Interlúdio escrita por Ju Dantas


Capítulo 8
Capítulo 8




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Bella caminhou tentando equilibrar as duas bandejas na mão.
A lanchonete estava cheia naquela manhã de outono. Ouviu um cliente a chamando na mesa vizinha e outro derrubar café na mesa. Limpou a sujeira rapidamente e correu para atender o cliente que a chamara. O homem não sabia bem o que queria e ela bufou impaciente. Viu seu chefe a fitando com cara de poucos amigos e forçou um sorriso. Estava cheia de serviço, pois o dono dera meio pão duro e se negava a contratar mais garçonetes. Mas fazer o que? Ela não podia se dar o luxo de reclamar. Tinha chegado a cidade há dois meses fugindo mais uma vez. Mas desta vez fora pior.
Porque deixara Edward para trás. Respirando fundo, ela continuou a servir mesas e anotar pedidos, se recusando a pensar no que ficara para trás. Tinha agido certo, não havia alternativa para ela.
Fazendo mil coisas ao mesmo tempo, ela aproximou-se da mesa que tinha acabado de ser ocupada, sem nem mesmo dar-se ao trabalho de olhar para o cliente
-qual o seu pedido senhor? – perguntou impaciente, com a caneta em punho e o bloco de pedidos a postos
-Olá Bella
Bella sentiu o chão fugir aos seus pés. Não precisava olhar para saber de quem era aquela voz. Reconheceria aquele tom profundo em qualquer lugar do mundo, pois ele atormentava seus pensamentos dia e noite.
Mas mesmo assim, ela abaixou o olhar para a figura masculina sentada a mesa, o coração batendo forte no peito
Ele ainda era como se lembrava. Mas desta vez o olhar atormentado estava cheio de dor e confusão.
Bella olhou em volta, preocupada que alguém percebesse o que estava acontecendo
-O que esta fazendo aqui? – indagou num fio de voz
-Por que foi embora, Bella? – ele perguntou incisivo
Bella pensou que não estava preparada para esta confrontação. Na verdade achou que Edward jamais se daria ao trabalho de procurá-la quanto mais vir atrás dela indagar seus motivos por tê-lo deixado.
Como vindo de muito longe, ela ouviu um cliente chamá-la
-Vai embora, Edward – ela pediu desesperada

-Não até você me dizer por que fugiu de mim
-Eu não posso falar com você... Por favor, me deixa em paz
Ela ouviu o cliente a chamar de novo e afastou-se de Edward para buscar o pedido de outro cliente no balcão. As mãos tremeram ao pegar a bandeja e quando se voltou Edward tinha levantado e estava vindo em sua direção
-Não pode me ignorar, Bella
-Edward, por favor, vai embora daqui!
-Não - ele respondeu enfático e Bella percebeu as pessoas começarem a reparar neles
-Algum problema, Lucy?
Bella viu o patrão aproximando-se mirando Edward com desconfiança, provavelmente confundindo o médico com algum cliente inconveniente
Ela encarou Edward com um olhar suplicante. Ele parecia confuso ao ouvir o homem a chamá-la por outro nome. Por um momento achou que ele fosse continuar insistindo, mas para seu alivio, ele recuou.
-Eu vou embora. Mas nós não terminamos nossa conversa “Lucy”
Ela afastou-se e Bella soltou a respiração presa na garganta.
-Você o conhece, Lucy?
-Não, quer dizer... É um velho conhecido
-Sabe que eu não vou tolerar confusões pessoais aqui não é? - Ele reclamou e Bella deu um sorriso amarelo
-Claro.
Ela voltou ao trabalho, mas sua mente estava longe.
O que Edward viera fazer ali?
Será que não entendia que não tinham mais nada a ver?
Provavelmente ele tinha ficado ressentido por ela tê-lo abandonado sem nenhuma explicação. Mas não era possível que ele acreditasse que o que tinham iria durar. Eles não tinham nada em comum. Suas vidas não podiam seguir juntas. O caso teria acabado de qualquer maneira, mesmo que Tânia não tivesse interferido.
Ainda bem que ele tinha ido embora. Esperava realmente que Edward não mais voltasse. Tinha forjado uma identidade falsa e agora ela era Lucy, a garçonete. Mas isto duraria até a polícia a encontrar novamente. Ou eles a encontrarem. Aí seria hora de fugir mais uma vez.


**Bella soltou o cabelo e colocou o casaco, pois o frio ainda imperava lá fora.
Tinha acabado mais um dia de trabalho e estava cansada. Saiu para a noite escura, o barulho dos saltos altos ridiculos que obrigavam as garçonetes a usarem, batendo na calçada e quando levantou a cabeça, ela o viu
Edward estava parado do outro lado da rua. O primeiro pensamento era fugir, e foi o que ela fez, ignorando-o ela continuou a caminhar, e mesmo quando ele a chamou, Bella não o atendeu.
Porém Edward a alcançou facilmente e a obrigou a parar e encará-lo
-Não adianta fugir Bella. Nós precisamos conversar.
-Por que veio atrás de mim? Como me achou?
-Eu fui a policia. Se eles estavam te perseguindo deveriam saber seu nome, Isabella Swan
Bella parou de respirar
-Sim, eu sei o que você é acusada. Mas não acredito.
-Deveria acreditar.
-Isto não me interessa.
-E como me achou?
-Eu pus um detetive para te achar
-detetive? Ficou maluco? Ninguém pode me encontrar!
-mas eu te encontrei. E desta vez você não vai escapar
-Isto é absurdo! O que você quer Edward?
-Porque fugiu?
-Eu sou uma fugitiva da policia, o que esperava?
-Um pouco mais de respeito pelo o que estávamos vivendo. Como pode partir assim, Bella?
-era preciso. É assim que eu vivo. Não sei como não consegue entender!
-mas o que nós vivemos...
-O que nós vivemos foi um interlúdio entre uma fuga e outra. Você não podia achar que duraria.
-Me desculpe se eu não concordo com a sua lógica. Não transforme o que vivemos em algo sórdido. Foi muito mais. Não é possível que só eu sinta isto!
E sem aviso ele a puxou pela nuca e a beijou
Um beijo sôfrego, cheio de saudade. A paixão a incendiou e ficou difícil pensar em outra coisa a não ser a língua de Edward separando seus lábios para invadir o interior macio de sua boca. Agarrou-se a ele, perdendo o fôlego, o corpo ardendo de um desejo sufocante. Quanto tempo perdera sem dormir, querendo sentir de novo ele assim perto dela, o corpo masculino colado ao seu, a boca faminta sobre a sua?

Sabia que era loucura entregar-se a isto de novo. Mas não tinha como resistir.
A atração mútua agia como uma droga fazendo seu sangue correr mais rápido nas veias.
Depois do que pareceu uma eternidade, Edward afastou a boca da sua, tão ofegante quanto ela, os corações batendo no mesmo ritmo alucinante. Bella deixou-se ficar em seus braços, trêmula de desejo, abriu os olhos devagar e o encarou com os olhos febris. As mãos dele estavam infiltradas em seu cabelo, a testa grudada na sua. Sentia a respiração quente banhar seu rosto, a ereção pulsante espremida contra ela e não foi capaz de afastar-se como gritava sua consciência.
-Onde você mora? – ele perguntou roucamente e Bella sabia bem o que significava aquela pergunta e não cogitou em nenhum momento não responder. Por que também era o que ela queria.
Edward pegou sua mão e a guiou para o carro. Nada foi dito quando ele deu partida. Apenas a tensão crescente reinava entre eles.

Bella entrou no quarto do hotel barato e tirou o casaco. Encarou Edward com uma súbita timidez. Ele observava com desdém o local
-é por isso aqui que me deixou, Bella?
Ela caminhou até ele e tocando seus ombros o empurrou e Edward sentou-se na beirada da cama
-Sem perguntas, Edward
Ela ficou parada em frente a ele. Um joelho entre suas pernas, os cabelos caindo desordenados.
Edward mirou-a com desejo e levou as mãos aonde acabava a saia do uniforme de um amarelo pálido. Nunca tinha pensado que mulheres de uniforme colado ao corpo poderiam ser tão sexy. Acariciou a pele exposta da coxa sob o uniforme. Viu os olhos de Bella escurecer de desejo e isto o estimulou a prosseguir, as mãos migrando para a parte interna das coxas femininas.
Bella arfou totalmente excitada. Abaixou a cabeça e o beijou na boca, contornando os lábios masculinos com a língua, saboreando seu gosto. Então quando ele quis aprofundar o beijo, ela afastou-se e desabotoou os primeiros botões do vestido.

Sem deixar de encará-lo, ela pegou uma de suas mãos e colocou sobre um seio , que ele acariciou com os dedos hábeis, a outra mão persistiu no interior das coxas aproximando-se perigosamente do centro de seu prazer. Bella o fitou sem ar e retirou a mão do seio e levou o dedo a boca, e viu Edward gemer baixinho. Então ela sentou em seu colo e deixou que ele a beijasse profundamente, as mãos apertando o quadril contra sua pélvis. Bella segurou sua cabeça e distribuiu beijos úmidos pelo rosto, a barba por fazer arranhando sua pele, incendiando-a da cabeça aos pés, fazendo uma espécie de loucura a dominar por inteiro. Ela mordeu o lóbulo de sua orelha e ouvi-o gemer e as mãos a apertarem ainda mais
-eu quero fazer amor com você – sussurrou em seu ouvido e levantando-se ela tirou a camisa dele pela cabeça e o empurrou contra o colchão e Edward a observava com os olhos fascinados enquanto ela abria os últimos botões e tirava o uniforme. Ficando apenas de calcinha e sutiã. Ela engatinhou até ele, que a puxou para cima dele, gerando um atrito delicioso entre os corpos ardentes. Edward beijou sua garganta, espalmando a mão nas nádegas que a calcinha mal cobria.
Bella gemeu e colocou a pernas uma em cada lado do corpo dele e segurando suas mãos acima da cabeça ela o beijou. Ele tinha um gosto muito bom, pensou excitada e desceu com beijos famintos pelo peito masculino até chegar a barriga plana. Abriu o zíper de sua calça e enfiou a mão dentro, procurando , instigando, tocando. Edward gemeu e a puxou pelo cabelo, e Bella aproveitou para sentar em cima dele e tirar o sutiã, deixando os seios túrgidos ao alcance das mãos atrevidas, que exploraram a carne macia sem demora. Ele a puxou para ele tomou um seio na boca e Bella arfou. Sentia as caricias da língua em um seio depois em outro até o prazer beirar a dor. Então ele a abraçou e deitou seu corpo sobre o dela, beijando sua boca, seu pescoço, descendo pelo vão entre os seios, o estômago.
Bella tremeu ao sentir os beijos úmidos no ventre.

Ele ajoelhou-se e tirou sua calcinha. Beijou seu pé e foi subindo numa trilha de beijos enlouquecedores até o interior das coxas macias e Bella tremeu em antecipação. Quando ele tocou com a língua o centro de seu prazer, ela arqueou o corpo e gritou, crispando as mãos no lençol. A caricia intima a enlouquecia ao limite, mas ele parou e afastou-se dela, saindo da cama para tirar as próprias roupas e Bella observou fascinada os músculos que se desnudavam a sua frente. Mexeu-se ansiosa e o puxou para si, beijando sua boca, escorregando a mão para tocar a ereção pulsante. Edward deitou-se ao seu lado, deslizando a mão por sua espinha e a fez ficar por cima dele e a penetrou profundamente. Bella gemeu alto, jogando a cabeça para trás, perdida de prazer e ditou o ritmo da paixão. Prendeu o olhar no dele enquanto mergulhavam cada vez mais no mar de sensações desenfreadas até explodirem de prazer num delírio mútuo que os tirou da realidade por instantes sem fim.
Bella rolou para o lado, e fechou os olhos, deixando a respiração voltar ao normal, sentiu a realidade crua do que tinha acontecido a atingir e ela teve um principio de arrependimento. Sentiu os lábios de Edward em seu ombro e abriu os olhos. E ele a beijou com tanto carinho que ela sentiu lágrimas inundando seus olhos. Se tudo pudesse permanecer assim. Somente os dois perdidos num mundo particular, seria tão perfeito. Nada de fugas desenfreadas, nada de perseguições. Apenas Edward e ela juntos, esquecidos do resto do mundo. Ela virou-se para ele e o abraçou forte, enterrando a cabeça em seu peito, fazendo de conta de que tudo estava bem.
-Bella... – ele começou a falar, mas Bella o impediu
-Não fala nada, Edward. Apenas me abrace.
Por um momento ela pensou que ele fosse insistir, mas Edward apenas a abraçou e beijou seus cabelos. E Bella deixou o sonho onde ela e Edward poderiam ficar juntos dominar sua mente e dormiu tranqüila.

continua


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