Chapter 16

Objective

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Threat

Apenas uma troca de olhar era realizada entre Seline e Nathan.

- Você tem veneno? – Seline perguntou encarando o rosto mórbido de Nathan.

- Um pouco... Mas, não o bastante par... – Nathan foi interrompido em seguida.

- Me morda. – Seline disse se aproximando de Nathan e puxando a manga de sua blusa.

- Você está de brincadeira? – Nathan disse em um tom nervoso.

- Eu pareço estar brincando? Ande logo com isso. – Seline disse com brutalidade estendendo o braço mais alto.

 Hesitante Nathan pegou o braço pálido e marcado de Seline. Ele expos os dentes finos e longos, roçando um pouco a pele, Nathan cravou os dentes no braço branco.

O pouco de veneno que Nathan possuía seria o bastante para despertar a parte perturbada de Seline.

O veneno subiu ao longo do corpo. Seline se afastou de Nathan, se ela perdesse completamente o controle ele teria um tempo para se defender ou simplesmente sumir.

A força começou a invadir seu corpo, a onde de raiva, dor, sofrimento, vingança, alegria, tristeza, e os sentimentos e suas memórias humanas, foram se esvaziando de seu corpo completamente.

Os olhos verdes de Seline foram se tornando negros, até finalmente acalcarem um vermelho sangue forte.

Quando o veneno acendeu completamente a parte adormecida de seu corpo, Seline encarou o corpo de Garret jogado ao chão.

Ela se aproximou do corpo decapitado e se agachou a frente dele.

Sua mão tocou o braço com o pano rasgado.

As imagens invadiram sua cabeça e as palavras de Aro rondavam sua mente.

A imagem de uma pequena sala dourada, com uma decoração rustica e antiga lhe chamaram mais a atenção.

Ela se concentrou firmemente nos diálogos ocorrentes.

“Garret, você tem sido bastante fiel... Eu não posso negar isso.”

“Mas... Como sabe... Seline... Se tornou algo incontrolável.”

Uma pequena caixa apareceu nas mãos de Aro. Uma adaga desenhada e de modelo antigo estava perfeitamente posicionada na caixa.

“Essa pequena adaga, é a resolução de nossos problemas, meu caro Garret... Mas como sabe, nem tudo pode se resolver do jeito mais simples.”

“Ela não pode morrer... Então como pode querer mata-la com uma adaga?”

“Nem tudo pode se resolver do jeito mais simples.” – Aro tornou a repetir a mesma frase com mais convicção.

“Quando for a hora... Você vai saber o que vai ter que fazer.”

 As lembranças de Garret se esgotaram por completo.

Não havia mais nada de útil que Seline poderia usar.

Seline ergueu as mangas das duas blusas e analisou seus braços.

O “V” estava mais fundo e mais negro em sua pele, isso significava que seu pai tinha mais controle e ordem que pudesse desejar. Talvez assumir a forma humana e não observar seu pai tenha sido um grande erro.

Ela olhou para o circulo ainda perfeito em seu braço.

Ela encostou os dedos no circulo o contornando ao longo da pele e em seguida pôs a fala na cabeça de Angel.

“Nós temos um problema. Encontre-me em frente à casa dos Cullen, eles podem estar em perigo.”

- Precisamos nos livrar do corpo, e eu preciso ir à sua casa. – Seline disse alto para Nathan.

- Por que precisa ir à minha casa? – Nathan disse em seguida em um tom alarmado.

- Ele plantou um aviso, ele seguiu seu cheiro e ai nos achou.

- Meus pais? – Nathan perguntou quase correndo em direção de casa.

- Todos estão bem... Mas antes, vamos nos livrar do corpo. – Seline disse lentamente as ultimas palavras.

Nathan andou até Seline e parou ao seu lado.

Ele pegou o corpo e colocou no ombro, o sangue negro escorria ao longo do corte da cabeça.

Seline pegou a cabeça e andou a frente.

Quando ela se afastou da mata e chegou a um pedregulho colocou a cabeça e Nathan depositou o corpo nos pedregulhos.

Os raios de sol vibravam fortemente naquele lugar, mas, a pele de Nathan e Seline permanecia normal.

  Seline ergueu a mão e tentou assumir um de seus poderes, o fogo invadiu sua mão e ela encostou ao longo do corpo.

O fogo passou a queimar rapidamente o corpo de Garret e ele foi sumindo aos poucos.

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Na parede branca ao lado de fora da casa, o longo “V” cobria completamente a porta da garagem.

Os vidros quebrados se espalhavam ao longo da varanda, escada e a grama verde.

Na porta estava pendurado o medalhão em ouro puro e os rubis encravados.

E logo acima escrito em caixa alta o nome “SELINE”.

Os olhos de todos encaravam a porta com certo pânico.

Nunca haviam visto algo assim antes, muito menos da parte dos Volturi.

Nathan chegou correndo e parando em seguida observando o estrago na casa.

Angel surgiu de dentro da casa com um olhar apreensivo no rosto.

Aquele olhar não significava boa coisa.

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- É uma ameaça... Um aviso... Mas por enquanto vocês não correm perigo. – Angel dizia em tom plano observando os olhares apreensivos à frente.

A voz de Angel estava sendo ignorada por Seline.

Ela dava passos curtos e lentos ao longo do piso liso de madeira.

Ela encarava o papel grudado na parede.

Ela se aproximou lentamente com os olhos um tanto apertados;

O pano de quadro estava enrolado com um pequeno bilhete grudado escrito em uma caligrafia desenhada em italiano.

“Non si può sfuggire alla realtà”

Seline puxou com cuidado o papel de quadro, a imagem de um homem alto, branco, com os cabelos longos e com as vestes arrumadas e detalhadas, ao lado sentada à cadeira uma linda mulher com os longos cabelos castanhos escuros descendo ao lado do ombro e o vestido azul vibrante destacando sua jovial beleza. Ao lado a pequena menininha com os cabelos castanhos um pouco mais claros e o vestido vermelho, destacando sua pele clara e o sorriso vibrante em seu rosto.

O olhar de Seline se escureceu, ela apertou o papel com mais força.

Um rosnado saiu de sua boca.

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No andar de cima, Nathan retirava pequenos remédios que Carlisle sempre mantinha guardado caso algo acontece.

Ele pegou uma pomada e colocou em cima da pia.

Ele levantou seu rosto e encarou a ferida em sua testa. O sangue já não saia com tanto excesso. Ele pegou o algodão e molhou com um pouco de água oxigenada e começou a passar em sua testa.

Fazendo algumas caretas, Nathan passava ao longo da ferida para limpar o sangue, em alguns minutos ou horas, aquilo sumiria, então ele só queria tirar o sangue do seu rosto.

Ele retirou a camisa suja de terra e olho o corte extenso ao longo do seu peito.

Ele fez a mesma ação, retirando o sangue em excesso.

Ele colocou a camisa dentro da pia a molhando e a esfregando, tentando da melhor forma retirar o sangue.

Quando ele terminou de esfregar jogou a blusa dentro do cesto de roupas sujas.

Ele ergueu o rosto para o espelho e encarou seu rosto ferido.

As coisas estavam foram de controle...

Arriscadas...

Perigosas...

Seus sentimentos conturbados e confusos.

Desde que Seline havia voltando ao normal, parecia que tudo aquilo que ele sentia havia sumido.

Como se nada fosse real.

Apenas um plano.