Happy Easter - One Shot escrita por S Silva, BrunaLocks


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Presentinho de páscoa atrasado, hihi ;$



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Uma semana para páscoa.

O colégio inteiro estava agitado devido ao baile que aconteceria na casa dos Cullen’s. Ninguém sabia o motivo para tal baile.

As meninas estavam super ansiosas para saberem quem Edward convidaria. E eu? Tentava fingir que nada acontecia, sabia que não seria convidada por ninguém, muito menos por Edward.

Edward é lindo. O cara mais lindo que eu já vi nesses meus dezessete anos. Ele era super popular e todas as garotas babavam ao seus pés. Todas, sem exceções. Inclusive eu. A única diferença é que eu não demonstrava isso pois sabia que não teria chance alguma. Sabia muito bem qual era o meu lugar, meu destino era ficar sozinha. Afinal, quem em sã consciência iria querer uma garota como eu? Magricela, com óculos e de aparelho. Eu era a reencarnação de Betty, a Feia.

Assim que a ultima aula acabou sai a passos lentos, por puro medo de cair, até o estacionamento onde estava a minha bicicleta.

Pois é, eu ainda andava de bicicleta.

Não tinha dinheiro para comprar um carro. Vinha de uma família muito pobre, porém muito feliz. Meus pais morreram a quase um ano em um acidente de carro, e como não tinha mais ninguém acabei ficando sozinha. Acho que meus pais sentiram que iam morrer e uma semana antes haviam me emancipado. Eu trabalhava como caixa no único mercado da cidade, meu dinheiro dava apenas para me alimentar e comprar algumas roupas.

Quando estava chegando perto da minha bicicleta os idiotas do colégio e cercaram. Eles viviam me perseguindo.

– Hey coelha ceguinha. – chamou Jéssica, a patricinha nojenta.

– Não acha que ta na hora de trocar a ferradura? – Mike, o idiota maior.

Eles me chamavam de coelha devido aos meus dois dentões da frente.

– Podem me dar licença? Eu preciso ir pra casa. – pedi baixinho.

Eles começaram a rir.

– A coelhinha quer a sua cenourinha é? – Jacob, músculo em pessoa.

Ele vinha com a minha bicicleta em seus braços. Eles se entreolharam e começaram a rir. Como num passe de mágica minha bicicleta estava no chão e eles estavam a chutando. Em segundos eles já tinham a destruído e eu já sentia as lagrimas correndo pelo meu rosto.

– Vocês enlouqueceram? O que pensam que estão fazendo?

Não reconheci a voz e não tive coragem de levantar meu rosto para ver quem era. Seja quem for não estava gostando nem um pouco do que estavam fazendo comigo.

– Qual é, vai defender a coelha agora?

– Calem a boca!

– Qual é Edward, quer levar a coelha sem sal pra cama?

Tive que erguer minha cabeça para ver, não acreditei no que ouvi. OMG! Edward Cullen estava me defendendo. Ele me olhou e fiquei olhando aqueles lindos olhos verdes completamente em choque. Eu não conseguia tirar meus olhos dos dele e pude perceber que ele também não.

Mas alguém fez o pequeno favor de quebrar nossa troca de olhares. Tanya ficou na frente dele colocando sua mão em seu peito.

– Fala sério Edward. Isso daí com essa ferradura na boca não serve nem pra um boquete. Ah, e nem precisa perguntar, eu aceito ser seu par no baile.

Edward imediatamente tirou a mão dela do seu peito. E pela cara que ela fez acho que ele não foi nem um pouco delicado.

– Você tem toda razão Tanya, ela realmente não serve para fazer boquete. Porque quem faz isso são vadias como você. Agora saiam daqui antes que o diretor apareça.

Tanya e Jéssica olharam pra mim com incredulidade. Eu não sabia porque, já que não entendi muito bem o que eles falavam, estava concentrada de mais em Edward.

Antes de saírem Jacob e Mike deram mais alguns chutes na minha bicicleta. Imediatamente voltei a chorar e sem que me desse conta estava abraçada a Edward.

Não sei quanto tempo passou mais me pareceram horas. Era como se o tempo voasse perto dele. O que era muito ruim, pois eu queria ficar nos braços dele para sempre. A única coisa que me restava era me abraçar mais a ele e aproveitar essa minha única chance.

Muito mais rápido do que eu queria Edward nos afastou, mas continuou segurando meus ombros.

– Tudo bem? - ele parecia preocupado

Abri minha boca algumas vezes para responder, mas minha voz não saia, então apenas confirmei com a cabeça.

– Ok. – ele suspirou. – Vem, eu te levo pra casa.

Ele passou um de seus braços pelo meu ombro e sem resistência alguma da minha parte me levou em direção ao seu carro.

Sem que eu percebesse já estávamos na estrada. Meu coração a qualquer momento parecia que ia sair pela boca e tinha certeza que Edward podia ouvir as batidas aceleradas.

Quando eu, Isabella Swan, iria me imaginar dentro do carro mais cobiçado pelos rapazes e ao lado do homem mais desejado por todas as mulheres. Nem nos meus melhores sonhos isso aconteceria.

– Chegamos.

Dei um pulo no banco ao ouvir sua voz. Eu não morava nem um pouco perto da escola, será que fiquei tempo de mais em meus pensamentos.

– Já?

Perguntei um pouco assustada e muito decepcionada. Não aproveitei nem um pouquinho desse meu momento único ao lado dele. Ele deve ter percebido meu desapontamento, pois riu.

– Eu não me dou muito bem com os limites de velocidade.

Ok, ele dirigia rápido. Só assim para eu conseguir estar em casa em menos de quinze minutos. Ow espera ai, eu estava em casa. Na minha casa. Como ele sabia onde eu morava?

– Como você sabe onde eu moro?

Ele baixou os olhos e suas bochechas atingiram um tom estranho de vermelho. Ele parecia com vergonha.

– Er... O funeral dos seus pais. – respondeu sem me olhar.

– Ah!

Nós dois ficamos em silêncio. Mais era um silêncio gostoso, eu podia sentir sua respiração e seu cheiro gostoso.

– Bella? – me chamou um pouco ansioso.

– Ah, você deve querer ir embora e eu aqui feito uma idiota. Desculpe. Hum... e obrigada por me trazer em casa.

No momento em que minha mão ia abrir a porta ele me parou. Quando sua mão tocou a minha parecia que eu era uma carga que acabava de ser conectada a uma fonte e começava a passar um fluxo muito alto de corrente.

– Espera. – pediu baixinho. – Eu quero te pedir algo.

– O que você quiser. – falei rápido sem desviar meus olhos dos dele.

– Você me daria à honra de ser meu par no baile?

Ta legal, cadê as câmeras? Isso era uma piada, certo? Edward Cullen me convidando para o baile da família dele?

Comecei a olhar para todo canto do carro que meus olhos alcançavam a procura de algo que se parecesse com uma micro câmera. Depois de não conseguir achar nada voltei a olhar para Edward. Para minha total surpresa ele não parecia nem um pouco com vontade de rir, como a maioria das pessoas tinham sempre que me falavam algo. Ele perecia... esperançoso?

– Isso é sério?

– Claro que sim, eu não brincaria com isso. Então, aceita?

Ah Meu Deus! Edward Cullen estava mesmo me convidando para o baile. Eu era a garota mais sortuda do mundo. Mas minha felicidade não durou por muito tempo, logo a realidade caiu sobre mim. Eu nunca poderia ir a esse e nenhum outro baile. Não tinha dinheiro pra comprar um vestido, nem pra me arrumar em um salão como todas faziam.

– Eu não posso Edward. – falei segurando o choro.

– Por quê?

– Por quê? Olha pra mim Edward. Eu não sou do seu mundo, não vou saber me comportar no meio das pessoas. Nem roupa para isso eu tenho.

– Meu mundo Bella? O meu mundo é o seu mundo. E você não precisa se preocupar com as pessoas, você tem que ser apenas você mesma. Agora me responda, você quer ir ao baile comigo? – ele deu um sorriso torto perfeito.

– Eu adoraria. – sorri pra ele também.

– Ótimo! Alice e Rose estarão aqui amanhã as oito.

[...]

Uma semana depois.

Eu estava sentada na cama de Alice enquanto Rose terminava minha maquiagem. Dentro de alguns minutos Edward viria me buscar para descermos para o baile.

Minha semana foi tão corrida que eu nem senti passar. Alice e Rose não desgrudaram de mim nem um minuto, até começaram a dormir na minha casa. Quando Rose terminou minha maquiagem e me olhei no espelho quase cai pra trás. Nem de longe lembrava aquela menina feia de uma semana atrás. Agora eu usava lentes, meus cabelos tinham brilho, minha pele estava tão macia. A única coisa que continuava era o meu aparelho, ainda não podia tirá-lo mais isso não me incomodava em nada, não fazia com que me sentisse menos...

Fucking Perfect - Pink

– Perfeita!

Segui o caminho errado

Uma ou duas vezes

Cavei até conseguir sair

Sangue e fogo

Decisões ruins

Tudo bem

Bem vindo à minha vida boba

Meu coração disparou e respirar se tornou difícil quando ouvi a voz de Edward. Lentamente me virei para olhá-lo e... como se respira mesmo? Ele estava muito mais que perfeito, trajava um smoking preto que contrastava perfeitamente com sua pele e o cabelo naquele desarrumado lindo.

– Vamos? – estendeu a mão pra mim.

– Onde estão as meninas? – perguntei pegando sua mão.

– Já desceram pra preparar as pessoas. – respondeu passando meu braço pelo dele.

– Pra que?

– Surpresa. – e piscou pra mim.

Quando chegamos à escada todos os focos de luzes foram direcionados para nós. Enquanto descíamos a escada podia ouvir os arquejos de surpresa de todas as pessoas e quando chegamos ao fim da escada pude ver os olhos arregalados de casa um. Edward me deixou no meio da sala e foi em direção ao pequeno palco.

– Boa noite. Bom, todos devem estar curiosos sobre o real motivo desse baile então vamos acabar com isso. A primeira coisa que fiz quando chegamos a Forks foi pegar meu carro e dirigir por ai. Eu estava revoltado, não queria ficar aqui, pensava em mil maneiras de sair daqui. Mas tudo mudou quando eu a vi. Ela estava lendo em um banco em frente a sua casa, era a garota mais linda que eu já vira. Naquele momento passei a amar essa cidade e ficava todo tempo a observando. Começava a pensar em varias formas de falar com ela e nada me vinha à mente e eu já estava enlouquecendo, então minha mãe teve a idéia de dar esse baile.

Todos ali presente pareciam nem piscar. Eu estava quase chorando, por que Edward fez isso comigo? Por que me trazer ao baile que ele fez para a garota por quem estava apaixonado? Essa foi a pior humilhação que já passei. Eu queria sair dali correndo, mais minhas pernas não me obedeciam.

Cansei de procurar pelas criticas, porque elas estão por todo lado

Eles não gostam dos meus genes, não entendem o meu cabelo

Sempre tão rigorosos com nós mesmos o tempo todo

Por que fazemos isso?

Por que faço isso?

Por que faço isso?

– Eu seria o cara mais feliz do mundo se a garota que roubou meu coração com o seu jeitinho meigo aceitasse ser minha namorada.

Mike e Jacob riam da minha cara descaradamente e Jéssica e Tanya já se preparavam para ir até Edward. As outras pessoas me olhavam com pena. Eu queria morrer, ser humilhada pelo homem que você ama era horrível. Respirei fundo e finalmente consegui fazer minhas pernas me obedecerem, calmamente virei meu corpo para sair dali.

– Isabella Swan, eu te amo! Quer namorar comigo?

Querido, querido, por favor, se em algum momento você se sentir

Como se você fosse nada

Você é perfeito pra caralho pra mim.

[...]

She Is Love – Parachute

3 anos depois

– Edward, porque você quis voltar pra Torre Eiffel as onze e quarenta e cinco da noite?

– Você reclama de mais coelhinha.

Eles a chamam de amor, amor, amor, amor, amor.

Eles a chamam de amor, amor, amor, amor, amor.

Ela é amor, e ela é tudo que eu preciso

Edward e eu viemos a Paris para comemorar nosso aniversário de namoro. Não sei porque ele queria tanto vir a Paris, por mim poderíamos ter ficado em Nova Iorque. Mas Edward conseguia ser bem convincente quando queria.

Mas há algum tempo eu percebia que ele estava estranho, eu sabia que ele estava aprontando alguma coisa só não conseguia descobrir o que. E agora ele vinha com essa de ir a Torre Eiffel a essa hora, nós já estivemos aqui a tarde.

Quando descemos do táxi Edward começou a caminhar em direção a Torre, me fez parar na frente dela e ficou parado me olhando.

– Será que agora você pode me falar porque me trouxe aqui?

Eu estava irritada, queria apenas voltar para o hotel e ficar na cama enroscada no meu namorado. Algum problema nisso?

– Calma amor, eu vou te recompensar. Prometo. – me deu um selinho. – Agora pode me dizer que hora é?

Bem, eu tive meus caminhos, todos foram em vão,

Mas ela esperou pacientemente.

Isso foi sempre o mesmo, todo meu orgulho e minha vergonha

E ela colocou meus pés no chão

– Já é páscoa coelhinha. – me beijou levemente. – Você sabe que essa data é importante pra gente né?

Concordei com a cabeça.

– Então, não teria data melhor para eu fazer isso...

Ele tirou algo do bolso e se ajoelhou. Ai meu Deus, ele iria fazer o que parecia que ia fazer?

– Isabella Marie Swan, você gostaria de ser minha esposa?

E os últimos três anos passaram como flashes na minha cabeça. O dia do baile em que eu me senti a pessoa mais importante do mundo quando ele me pediu em namoro. A nossa primeira noite de amor quando decidimos ir morar juntos em Nova Iorque, há dois anos atrás. Aquela foi a melhor noite da minha vida, Edward foi maravilhoso, aposto que tive a primeira vez que todas as garotas sonham. Nossa primeira viagem para fora do país juntos, para Portugal ano passado.

Olhei para o homem ajoelhado na minha frente, aquele que eu amo mais que a mim mesma, que me fez perceber que eu era importante do meu jeito, que fazia o meu dia os melhores. Eu só tinha uma resposta ao seu pedido e pelo seu sorriso ele já sabia qual era, só estava esperando eu controlar o meu choro para responder.

– S... sim.

Ela é amor, e ela é tudo que eu preciso.

Ela é amor, e ela é tudo que eu preciso.

Ela é amor, e ela é tudo que eu preciso.

[...]

Just the way you are - Bruno Mars (cover by Boyce Avenue)

5 anos depois.

Edward estava deitado de bruços na cama, o lençol cobria da sua cintura para baixo. Eu estava com uma das pernas sobre suas costas e brincava com meu indicador na sua nuca para acordá-lo.

Era madrugada, estávamos em Londres comemorando nossa quarta lua de mel. Eu estava com uma vontade absurda de comer chocolate, e por mais que eu odiasse acordar Edward por coisas bobas, era mais forte que eu. Cheguei perto do seu ouvido e depositei um beijo ali antes de sussurrar.

– Amor, acorda.

– Não quero. – respondeu sem se mexer.

– Por favor, é sério. – pedi manhosa.

– Coelhinha, eu preciso dormir. Você acabou comigo.

Dei um tapa na sua bunda.

– Ai. – reclamou. – Ela está bem dolorida, da próxima vez aperta com menos força.

– Edward Cullen, acho bom me levar a sério.

Eu já estava ficando irritada, ultimamente minhas variações de humor estavam insuportáveis.

– Tudo bem coelhinha, pode falar. – ele continuava sem me olhar.

– Eu quero chocolate. – falei baixinho.

– Chocolate? – me olhou assustado.

– É. – respondi envergonhada.

– Mas você disse que não queria saber de chocolate nessa páscoa. – falou confuso.

– Mas agora eu quero.

– Tudo bem, amanhã a gente sai e compra todo chocolate que você quiser.

– Não Edward, eu quero agora.

– Amor, são três e meia da manhã. Não da pra esperar mais algumas horas?

– Eu estou com vontade de comer agora.

– E desde quando minha coelhinha tem vontades a essa hora?

– A culpa é sua. – apontei passando a mão no seu cabelo.

– Por que minha?

– Porque se você não tivesse tanta pressa em colocar a sua cenoura na minha coelhinha não teríamos esquecido a camisinha. Você sabia que eu não estava tomando o anticoncepcional.

Imediatamente Edward colocou suas mãos sobre minha barriga. Ele me olhava com tanta emoção que não consegui me controlar e comecei a chorar junto com ele.

– Grávida? Como... Quando descobriu?

Levei minhas mãos junto a suas antes de responder.

– Descobri há uma semana, quando peguei os resultados dos meus exames de rotina. Dois meses amor.

Lentamente ele levou seus lábios de encontro aos meus e me beijou daquela maneira que só ele sabia. Lenta, calma e apaixonadamente. Ele foi descendo seus beijos até chegar em minha barriga, ali depositou vários beijos enquanto dizia que nosso bebê já era muito amado. Eu só sabia sorrir em meio a lagrimas. Ele voltou a me olhar e eu sentia meu coração se encher cada vez mais de amor por ele.

– Eu te amo tanto.

– Eu também meu amor, às vezes acho que vou explodir de tanto amor.

Agarrei seus cabelos e o beijei desesperadamente. Tranqüilamente ele parou nosso beijo e distribuiu vários beijinhos pelo meu rosto.

– Vou comprar seu chocolate coelhinha.

Passei meus braços pelo seu pescoço e travei minhas pernas em sua cintura, não o deixando sair.

– Sabe, acho que a sua coelhinha pode esperar pelo chocolate se ela for recompensada com uma deliciosa cenoura.

Edward deu aquele seu sorriso malicioso que fazia minhas pernas literalmente tremerem e não precisou ser dito mais nada, a coelhinha foi muito bem recompensada.

Quando eu vejo o seu rosto

Não há nada que eu mudaria

Pois você é incrível

Exatamente como você é

E quando você sorri

O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo

Pois, garota, você é incrível

Exatamente como você é

FIM!


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