Escute Seu Coração escrita por Chiisana Hana


Capítulo 31
Capítulo XXXI




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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

ESCUTE SEU CORAÇÃO

Chiisana Hana

Beta-reader: Nina Neviani

Capítulo XXXI

Tóquio.

Saori e Tatsumi acabam de chegar na mansão.

(Saori) Tatsumi, amanhã me acorde para vermos a sua casa.

(Tatsumi, comovido) Claro, senhorita... erh.. Obrigado.

(Saori, abraçando-o) Você merece.

(Tatsumi) Agradeço mais uma vez. Posso me recolher?

(Saori) Claro. Boa noite.

(Tatsumi, sorrindo) Boa noite, senhorita.

Saori sobe até seu quarto e, na porta do cômodo, uma empregada a intercepta.

(Empregada, nervosa) Senhora! Senhora!

(Saori) O que foi? Por que está tão aflita?

(Empregada) O senhor seu noivo ligou para cá o final de semana inteiro!

(Saori, indiferente) Ah, é? E?

(Empregada) E ele disse que queria muito falar com a senhorita e que...

(Saori, interrompendo) Depois eu ligo para ele. Prepare a banheira, por favor.

(Empregada) Claro, senhora.

Minutos depois, Saori está dentro da banheira. Envolta por uma espuma densa e perfumada, ela ouve um cd de música clássica, de olhos fechados, tentando não pensar em nada. A empregada com quem falara pouco antes bate à porta.

(Empregada) Senhora, perdão por interromper, mas seu noivo está novamente ao telefone.

(Saori, fazendo uma careta) Diga que estou ocupada e ligarei mais tarde.

(Empregada) Ele está nervoso, senhora.

(Saori, saindo da banheira) Ai... Está bem! Já vou atender.

Saori se enxuga um pouco e veste um roupão, depois vai até o quarto, respira fundo e atende o telefone.

(Saori) Olá, Julian.

(Julian) Olá, minha amada. Estava começando a achar que ia ter de viajar até Tóquio para conseguir falar com você. Não que seja um problema, afinal, meios de transporte é que não me faltam, mas seria deselegante chegar sem avisar.

(Saori) Eu estava em Rozan, Julian.

(Julian) Eu soube através da sua empregada.

(Saori) Fui passar o fim de semana com Shiryu e Shunrei. E quando chegamos lá fomos surpreendidos pelo casamento de um dos meus cavaleiros de ouro.

(Julian, irônico) Outro casamento? Como se casam esses cavaleiros!

(Saori, um pouco irritada) É. Casam.

(Julian) E nós? Quando vamos nos casar?

(Saori) Julian, já conversamos sobre isso. Eu não me sinto pronta para casar.

(Julian) Tudo bem, tudo bem. Vamos mudar de assunto. Estou sentindo muito a sua falta, amada.

(Saori, tentando ser convincente) Eu também, meu amor. Nos veremos no Natal.

(Julian) Ainda bem. Eu morreria se demorasse mais.

(Saori) Eu também. Julian, desculpa, mas eu estava tomando banho...

(Julian) Ah, perdão por interromper, mas é que eu estava mesmo com muita saudade.

(Saori) Eu sei. Bom, então até o Natal.

(Julian) Até, amada. Volte para seu banho e pense em mim enquanto estiver lá.

(Saori, rindo) Vou pensar.

Saori põe o telefone no gancho e, ao invés de voltar para a banheira, veste uma camisola de cetim e se deita na cama para ler um livro.

S - - - - A- - - - I - - - - N - - - - T -- S - - - - E - - - - I - - - - Y - - - - A

Casa nova de Shiryu e Shunrei.

Os dois acabam de chegar do supermercado. Com a ajuda de Ying Ying, os dois arrumaram as compras na cozinha, depois arrumaram as roupas, e agora arrumam a sala. Retiram o plástico que cobre os sofás, desenrolam o tapete e colocam-no no lugar certo.

(Shunrei) Ainda bem que estamos quase terminando!

(Shiryu) Sim! Ainda bem mesmo, pois já estou morrendo de fome.

(Shunrei) Hum... nem me fale! Que tal um yakisoba, amor?

(Shiryu) Maravilhoso!

(Shunrei) Então vou preparar.

(Ying Ying) Eu faço, senhora.

(Shunrei) Está bem, mas eu vou com você.

Shunrei dá um beijinho em Shiryu e vai para a cozinha com Ying Ying. A pequena senhora tem pouco mais de quarenta anos, mas aparenta ter bem mais idade, resultado da vida dura. Quando estava em Rozan, ela trabalhava numa pequena lavoura de subsistência e preparava quitutes para vender aos turistas. Shunrei já sabia de sua habilidade culinária, tanto que a convidou para ajudá-la com os preparativos da comida do casamento. Mas mesmo assim é preciso dar as instruções de como deve ser a comida da casa.

(Shunrei) Depois do jantar você pode se recolher ou ir para a casa do seu namorado.

(Ying Ying, corando, sorrindo timidamente) Eu não sei ir, senhora...

(Shunrei) Ora, ligamos para ele vir buscá-la. O telefone já está instalado. Enquanto estávamos lá na mansão Kido, Shiryu insistiu muito com a companhia telefônica para que instalassem antes de nos mudarmos. Ele é preocupado demais com as coisas e ficou com medo de precisarmos falar rapidamente com alguém. Por "alguém" entenda-se "hospital". Preocupação com a gravidez, sabe?

(Ying Ying) É porque ele a ama, senhora.

(Shunrei) Eu sei. E eu também o amo muito. Mas não me chame de senhora, por favor. Faz com que eu me sinta tão velha!

(Ying Ying) Está bem. Como devo fazer o yakisoba?

(Shunrei) Shiryu gosta quando tem camarão e carne. E também deve ter um pouco de molho de ostras e bastante moyashi.(1)

(Ying Ying) Pode deixar. Farei do jeito que o senhor gosta. Agora, sem querer sem intrometida, a senhora devia descansar com o senhor. Foi um dia muito agitado para uma grávida.

(Shunrei) Hum... é verdade. É tão bom estar grávida!

(Ying Ying) É sim. Fiz muito parto lá em Rozan.

(Shunrei) Jura? Não sabia que também era parteira.

(Ying Ying) É. Fiz uns bons chinesinhos nascerem!

(Shunrei) Que bom! Vai ser bem proveitoso conversar com você sobre isso. Quem sabe até você não faz meu parto?

(Ying Ying) Imagina! O senhor não permitiria.

(Shunrei) Ele não permitiria mesmo. Já me vejo no hospital, rodeada de médicos com aquelas touquinhas e máscaras... mas eu queria mesmo era ter meu bebê em casa. Na casa de Rozan, com o Shi ao meu lado.

(Ying Ying) Em casa é mais aconchegante, mais tranqüilo.

(Shunrei) É sim. Bom, vou lá ajudá-lo com a arrumação da sala, porque sei que o jantar vai ficar ótimo.

Ying Ying sorri e Shunrei deixa a cozinha. Na sala, Shiryu colocava os quadros na parede.

(Shiryu, pendurando um quadro com tulipas) Está bom aqui?

(Shunrei) Está ótimo. (pegando o telefone do chão e colocando-o sobre a mesinha de apoio; depois, ela tira o do gancho e põe no ouvido) Já está mesmo funcionando.

(Shiryu, abraçando-a) Está sim. Quer alguma coisa?

(Shurnei) Não exatamente.

(Shiryu, puxando-a para o sofá) Desde que voltamos do aeroporto, não paramos. Fomos fazer as compras, arrumamos a sala, arrumamos as roupas no guarda-roupa... Já está bom por hoje!

(Shunrei, deitando no colo dele) Tem razão, amor. Amanhã você vai para a Fundação com a Saori, não é?

(Shiryu) Sim. Ainda não sei a que hora iremos.

(Shunrei) Liga para ela.

(Shiryu, pegando o telefone e discando o número) Vou ligar. (ao aparelho) Saori?

(Saori) Oi, Shiryu. Boa noite.

(Shiryu) Boa noite. Você mesma atendeu o telefone! Que surpresa.

(Saori) Estava bem perto dele. Acabei de falar com o Julian.

(Shiryu) Ah, sim. Então, Saori, a que horas iremos para a Fundação?

(Saori) Pode ser à tarde? De manhã vou ver umas coisas com o Tatsumi.

(Shiryu) Sim, está ótimo.

(Saori) Passo aí às duas.

(Shiryu) Certo.

(Saori) Como está Shunrei?

(Shiryu) Muito bem, deitadinha aqui no colo, esperando o jantar.

(Saori, rindo) Ah, sim! Agora ela está curtindo a vida de madame!

(Shiryu) Pois é!

(Saori) Que maravilha! Manda um abraço pra ela.

(Shiryu) Claro. Obrigado. Até amanhã.

(Shunrei) Espera. Deixa eu falar com ela!

(Shiryu) Saori, vou passar para a Shu.

(Saori) Ok. Olá, Shunrei? Curtindo a vida de madame, não é?

(Shunrei, rindo) Um pouco! Saori, posso pedir um favor?

(Saori) Claro!

(Shunrei) Fala pro Tatsumi que depois do jantar a Ying Ying está livre...

(Saori) Ah, entendi! Pode deixar que eu falo.

(Shunrei) Obrigada!

(Saori) De nada! Também quero ver esses dois felizes!

(Shunrei) Isso! Então até mais!

(Saori, antes de desligar o telefone) Até.

(Shunrei, rindo) Saori disse que estou curtindo a vida de madame, pode?

(Shiryu, também rindo) É madame, sim!

(Shunrei) Não! Só um pouquinho! A que horas vão?

(Shiryu) Vamos amanhã à tarde. Mas agora, que tal um banho antes do jantar?

(Shunrei) Ah! Sim! Vamos estrear nosso banheiro!

(Shiryu) Agora!

O casal vai para o andar de cima, onde tomam banho, namoram e conversam sobre o futuro próximo: Shiryu trabalhando com Saori na Fundação, Shunrei cuidando da casa, do marido e do bebê. Depois do banho, os dois vestem seus trajes tipicamente chineses e penteiam os cabelos um do outro.

(Shiryu, penteando os cabelos de Shunrei) Estou muito feliz com a nossa nova vida.

(Shunrei) Eu também. É muito mais do que eu esperava. Ei, Shi, o que acha de cortamos os cabelos?

(Shiryu) Cortar tudo?

(Shunrei, rindo) Não tudo. Cortar um pouco. Estou achando o meu muito grande... e o seu também...

(Shiryu) Do que está rindo?

(Shunrei) Do modo como você se assustou quando eu falei em cortar o cabelo.

(Shiryu) Posso pensar?

(Shunrei) Claro! Agora vamos descer que o jantar já deve estar quase pronto.

(Shiryu) Sim! Minha barriga já está roncando.

(Shunrei) E o que dizer da minha, que tem o grãozinho aqui dentro?

Sorrindo, o casal desce para o jantar. O yakisoba já está pronto e Ying Ying os serve, sentando-se à mesa em seguida a pedido do casal. Depois do jantar, Ying Ying recolhe-se em seu quarto, enquanto o casal se acomoda no sofá para ver TV.

S - - - - A- - - - I - - - - N - - - - T -- S - - - - E - - - - I - - - - Y - - - - A

Casa de Seiya.

Ele, Shina e Seika acabam de jantar os sanduíches que pediram pelo telefone.

(Seika) Alguém nessa casa tem que aprender a cozinhar. Não aguento mais viver de delivery ou da gororoba eu preparo.

(Seiya) Eu concordo!!

(Seika) Ou aprendo a cozinhar ou arrumamos uma boa empregada. Como eu não quero aprender a cozinhar, voto na empregada! E você, Shina?

(Shina) Eu? Eu não moro aqui! Estou só de passagem.

(Seiya) Ah, admita que mora comigo!

(Shina) Não moro! Sou visita!

(Seika) Que seja! O que acha? Precisamos de uma empregada, não?

(Shina) Bom, sim. Sua comida é horrível, Seika.

(Seika) Então fechou! Temos que arrumar uma empregada.

(Seiya, com olhar malicioso) Eu sei quem pode arrumar!

(Seika e Shina) Sabe?

(Seiya) Sei! Vou ligar para essa pessoa... (pega o telefone e disca um número) Alô! Ikki!

(Ikki) Fala, Seiya. O que é que você quer?

(Seiya) Estou precisando de uma ajuda.

(Ikki) E quem disse que eu vou ajudar?

(Seiya) Pô, é coisa simples. Só me diz onde é que você arrumou a empregada.

(Ikki, rindo) Num lugar que você não freqüenta.

(Seiya) Eu sei. Mas onde é?

(Ikki) Ah, desistiu de insistir na Shina e vai perder a virgindade com uma mulher da vida?

(Seiya) Nada... É que estamos querendo uma empregada, sabe? E eu pensei que arrumando uma igual à Pani... você sabe.

(Ikki, rindo) Não digo.

(Seiya) Ah, diz aí!! Por favor!! Estamos mesmo precisando arrumar uma empregada.

(Ikki) Seiya, seu imbecil, encontrei a Pani por acaso! Ela era uma prostituta iniciante e não faço a menor idéia de onde arrumar outra prostituta que queira virar empregada, falou?

(Seiya) Você não quer dizer, seu egoísta!

(Ikki, antes de desligar o telefone) Seiya, vai pro inferno!

(Seiya) Poxaaaaaaaaaa! Desligou na minha cara!

(Seika) Ai, Seiya, mas você vai perguntar logo pro Ikki!

(Seiya) Mas ele arrumou empregada, não arrumou??

(Shina) Do jeito que ele é, não quero nem imaginar onde ele arrumou. Aliás, você fez uma cara muito suspeita antes de ligar para ele.

(Seiya, nervoso) E-eu? Imagina!

(Shina) Sei...

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Casa de Shun e Ikki

Ikki e Pandora estão no quarto.

(Ikki) A besta do Seiya queria saber onde arrumei a Pani.

(Pandora) Do jeito que esse moleque anda à perigo, você devia ter dito! Quem sabe assim ele não perde logo essa droga de virgindade? Aliás, eu ainda não entendi porque a Shina não dá logo pra ele.

(Ikki) Porque o Seiya não tem o meu sex appeal. Se fosse eu, ela teria topado na primeira noite.

(Pandora) Ikki! Coitado do moleque! Está certo que ele não é bonito, mas se a Shina gosta dele, ela deve ver alguma coisa interessante naquele baixinho.

(Ikki, rindo) Pode ser, né? Alguma coisa muito bem escondida.

(Pandora) Ai, ai. Você, hein? Vou mandar Pani servir o jantar.

(Ikki, com o telefone na mão) Nada disso. Esqueceu que ela está de folga hoje. Que tal uma pizza?

(Pandora) É, eu encaro uma pizza. Pede aí. Calabresa, por favor.

(Ikki) Eu nunca pensei que um dia eu iria dizer isso para você, mas... sim, senhora!

(Pandora, rindo muito) Ai, você fica uma graça falando "sim, senhora"! Fala de novo!

(Ikki) Não! Milagre só acontece uma vez.

Enquanto isso, o irmão mais novo estuda concentradamente para a prova que fará no dia seguinte. Deitada na cama, June escreve no diário. Começara o diário apenas para não se entediar enquanto o namorado estuda, mas agora já aprecia o hábito de escrever sobre seu cotidiano. Quase uma hora depois...

(June) Está na hora de parar um pouco, amor. Vamos jantar.

(Shun) Só mais um pouquinho, Ju.

(June) Nada disso! Você precisa descansar e comer!

(Shun, fechando o livro) Está bem!

Na mesa de jantar, Pandora e Ikki comem.

(Shun) Boa noite, pessoal.

(Ikki) Boa.

(June) Então, o que vamos jantar hoje?

(Pandora) Você pega o telefone ali e pede alguma coisa, tá?

(Ikki) Pani está de folga e, obviamente, Pand não fez jantar.

(Pandora) Pedimos pizza, mas como podem ver, só sobrou um pedaço.

(Ikki) Pedaço esse que é meu.

(June) Poxa, nem guardaram para nós dois.

(Ikki) O Shun só come pizza de mato, cunhadinha.

(June) Bom, isso é verdade.

(Shun) Eu não comeria mesmo essa coisa cheia de linguiça. Que tal uma saladinha, Ju?

(June) É, vamos encarar a salada.

Shun e June vão para a cozinha preparar a tal salada, enquanto isso, Pand e Ikki cochicham.

(Pandora) Você está vendo? Ela está ficando aqui. Daqui a pouco vem de vez, estou avisando.

(Ikki) Deixa, Pand.

(Pandora) Deixa?? Se ela entra aqui, eu saio! Não vou dividir minha casa com a loira lutadora.

(Ikki) Vai ser divertido. Você vai ter com quem brigar.

(Pandora) Já basta você, meu querido.

(Ikki) Hehe! Eu? Eu não brigo com ninguém!

Enquanto isso, na cozinha...

(June) Essa Pandora, hein? Intragável!

(Shun) Ela enche a paciência da gente às vezes, mas até que é legal. Pelo menos o Ikki está feliz com ela.

(June) Você acha mesmo? Ele tem sempre uma certa melancolia no olhar.

(Shun) É, mas ele gosta dela e está feliz. E se ela faz bem pra ele, quem sou eu pra rejeitá-la?

(June) Bom, é... mas eles são um casal bem estranho.

(Shun) É o jeito deles.

(June, mexendo nos armários) Vou abrir essa latinha de sardinha pra colocar na minha salada, certo?

(Shun) Fique à vontade, amor.

(June, beijando-o) Ebaa! Pelo menos a salada não fica tão sem graça!

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Apartamento de Agatha.

(Agatha, deitada no sofá) Que final de semana maravilhoso, não?

(Angélica, sentada no tapete) Demais!! O meu Shurinha é tão apaixonante!

(Violet, sentada perto de Angélica) Agatha, seria tão bom se fôssemos morar perto deles...

(Agatha) Isso está fora de cogitação por enquanto.

(Angélica) Eu não entendo. Por que temos de ficar aqui? Tanto faz treinar aqui ou lá, não?

(Agatha, levantando-se e deixando a sala) Não.

(Violet, fazendo uma careta) Iiiih...

(Celina) Cutucou a ferida.

(Angélica) É... mas então, Celininha, o que você fez com o Máscara?

(Celina) Coisa de adulto, fofa.

(Violet) Você não tem juízo.

(Celina) Tenho até demais. Apenas faço o que quero.

(Angélica) Mas vocês tomaram precauções?

(Celina) Claro. Acham que eu sou boba? Eu não sou, não. O italiano dá mole, eu cedo, mas tudo com muita responsabilidade!

(Violet) Ainda bem que não é.

(Celina) Não mesmo. Já a Lily...

(Lily) Eu?

(Celina) É. Um dos gatos estava cercando você e você nem ligou para o coitado.

(Lily) Ele só queria saber da Rose.

(Celina) Não, não. Eu vi como ele olhava para você.

(Violet) Pára, Celina. Não fica colocando coisa na cabeça dela.

(Celina) Não estou colocando nada! Foi o que eu vi. Ele olhava para você com cara de cachorro abandonado.

(Angélica) Celina, não devia brincar com a Lily. Você sabe como ela se magoa fácil.

(Celina) Eu não estou brincando! Ele estava olhando para ela!

(Violet) Celina!

(Celina) O que é? Não acredita que ele possa se interessar por ela? Qual é o seu problema?

(Lily, levantando-se da poltrona) Eu vou me recolher.

(Celina) Lily, você é uma tonta. Fica se lamentando por ser magricela, por ser isso, ser aquilo. Ah, pelo amor de Deus! Se eu fosse você, mais cedo no clube, eu teria vestido o biquinão, pulado na piscina e agarrado o grego. A vida é curta demais para lamúrias.

(Violet) Chega, Celina!

Lily vai para o quarto e Violet a segue.

(Violet) Querida, não ligue para o que Celina diz. Ela não faz por mal, é que às vezes ela é meio rude e...

(Lily, interrompendo) Acha que ela falou sério?

(Violet) Ah, eu não sei. Não prestei atenção nos outros rapazes.

(Lily) Acha que o Milo poderia mesmo estar interessado em mim?

(Violet, hesitante) Bom, poderia, né?

(Lily) Me deixa ficar um pouco sozinha.

(Violet) Tá. Se precisar de mim, estarei na sala.

(Lily) Obrigada.(pensando) Não... não é possível que ele tenha se interessado por mim. Nem a Violet acredita nisso.

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Casa de Shiryu e Shunrei.

Cerca de dez horas da noite.

Tatsumi tinha ido buscar Ying Ying logo após o jantar e os dois foram dar uma voltinha. Shiryu e Shunrei estão se preparando para dormir.

(Shiryu, deitando-se na cama) Ah, essa cama é maravilhosa! Se não estivéssemos tão cansados...

(Shunrei, rindo, deitando-se também) Eu não estou tão cansada assim...

(Shiryu, abraçando-a de forma sensual) Humm... então vamos estrear nossa nova cama.

(Shunrei) Vamos...

Os dois começam a trocar beijos sensuais, mas são interrompidos por Ying Ying, que bate à porta do quarto. Shiryu e Shunrei recompõem-se.

(Shunrei, rindo) Deixa que eu vou lá ver o que é.

(Shiryu, respirando fundo e rindo) Por favor.

(Shunrei, rindo, abre a porta) O que houve?

(Ying Ying, nervosa) Perdão, senhora, mas O Tatsumi me levou à mansão da patroa dele e apareceu uma criança lá insistindo muito para vir para cá.

(Shunrei) Criança? Só pode ser...

(Kiki) Eu! (abraçando Shunrei) Olá!

(Shunrei, sorrindo) Ah, meu Deus! Seu danadinho! Não devia estar no Tahiti?

(Kiki) Devia. Mas lá estava muito chato. Então eu vim para cá. Foi uma confusão. Eu fui para Rozan, mas vocês já não estavam mais lá. Aí eu me teleportei para a Mansão Kido e o Tatsumala disse que vinha para cá trazer a namorada e me trouxe junto!

(Shunrei) Você é inacreditável! Mas o Mu sabe disso?

(Kiki) Bom...

(Shunrei) Ai, ai, ai! Tinha que ter avisado!

(Kiki) Se eu voltar lá e avisar, posso ficar aqui?

(Shiryu) Pode.

(Kiki) Então é pra já!

Kiki desaparece, assustando a empregada.

(Ying Ying, perplexa) Ué? Cadê ele?

(Shunrei) Ele já volta. Obrigada, Ying Ying. Pode se recolher. Eu cuido disso. Boa noite.

(Ying Ying) Boa noite.

Shunrei fecha a porta e volta para a cama rindo muito.

(Shunrei, sorrindo) O Kiki é demais, não é?

(Shiryu) É, sim.

(Shunrei) Bom, deixa eu pegar uma colcha para arrumar o sofá para ele. A estréia da cama nova, fica para amanhã.

(Shiryu, rindo) É. Fazer o quê, né?

(Shunrei) Acostumar!

Continua...


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