CAPÍTULO 11

Human

“Depois de quase dois meses, o corpo de Amy Johnson foi achado em uma das buscas que vem ocorrido durante esses meses de ataque. O corpo estava em terríveis estados, apenas essa informação foi liberada pelo FBI, que está sob á investigação dos atentados de Forks. A cidade irá se reunir essa noite, na igreja da cidade, para ser feitas preces aos adolescentes,Amy Johnson, Scott Mathews e Dany Kings e as famílias dos jovens. Aqui é Kathy Bennet e esse é News Action.”

A mesma reportagem passava repetidamente em todos os canais. Nos postes havia pregado papeis de todos os tamanhos, escrita em caixa alta, “Onde está Deus nas pessoas?”, ou algo como, “O assassino sofrerá na mão do salvador.”.

Os olhos verdes de Seline analisavam as mensagens pregadas aos postes, ela não podia negar que sentia uma grande hipocrisia nessa história.

Ela se aproximou da escola de Forks, encarando os alunos abalados, havia a foto de Dany Kings grudada fortemente à parede da escola, com um grande número de flores e velas em volta, alguns derramavam pequenas lágrimas.

Os olhares dos alunos caíram em Seline, que dava passos rápidos, mas em uma velocidade humana aceitável. Ela se lembrava de sua pequena invenção dizendo que Dany se pôs a sua frente para protegê-la, mas a grande verdade é que ele nem teve tempo de dar um passo se quer.

- Srta. Fuller... – a diretora Thompson se aproximou devagar com os olhos inchados, ela gostava de Dany, era um excelente aluno, além do fato, de ele a considerar sua avó desde que a dele havia morrido em um acidente de carro. – Você era a única pessoa presente... Na morte de Dany Kings, poderia fazer um pequeno discurso, descrevendo a... Bravura de Dany? – a professora disse com a voz falha, retirando os óculos de seu rosto e limpando as lágrimas, murmurando um “desculpe” em seguida.

- Eu não creio que seja uma boa ideia. – a voz de Seline saiu seca demais.

- Srta. Fuller... Devo lembrar-lhe que esse garoto, salvou sua vida, é o mínimo que deve dar em troca.

A diretora a encarou fortemente, com os olhos determinados, encarando as esmeraldas vibrantes dos olhos de Seline, mas não encontrava nada além de um olhar vazio.

- Tudo bem. – Seline disse por fim.

- Ótimo. – a diretora disse por fim, se retirando da frente de Annabelle Fuller.

Annabelle encarou a multidão pela ultima vez antes de prosseguir com os passos para a sala de aula.

***

A grande ala do ginásio estava lotada.

Um pequeno palco montado ao meio. A foto emoldurada de Dany estava segurada fortemente a um cavalete.

Os pais de Dany estavam sentados ao um par de cadeiras ao lado do quadro, o marido consolava a esposa fortemente.

Seline não estava completamente concentrada. E isso não era um bom sinal. Ela se sentia desgastada. Fraca.

Os alunos oravam em um tom baixo, segurando as mãos.

Seline encarava brevemente os Cullen.

Edward não sabia o que Annabelle Fuller era, mas parecia algo perigoso, não lhe agradou ver alguns olhares de Nathan na garota. Mas ele sabia que não poderia evitar, se o lado lobo de Nathan se manifestasse.

Depois de um breve discurso, a ditero colou-se a dizer rapidamente.

-Gostaria de chamar ao palco, a aluna, Annabelle Fuller, para nos descrever o ato heroico de Dany Kings na tentativa de protegê-la. Annabelle, por favor. – a diretora disse abandonado o microfone e se sentando no seu lugar destinado.

Os olhos de todos se viraram para Seline.

Ele se levantou e desceu as escadas lentamente, em passos lentos, não por que ela queria, mas sim por que ela não conseguia ir mais rápido, era como se o mostro em seu corpo tivesse sido preso.

Ela subiu os cinco pequenos degraus do palco e se virou para encarar os alunos à frente.

Sua boca se abriu brevemente.

- Eu não conhecia Dany. Era minha primeira aula com ele... – a voz de Seline ecoava pela quadra e todos acompanhavam suas palavras e movimentos. – Quando ele cortou o dedo na aula de artes, me ofereci para leva-lo a enfermaria, e conversamos até chegar lá, ele era bastante legal... – ela pausou sua fala quando as imagens de suas mãos chocando o corpo magro de Dany contra a parede de tijolos, o fazendo perder um pouco o ritmo de sua respiração, apareceram a suam cabeça. – Então... Esse... Cara... – ela disse pausadamente, Seline olhou para Nathan no ultimo andar da arquibancada a olhando com a expressão séria, mas doce ao mesmo tempo. – Apareceu... – ela completou novamente, olhando a imagem de Dany implorando por piedade e pela vida – E Dany se pôs a minha frente... – ela completou mais uma vez, vendo seus dentes cravando no pescoço branco de Dany o fazendo gritar – E o homem o atacou como se ele fosse... Um pedaço de carne. – o olhar de Seline se encontrava no vasio.

Seu corpo foi ficando mais fraco.

Nathan levantou um pouco seu corpo vendo o corpo de Seline começar a tombar.

- Srta. Fuller? – a diretora Thompson murmurou em seguida.

Seline ergueu a mão a seu peito.

O leve toque começou a ganhar batidas ritmadas.

Seu coração começou a bater em toques leves e aumentando a velocidade.

Ela achava que precisava de amor para se transformar não pena.

Seline não conseguia entender por que sua parte humana estava sendo ativada.

Seu estomago rodou brevemente.

Havia sangue demais em seu organismo, para um humano.

Ela elevou à mão a boca.

O sangue começou a vazar de sua boca sem ela conseguir evitar.

Seus olhos ficaram mais verdes, mais vivos, a força e o poder pareciam ter saído de seu corpo.

Ela olhou para seu braço, as longas marcas negras começaram a desaparecer, as cicatrizes de agulhas e cortes começaram a aparecer ao longo de seu braço.

Depois de séculos ela podia se sentir a antiga garotinha que estava escondida há tantos anos.

“Papai... Por que está fazendo isso comigo?”

“Para você ser grande... Seline.”.

Continua...