Interlúdio escrita por Ju Dantas


Capítulo 4
Capítulo 4




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-Tânia?!?

- Quem mais poderia ser? – disse a loira desconfiada, olhando pra dentro da sala – Não vai me convidar para entrar?

-Tânia, eu não estava esperando visitas e estou ocupado resolvendo uns relatórios para o hospital. – Edward informou, tentando despacha-la, mas ela não se deu por vencida e praticamente empurrou a porta, forçando sua entrada.

- Ora Edward! Você trabalha demais! Tenho certeza que uns minutinhos não irão te atrapalhar. – Então entrou sala adentro, com um ar desconfiado, olhando para todos os lados. Edward ainda tentou argumentar, mas vendo que seria inútil, desistiu, não queria levantar suspeitas sobre a presença de Bella ali.

-Tânia eu realmente preciso terminar aquele relatório...

- Edward! Edward! Porque esta tão estranho? Estou começando a achar que você está escondendo alguma coisa de mim! Algo como outra mulher no seu quarto.

- Não seja boba Tânia – Edward ficou tenso.

- É bom mesmo doutor! Não gosto que me façam de boba! – Disse sorrindo – Mas é claro que você não faria isso. Não é Edward?

- Não. É claro que não.

- Ótimo. Então acho que não vai se importar se servir uma taça de vinho pra mim – falou sorrindo e sentando no sofá.
Bella correu para o quarto. Estava tensa. Mas não agüentou a curiosidade e abriu um pouco a porta. Ouviu a loira se insinuando para Edward e isso a deixou com raiva. Calma Bella! Pensou! Você mal conhece esse cara. Vai ter ciúmes pra que? Não crie mais confusão na sua vida. Olhando mais uma vez em direção à sala viu que a loira estava sentada no sofá. Ouviu quando ela pediu o vinho e sentiu um ar de intimidade entre eles. Será que eram amantes? Bem, ela não tinha nada a ver com isto! Irritada consigo mesma, fechou a porta e foi ficar quietinha em seu canto.
Enquanto isso, na sala, Edward estava visivelmente desconfortável. Queria se livrar de Tânia e continuar de onde tinha parado com Bella.

Além disso, estava com medo de Tânia desconfiar da presença da fugitiva em sua casa. Seus amigos do hospital o haviam avisado sobre o caráter possessivo de Tânia. Na época não deu atenção a isso. Achou a medica charmosa e inteligente, mas depois de um mês saindo juntos, começou a perceber o quão obsessiva Tânia poderia ser. Há dois meses havia colocado um ponto final no relacionamento de ambos, mas ela simplesmente ignorou seus argumentos. Continuou a se convidar para jantar em sua casa. Aparecer nos lugares que ele freqüentava. Isso o estava irritando muito.

- Vou levar os copos a cozinha. – Edward disse emburrado, depois que ela terminou o vinho.

Quando Edward voltou, ela foi chegando perto de Edward e o enlaçou.
- Dança comigo? – Tânia não deu tempo para um resposta negativa, enlaçou Edward pelo pescoço e se pôs a balançar ao ritmo da musica, não restou muito a Edward a não ser acompanha-la. Quando terminou a musica, ela foi mais rápida que Edward e lhe deu um beijo na boca.

E foi isso que Bella viu quando resolveu espiar mais um pouco. Ficou frustrada. Então ele tinha uma namorada e se achava no direito de se divertir com sua hóspede? Completamente enfurecida, Bella voltou para o quarto.

E não viu quando Edward se desvencilhou de Tânia, visivelmente contrariado.

- Tânia! Nós já encerramos esse capitulo da nossa vida. Achei que você tivesse compreendido isso.

- Ora Edward! Somos amigos! Adultos! Por que não podemos nos divertir. Juro que não vou pedir você em casamento. Podíamoscontinuar a beber vinho no seu quarto! – Disse sedutoramente, respirando junto a pele do pescoço de Edward.
Então Edward tirou suas mãos e disse:

- Não Tânia! Realmente eu estou cansado. Tenho uns relatórios para fazer e acho que você deveria ir para casa.
Visivelmente contrariada, Tânia pegou sua bolsa e se dirigiu até a porta, antes de sair porém ela se virou e perguntou:

- Quem é ela?

- O que?

- Ora Edward! Eu não nasci ontem! Para um homem solteiro e quente como você, dispensar uma mulher, só pode ser por causa de outra mulher. Onde ela está? Escondida no quarto?

- Deixe de história Tânia! É lógico que não tem ninguém. Por favor! Nos vemos no hospital. – Dizendo isso, ele praticamente a empurrou para fora e fechou a porta.
Edward então suspirou aliviado, agora poderia continuar de onde tinha parado com Bella. Sorrindo se dirigiu ao quarto. Bateu na porta por educação e aguardou.

A porta se abriu e ele se viu sendo soterrado por cobertor, lençóis e travesseiro.

- O que está acontecendo?

- O que está acontecendo? O que está acontecendo é que é melhor você não ter problemas de coluna, por que você vai dormir no sofá.

- Mas Bella... – Edward não estava entendendo nada.

- Não tem “mas”. Não é por que você me ajudou que pode ficar me beijando assim enquanto tem uma namorada.

- Mas Bella!

- Boa noite Edward! – Edward deu um pulo pra trás pois quase ficou sem nariz com o impacto da porta. – Mulheres! – Então Edward foi finalmente dormir... sozinho.

Edward acordou mal naquela manhã.
Dormir no sofá definitivamente não era para ele. O corpo todo doía e o pescoço parecia que tinha dado um mau jeito.
Tudo culpa da moça que dormia confortavelmente na sua cama, Edward pensou.
Ouviu um barulho vindo da cozinha e ainda sonolento, ele se dirigiu para lá e encontrou Bella numa cozinha totalmente bagunçada
-Bom dia – ela lhe sorriu e Edward sentiu aquele costumeiro frisson no corpo.
-O que esta fazendo? – ele perguntou olhando a bagunça da cozinha
-Café! -Ela respondeu empolgada, virando-se rápido e Edward percebeu tarde de mais ela esbarrando numa jarra de vidro no canto da mesa, e num reflexo, ele a puxou, ao mesmo tempo que a peça se espatifava no chão, esparramando vidro para todos os lados.
-que susto! – ela exclamou

E só então percebeu que na ânsia de protegê-la, Edward a tinha prensado entre a mesa e seu corpo forte e ela sentiu um arrepio na espinha. Ele estava sem camisa e tinha um cheiro tão gostoso. Bella encarou aquele rosto másculo com a barba por fazer e a cara de sono lhe impingia um ar de sensualidade descuidada que era totalmente irresistível.
-Você esta descalça – ele falou num tom severo e Bella fez uma cara de criança pega numa travessura e Edward respirou fundo ignorando o calor no coração, afastando-a delicadamente dos cacos de vidro que cobriam o chão, mas ela só fazia pisotear mais, então, num impulso ele a pegou no colo e a colocou sentada em cima da mesa
-Edward! – ela protestou
-Você vai se cortar
-que exagero! – reclamou, mas no fundo sentindo-se deliciosamente cuidada, como nuca fora na vida. Ele se abaixou e começou a catar os caquinhos espalhados no chão e Bella ficou observando e, distraída, esbarrou a mão na mesa e sentiu uma pontada
-Ui! – reclamou e Edward se virou para olhá-la - Droga, me cortei! – ela olhava o sangue saindo do canto de seu dedo
-deixa eu ver – ele falou já pegando sua mão - é só um corte, Bella –exclamou como se falasse com uma criança. E ela observou entre fascinada e surpresa, ele pegar o dedo e levar a boca, chupando o filete de sangue. E Bella sentiu-se subitamente quente, serrou os olhos e mordeu o lábio inferior, observando fascinada a boca dele em seu dedo, um calor úmido se espalhando por todo o corpo, alojando-se no meio de suas pernas e sem querer ela soltou um suspiro profundo, e Edward levantou a cabeça e a encarou com a expressão preocupada
-Não me diga que esta doendo, Bella?
Bella sacudiu rápido a cabeça em negativa, sem conseguir encará-lo, contendo-se para não passar as pernas em volta dele, o puxando para si....chega, Bella! Ela censurou-se, respirando fundo e finamente saindo da névoa de desejo que a envolvia.

-me desculpe, eu exagerei! – ela deu um sorriso amarelo e inconscientemente apoiou-se no ombro dele para pular para o chão, ele deu um gemido de dor e Bella o encarou
-O que foi?
-Nada, acho que dormi de mau jeito, e acordei com torcicolo
-oh – Bella sentiu uma onde de culpa a envolvê-la, afinal fora ela quem o despachara para o sofá. O que estava pensando? Que um homem com aquele porte caberia no sofá? Refletiu, levando os olhos aos ombros largos... Ela sacudiu a cabeça para desanuviar o pensamento e o encarou
- senta ai, eu vou fazer uma massagem e você se sentirá melhor
Edward a encarou boquiaberto. O que ela dissera? Massagem?
-Bella, não precisa
-Deixa disso, Edward! A culpa é minha se você esta assim, o mínimo que posso fazer é tentar aliviar seu desconforto.
Edward pensou em outras maneiras que a palavra aliviar poderia ser usada com ela, mas jogou o pensamento para o fundo da mente.
-Bella, é serio, não precisa... – Mas com determinação ela segurou seus braços e o fez sentar na cadeira e se posicionou as suas costas
-Não se preocupe, eu vou cuidar de você.
Edward contou até dez
Não interprete, apenas pare de interpretar as coisas que ela diz de outra maneira, dizia para si mesmo.
Então ela levou as mãos aos seus ombros e Edward concentrou-se para ignorar o prazer que aquelas mãos lhe proporcionavam.
E até que ela era boa mesmo, começou a sentir os músculos dos ombros e das costas relaxando sob as mãos de Bella.
Mas em compensação conforme a dor ali ia passando, começava a sentir dor em outras partes de sua anatomia, que estavam subitamente despertas, também ansiando pela mesma atenção que ela dava ao ombro.
Edward, Edward...para com isso, ele censurou-se pela enésima vez.
-Esta se sentindo melhor? – ela falou com a voz melodiosa, ao seu ouvido e Edward apenas meneou a cabeça afirmativamente, não confiava na sua própria voz para falar o que quer que fosse naquele momento.
Porém, ela deu um tapinha amigável em suas espáduas e se afastou

Sim, ele estava pronto e não só para trabalhar, pensou irônico, saindo da cozinha
Teria que tomar um banho frio agora

Quando Edward chegou do trabalho já era noite. Mas não era porque ficara no hospital. Na verdade tinha saído cedo naquele dia com um intuito muito claro em mente. Tinha que comprar roupas para Bella, por que, por deus, ele não agüentava mais vê-la desfilando com suas camisas pela casa.
E como não tinha a menor experiência com roupas femininas, pedira uma mão sua irmão Alice.
Ela o encontrara no centro de Los Angeles com uma expressão curiosa quando ele contara o que tinha que fazer.
-Roupas femininas? E para que, posso saber?
-Não faça perguntas
-Oh, acho que não e para aquela sua amiga chata do hospital e?
-Não.
-Certo, já vi que não quer responder. Ao menos me diga como a sua “nova amiga misteriosa” e para eu poder ajudar.
-Ela é mais ou menos do seu tamanho e magra
-E qual o estilo dela
-Eu não sei
Alice revirou os olhos, segurando seu braço e o puxando para dentro de uma loja
-homens!
Ela ainda tentou tirar algo dele, mas Edward fora incisivo. Não podia falar sobre Bella.
E Alice desistira. Por hora.

Agora o apartamento estava silencioso, e ele teve de novo aquela incômoda sensação de que ela tinha partido, mas dentro dele um instinto, dizia que não. Ela estava ali, em algum lugar. Será que estava de novo “tentando” fazer o jantar? Pensou com um sorriso, enquanto caminhava até o quarto e deixava as sacolas e caixas em cima da cama. Então, sua atenção recaiu sobre umas caixas menores, com a marca de uma famosa loja de langerie.
Pensou nas peças que tinha ali dentro que Alice insistira em comprar lançando-lhe olhares maliciosos.
Não, não podia dar isso a ela, refletiu arrependido do impulso que o fizera comprar aquelas peças. Pensando rápido, ele decidiu guardá-las no armário. Quem sabe outro dia? Quando não estivesse mais tão envolvido pelo desejo que o corpo sinuoso causava no seu?

Cansado e ansiando por um banho, ele rumou para o banheiro e parou embasbacado. Bella estava na banheira, coberta por espuma rosa, os cabelos castanhos presos num coque no alto da cabeça, mas com algumas mechas caindo sobre o rosto.
Era uma visão de sonho, Edward pensou, cerrando os olhos, momentaneamente paralisado por aquela imagem.
Então ela o viu e Edward reparou na gama de sentimentos que passou pelo seu olhar: surpresa, alegria e um certo...pudor, Edward pensou deliciado, ao ver nos olhos escuros um acanhamento que nunca tinha visto antes nela.
Bella era um poço de mistérios, pensou, fascinado
-olá! – ela sorriu, de novo com aquele ar que mesclava desafio e ousadia que era tão típico dela
-Olá – ele sorriu em resposta
Bella olhou-o parado a sua frente se se sentiu vulnerável, assim, nua, coberta apenas pela espuma.
-Você demorou – comentou simplesmente. É claro que ela não estava reclamando. Ela não se importava se ele estava ali ou não.
-Eu tive algumas coisas para fazer – ele falou enigmático e Bella pensou se ele estava em algum encontro com a loira que estivera ali na outra noite.
-é que eu fui...
-Não – ela o impediu de continuar – tudo bem, não precisa me dar explicações – sorriu amarelo.
Ele deu de ombros
-tudo bem. – ele saiu do banheiro sem falar nada e Bella sentiu-se uma estúpida
Porque falara aquilo? Tinha se policiar mais na frente dele, não podia deixar pensar que tinha ciúmes das horas que ele não passava ali com ela.
Assim que teve este pensamento, Bella se surpreendeu. Era assim mesmo que se sentia? Pensou desolada.
Respirando fundo, ela saiu da banheira, pensando que as coisas estavam ficando perigosamente incontroláveis.
Olhou-se no espelho, enxugando-se e baixou a vista para o ferimento. Tinha que ficar boa logo e dar um fora dali, antes que se visse envolvida com aquele médico, antes que perdesse o controle da situação, pensou enrolando-se na toalha e indo para o quarto e quanto chegou lá, arregalou os olhos surpresa. A cama estava cheia de pacotes.

Aproximou-se abrindo as caixas, com o logo das mais caras lojas de Los Angeles, e dentro delas havia uma infinidade de roupas femininas.
Edward comprará aquilo para ela?
Era isso que ele estava fazendo à tarde? Bella pensou com uma pontada de culpa.
Então reparou num vestido estendido sobre o travesseiro e em cima, um bilhete. Bella pegou-o e leu
“Vista-o. Ele é seu, como todas as roupas que estão aqui. Espero que sirvam, tive que adivinhar seu tamanho”
Bella passou a mão sobre o tecido fino. Era um vestido tubinho preto belíssimo. E sensual também, ela pensou. Imaginou Edward passando as mãos sobre o tecido, escolhendo-o para ela, imaginando como ela ficaria com ele e suspirou. Bem, ele tinha pedido para ela vesti-lo, não? Então era isso mesmo que ela ia fazer, fuçando nas sacolas ela procurou por alguma peça de roupa intima, mas não encontrou nada
Homens, pensou, nunca prestam atenção em detalhes
Bem, tinha que procurar a única calcinha que tinha. Enrolando-se na toalha, ela saiu para o corredor em direção a sala, aliviada por não topar com ele no meio do caminho. Vendo as roupas cuidadosamente dobradas por ela mesma num canto do sofá, ela procurou a calcinha mas não achou. Engraçado, tinha a colocado ali, ontem... quem teria pego?
Então ela teve uma lembrança: Edward acariciando o tecido, embasbacado. Será que ele tinha pegado sua calcinha? Bella pensou, boquiaberta. Ela não o conhecia realmente,não é? E se ele fosse um destes tarados que gostava de colecionar calcinhas femininas?
-Bella?
Bella deu um pulo ao ouvir as voz de Edward atrás de si, assustada, e para seu assombro a toalha escorregou perigosamente, abrindo-se , mas para seu alívio, conseguiu segurá-la antes que ela caísse e ficasse pelada na frente dele.
-que susto! Não vi você entrar! – reclamou
-me desculpe, não sabia que estava aqui. Aliás, o que esta fazendo aqui? – ele lançou o olhar por sobre seu corpo coberto pela toalha e Bella viu seus olhos brilharem perigosamente.

Era só o que faltava, ele pensar que ela estava ali de propósito, para tentá-lo. Será mesmo que ele estava com sua calcinha? Pensou de novo
Pela cara dele, era bem capaz mesmo...
-Eu...eu... – ela gaguejou. Não, não iria falar da sua calcinha estando assim, digamos, quase nua. – é...nada, não. Pensei ter ouvido um barulho...eu vou me trocar – ela saiu quase correndo da sala e entrando no quarto, fechou a porta atrás de si, encostando-se nela.
Quando será que ela pararia de fazer papel de idiota na frente dele? Pensou, desolada.
Bem, teria que colocar o vestido sem calcinha mesmo...
Bella mirou sua imagem refletida no espelho, pensando que fazia tempo que ela não se vestia assim, feminina. Em sua vida de fuga não tinha tempo para se preocupar com estas coisas. Agora se condoeu por não ter nenhuma maquiagem ali, ou um secador, pensou ajeitando as ondas rebeldes do cabelo castanho. Suspirando deu de ombros. Não precisaria se exibir pra ninguém, não é mesmo? Então por que estava preocupada com estes detalhes? Censurou-se, saindo do quarto.
Quando chegou à sala, se surpreendeu. A mesa estava posta para dois, a luz estava baixa e uma musica suave de Miles Davis se fazia ouvir
-O que é isso? - Perguntou surpresa ou ver Edward entrando na sala, um aroma gostoso de condimentos impregnava o ambiente
-Acho que eu te devia um jantar.
Bella sentou em frente a ele, na mesa, saboreando a comida. Ele cozinhava muito bem, mas ela estava tão agitada, que não tinha a menor vontade de comer.
-Espero que as roupas tenham te servido – ele quebrou o silêncio
-sim, incrível como me serviu direitinho, poderia ter perguntado meu manequim
Não, não preciso, Bella, Edward pensou, pois já decorei cada curva do seu corpo e esta lembrança me atormenta o dia inteiro.
-e são lindas, obrigada – Bella agradeceu com os olhos brilhantes e Edward sentiu um aperto no peito
-Você só se esqueceu de uma coisa – ela falou, enigmaticamente
-O que? - ele perguntou confuso

-Você sabe - ela falou. Queria que ele confessasse que tinha ficado com a sua calcinha
-Não, não sei
-Onde esta minha calcinha, Edward – perguntou, com a voz mais rouca do que gostaria
E Edward engasgou, Bella levantou-se de um pulo e bateu nas suas costas, ele bebeu um gole de água e a encarou confuso
-O quê que você disse?
-Eu perguntei aonde esta minha calcinha! - ela insistiu
-Eu não estou com a sua calcinha...você deve a estar vestindo!
-Não , não estou.
-Como não, você...
-então comprove por si só!- Bella falou irritada e pegou sua mão e levou ao quadril, Edward a encarou e foi como se um raio o atingisse. Como se por vontade própria a mão acariciou o quadril da moça, comprovando que ela estava falando serio. Estava sem calcinha.
Jesus.
Ela estava o tempo todo sem calcinha, ele pensou sem fôlego
-Satisfeito? – Bella falou quebrando o silêncio
E Edward resolveu seguir o impulso
-Não, Bella, eu ainda não estou satisfeito - ele falou, rouco, levantando rápido, e a levando consigo e a encostou na mesa, colando o corpo excitado ao dela. Bella arfou, ao mesmo tempo assustada e excitada. O que ele estava fazendo? Pensou trêmula.
Cada parte do seu corpo grudada no dele, excitado, ela podia perceber através do tecido fino do vestido, e por deus, ela estava “só” de vestido, pensou acalorada.
-O que estava fazendo? – indagou num fio de voz, pretendendo soar brava, mas que até para seus ouvidos soou como uma caricia.
-Comprovando, Bella – ele falou a encarando com olhos febris, as mãos passeando pelo seu quadril, queimando através do tecido, e Bella teve uma vontade louca de sentir suas mãos a tocando sem a interferência da roupa e um gemido saiu da sua garganta. Ela fechou os olhos, lutando contra o desejo.

Não podia sucumbir a ele. Porque além de todas as coisas contra, ainda existia a tal de Tânia e este pensamento a tirou parcialmente o torpor e ela o empurrou, tentando se afastar, mas ele era mais forte e a segurou por trás, as mãos a puxando pelo quadril, fazendo-a encostar-se do novo nele, e Bella soltou um som que era uma mistura de protesto e desejo
- Sabe o que eu pensou, Bella?- Ele sussurrou no seu ouvido e ela cerrou as pálpebras, perdida ao sentir a respiração quente em sua pele enquanto ele falava – se você esta sem calcinha, acho que também deveria ficar sem o vestido...
Bella gemeu, o corpo todo queimava, uma tensão palpável enchia a sala. As mãos de Edward desciam perigosamente, chegando a barra do vestido curto e ela arfou ao senti-las na usa perna, subindo sob o vestido, passando para a parte interna da coxa. E Bella perdeu o resto de consciência que ainda lhe restava, sentindo-se fraca, ela encostou seu corpo ao dele, tomada de volúpia, jogando a cabeça para trás, oferecendo o pescoço aos lábios masculinos, e quando ele colou a boca na veia que pulsava em sua garganta, suas mãos subiram mais um pouco e Bella esperou em expectativa.
Então ela sentiu algo vibrando atrás de si e deu um pulo, assustada, abrindo os olhos, confusa, ainda envolvida pela névoa do desejo. E ouviu a campainha do celular de Edward tocar, barulhenta, quebrando o clima. Colocou a mão no peito para conter as batidas do coração, o celular tocou novamente, desta vez mais alto
-Pelo amor de Deus, atende! – ela falou e Edward saiu do transe e atendeu.
Bella o observou de rabo de olho,ouvindo o que a outra pessoa falava do outro lado da linha, desconfiada. Será que era a tal de Tânia? Pensou, o calor do momento sendo substituído pela frieza.
Ainda bem que o telefone tocara. Não queria cair nas garras dele de novo
Ele desligou e sem encará-la, ela o viu pegar as chaves do carro.

-Preciso ir, tenho uma emergência – ele falou anda evitando olhá-la, e em seguida saiu batendo a porta, deixando Bella parada no meio da sala, sentindo um misto de alivio e decepção.


continua


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