Uma Noite com o Vampiro escrita por dezauchiha


Capítulo 1
UM ENCONTRO INUSITADO


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo os personagens são apresentados, suas ações cotidianas, seus modos e o desenrolar de suas situações



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O dia  amanhecera  mais  nublado  do  que  de  costume.

“Será  que  vai  chover?”  Pensara  a  jovem mulher  de  óculos  e  cabelos  ondulados  castanho avermelhados.

Beatrice  era  uma  jornalista, tinha quase  trinta  anos, de   aspecto  mediano,  morava  sozinha num   apartamento, ela resolve  voltar,  veste  um  sobretudo  bege,  pega  seu  enorme  barracão  e  o   pendura  em  suas  costas.

“Levarei  bronca  outra  vez, não  consegui  nenhuma  matéria  interessante, ah  sim.”- Ela  pensa  consigo  mesma, imediatamente  confere  em  sua  bolsa  para  ver  se  seu  livro “Flor  de  poemas  de   Cecília  Meireles”   estava   em  sua  bolsa, afinal  romances  e  poemas  são inseparáveis  para   Beatrice, apesar  dela  estar  sozinha, segundo  ela, os  romances  faziam-lhe  companhia, ela  cumprimenta  o  porteiro  e  sai  para  seu  trabalho .

Alguns  diziam: “Ficará  solteirona   pro   resto  da  vida  se  não procurar  por  um  homem  de verdade.”  Mas  isto  não  a   incomodava.

Até  que depois  de  uma longa  caminhada  a  pé, Beatrice   chega  à  redação, logo   se ouvem  os  burburinhos:
-Já  chegou  a  Senhora  E.T!
-Não, não, é  Senhorita  Mistério.
-Oh, verdade.

Beatrice   abaixa  a  cabeça, aquilo  sim  a  incomodara  porque  era  a  mais  pura  verdade, seus  grandes  furos  de  reportagem  se  resumiam  a  aparições  de  ETs  e   lendas  urbanas, por  isso lhe  rendiam  tais  apelidos, até  que  ela  se  dirige  à  sala  de  seu  chefe  Ralf.

Ao  adentrar, ela  cumprimenta  timidamente:
-Bom  dia, Senhor.

Ralf   era  um  tanto  autoritário, de  aparência  mais   madura  e  um  modo  sarcástico  de  falar, ele  a  olha  e  cumprimenta:
-Bom  dia, Senhorita  Mistério.

Beatrice  abaixa a cabeça, a   vontade  era  de  revidar, mas  ele  era  seu   chefe, não  podia  fazer  isso, poderia  ocasionar  sua  demissão, então  ela  apenas  faz  um  aceno  com  cabeça.

Ralf, sarcasticamente, diz:
-Não  dá  pra   evitar, menina, bom  que  chegou, todos  os  repórteres  saíram  pra   Londres, queriam  informações  sobre  a  família  real, parece  que  é  o   assunto  do  momento, todos  querem  entrevistar  a  realeza.

Beatrice, enrolando  os  cabelos  com  os  dedos, pergunta:
-E  isso  é   bom, não  é, Senhor?

Ralf, altivamente, responde:
-Bom? Isso  é  ótimo, nosso  jornal  será  conhecido  como  o  jornal  da  realeza.

Beatrice  segura  o  riso, aquilo  lhe  pareceu  muito   engraçado, mas  apenas  pergunta:
-E  o  que  eu  poderia  fazer  pra  contribuir  pra  isso?

Ralf, altivamente, impõe:
-Faça  o  mesmo, não  precisa  ir  à  Londres, vá  a  qualquer  outro  lugar  e  consiga  uma  entrevista  com   um  nobre.

Beatrice  sorri  e  ironiza:
-Transilvânia  talvez, Conde  Von Tepes, o  Conde    Drácula  é  um  nobre   aristocrático.

Ralf  entende  o  sarcasmo  dela  e  diz:
-Engraçadinha, anda  lendo  demais, mocinha, ponha  a  cabeça  na  realidade  e  vá  trabalhar!

Beatrice  consente:
-Está  bem.

Ralf  adverte:
-E  nada  de  lendas  urbanas  dessa  vez, quero  furo  de  reportagem  real, entendeu?

Beatrice  fala:
-Já  entendi, Senhor  Ralf.

Ralf impõe:
-Dez  dias  pra  isso, Senhorita, senão  rua  entendeu? Não  volte  aqui  antes  de  cumprir  seu   trabalho!

Beatrice, saindo, concorda:
-Sim.

Ela  sai, se  sente  completamente  desnorteada

“Como  conseguirei  tal  tarefa? Sou  tão  desajeitada. “ -Pensara  consigo  mesma.

Até  que  Beatrice   se  depara  com  Marie, sua  amiga   de  café, uma  mulher  francesa   loira  e  extremante  elegante, ela  escrevia  na  redação  da  revista  “Chiques  e   famosos”,  então   Marie   diz:
-Problemão  ham, cherie.

Beatrice  a  reconhece, sorri  discretamente   e  fala:
-Ah  sim, você  sempre  sabe  quando  estou  com  problemas.

Marie  pergunta:
-Levaste  bronca  do  patron  non  é?

Beatrice  respondeu:
-Mais  ou  menos, ele  quer   que  eu  entreviste  alguém  da  nobreza.

Marie  arregala  os  olhos  e  eufórica, exclama:
-Magnifique, é  sua  chance  de or, mon   ami!

Beatrice  sorri  e diz:
-Eu?  Desajeitada  desse  jeito, feia  desse  jeito, perto  de  alguém  da  nobreza, passarei  vergonha.

Marie  dá  uma  sonora  gargalhada  e  fala:
-Non, non, feia  não és, pelo  contrário, é  três  jolie, só  se  arrumar  direito  e  falar   moderadamente, você  consegue , cherie.

Beatrice  conta:
-Daí  eu  disse  pro  Sr.  Ralf  que  eu  iria  à  Transilvânia  para  entrevistar  o  Conde  Drácula   e  ele não  gostou.

Marie gargalha  e  gesticulando, diz:
-Que  senso  de  humor, magnifique, j ´ai aimé , bom,  o  Conde  Drácula  não  deixa  de  ser  um   nobre  já  que  tem  seu  château  na  Transilvânia.

Beatrice  sorri  e  concorda:
-É  verdade.

Marie  coloca  as  mãos  nos  ombros  dela  e  convida:
-Ora, que  tal  tomarmos  um  bonne  café  enquanto  conversamos  mais  um   pouco?

Beatrice  aceita  e  as  duas  vão.

Ao  adentrarem  o  café, Julia  a  atendente, pergunta:
-Beatrice, Marie, o  mesmo  de   sempre?

As  duas  respondem:
-Sim.

As  duas  se   sentam  e  logo  chegam  um   cappuccino  para  Marie  e  um  chocolate  espumante  para  Beatrice, afinal  ela  não   tomava  café, então  as  duas  dão  o  primeiro  gole  e  resolvem  conversar.

Porém  a  atenção  se   volta  para  um   belo   homem  alto, de  cabelos  negros, pele  alva  que  trajava  um   terno  preto, ele  se  dirige  à  Julia  e  pede:
-Um  café    simples, por  favor.

O   homem  era  Genya   Akirado, um  renomado  agente, ele  resolvera  parar  naquele  lugar  antes  de  retomar  à  sua  missão  ultra  secreta.

Os  olhos  das  duas  se  dirigem  a  ele, Marie, empolgada, elogia:
-Aaaaai, que  magnifique!!!!!!

Beatrice, encabulada, diz:
-Por  favor, Marie, ele  vai  te  ouvir. 

Marie, empolgada, fala:
-E   daí? Não  é  sempre  que  nos  deparamos  com  um  boniton  desses, uhlálá.

Beatrice  coloca  os  cotovelos  na  mesa,  abaixa  a  cabeça  e  coloca  as  mãos  tapando  os  olhos, o  que  acaba  manchando  os  seus  óculos.

Genya  dirige-se  à  mesa, senta  próximo  a  elas, mas  nada  fala, porém  logo  o  café  lhe  é  servido, ao  tomar  o  primeiro   gole, ele    volta  o  olhar   àquele  lugar  tão  bonito  e  modesto, a  grama  verde  no  cantinho  do  jardim, as  belas   luzes  brancas  refletindo-lhe   o  rosto, as  poltronas  aconchegantes  e  uma  música   bem  suave  tocava  na  vitrola  daquele  lugar, ele  sorri  e  pensa:
“Precisava  de  uma  paz  como  esta.”

Ele  continua  a  admirar  o  lugar, até  que  seus  olhar  se  dirige  às  duas  moças, ele  as  fita  por  uns  instantes, Beatrice  sente  que  estava  sendo  observada, sentira-se  como  se  estivesse  tendo   sua  alma  despida, mas  nada  diz  enquanto  Marie  continuara  a  tagarelar  e  ela  nada  a  ouvir, pois  logo  a  beleza  daquele   homem  começara  a  invadir  todo  o  seu   ser.

“O   que  está  acontecendo?” – Pensa

Genya  a  olha  diretamente  e  os  dois  continuam  assim  por  mais  alguns  minutos, algo  estava  começando  a  acontecer,  seria  atração? Ambos  pensavam, mas  não  sabiam  como  dizer e  como  lidar  com tal  situação, até  que   Marie  percebe  e   pensa  no  que  fazer  para  ajudar   sua  amiga.


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Notas finais do capítulo

Bom amores, este foi o primeiro capítulo.O que Marie fará para ajudar Beatrice e Genya?Não percam as emoções do próximo capítulo.Aguardo reviews.



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