Think Twice escrita por Nuvenzinha


Capítulo 1
C1. Beginning Point


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que chegaram até esse ponto! 8D
Antes de mais nada, gostaria de agradecer você por estar lendo essa fanfic, por não ser fã de Shizaya e nem ciumenta o suficiente pra me odiar, ou até mesmo pessoas que ignoraram os avisos.


A segunda coisa que gostaria de dizer é que SIM, se você ler a descrição da personagem e pensar na Aisaka Taiga, era isso que eu queria induzir você a imaginar, mas adicione peitos proporcionais a idade e você tem minha personagem, Tsugumi.


Espero que simpatizem com ela, pois não desistirei dessa idéia!

Enfim, leiam ~~



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Encostada em um dos canos frios de metal do vagão do metrô das 06h15min que ia rumo a Ikebukuro, uma franzina adolescente, de cabelos castanhos até a cintura e grandes olhos violeta que expressavam grande insegurança, olhava fixamente para a janela à sua frente, desviando do casal de senhores sentados diante dela.

Uniforme de colegial no corpo e malas nas mãos. Ela iria deixar sua bagagem no apartamento que seus pais haviam lhe arranjado e logo correria para a escola.

Era seu primeiro dia na cidade. Tudo ao seu redor era estranho e fascinante, porém, de certo modo, assustador. As pessoas na lotada estação andavam apressadas em todas as direções, sem dizerem uma palavra. Todos os metrôs ao redor criavam um grande som, mas nada - nem ninguém - ajudava a menina a achar a saída correta.

"Droga, daqui a pouco a aula começa! Terei de levar as malas pra escola, mesmo!" Pensou, depois de dar uma olhada de relance em seu celular, logo guardando-o no bolso do sobretudo azul do uniforme. Correu um pouco até um lugar meio central, de onde avistou um policial e correu até este para pedir informações, sendo encaminhada para a saída leste da estação, que desembocaria num parque próximo ao colégio em questão.

Subiu as escadas correndo, sem olhar para baixo nenhuma vez para ver quantos degraus ainda faltavam e sem perceber que sua bolsa estava aberta, e sentiu uma alegria enorme ao chegar numa praça e ver ao longe uma menina com o mesmo uniforme que ela. Quis se aproximar. Deu até alguns passos na direção da desconhecida, mas sua natureza tímida e meio medrosa a fez parar.

-Amano Tsugumi, se acalme, mulher! - a rapariga disse para si em tom baixo, sacudindo seus braços.

Olhou novamente o celular. O tempo havia se estreitado pouco desde sua última olhadela, mas Tsugumi não conseguiu evitar que o pânico a tomasse e começou a correr, não demorando para que seus livros caíssem da bolsa escolar e voltou, logo se jogando no chão de joelhos e pondo-se a recolher o material em silêncio.

O sol dificultava a visão da menina com sua luz ofuscante; Seus joelhos ardiam devido à ralada. Era quase impossível ver um palmo diante de seus olhos, quem dirá os livros no chão. Ela jamais chegaria a tempo na escola e pagaria o mico de entrar atrasada logo no primeiro dia. Tudo estava sendo mais difícil, pois ainda tinha de conter as lágrimas de dor em seus olhos. Ela esfregava os globos oculares com força, sem conseguir suportar a claridade, até que uma sombra cobriu-a por completo.

Tsugumi foi lentamente dirigindo seu olhar para cima, vendo dos pés à cabeça um homem loiro vestido de barman, óculos escuros e cigarro aceso na boca fitando-a de maneira intimidadoramente inexpressiva. A menina recolheu o olhar imediatamente, curvando a coluna e abaixando a cabeça, surpreendendo-se ao ver aquele homem tão alto abaixar-se e ajudá-la a amontoar seus pertences caídos. Assim que terminou, o rapaz levantou-se e literalmente colocou a menina de pé, virando de costas depois de dizer:

-Você tem que tomar mais cuidado. Uma menina franzina como você não deve andar sozinha por Ikebukuro. E apresse-se, não demora para o sinal da Raira soar.

-... Ahh não, estou atrasada! - Tsugumi gritou em resposta, depois de alguns segundos controlando-se para não dar um tapa no rosto do rapaz por "insultá-la", fechando com brutalidade o zíper de sua bolsa e pegando suas malas do chão, dizendo: - Arigatou Gozaimasu! - e indo embora quase galopante.

Ela desengonçadamente corria pelo parque, com todo o tipo de perguntas e possíveis respostas a respeito do homem que acabara de ajudá-la em sua mente, ao lado do nervosismo que toda aquela seqüência de fatos a fazia passar, inconscientemente dando pulos que mostravam sua verdadeira predisposição à cair no chão, em conjunto das malas, que colaboravam para seu desequilíbrio.

Suas pernas já estavam ao ponto de não agüentar mais o peso do corpo e das malas quando finalmente viu-se aos portões do colégio. Arfou em alívio, olhando para seu celular, que mostrava que ainda lhe restavam cinco minutos. Tsugumi pôs-se firme de pé, respirando fundo e arrumando sua saia, antes de começar a andar pelo pátio tentando ostentar uma confiança que não tinha; suas pernas tremiam demais, ressaltando que sua firmeza era só fachada.

Foi andando quieta pelos corredores, fitando as pessoas alegres ao seu redor com certa porção de medo no olhar, pensando se as pessoas iriam gostar dela, se a receberiam bem; ou se ela seria desprezada, isolada. Tais pensamentos açoitavam-na ainda mais. Quando finalmente achou a sala certa, parou estática em diante da porta. Seus joelhos tremiam tanto que davam a impressão de que iriam ceder a qualquer instante; seu coração palpitava e sua respiração era pesada e irregular. Tsugumi deu uns passos  para trás e parou para respirar um pouco, esfregando as têmporas. Estufou o busto, enchendo seus pulmões de ar, e finalmente entrou na sala, com as malas nas mãos e um rosto sem emoção, que escondiam seu verdadeiro estado de pânico.

-Você é Amano Tsugumi, certo? - o professor perguntou assim que a porta se abriu, apontando para uma carteira ao fundo assim que a rapariga confirmou sua identidade - Sente-se atrás de Ryuugamine-kun, por favor.

-H-Hai!

Correu tímida pelo meio das fileiras de carteiras até que chegou em seu lugar, onde sentou-se, deixou a bolsa escolar sobre a carteira e largou as malas ao lado dos pés, logo fincando o olhar na madeira da mesa...

...Apenas esperando para que o sinal batesse e ela pudesse ir atrás do motivo que a trouxera tão longe de sua terra natal.


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