- Alguém pode me explicar o que ta acontecendo? – Pedi. –

- Ao que parece você perdeu parte da memória por causa da batida. Mas você ter o reconhecido em parte já nos dá esperança de uma recuperação. Bom, acho que por enquanto não há nada mais a se fazer, te darei alta e você poderá ir pra casa. – O médico disse saindo do quarto. –

[Hanna Off]

[Bill]

Saí correndo pelos corredores do hospital e finalmente encontrei Tom, o abraçando bem forte.

- Bill se acalma, o que aconteceu agora? – Tom perguntou calmo me abraçando forte. –

- Ela não se lembra Tom, só da banda, não de nós.

- Aquela lá esquece até o próprio nome, esquece até que é um ser humano, mas não esquece os vícios... – Lunna comentou. –

- E o que é que a gente faz agora? E os gêmeos? – Perguntei desfazendo o abraço. –

- Ela vai se lembrar! Pode até demorar, mas vai. – Tom falou confiante. -

Aquilo me fez ter um pouco de esperança.

Alguns minutos depois Helena me chamou novamente.

Tentei me acalmar, limpei meu rosto que estava todo borrado de maquiagem e então fui ao seu encontro.

- Olha Bill, ela ainda está muito confusa. Eu expliquei algumas coisas e disse que ela iria com você pra casa. Ela ficou um pouco feliz com isso, mas você já sabe o porque...Mas então, agora é com você! Se precisar de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo me liga, Ok? – Disse abrindo a porta do quarto. –

Assenti com a cabeça e entrei.

Me aproximei dela um pouco triste, mas tentando não demonstrar isso.

- Minha mãe disse que eu vou ficar na sua casa...quer dizer, nossa casa. – Ela parecia estar tentando se controlar. –

- Deixa que eu te ajudo. – Disse a ajudando a ficar de pé. –

Fomos caminhando até a saída do hospital. Todos já haviam ido embora, apenas Tom havia ficado.

No caminho pra casa Hanna fazia várias perguntas, algumas esquisitas, outras nem tanto.

- Por favor, me desculpe mesmo, eu queria lembrar... – Falou triste. –

- Você vai se lembrar, é só uma questão de tempo. – Tom falou enquanto dirigia. –

- Posso fazer mais perguntas?

- Claro. – Respondi. –

- Não duvido de absolutamente nada do que vocês estão dizendo, mas nós realmente casamos? – Perguntou bastante tímida. –

Peguei em sua mão esquerda colocando a minha ao lado, mostrando as tatuagens.

- Legal! E...bem, como é que eu pergunto isso...É que, se somos casados, já temos filhos ou...? – Ficou um tanto vermelha. –

- Um casal de gêmeos. – Respondi calmo e sério. –

Então aquilo me fez ficar um tanto preocupado. E os gêmeos?

- Gêmeos? Nossa... – Ficou ainda mais tímida. –

Chegamos em casa.

A ajudei a sair do carro e entramos em casa.

Minha mãe estava lá com os meninos.

- O que aconteceu mãe? – Erick perguntou se aproximando. –

Hanna me encarou confusa.

- Tenta agir o mais natural possível, por favor, eles tem apenas seis anos... – Sussurrei em seu ouvido e ela assentiu com a cabeça. –

- Me machuquei, mas logo eu melhoro, ta? – Respondeu sorrindo. –

A coloquei no sofá e fui contar tudo à minha mãe.

Um tempo depois ela e Tom foram embora.

- Bill, só uma última pergunta. Tem algum outro quarto, porque eu acho que não vou me sentir muito à vontade dormindo com você...quer dizer, na mesma cama...?

- Tem sim, você já quer subir? – Perguntei e ela assentiu com a cabeça. –

A peguei em meus braços e então a coloquei sentada na cama do quarto ao lado do meu. Arrumei tudo e então ela se ajeitou na cama.

- Se precisar de qualquer coisa é só chamar que eu venho aqui, Ok?

- Ok! Bill me desculpe. – Falou triste. –

- Não precisa se desculpar, a culpa não é sua. Boa noite! – Disse apagando a luz e fechando a porta. –

Respirei fundo tentando engolir o choro então fui ao quarto dos gêmeos.

- Pai, ela vai melhorar logo? – Ashley perguntou parecendo um pouco triste. –

- Vai sim! Agora vocês têm que ir dormir. – Tentei não parecer triste. –

Os dois deitaram na cama, então apaguei a luz e fechei a porta.

Com certeza eu não conseguiria dormir.

Tomei um banho rápido e deitei na cama.

Acordei assustado com o a luz do sol em meu rosto. Levantei da cama em um salto, fiz a minha higiene bem rápida então saí do quarto.

A porta do quarto em que Hanna havia dormido estava entreaberta e ela não estava lá.

Desci a escada correndo e a encontrei sentada na cozinha. Suspirei aliviado me aproximando.

- Como desceu essa escada sozinha? Você poderia ter se machucado. – Falei um tanto preocupado. –

- Eu desci com cuidado, não queria te acordar. – Respondeu séria. –

- Dormiu bem?

- Dormi sim, parecia que há dias eu não dormia.

- Mas você não tinha insônia? – Sentei de frente pra ela. –

- Eu tinha? Pelo menos uma coisa boa aconteceu... – Forçou um sorriso. –