Im Not In Love escrita por Zoey Hyuuga


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não foi betado, assim como o anterior. Qualquer erro encontrado, por menor que seja, peço que me notifiquem.



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Escutei duas pessoas conversando aos sussurros:

- Você acha que é verdade?

- Não. Hermione não faria isso.

- Mas ela brigou com a Parkinson, tiraram até foto.

- E daí? Quem é que não tem vontade de encher a cara daquela buldogue velha de porrada?

- Ah, mas assim do nada é meio estranho não acha?

- Não acho não. Acho tudo muito normal.

- É claro que você acha tudo normal. Você é a Di-lua.

- Que ridículo. Só falta agora você me dizer que acredita em toda essa estória que estão falando por ai.

- Eu não acredito, só estou falando o que estão comentando.

- Desde quando você se importa com o que os outros falam?

- Eu não me importo, mas a Hermione sim, e a palavra dos fofoqueiros de plantão tem poder.

- Tanto faz. Hermione não brigou com Pansy por causa do Malfoy, tenho certeza disso.

- Sei não... Acho que talvez ela...

- Ela o que? Esteja apaixonada pelo Malfoy?

- Não... Deixa pra lá, esquece.

- Não, não. Pode falar agora.

- É Ginny, pode falar agora. O que é que você acha? Acha que estou apaixonada pelo Malfoy? – Perguntei sentando-me. Ginny e Luna olharam para mim e se aproximaram.

- Hermione! – Exclamou Luna – Ainda bem que acordou, pensei que já estava morta. – Brincou sorrindo.

- Ainda não é desta vez que irá se livrar de mim, Luna. – Sorri de volta, mesmo que ainda estivesse um pouco chateada. – Então Ginny. Estou esperando.

Ela sorriu nervosa.

- É claro que não! Vocês se odeiam, todo mundo sabe disso. – Respondeu desviando o olhar.

Suspirei.

 Ginny era uma ótima mentirosa – diferente de mim que sempre me entregava, corava, gaguejava ou não falava coisa com coisa –, mas era eu, Hermione Granger. Nem que Ginny fosse a maior mentirosa do mundo ela conseguiria me enganar. Eu via escrito na sua testa: To mentindo.

E dessa vez não foi diferente, no entanto eu estava cansada e desesperada, eu definitivamente precisava que alguém acreditasse em mim, mesmo que no fundo não acreditasse.

Entenderam?

Ginny preferia acreditar no que os outros estavam falando e eu não poderia fazer nada quanto a isso. Não que realmente me incomodasse, eu já estava acostumada com o gênio e o jeito dela. Ela era muito parecida com Ron, a única diferença é que Ginny não era nem um pouco idiota.

- Bem, o que é que estão falando por ai? – Perguntei já sabendo mais ou menos a resposta – Tirando o fato de eu está apaixonada pelo Malfoy, é claro.

- Uns dizem que Pansy detonou você, o que justifica o fato de você está aqui na enfermaria e a Pansy não. – Luna começou a dizer.

- Já outros falam que a única que foi espancada foi a Pansy e que ela não está aqui na enfermaria por vergonha, pois sua cara está horrível. O que não faz muito sentido, já que a cara dela é horrível mesmo. – Ginny completou.

- Mas o que as pessoas acreditam mesmo é nessa versão que Ginny acabou de dizer, pois bateram fotos de você socando a Pansy. Você parecia uma lutadora de boxe.

- É. E a Pansy parecia ser seu saco de pancadas. Você não a largava nunca. Queria o quê? Fundir sua mão na cara dela?

- Ah, eu acho que sim. – Luna disse rindo, Ginny a acompanhou.

- Não riem, não é engraçado.

- É sim! – Luna falou.

- E muito. – Reforçou Ginny – Se você visse a cara da Pansy... Hilária.

- Não acredito que fiz isso. – Murmurei arrependida, toda a raiva que eu tinha sentido pela manhã havia desaparecido e acabou sendo substituída pela culpa de ter perdido o bom-senso e ter me atracado com Pansy no corredor. Mas não exatamente por ter quebrado a cara dela e sim por que provavelmente eu levaria uma detenção.

Sentia-me doente só de imaginar meu histórico, lindo e maravilhoso, manchado por uma segunda detenção.

- E antes que me esqueça, a Profº Mcgonagall está furiosa. Ela surtou quando descobriu que você brigou no corredor e na frente de alunos do 1º ano – Para a minha infelicidade, Ginny confirmara aquilo que eu já sabia. Mcgonagall não aceitava esse tipo de comportamento, principalmente vindo de uma monitora. – Ela disse que isso acabou impressionando-os e influenciando-os a duelar no modo trouxa.

- O quê? – Perguntei não acreditando.

- Foi... – Luna confirmou – Pior que é verdade, quando estava vindo para cá ouvir uns garotinhos conversando sobre a sua ‘impressionante’ briga. Outros já até estavam se atracando.

- Uau. Isso só irá piorar sua situação, Mione. Eu nunca vi Mcgonagall tão brava.

- Talvez ela te dê uma detenção. – Opinou Luna.

- Ou te tire o cargo de monitora.

- Ou te expulse.

“- Céus, Hermione. Isso é terrível!” – Falaram em uníssono.

- Será que dá para vocês pararem? – Cortei o ataque de desespero duplo - Eu estou me perguntando se vocês estão aqui para me ajudar a perceber que tudo vai da certo no final ou se vieram só ajudar a anteceder a minha morte. Sim, porque desse jeito eu vou acabar me matando. Eu já sei de todas essas coisas e nem por isso eu estou desse jeito, e olha que eu deveria.

Ginny e Luna olharam para mim.

- Desculpa! – Pediram.

- Tudo bem, portanto que parem com isso.

...

Silêncio.

...

- Por que é que vocês estão olhando assim pra mim? – Perguntei quando percebi que elas ainda me olhavam e de um jeito muito estranho.

- Assim como? – Luna perguntou.

- Assim desse jeito esquisito. Por acaso têm alguma coisa no meu dente ou no meu cabelo? Eu sei que ele está horrível, mas espera aí, eu acabei de ter uma briga, sabe?

- Não é nada disso Hermione. – Ginny começara – Hã, como é que eu posso te falar? Bem, Madame Pomfrey curou todos os seus arranhados, como dar pra perceber.

- Sim, e... – Insistir.

- Ela curou até o inchaço da sua mão, mas...

- Será que dá pra você parar de ser tão prolixa e ser um pouco mais direta?

- Se você deixar né?

Revirei os olhos. Ginny e sua mania de enrolar em tudo.

 Olhei para Luna em buscar da sua explicação, ela sim sabia ser rápida e direta – Isso é bem estranho, chega até ser um paradoxo –, mas ela estava ‘viajando’, olhando para o nada.

Voltei minha atenção para Ginny.

- Mcgonagall não deixou que ela curasse o inchaço da sua testa. Ela disse isso seria um breve castigo e que serviria de exemplo para os outros alunos, até pra você mesmo, não brigarem. É claro que tentamos persuadi-la a desistir disto, mas do jeito que ela nos olhou... Se olhar matasse nós já estaríamos à sete palmas do chão.

Comecei a rir desesperada.

Como assim não deixou curar?

Olhei para a estante ao lado da cama, lá havia um pequeno espelho. Estiquei-me para pegá-lo e em seguida olhei o meu reflexo.

Mas. Que. Merda!

Na minha testa continha, como um enorme enfeite, o maior galo que eu já tinha visto na minha vida.

- Ohhh, c-como ela pôde? E-eu não posso sair assim, com isso. Não não.

- Não está tão ruim assim, Mione. Talvez s...

- Não está tão ruim assim?NÃO ESTÁ TÃO RUIM ASSIM? Ah, me diga quanto estiver então, porque pra mim, Ginny, isso – Disse colocando uma mão no peito, em um gesto dramático e a outra apontando para minha testa – é muito ruim, sabe.

Ginny riu.

Riu!

Riu tanto que começou a ficar vermelha, riu da minha cara, da minha desgraça.

Peguei o travesseiro e joguei na cara dela.

-Ei!

-Harry e Ron já sabem?

- Não, estão ocupados demais com o quadribol. Harry está todo dramático, obsessivo. Quer por que quer ganhar a taça esse ano. Chega a ser pior que o Wood. E também me certifiquei que ninguém contasse nada, é claro que eles devem saber que você ‘ta aqui, não dá pra segurar os efeitos de uma bomba quando ela explode, mas o porquê não. Achei melhor que você mesma falasse.

- Obrigada, Ginny. Pelo menos uma coisa boa...

Madame Pomfrey apareceu pouco tempo depois e praticamente expulsou Ginny e Luna, que prometeram voltar logo de manhã.

 RÁ, como se eu fosse mesmo ficar lá até de manhã. Ta louca é?

Assim que o galo cantasse, o meu galo, eu cairia fora dali. E de uma maneira bem sutil, não queria que ninguém visse o monstro instalado na minha testa.

Madame Pomfey saiu também. E eu finalmente pude respirar aliviada – eu teria mais algum tempo antes de agüentar Ron e seu faniquito – e entediada, não estava com sono e muito menos queria ter que ficar ali, sozinha. Só eu estava lá.

 Onde estavam os doentes? Tipo, Neville que passava mais tempo na enfermaria do que eu na biblioteca. Fala sério.

Fechei meus olhos e comecei a contar. Nunca acreditei que isso funcionasse mesmo, mas não custava nada tentar.

Um carneirinho.

Dois carneirinhos.

Três carneirinhos...

Escutei passos abafados, mas pensei que era a minha imaginação.

Quatro e cinco e seis carneirinhos.

Os passos foram se aproximando, mas eu ainda teimava.  Abriram a cortina...

E sete e oito e nove e...

- O que é isso na sua testa? Está horrível!

Uma risada... Reconheci na hora.

- Malfoy!

- Olá, Granger!

- O que ta fazendo aqui?

- Vim visitar a garota que anda brigando por mim. – Sorriu debochadamente.

- Idiota! Isso não tem graça, seu estúpido. Pára com isso.

Draco gargalhou e foi se aproximando de mim. Tive vontade de matá-lo.

- Eu não faria isso se fosse você – Avisei.

- Por quê?

- Por que quero matá-lo.

- Isso não seria muito inteligente da sua parte Granger. Tem certeza que quer me matar mesmo?

- Absoluta. – Ele estava perto agora. Muito perto.

- Mentirosa. – Sussurrou e todos os meus pêlos se eriçaram. Maldito.

- Vai pro inferno Malfoy.

- Se você vier comigo, Baby. Eu irei de bom grado.

- Nem morta. Sai de perto de mim. – Disse empurrando-o. Preciso dizer que ele não se moveu nem um milímetro? Não? – O que é que você quer de mim?

- Tem certeza que não sabe?

- Eu já estou cansada disso, Malfoy. Quer acabar com a minha vida é? Pois bem, fique sabendo que eu não deixarei. É bom você ir tirando o seu cavalinho da chuva por que...

 - Shiii! Você fala de mais, Granger. – Draco se abaixou, sua boca estava tão perto da minha... Podia sentir sua respiração.

- Se você não se afastar agora de mim, Malfoy, eu o aconselho a dar adeus às chances de um dia ser pai.

Malfoy não se afastou, porém certificou-se de prender com as suas pernas as minhas, de um jeito que me fez ficar totalmente impossibilitada de me mexer.

 Droga! Por que foi que eu fui falar?

- Você sabe o que eu quero, não sabe? – Neguei com a cabeça – Sim, você sabe.

Colocou uma de suas mãos em minha cintura, firme, enquanto que a outra percorria de modo suave minhas costas até parar em minha nuca. Segurou meus cabelos e me puxou para si, de modo que nossos corpos ficassem colados.

- O que pensa que ta fazendo? – Perguntei com asco.

Okay!

Eu admito, eu não estava com asco. Só de mim e dos meus hormônios idiotas.

Malfoy me puxou ainda mais.

Eu? – Perguntou mordiscando o lóbulo da minha orelha. – Estou tentando de beijar.

AHHHHHHHHHH!

Merlin! Me ajude!

PAFT

- Ai...

- Mas que merda! – Malfoy olhou em volta do quarto para ver se encontrava alguém – Esse quarto é assombrado por acaso?

Meu tic tac voltou a funcionar na hora.

Assombrado = Invisível = Capa da invisibilidade = Harry Potter.

Comecei a me debater – Sai Malfoy!

Draco surpreso acabou tombando, icei meu corpo e logo estava de pé andando nervosamente de um lado para o outro.

- É o Harry, você tem que se esconder.

- Quê? Por quê? Eu não vou me esconder coisa nenhuma.

- Ali, debaixo da cama. – Comecei a empurrá-lo, mas o maldito relutava.

- Eu não vou me esc...

-Vamos Malfoy, não temos tempo pra brincadeiras. Harry não pode te ver aqui.

- Por quê?

- Você é energúmeno, acéfalo ou os dois?

- Pouco me importa se o testa rachada vai me encontrar aqui, isso não é problema meu.

Facilmente Malfoy se livrou de mim e sentou despreocupadamente na poltrona velha e mal-cheirosa da enfermaria, fazendo uma careta logo em seguida.

- Argh! Isso aqui fede.

- Eu faço o que você quiser – Eu, no ápice do meu desespero, nem sequer pensei quando disse isso.

Malfoy olhou interessado pra mim, arqueou uma sobrancelha e sorriu de lado.

- Mas você tem que se esconder agora.

Malfoy levantou e se dirigiu em direção à cama, quando passou por mim parou e falou: “Eu irei cobrar, Granger.” E se enfiou embaixo da cama, encontrando dificuldades. Draco era grande e o espaço pequeno. Dei um pulo em cima da cama “ouch” escutei, pouco me importando se eu estava esmagando-o.

A cortina foi aberta.

- Mione?


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Notas finais do capítulo

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