Ela suspirou deixando escapar um sorriso prazeroso no rosto, ela se divertia com aquilo. Viu um olhar de derrota misturado com desprezo nos olhos do homem a sua frente, Louise deu um passo para frente fazendo o homem se ajoelhar e rezar, e tudo só a fez sentir mais prazer em tudo aquilo.

- Ultimas palavras?

- Vai pro inferno! –Ele berrou desesperadamente.

A menina foi dando passos suaves em direção ao homem que fechará os olhos de tanto medo, ele estava totalmente encharcado do próprio sangue e ela não se importou, se baixou ao lado do homem que não a olhava nos olhos, encostou suas pernas nuas no chão frio e tocou seus lábios no rosto dele, aquilo não poderia demorar muito, ela levanto- se rapidamente e quando já estava longe o bastante deu um tiro no peito do homem que minutos depois se encontrará morto.

Ela andou elegantemente por todo o corredor que dava passagem a fora do prédio, seu salto agulha agora a torturava e seu vestido curto a dava um ar de confiança que ela realmente desejava, o seu olhar transparecia uma boa garota, Louise sorriu para o porteiro e saiu andando pelas ruas de San Francisco como se nada tivesse acontecido, ela adorava essa sua capacidade de fazer parecer que nada aconteceu, isso a ajudava muito e por isso ela sabia que ninguém iria saber que foi ela, sempre era assim. 

Rua 14° ela leu a placa azul e olhou para toda a rua até começar a andar novamente, seu coração palpitava e seus olhos verdes agora já não expressavam nada além de mistério, Louise entrou em seu prédio meio atordoada.

- Olá, Srta. Duncan. –O seu já velho conhecido porteiro a cumprimentou e ela sorriu na direção dele continuando a andar, subiu as escadas, ela não quis ir de elevador, chegou meio receosa a porta do apartamento e fechou- a assim que entrou, a garota sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo quando sentou- se em uma cadeira na varanda que ainda estava úmida pela chuva fraca que acabara de cair. Ela deu uma tragada no ultimo cigarro que restará naquele maço e pensou, pensou no que tinha feito como nunca havia pensado antes, ela estava se sentindo diferente.. Aquilo era arrependimento? Não poderia ser ela só estava no inicio do plano.

Algum tempo depois ela escutou a porta se fechar e virou- se para trás com um sorriso fraco.

- Então pequena L? –O homem asqueroso a perguntou e torceu para que a resposta fosse o que ele tanto queria ouvir.

- Tudo deu certo.

Rudolf, seu até então pai e sua irmã Victoria sentaram se a sua frente na varanda, ele feliz e Victoria decepcionada.

- Me conte, tem certeza que não deixou rastros? Tudo dará errado se houver qualquer erro.

- Tudo deu certo pai.

- Estou orgulhoso de você, amanhã você encontrará com o seu futuro namorado novamente ás 10:00 da manhã, rua 18º, Victoria irá almoçar com Scooter e tente ser o mais atraente possível, Katheryn.

- O que?

- Katheryn Duncan, 19 anos, design do Texas.

- Isso é falsidade dialógica, dá cadeia! –Louise disse assustando- se com o que ouvira da boca de seu pai.

- E matar um homem não da pequena L? Seja uma boa garota e não estrage tudo que planejamos durante anos, tudo bem Katheryn?  -Ele foi ao seu luxuoso quarto e deixou subentendido que aquilo não tinha sido um pedido, e sim uma ordem.

- Louise? –Sua irmã mais velha a chamou fazendo- a despertar de seus mais profundos pensamentos. – Você não precisa fazer isso se você não quiser...

- Eu quero Vick.

- Isso não vai traze- La de volta!

- Eu sei mas eu preciso fazer isso, por ela e pelo nosso pai, você está cumprindo com a sua parte, eu tenho que cumprir com a minha.

- Louise você tem 19 anos!...  –A mulher gritou mas a pequena já tinha entrado em seu quarto.

Ela entrou na internet e olhou o twitter de um certo garoto de um jeito meio masoquista, ele estava online pelo o que parecia, então ela olhou a ultima mensagem que ele tinha postado ‘ @lordbieber I Love you forever dad and miss you, I’m sorry for the lost time’ isso fez a garota rir. Masoquista, egoísta, coração de pedra, fria e sem escrúpulos eram só mais alguns de seus adjetivos. Ela ainda lembrava- se de todos os olhares de desesperos de suas vitimas, todos os ‘eu te odeio’ e ‘vai pro inferno’ que ela já havia recebido estavam em sua memória, e de lá nunca sairiam se fosse por ela, isso a dava tamanho prazer que seria impossível explicar, o porquê dela ter se tornado tão má assim? Talvez você nunca saiba, apenas tenha consciência que ela é à pior garota que você poderia conhecer.

Louise sentiu as lagrimas vindo como em todos os últimos dias dos últimos três anos, ela olhou para o calendário que agora estava na tela de seu computador e passou os dedos pelos cabelos sem acreditar que setembro estava chegando.

Dizem que uma garota má poderia agüentar qualquer coisa, e também dizem que todos tem uma história, Louise sabia disso, ela não costumava demonstrar sentimentos já que todos sabiam que ela era uma má pessoa, como alguns a julgavam “A pior coisa da cidade” a sorte dela era que ele estava muito ocupado com sua carreira para saber algo sobre a antiga Louise Duncan. Ela sussurrou um ‘Adeus Louise’ e deitou- se em sua cama dando boas vindas a Katheryn Duncan, e então ela sabia que a partir de agora a diversão só estava começando.