Ao Quadrado escrita por dulcelunatica


Capítulo 2
Lily ao Quadrado




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Lily estava em uma de suas rondas diárias pelo castelo quando ouve um barulho vindo da próxima porta. Desconfiada ela vai até a mesma e abre-a silenciosamente.  Depois de olhar por tudo ela, percebe que não havia nada demais ali, somente um aparelho estranho que fora mal guardado e devia ter caído da estante.  Ela se abaixa e pega o aparelho. Estranho, pensou. Estava prestes a colocá-lo de volta no seu lugar quando notou um pequeno botão no aparelho, chamou à atenção, ela o apertou. Uma luz muito forte invadiu a sala.

-Vou fazer minha ronda – Lily se despediu de Dorcas e Lene.

Lily já havia se acostumado com suas rondas semanais. Eram todas sempre muito silenciosas, chatas e entediantes. Ela achava que era um carma, porque as coisas legais só aconteciam nas rondas dos outros monitores, nunca nas dela.

Ela já olhara alguns corredores. Subiu para olhar o sétimo andar. Nada em nenhum lugar, como sempre. Ajoelhou-se a fim de amarrar seus cadarços. Tudo que queria era algo diferente. Por incrível que pareça, queria que os marotos aparecessem e aprontassem alguma, só para que ela pudesse ter o gostinho de colocá-los em detenção.

Ouviu um ruído. Uma porta apareceu de frente a ela.

Estranho, pensou.

Ela dirigiu sua mão à maçaneta e abriu a porta. Lá dentro viu uma grande sala, cheia de estantes e parafernálias. Havia tudo quanto era tipo de coisa nas estantes. Livros, caldeirões furados, ampolas, cilindros, objetos trouxas, e coisas que ela nem sabia o que era.

Começou a explorar o lugar, tentando descobrir o que era. Um tipo de deposito escondido talvez, pensou.

Ouviu um barulho nas estantes à frente. Chegando lá viu que algo estava no caído no chão. Depois de verificar a sala e ter certeza de que não havia ninguém ali, notou que provavelmente o objeto estava mal colocado, por isso caíra. Ela se abaixou para pegá-lo. Ao colocá-lo na estante notou um pequeno botão, por curiosidade apertou-o. Uma luz muito forte invadiu a sala. Ela tampou os olhos, tentando protegê-los. Ao notar que a luz se apagou, ela baixou os braços, e gritou. Na sua frente estava uma cópia exata dela.

“Oh My Merlim! O que eu fiz?” ela se perguntou encarando o ser a sua frente.

-Quem. É. Você? –ela perguntou pausadamente.

-Lily Evans –a outra figura respondeu- e você?

-Eu. Sou. Lily. Evans. –Lily respondeu, novamente muito pausadamente.

-Vem cá, você fala assim sempre, ou esta treinando pra ser retardada? – a figura perguntou debochando.

Lily ficou vermelha. Não sabia ao certo se era de raiva ou vergonha.

-Então... o que é você? –Lily perguntou.

-Eu já falei, sou Lily Evans, você deve ser um reflexo mágico ou algo do tipo –a Lily 2 respondeu.

-Olha aqui! Reflexo mágico é a mãe...

-Epa epa epa, olha o palavreado!

-Onde estão os marotos quando preciso culpá-los por alguma coisa? –Lily 1 se perguntou.

Foi nesse momento que três vultos entraram correndo na sala e foram esbarrando em tudo quanto era estante, objeto, ou coisa que tivesse volume. No fim, eram só um amontoado de capas, braços, cabeças, e pernas. O amontoado xingava, esperneava, e gemia de dor.

-Wormtail! Sai de cima de mim! –urrou de dor uma voz.

-Jay? –Lily 2 perguntou.

O amontoado parou de se mexer.

-Lily? –a voz de James Potter veio do meio do amontoado.

-Não, uma cópia minha –Lily 1 respondeu.

Os três marotos se levantaram apressados.

-Er... Lily o que está fazendo aqui? –Sirius perguntou.

-Acho que o correto seria, o que elas estão fazendo aqui? –Peter interrompeu, apontando para Lily 2.

-Legal,eu to vendo tudo dobrado –Sirius sacudiu a cabeça- acho que foi quando bati com a cabeça na quina da mesa.

-Você não esta vendo dobrado Black –Lily 1 urrou- somos duas mesmo.

-Tá e quem de vocês é a verdadeira? –Peter perguntou.

-Sou eu! –responderam as duas na mesma hora- Você nada! Sou eu a verdadeira! –e as duas começaram a se estapear.

-Ei vocês duas! Parem com isso! –James pediu.

-Deixa elas, Prongs! Briga de mulher é legal! –exclamou Sirius.

James fingiu não ouvir e foi até as duas, separando-as facilmente. Segurando as duas pelo casaco.

-Quem de vocês é a verdadeira? –Sirius perguntou novamente.

-Sou eu! –as duas responderam juntas.

-JÁ CHEGA! –James berrou- Fiquem quietas as duas!

-Poxa Jay, não berra comigo não –pediu Lily 2.

-Potter me larga! –Lily 1 berrou.

-Por mais que eu quisesse que essa –ele apontou pra Lily 2- fosse a verdadeira, esta claro que esta –agora pra Lily 1- é a verdadeira Lily.

-É EVANS! –Lily1 berrou de volta.

-É, com certeza você tem razão, Prongs –os dois concordaram.

-Lily, como foi que essa outra Lily veio parar aqui? –Sirius perguntou.

-Eu não sei, estava na minha ronda quando achei essa sala, um aparelho caiu no chão, e quando eu fui pegá-lo apertei um botão, uma luz apareceu e essa coisa veio junto com ela!

-A copiadora – murmuraram os três.

-Hãn?

-Você não vai entender agora Lily, vamos ter que esperar até amanhã, pra falarmos com o Moony, ela vai saber o que fazer –James respondeu.

-Está bem, mas... o que fazemos com ela? Não posso simplesmente levá-la para o meu dormitório! As garotas vão perceber!

-Ela pode ficar aqui –Sirius deu de ombros.

-E vai dormir onde?

-Aqui também. Lily, por acaso sabe onde você está?

-Em uma sala qualquer de Hogwarts?

-Não acredito que vou dizer isso, mas errado Lily. Você não esta em uma sala qualquer. Essa é a sala precisa.

-Nossa, nem sabia que ela realmente existia...

-É nós também não, antes do nosso primeiro ano, quando descobrimos ela –Sirius começou uma longa história enquanto eles deixavam a Lily 2 presa na sala precisa, e iam de volta a torre da Grifinória.

-Eu vou dormir, estejam aqui amanhã cedo pra resolvermos isso –Lily foi em direção ao dormitório, subindo as escadas.

Os marotos esperaram até que tiveram certeza que ela foi embora, e que estavam a sós no salão comunal, para começarem a falar.

-Achei que o Moony tinha se livrado daquela sucata –Sirius reclamou.

-Ao que tudo indica ele deixou na Sala precisa –Peter observou.

-Ele vai ter muito a explicar daqui a poucas horas – completou James.

-Ainda bem que era a ultima noite de lua cheia –Peter disse- hoje quase nos pegaram lá no salgueiro.

-A noite não vai ser fácil – Sirius concordou , observando a grande lua cheia.

Bem cedo, no outro dia, Lily já esperava pelos marotos no salão comunal. Ela havia tido sonhos estranhos durante a noite, sonhos que se pareceram mais com lembranças. Neles haviam os marotos em seu segundo ano em Hogwarts, ela se lembrava bem de ter visto dois James Potter na frente dela naquele ano, e pouco mais de um dia depois, Remus veio pedir ajuda com o trabalho de estudo dos trouxas. Só disso que ela se lembrava.

-Bom dia, lírio! –ouviu a irritante voz do Potter, vinda da escada.

-Péssimo dia Potter, e é Evans –ela retrucou- vamos resolver isso logo ou não?

-O Moony deve estar saindo da ala hospitalar agora –Sirius comentou- vamos ao encontro dele.

-Ótimo, vamos logo então – Lily foi na frente.

[...]

-O que fazem aqui? –Remus perguntou quando estava saindo da ala hospitalar, e vendo os quatro se aproximarem.

-Viemos te ver – James deu de ombros.

-Vocês eu até entendo... mas Lily?

-Temos um problema – ela somente deu de ombros.

-O que aconteceu? –Remus perguntou, preocupado.

-Você tem muitas coisas pra nos explicar Moony – Sirius disse.

Remus lançou um olhar suspeito, e seguiu os quatro até a sala precisa. Os cinco entraram. A sala estava vazia.

-Porque não previmos que ela fosse fugir? –James perguntou.

-Achei que a última experiência já fosse suficiente... –Peter comentou olhando em volta.

-Última experiência? Isso já aconteceu alguma vez? –Lily perguntou.

-Isso o que? O que esta acontecendo? –Remus perguntou.

-A copiadora fez uma cópia da Lily – Sirius respondeu como se fosse obvio.

-QUE?

-Pois é, o que quer dizer que você não deu um fim nela –James o repreendeu.

-Ta legal, eu não acabei com a máquina!

-Por que não?

-Nunca se sabe quando fossemos precisar dela – ele deu de ombros.

-Certo, vamos fazer assim –Sirius começou- Prongs e eu vamos atrás da outra Lily, enquanto vocês programam a copiadora pra descopiar a cópia, ou seja lá o que você fez naquela vez Moony.

-Ei, ei, ei! –Lily protestou- porque é que vocês vão atrás de mm?

-Porque não seria muito normal as pessoas verem duas Lily Evans andando pelo castelo! –retrucou Sirius.

-Faz sentido – ela se entregou.

-Certo, vamos atrás da ruivinha 2 – James se levantou, e saiu rápido da sala ao ver que Lily ficara vermelha.

-Se eu fosse à ruivinha, onde eu estaria? –Sirius se perguntou.

-Você nunca seria a ruivinha –James retrucou- ela deve estar na biblioteca.

-Não, acho que não –ele respondeu- em que lugar a ruivinha nunca iria?

-Hum, no campo de quadribol?

-Boa, vamos.

Os dois correram até o campo de quadribol, mas ela não estava lá. Voltavam desanimados pelo jardim, ouviram um cantarolar baixo e o seguiram. Era Lily.  Ela estava deitada na grama, entre varias arvores, e pintava algo em um caderno.

-Lily? –James chamou.

-Oi Jay, Oi Six – ela sorriu e voltou para o caderno.

-O que está fazendo? –Sirius perguntou.

-Desenhando – ela respondeu, sem tirar os olhos do papel.

-Cara, eu ouvi mal, ou ela nos chamou de Jay e Six? –James perguntou.

-Não, acho que nós dois ouvimos mal – Sirius concordou.

-Ruivinha, temos que voltar pra Sala Precisa – James puxou-a pelo braço.

-Ah, mais já? –ela resmungou.

-É pra ontem que devíamos estar lá – Sirius segurou-a pelo outro braço, e os dois a levaram para a sala, atraindo vários olharemos pelo caminho, devo acrescentar.

-COMO ASSIM VOCÊ NÃO SABE COMO CONSERTAR ESSA COISA? –Lily perguntou, gritando com Remus.

-Eu não sei! Quando caiu no chão deve ter quebrado alguma peça interna que desestabilizou tudo –Remus respondeu.

-MAIS. VOCÊ.  CONSTRUIU. ESSA. COISA! –ela continuou berrando- É só pedir pra sala as peças que você precisa para consertar!

-Hey, o que está acontecendo aqui? –James perguntou entrando na sala.

-É, achei que não viveria pra ouvir uma briga de vocês dois – concordou Sirius.

-Ah, qual é! –Lily 2 reclamou- como se ela nunca fosse se estressar com esse jeito certinho dele.

-Todo mundo se estressa com esse jeito correto do Moony – concordou Sirius.

-Também não é assim –Lily 1 se intrometeu- não estressa tanto.

-DÁ PRA VOC ÊS PARAREM DE FALAR COMO SE EU NEM ESTIVESSE AQUI?

-Foi mau Moony/Remus/Remmie.

-Remmie? –todos perguntaram.

-É, se eu chamo o Jay de Jay, e o Six de Six, eu posso muito bem chamar o Remmie de Remmie - Lily 2 respondeu dando de ombros.

-Remmie? –Remus perguntou de novo, ainda incrédulo.

-Certo “Remmie”, vai concertá-la ou não? –Lily 1 perguntou.

-Já falei, não sei como concertar!

-VOCÊ TEM QUE SABER! FOI VOCÊ QUE A CRIOU! –Lily 1 berrou, e em seguida se virou para cópia- Sério que ela é minha cópia? Não pode ser. Ela nem se estressou ainda.

-É que elas não são cópias perfeitas –Remus explicou- elas tem uns pequenos defeitos sabe, confundem os dados das pessoas...

-Mas Moony, dessa vez foi só a Lily que fez uma cópia, não teve outro dados –James comentou.

-Foi só você, né Lily?

Lily não ouviu. A mente dela tinha parado na palavra cópia. Ela estava recordando uma conversa de quatro anos atrás...

 “-Bem... sabe o trabalho de estudos dos trouxas? –ela assentiu- então, acontece que o meu deu errado. E não sei o que fazer.
-Mas... o trabalho é pra amanhã!
-Eu sei, mas só descobri o erro hoje!
-Qual era o seu trabalho?
-Uma copiadora
-Uma copiadora?
-É, de pessoas
-QUE?
-Shiii!
-Desculpa. Como você fez isso?
-Fiz algumas pesquisas na biblioteca, trabalhei três dias nisso, e mesmo assim teve erros.
-Você conseguiu fazer um... clone humano, só com umas pesquisas na biblioteca?
-Eu prefiro chamar de cópia...”

-Cópias? Vocês estão falando da tal copiadora que Remus inventou para um trabalho de estudos dos trouxas, de quatro anos atrás? –ela perguntou.

-Exatamente/ É / Isso/ Aham – responderam os quatro.

-Caramba... –ela se sentou.

-Sabe o que isso me lembrou? –Sirius começou- Minhas notas melhoraram! E eu gosto de ler, mais do que antes pelo menos.

-Eu treino quadribol com vocês as vezes...-Remus concordou.

-Fiz uma dieta que durou mais de um dia – Peter e os outros riram.

-E eu me apaixonei mesmo pela ruivinha – James sorriu.

-Eu falei que isso ia acontecer – os três marotos retrucaram.

- “Se você é James Potter mesmo, vai gostar dela” – Sirius imitou a cópia de James.

- “Eu? Amar Lily Evans? Ah, qual é Padfoot!” – Remus imitou James.

-” Então por isso vocês acham que eu gosto da Evans?” –Peter continuou, imitando-o também.

-Tá legal! Tá legal! Acho que já entendemos! –James reclamou.

-Hoje em dia é difícil imaginar você falando isso, Prongs – Remus riu.

-É, bons tempos – Sirius concordou.

O que os marotos não notaram era uma pequena briga que se iniciava do outro lado da sala...

-NUNCA MAIS FALE ISSO! –Lily 1 berrou.

-O que? Como o Jay é perfeito? –Lily 2 perguntou sarcástica.

-É ISSO!

-Credo, não precisa berrar.

-PRECISO SIM!

-Oh garota, você estressa sabia?

-SIM, EU SABIA!

-SERÁ QUE VOCÊ PODE PARAR DE GRITAR?

-NÃO!

-OLHA AQUI SUA RUIVA FAJUTA...

-É agora que eu fico surdo de vez –Peter reclamou, tampando os ouvidos.

-Caramba, duas Evans gritando ao mesmo tempo! –Sirius exclamou- Legal!

Foi nesse momento que a Lily 2 deu um tapa em Lily1. E a briga começou. Em menos de dois segundos as duas já estavam no chão, se estapeando.

-Padfoot! Me ajuda a separar essas duas! –James pediu, tentando separar as duas, e acabando levando um soco.

-Eu não. Acha mesmo que vou perder uma briga dessas? Se vira Prongs, é a sua mulher, não tem nada haver comigo – Sirius retrucou, rindo.

-Deixo você ser o padrinho do casamento! –James continuou.

-FEITO! –Sirius se levantou e segurou a Lily 1, enquanto James segurava Lily 2.

-POTTER! QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE FALAR QUE NÃO VOU ME CASAR COM VOCÊ? –Lily 1 perguntou, tentando se soltar dos braços de Sirius.

-Até que você mesma se convença disso – James sorriu.

-ESTOU CONVENCIDA! –ela retrucou.

-Run’, está nada – retrucou Lily 2.

-Você. Cala. A. boca. –Lily respirava ofegante.

-Ta legal, ta legal! –Remus interveio- fiquem calmas!

-NÃO SE METE! –as duas berraram.

Remus encolheu os ombros.

-Desculpe Remus –Lily 1 começou- mas não estou nem um pouco feliz com essa situação.

-É, ninguém estaria se estivesse no seu lugar –ele concordou.

-Então dá pra resolver isso logo? –ela pediu.

-Er... eu...

-O que foi?

-Eu não sei como consertar.

-Vem cá Moony –Sirius começou- como você não sabe consertar? Cara, você criou essa coisa!

-Ta bom, ta bom, eu confesso! –Remus se entregou- não fiz essa máquina, achei ela na sala precisa, no meio de umonte de estantes!

-O QUE?

-É, eu precisava de algo legal pro trabalho, então vim aqui, tentando ter inspiração, foi quando essa sala me pareceu, cheia dos mais diversos apetrechos! Não pensei direito principalmente quando achei a copiadora. Ela era perfeita pro trabalho!

-Então, se não foi você quem inventou ela, quem foi? –Peter perguntou.

-Não faço ideia – Remus deu de ombros.

-Como foi que você descobriu como reverteu a maquina da ultima vez? –James perguntou.

-Ela não tava quebrada naquela época, e a sua cópia Padfoot, me ajudou a descobrir mais como funcionava.

-Pois é, até a minha cópia é demais – Sirius se gabou.

-Não era você que dizia “Não preciso desse ai pra me envergonhar” – James retrucou.

-Eu não me lembro de ter dito isso –respondeu Sirius.

-Bom, mas agora você tem a Lily aqui, Moony, o que da no mesmo, pode usá-la no lugar da cópia do Padfoot –Peter comentou.

-Não acredito que vou dizer isso –Sirius começou- mas Wormtail tem razão!

-Bem Lily, então se quer que essa cópia seja despachada, você vai ter que me ajudar –disse Remus.

-Hum, certo, eu ajudo.

-Então, mãos a obra cambada –Sirius sorriu.

[...]

-Não Não Não –Remus reclamava- tenho certeza que não era assim.

-Certeza mesmo? Porque essa peça encaixa perfeitamente aqui! –Lily retrucava,

-Tenho, absoluta.

-Vai demorar muito ainda?-Sirius reclamava, do outro lado da sala- se Wormtail perder de novo do Prongs, ele vai ganhar o premio “Perdi do Pontudo”

-Haha, muito engraçado Padfoot –reclamou Peter.

-Sim Black, vamos demorar –Lily respondeu.

-Argh, vocês são uns lentos –ele reclamou de novo.

-Faça melhor então –retrucou Remus.

-Sabe o que eu faço sempre que alguma coisa pifa na minha casa? –ele perguntou- dou um chute –e dizendo isso ele deu um chute na copiadora fazendo ela voar longe.

-ESTA MALUCO? ...

-Espera Lily –Remus intreveio- olhe.

Uma luz verde tinha acendido no canto da copiadora.

-Esta funcionando? –Lily perguntou incrédula.

-Esta! –Remus festejou.

Sirius ainda olhava incrédulo, da copiadora para o seu pé.

-Eu consegui?

-Conseguiu!

-Não acredito... –ele olhou para o pé e voltou a si- eu sei que eu sou demais, poupem os aplausos.

-Cala a boca Black –Lily retrucou- podemos terminar com isso logo?

-É, certo. Lily 2 –Remus chamou.

-Não posso mesmo ficar? –ela perguntou chorosa.

-Não –Lily 1 respondeu.

-Desculpa, mas uma Lily Evans já são gritos suficientes pro meu pobre ouvido –disse Sirius.

-E se ela estiver mentindo? E se na verdade eu sou a verdadeira, e ela só está tentando confundir vocês?

-Eu tenho certeza de que ela é a Lily –James respondeu.

-Como pode ter tanta certeza? –Lily 2 perguntou.

-Porque ela gritou comigo, reclama quando eu chego um pouco mais perto, ela não me ama, ao que parece, é o contrário de você –ele respondeu.

-Ela te ama sim, só que ainda não percebeu isso –Lily 2 retrucou, então olhou para a verdadeira Lily- o problema é, se você continuar assim, quando se der conta da verdade, pode ser tarde demais. Trate de notar antes!

-Já chega! É hora de você ir! –Lily 1 respondeu, vermelha.

-Eu vou, mas minhas palavras vão continuar com você –a cópia respondeu- adeus.

Remus apertou o botão, a luz encheu a sala. A cópia de Lily Evans havia sumido.

-Acabou –Remus se sentou em um sofá próximo.

-Finalmente –concordou Lily- er... obrigada.

-Não foi nada Lily –Sirius sorriu.

-To com fome –Peter reclamou.

-E quando você não está? –os quatro retrucaram.

Lily olhou para o seu relógio de pulso.

-POR MERLIM! PERDEMOS O JANTAR!

-Mas... chegamos aqui não tinha tido nem o almoço ainda... –James comentou.

-PERDEMOS TODAS AS AULAS DA TARDE! –Lily e Remus exclamaram.

-Pelo menos ainda temos tempo de ir a reunião dos monitores, certo? –Remus perguntou desesperado.

-Errado! Perdemos também! –Lily respondeu quase tendo um ataque.

-MERLIM! McGonagall vai nos matar!

-Muita calma nessa hora! –Sirius chamou a atenção- pelo menos resolvemos o caso da Lily, e não tivemos que aturar dois períodos de história da magia!

Lily e Remus lançaram um olhar mortal a ele, mas se acalmaram.

-Certo, vamos voltar ao salão comunal, antes que sejamos punidos por estar pelos corredores quando não é permitido.

-É hoje são os sonserinos na ronda... –Remus concordou.

-Vamos então –Sirius se levantou.

-Vão na frente, já alcanço vocês –Remus comentou.

-Certo –todos saíram da sala.

-POTTER! NÃO TOQUE EM MIM! –ele ainda pode ouvir Lily gritando no corredor, seguido por um “SHIII” dos marotos, pedindo silencio.

Devíamos nos livrar disso. Pensou

Não, alguém pode precisar no futuro.

Afinal. Nunca se sabe quando irá se precisar de uma cópia, não é mesmo?

FIM


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