Acordei com Justin pulando na minha cama feito um bobo. Ele começou a cutucar meu ombro e eu resmunguei alguma coisa como: 'que?' o que fez ele ficar mais agitado, ele ficava pulando de um lado pro outro, até eu levantar e começar a gritar:

- PARA DE PULAR JUSTIN, EU QUERO DORMIR! - resmunguei, gritando.

- Olha querida, você é tão linda com raiva sabia? - ele disse rindo da minha cara de raiva - Bobinha - ele me deu um selinho - Vai se arrumar, nós vamos pra praça.

- DE MANHÃ? AMOR, VOLTA A DORMIR, VAI! - eu me joguei na cama e fechei os olhos.

- De manhã? Hello, Taylor, já é uma hora da tarde, sua anta - ele falou com uma voz de gay, tipo: 'HÊÊLLÕUU? TÃÃYLÔÔR!'

Comecei a gargalhar da cara e da voz que ele fazia.

- Ai Justin, só você mesmo, ein? - eu sorri e levantei da cama - Vou me arrumar, me espera lá embaixo.

Tomei uma ducha bem rápida, coloquei um short jeans bem curto, um all star branco, uma blusa rosa básica e uma tiara. Desci com o celular na mão e encontrei Justin conversando na cozinha com a minha mãe.

- Pois é, a Taylor ronca mesmo! - mamãe gargalhou alto.

- Ronca mesmo, é muito engraçado, às vezes eu acordo assustado com todo aquele barulho - Justin falou rindo, rindo e rindo. Quase rolando no chão de tanto rir.

- Olha, eu to aqui! - eu abanei as mãos e fiz cara de séria.

- Pois é, TCHAU JUSTIN! - mamãe disse saindo correndo da cozinha.

Fitei Justin dos pés a cabeça, depois abri a porta da casa e sai, ele saiu atrás de mim. Fomos até a praça e sentamos em um banco verde que tinha lá, o jardim era todo florido, estava muito bonito, o sol batia direto nas folhas das arvores, deixando uma sombra bem gostosa!

- Taylor, o que eu tenho pra te falar é bem sério.

- Lá vem bomba - eu rolei os olhos.

- Eu conversei com sua mãe, e ela concordou comigo. É assim, como nós estamos juntos a muito tempo, nós nos amamos muito e não conseguimos ficar muito tempo um longe do outro e como você já já vai terminar seu colégio, sua mãe disse que você pode ir comigo nas minhas turnês, viajar comigo pelo mundo, mas com uma condição: Você estudar nessas viagens. Acho que esse é o de menos né? Eu contrato uma tutora pra você e fica tudo ótimo. Você quer vir comigo? - Justin olhou pra mim com uma cara de cachorrinho que acabou de cair da mudança, impossível resistir.

- Claro, meu amor, claro! - eu o abracei bem forte, deixando uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

- Ainda bem que você aceitou, eu não ia aguentar ficar muito tempo longe de você nas minhas turnês.

- Incrivel como você sempre dá um jeito - eu disse olhando em seus olhos, e pela primeira vez, ele ficou meio... timido.

- Eu te amo, amor. Muito - ele disse no pé do meu ouvido.

- Eu também te amo, muito mesmo - eu falei e puxei seu queixo pra cima, dando um selinho de leve em seus lábios.

Nos beijamos e ficamos um tempinho brincando na praça feito duas crianças. 

Eu nunca achei que aquela ficada em NY ia dar nisso, eu não consigo ficar um dia sem sentir o cheiro dele, sem sentir o gosto do beijo dele, sem sentir o abraço dele. É um vicio, muito bom por sinal. Um amor eterno, que eu tenho orgulho de sentir e orgulho de saber que é correspondido.

8 anos depois....

- Amor? - gritei por Justin dentro da nossa casa. 

Nada.

- AMOOOOOOOOOOOR? - eu gritei bem mais alto.

Nada.

Sai correndo pra ver o que tinha acontecido, Justin não me responder? Só se ele estiver dormindo ou desmaiou. Entrei na cozinha e encontrei uma carta, nela estava escrito:

"Amor, siga todas essas setas que você está vendo ao seu redor, elas te levarão a uma bela e boa surpresa. Mas cuidado, você só vai descobrir onde estão as setas por causa das dicas que você te dar com as nossas próprias fotos. Amo você.''

Estranho, pensei, mas gostei da ideia e peguei a foto que estava pendurada junto com a carta, uma foto nossa na piscina. Sai correndo pra piscina e encontrei várias setas, sorri feito uma boba e fui atrás da foto que me daria outra dica. Em cima do balcão tinha uma foto nossa cantando com um violão. Sai correndo pra dentro de casa, fui até o nosso estúdio, lá estava as maravilhosas setas, fui seguindo elas até chegar ao nosso quarto. Na cama tinha várias rosas em cima, peguei uma e cheirei, aquele perfume bom penetrou minhas narinas e fez com que eu suspirasse. Peguei a foto que tinha em cima da cama, era uma foto nossa com um copo de vinho na mão, comecei a gargalhar sozinha, lembro desse dia, eu e Justin bebemos mais que o normal e ficamos bem risonhos. Sorri e fui fora da nossa casa, onde nós tinhamos uma plantação de uvas, chegando lá, Justin estava de terno, com um buquê de flores nas mãos. 

- Amor - ele se ajoelhou, eu comecei a chorar - Você quer se casar comigo?

- Cla-claro! - eu comecei a chorar, chorar muito! - Eu te amo, muito muito muito mesmo! 

- Eu também te amo, meu amor - ele falou sorrindo e colocando minha franja atrás da orelha.

Ele segurou meu queixo, como sempre fazia, e me beijou carinhosamente, as lágrimas continuavam escorrendo pelo meu rosto, e eu conseguia perceber o sorriso esboçado no rosto dele enquanto ele me beijava.

Dois anos depois, John e Paula nasceram, gêmeos dos olhos castanhos e cabelos loiros. A nossa maior felicidade desde então.

- Qual as melhores coisas na sua vida, Justin?

- John, Paula, Taylor, as melhores coisas que aconteceram na minha vida - Jus respondeu ao entrevistador, que estava com um sorriso estampado no rosto.

- É tão bom ver que você se deu bem na vida, Justin, eu, sinceramente, não acreditava no seu futuro, mas vi que você conseguiu se dar bem. Parabéns pelo seu futuro, passado e presente. E um parabéns melhor ainda para sua familia, que é linda.

- Obrigado, de verdade! - Justin sorriu e piscou pra mim, mandei um beijo e eu pude ler seus lábios falando: 'eu te amo, pequena'. Esboçei um sorriso enorme e uma lágrima escorreu pelo meu rosto, respondi, do mesmo jeito que ele: 'eu também, baixinho'.