido convincente demais na praia.

Droga de charme.

– Vocês estão com fome? - Eu perguntei, me virando na direção da cozinha. Eu estava ansiosa pra escapar do olhar especulativo de Billy.

Nana tinha saído tinha um bilhete em cima da mesa.

– Não, nós acabamos de comer antes de vir pra cá. - Jacob respondeu.

– E você, Jonathas? - eu perguntei por cima do meu ombro.

– Claro - ele respondeu, sua voz vinha da entrada e estava se dirigindo á sala de TV.

Eu podia ouvir a cadeira de Billy acompanhando. Os sanduíches de queijo grelhado estavam na frigideira e eu estava fatiando um tomate quando senti alguém atrás de mim.

– Então, como vão as coisas? - Jacob perguntou.

– Muito bem - era difícil resistir ao entusiasmo dele. - E você? Já terminou o seu carro?

– Não - ele fez uma careta. - Eu ainda preciso de partes. Nós pegamos aquele emprestado. - Ele apontou com o polegar na direção do quintal na frente de casa.

– Me desculpa não vi nem um cilindro mestre. - eu digo me sentindo culpada, nem procurar eu tinha ido.

– Sem problema. - ele diz sorrindo. - Tem alguma coisa errada com seu carro?

– Não. - eu digo confusa. - Por quê?

– Você não tava dirigindo. - ele acrescentou

Eu olhei pra baixo para a frigideira e levantei a borda de um dos sanduíches pra olhar o lado de baixo. - Eu peguei uma carona com um amigo.

– Bela carona. - Jacob estava admirado. - Contudo, eu não reconheci o motorista. Eu achei que conhecia a maioria das pessoas daqui.

Eu afirmei com a cabeça, mantendo os olhos baixos enquanto virava os sanduíches. - Meu pai pareceu reconhecê-lo de algum lugar.

– Jacob, você poderia pegar alguns pratos? Eles estão no armário em cima da pia. - eu digo rezando para ele se esquecer do assunto.

– Claro. - Ele pegou os pratos em silêncio.

– Então, quem era? - ele perguntou, colocando dois pratos no balcão no meu lado.

Eu suspirei, vencida. - Edward Cullen.

Para minha surpresa, ele riu. Eu olhei pra cima. Ele pareceu um pouco envergonhado.

– Eu acho que isso explica, então - ele disse. - Eu estava imaginando porque meu pai estava agindo tão estranho.

– É mesmo. - Eu fingi uma expressão inocente. - Ele não gosta dos Cullen.

– Velho supersticioso - ele cochichou por baixo do fôlego.

– Você acha que ele vai dizer alguma coisa pra Jonathas? - Eu não conseguí deixar de perguntar, as palavras saíram baixas e apressadas.

Jacob me encarou por um momento, e eu não conseguí entender a expressão nos seus olhos escuros.

– Eu duvido - ele finalmente respondeu. - Eu acho que Jonathas já deu uma bela lição nele da última vez. Eles não se falaram muito desde então, hoje é uma espécie de reunião, eu acho. Eu não acho que ele vai falar nisso de novo.

– Oh - eu disse tentando parecer indiferente.

Eu fiquei na frente da sala depois de levar a comida pra Jonathas, fingindo que estava assistindo o jogo enquanto Jacob conversava comigo. Eu estava mesmo era ouvindo a conversa dos homens, procurando por algum sinal de que Billy ia me dedurar, pensando em alguma forma de pará-lo caso ele tentasse.

Foi uma noite longa. Eu tinha dever de casa pra fazer, mas estava com medo de deixar Billy sozinho com Jonathas. Finalmente, o jogo acabou.

– Você e seus amigos vão voltar lá na praia logo? - Jacob perguntou enquanto carregava o seu pai pela a porta.

– Eu não tenho certeza - eu me esquivei.

– Foi divertido. - Billy disse.- Volte para o próximo jogo -Jonathas encorajou.

– Claro, claro - Billy disse. - Estaremos aqui. Tenha uma boa noite.

Seus olhos encontraram os meus.

– Se cuide, Bella - ele acrescentou seriamente.

– Obrigada - eu murmurei, desviando o olhar.

Eu fui para a escada enquanto Jonathas acenava pra eles na porta. - Espere Bella.

Eu congelei. Será que Billy tinha falado alguma coisa antes que eu estivesse na sala?

Coragem Bella você é uma Switt.

– Sim? - eu pergunto me virando

– Eu ainda não tive a chance de falar com você esta noite. Como foi seus dia? - ele perguntou relaxado

– Foi bom. - eu digo sorrindo. - Meu time de Badminton ganhou todas as quatro partidas hoje.

– Uau, eu não sabia que você jogava Badminton. - ele diz impressionado.

– Phil me ensinou. - eu digo sorrindo, mas paro quando vejo ele ficar desconfortável.

– Então ainda vai pra Flórida? - ele pergunta mudando de assunto.

– Essa é a ideia. - eu digo

– Eu fiz planos pra ir pescar com os rapazes lá da FBI. Tudo indica que o clima estará quente. Mas se você quiser adiar a viagem para esperar até alguém consiga ir com você, eu posso ficar em casa. Eu sei que te deixo sozinha tempo demais. - ele diz se culpando

– Papai você está fazendo um ótimo trabalho. - eu digo piscando e ele deu um sorriso que fez seus olhos enrugassem.

Subi as escadas rápido, mas parei perto do quarto de Clara, entrei e não tinha ninguém. Estranho.

Fui em direção ao quarto de Daniel, abri e lá estava ele dormindo um sono muito pesado.

Balancei a cabeça e fui pro meu quarto. Eu dormi melhor essa noite, cansada demais pra sonhar de novo. Quando eu acordei na manhã de cor acinzentada, meu humor estava feliz. A noite tensa com Billy e Jacob pareceu inofensiva o suficiente; então eu decidi esquecê-la completamente.

Levantei-me tomei um banho, sequei meu cabelo e fiz uma trança deixando alguns fios soltos e vesti uma roupa.

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Desci as escadas vendo Nana sorrir.

– Onde estava ontem? - eu pergunto curiosa.

– Saí pra comprar algumas coisas. - ela diz me dando um copo de café.

Dou um pequeno gole.

– Você está tão branca. - ela diz passando a mão no meu rosto.

– Eu sou branca. - eu digo colocando o copo em cima da mesa.

– Eu sei. - ela diz sorrindo. - Bonequinha de porcelana.

– Nana pelo amor de Deus. - eu digo rindo.

Fazia tanto tempo que me chamavam a sim.

– Mas você é. - ela diz

– Eu vou me atrasar. - eu digo piscando. - Buongiorno.

– Buon mattino bambola. - ela diz sorrindo

Dei uma pequena risada. Fui pra sala e abri a porta vendo o carro de dele ali.

Eu não hesitei dessa vez, entrando no lado do passageiro rapidamente, tudo pra ver o rosto dele mais rápido. Ele mostrou seu sorriso torto pra mim, parando minha respiração e meu coração. Eu não conseguia imaginar como um anjo poderia ser mais glorioso não havia nada nele que pudesse ser melhorado.

– Como você dormiu? - ele perguntou. Eu me perguntei se ele tinha noção de como sua voz era atraente.

– Bem. Como foi a sua noite? - eu pergunto sendo educada

– Prazerosa - Seu sorriso estava divertido; eu me senti como se estivesse perdendo alguma piada.

– Será que eu posso perguntar o que você fez? - eu pergunto

– Não. - Ele sorriu. - Hoje ainda é meu dia.

Hoje ele queria saber mais sobre as pessoas: mais sobre Laura, seus passatempos, o que nós fazíamos no nosso tempo livre, meu amigos. E finalmente chegou no assunto mais importante garotos.

– Na verdade só tive dois namorados. - eu digo sem sorrir.

Mas peguei quase todo a população masculina de New York, mas não falei isso.

Nessa hora nós estávamos na cafeteria. Estava virando rotina o dia passar num sopro.

– Eu devia ter deixado você vir sozinha hoje - ele disse, sem motivo algum

– Porque? - eu quis saber dando uma olhada para a mesa onde Clara sentava e ela não estava lá.

– Eu vou embora com Alice depois do almoço. - ele diz

– Oh - eu pisquei desconcertada. - Não precisa se preocupar comigo.

Peguei uma chave no bolso e apertei o pequeno botão que ele tinha.

– Essa chave, vai acionar meu carro e ele vai está aqui. - eu digo vendo o rosto dele ficar confuso.

– Que bom. - ele diz

Olhei mais uma vez para a mesa de Clara.

Aonde ela se meteu? Será que ela está com o namorado? Não!

Lucas reparou que eu estava olhando e acenou.

Revirei os olhos.

– Então pra onde vocês vão? - eu perguntei tão casualmente quanto pude.

– Caçar - ele respondeu severamente. - Se eu vou estar sozinho com você amanhã, eu vou tomar todas as precauções que puder. - Seu rosto ficou sombrio... e declarador. - Você ainda pode cancelar, sabe.

Eu olhei pra baixo, com medo do poder persuasivo dos seus olhos. Eu me recusava a sentir medo dele, não importava quão grande o perigo pudesse ser.

– Bem que eu queria, mas eu teria que passar sábado sozinha. - eu digo fazendo cara de tédio.

– Talvez você esteja certa - ele murmurou secamente. A cor dos seus olhos pareceu ficar mais escura enquanto eu observava.

– Que horas? - eu pergunto

– Isso depende...é sábado, você não quer dormir até tarde? - ele perguntou.

– Não. - eu digo sem sorrir.

– A mesma hora de sempre, então - ele decidiu. - Jonathas vai está em casa.

– Você sabe que não. - eu digo

O tom de sua voz ficou afiado. - E se você não voltar pra casa, o que é que ele vai pensar?

– Vai botar a equipe toda da FBI atrás de mim. - eu digo sorrindo.

E isso já tinha acontecido uma vez, quando ele foi me visitar e eu demorei.

– O que você vai caçar hoje? - Eu perguntei depois de perder o concurso de quem encarava mais.

– Qualquer coisa que encontrarmos no parque. Nós não vamos muito longe - Ele pareceu se divertir com a minha referência casual ao seu segredo.

– Porque você está indo com Alice? - Eu me perguntei.

– Alice é a mais...encorajadora. - Ele fez uma careta enquanto falava.

– E os outros? - eu perguntei mexendo no meu cabelo. - O que eles são?

Suas sobrancelhas se uniram por um breve momento. - Incrédulos, em grande parte.

Eu espiei rapidamente a sua família atrás de mim. Eles estavam olhando para direções diferentes, exatamente como na primeira vez que eu os ví. Só que agora ele só eram quatro; seu lindo irmão com o cabelo cor de bronze, estava sentado na minha frente,com os olhos confusos.

– Eles não gostam de mim - eu adivinhei. Na verdade seria divertido a ideia de vampiros não gostarem de mim.

– Não é isso - ele discordou, mas seus olhos eram inocentes demais. - Eles só não entendem porque eu não consigo te deixar sozinha.

– Eu também não. - eu digo sendo sincera.

Eu ainda estava olhando para os Cullen, de repente, Rosalie, a sua irmã loira, de tirar o fôlego, se virou pra me olhar. Olhar não, encarar com olhos escuros e frios. Mas o mais estranho foi que ela deu um pequeno sorriso e Edward fez um barulho raivoso e baixo. Era quase um assobio, ela virou a cabeça para o outro lado.

– Você tem que ir agora? - eu pergunto tirando a tensão que se acumulou.

– Sim - ele ergueu o resto; estava sério por um momento, e então o seu humor mudou e ele sorriu. - Provavelmente é o melhor a fazer. Nós ainda temos quinze minutos daquele filme inacabado de Biologia eu não acho que poderia aguentar mais.

Eu encarei. Alice seu cabelo preto formava uma auréola ao redor do seu rosto notável, élfico estava repentinamente atrás dele. Sua leve figura era esbelta, graciosa mesmo estando absolutamente parada.

– Alice. - Ele saudou ela sem desviar os olhos de mim.

– Edward. - Sua voz soprano era quase tão atraente quanto a dele.

– Alice, Bella - Bella, Alice - ele nos apresentou, fazendo gestos com a mão casualmente, um sorriso torto nos lábios.

– Olá, Bella - seus olhos eram impossíveis de ler, mas seu sorriso era amigável. - É bom finalmente te conhecer.

Edward deu uma olhada sombria pra ela.

– Oi, Alice - eu disse me levantando e o Lucas se levantou da mesa e uma menina puxou ele fazendo-o se sentar.

– Você está pronto? - ela perguntou pra ele.

A voz dele estava indiferente. - Quase. Eu te encontro no carro.

Ela foi embora sem outra palavra. Seu caminhar era tão fluido, tão suntuoso.

– Divirta-se. - eu digo sorrindo

– Eu vou tentar - ele ainda estava sorrindo. - E você tente se manter em segurança, por favor.

– Ficar segura em Forks que desafio. - eu digo sendo sarcástica.

– Pra você isso é um desafio. - Sua mandíbula ficou apertada - Prometa?

– Sim senhor, não vou sair de casa. - eu digo fazendo um gesto de obediência.

– Te vejo amanhã - eu suspirei.

– Parece tempo demais pra você, não parece? - ele meditou se levantando.

– Não sei. - eu digo suspirando

– Eu estarei lá pela manhã - ele prometeu, dando seu sorriso torto. Ele se inclinou sobre a mesa para tocar meu rosto, alisando a maçã do meu rosto de novo. Então ele se virou e foi embora.

Andei até a mesa que Clara se sentava.

– Aonde Clara? - eu perguntei

– Não é da sua conta. - Lucas diz se levantando e ficando na minha frente.

– Ela é minha irmã. - eu digo com vontade de socar ele.

– Então pareça com uma e não fique de papo com o Cullen. - ele diz saindo irritado.

Suspirei e olhei para uma garota.

– Sua irmã foi fazer algo em Seattle. - ela diz sorrindo

– Obrigada. - eu digo indo para a aula de Educação física, Mike estava falando comigo de novo; ele desejou que eu me divertisse na Flórida.

– Você poderia vir para o baile com o nosso grupo vai ser legal. Nós todos dançaremos com você - ele prometeu.

A imagem mental de da cara de Jéssica deixou o meu tom mais áspero do que era necessário. - Eu não vou para o baile, Mike, tá bem?

– Tá - ele murchou de novo. - Eu só estava oferecendo.

Quando o dia de aula finalmente terminou, eu caminhei para o estacionamento sem entusiasmo. Vi meu carro lá fora, entrei e tinha um bilhete fechei a porta antes de abrir.

Duas palavras estavam escritas com sua letra elegante.

Fique Segura.



Assim que cheguei em casa, fui direto para meu quarto.



– Oh bebê. - eu digo pegando minha cadela. - Perdoa a mamãe por não ter tempo pra você.

Ela latiu o que me fez pensar que estava perdoada.


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