Ficção ou Realidade? escrita por Mabel


Capítulo 2
Clarão


Notas iniciais do capítulo

Beta:Suellen-san



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França
Em algum lugar de Paris.

A dor no braço estava insuportável, por sorte desta vez não estava quebrado. Tinha perdido as contas das mentiras inventadas aos médicos por causa dos constantes machucados.

A garganta doía ,mas as lagrimas não saiam , fazia tanto tempo que não chorava que tinha se esquecido de como era verter uma lagrima.

Com o coração aos pulos correu para o andar superior, no intuito de se esconder, no entanto sabia que logo eles iriam encontrá-la.

Protegeu-se entre o vão do guarda - roupa e a parede longe da porta, abaixou se abraçando.

Ao longe podia ouvir os gritos abafados do irmão mais velho que só tinha ido até ali para em fim levá-la embora desse pesadelo. Infelizmente o tinham prendido em outro quarto longe do dela.

Também podia ouvir as vozes dos pais a sua procura. Sua mãe empunhava uma faca que antes da chegada do irmão tinha atentado contra a vida da própria filha.

Ela tremia, rezava internamente para que alguém salva- se, tanto ela como o irmão.

Rogava por um milagre.

Olhou para a parede a sua frente, mesmo sem ver, sabia que ali havia uma das únicas coisas que seus pais tinham deixado que ela guardasse em casa. Naquela parede ,estava a imagem...

Seus pais estavam próximos podia ouvir seus passos.

– Onde aquela bastardinha se escondeu? - berrou o pai possesso.

– Não sei... - ouviu os dois pararem enfrente ao quarto- mas posso imaginar. - A mulher girou a maçaneta – está trancada.

– Afaste- se – ordenou o pai.

Fez silêncio, logo depois algo que parecia ser um trovão foi ouvido, mas era seu pai tentado arrombar a porta a ponta pés.

A menina abafou um grito, eles a encontraram, então quando pensou que tudo estava acabado, a porta foi escancarada e um clarão surgiu iluminado todo o ambiente.

Portugal
Cidade do Porto.


Ao sair da piscina, ajeitou o biquíni se deitou na cadeira de sol, pegou o celular que estava na mesinha ao lado da cadeira, na intenção de verificar se não havia alguma mensagem.

– Ninguém te ligou – disse Mariana sua melhor amiga lhe entregando uma toalha e uma saída de banho.

– Obrigada Mari - agradeceu se enxugando e em seguida vestido a saída. - pensei que papai fosse me ligar. - falou brincando com o celular querendo esquecer o fato de que o seu namorado ou ex aquela altura já não sabia mais, também não havia ligado.

– Eles ainda estão em viajem de negócios? – indagou, se sentando ao lado dela.

– Sim. - suspirou desanimada.

Percebendo o desconforto da jovem amiga Mari resolveu brincar com ela.

– Enquanto seus pais não voltam você aproveita para assistir, tranquilamente seus desenhos- ela riu da careta da outra – qual é mesmo o nome daquele desenho que tem vários homens bonitos e que usam armaduras douradas?

–Mari, não si diz desenho e sim anime e o nome é Saint Seiya- explicou arrumando o cabelo mantendo a expressão seria.

– É... Essa é uma informação muito valiosa- Gargalhou.

A menina olhou pra outra de forma ameaçadora.

– Cala a boca ou te mando embora, Mari – ameaçou de brincadeira.

– Não precisa mandar de qualquer forma que tenho que ir- levantou -se pegando a bolsa – ligo pra você mais tarde.

– Vou pedir para que um dos seguranças abra o portão- levantou da cadeira abraçando –a.

Assim que a amiga se foi à menina entrou em casa, indo pro quarto tomou banho e se trocou, depois desceu para a cozinha. Abriu à geladeira a procura de algo pra comer, ouviu um movimento do lado de fora da casa ao se virar, tudo o que viu foi um clarão e nada mais.

Brasil.
Paraná
Cidade de Curitiba.


Se entrassem no quarto naquele momento juraria que a garota estava tendo um surto, mas ela só estava liberando suas energias. Havia sido deixada só em casa, pelos pais que foram cuidar do velório da avó de suas irmãs que por sinal não era sua e como não gostava de burocracias, preferiu ficar, por isso resolveu ligar o som no ultimo volume.

Sobre a cama ela dançava e cantava agarrada ao seu amado urso Wamderalsti. Rodopiava com ele e ria sem motivo algum , na cabeceira da cama sua mochila e a sua indispensável Katana.

Seu sorriso foi morrendo aos poucos ao se lembra, quem havia lhe dado o urso, suspirou engolindo o choro. Pegou a katana para fingir que era a extensão do braço de Wam.

Enquanto olhava para o boneco percebeu um brilho vindo dos olhos dele, pensou que fosse a iluminação do quarto, mas então tudo foi engolido por um clarão.

No quarto vazio a musica continuava a tocar.

Piauí
Cidade de Corrente.


Sentada no sofá, a garota esfregou os olhos, a cabeça pendida pro lado ajudava o ombro esquerdo a segurar telefone celular. Impaciente mudava os canais sem ordem, não tinha nada de interessante na Tv àquela hora.

Do outro lado da linha um homem lhe pedia para ser mais carinhosa e que lhe prestasse mais atenção.

– Está me ouvindo? – O rapaz indagou começando a impacientar-se.

Por um momento ela parou de mudar os canais, resolvendo presta atenção no que ele lhe dizia.

– O que? – Perguntou distraída. - O que foi que você falou amor?

Mesmo sem velo ela podia jurar que ele estava dilatando as narinas de tanta raiva por está sendo ignorado.

– Você está assistindo a Saint Seiya de novo. - constatou, ele tinha perdido as contas de quantas vezes ela havia assistido ao anime.

Ela riu o som se propagando, fazendo ele se irritar.

– Ainda não. – disse sorrindo, quis retrucar que se fosse quarta àquela hora ele não estaria ligando pra ela e sim assistindo a algum jogo do Flamengo ou algo do gênero.

– Juro que qualquer dia desses darei fim nesse DVD- ele ameaçou.

A garota ficou séria, o coração deu um salto, a garganta apertou e de repente tudo a sua volta foi engolido por um clarão.

–Você ainda está ai? – o rapaz indagou quase gritando, achando que estava sendo ignorado mais uma vez - Isso não tem graça.
Mas nada se podia ouvir.

SP
Cidade de São Paulo.


Verificou mais uma vez as horas. Estava atrasada. Tinha combinado com o namorado e os amigos de irem ao shopping assistir a estréia de um filme de terror, o anunciam dizia que era melhor do que a Bruxa de Blair. Como chegaria tarde do trabalho combinou de encontrá-los na porta sala do cinema.

Caminhava agarrada a bolsa, segurança nunca era de mais principalmente em uma metrópole como São Paulo que nunca dormia bares, restaurante e boates sempre abertos.

Na calçada desviou de um casal que vinha conversando animadamente. Segurou a bolça até os dedos quase ficarem totalmente brancos, ao ver três homens vindos em sua direção, ela se afastou um pouco, ao passar por ela, os três olharam pra traz olhando a de alto a baixo, mas não mexeram com ela.

Sorriu aliviada ao ver que estava próxima ao shopping. Ao dobrar a esquina... As pessoas passavam ali sem perceber que alguém não chegaria ao seu destino.

Santa Catarina
Cidade de Guabiruba.

Muito envergonhada, a garota entrou no quarto, suspirando aliviada. Era demasiadamente tímida e conversar com pessoas não lhe era fácil, principalmente conversar com estranhos. Por isso suas paixões eram musicas e anime não precisava falar para apreciar o que eles lhe proporcionavam.

Deitou na cama, pondo os fones de ouvido e ligando o mp3 com suas musicas preferidas, fechou os olhos e se deixou levar pela melodia, lhe enchendo a alma.

Infelizmente sua paz foi quebrada, por alguém que brincava com um espelho do lado de fora, O que fazia com a luz entra-se pela janela acertando em seu rosto, tentou ignorar, mas os raios continuaram, levantou no intuito de pedir ao engraçadinho que para se com aquilo.

Foi até á janela e então tudo foi tragado por um misterioso clarão.

RJ
Cidade do Rio de janeiro.


Levantou se espreguiçando, bocejou, foi até a cozinha abriu a geladeira, pegou uma jarra de água e um copo. Bebeu a água ao poucos saboreando o liquido incolor.

Todos na casa haviam saído pra se divertirem ela tinha ficado por conta das provas que haviam começado na faculdade. Vontade de ir não faltou, se lembrando que privar-se do que era bom, como festas a e assistir animes, fazia parte da vida de estudante, no entanto teria sua recompensa, logo se tronaria uma engenheira civil e todo o esforço valeria a pena.

Sorriu mais disposta e a enfiar a cara nos livros, guardou o copo no armário e a jarra na geladeira e voltou pra mesa de estudos.

Sentou-se recomeçando a ler, alguns minutos depois ,achou que estava com os olhos mais cansados do que imaginava, via feixes de luzes saírem dos livros, esfregou os olhos ao abri-los...

O vento entrou pela janela fazendo as paginas dos livros passarem depressa o som dos carros que passavam se propagando pela casa vazia.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Perdão pela repetição e pelos erros.
Vocabulário.
Katana: é o sabre longo japonês. Surgida no Período Muromachi, era a arma padrão dos samurais e também dos ninjas para a prática do Kenjutsu, a arte de manejar a espada. Tem gume apenas de um lado, e sua lâmina é ligeiramente curva. Era usada tradicionalmente pelos samurais. Fonte Google: Wikipédia
Filme Bruxa de Blair Sempre me deu medo o final me apavora.
Meninas, tentei deixar o mais fiel possível se eu esqueci algo me avisem