E se Eu Fosse Você? escrita por anacarol


Capítulo 14
Celas Victória II


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora estava sem internet :/ Espero que venham gostando da fic, pois este será o penultimo capitulo, dessa fic que estou adorando.



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***

A jovem loira andava na pequena vila, cabisbaixa e pensativa; refletia em tudo o que já havia lhe ocorrido, ou melhor, tentava formar algo das poucas lembranças e ideias que passavam em sua mente.

Soltou um longo suspiro, fechou os olhos pesados e abatidos pela falta de sono das noites anteriores.

Já havia passado três dias desde que estivera na casa do doutor Cole, junto de sua esposa e sua filha. Gostava da companhia de ambos, porém a ideia de saber quem era, isso a fazia ansiar muito e ao mesmo tempo a assustava.

Murmurou algo ilegível ao vento.

Não acontecia muita coisa naquele lugar, somente era movido pela pobreza e pessoas na miséria, ainda tinha poucas famílias que podiam se sustentar com grãos, qualquer coisa do gênero, contudo, com os ataques contidos não sobrava quase nada.

Olhou para os lados, para as pequenas casas de madeiras de Londres, entrou numa rua imunda, se encontrava desde sujeira a animais de esgotos, chutou uma caixa no caminho e parou.

Fitou-se o céu de nuvens sombrias e parecia que iria chover em breve.

Voltou ao seu passeio, cruzou os braços, numa tentativa de confortar a si mesma, esfregou com delicadeza seus ombros, também pesados e cansados pelas noites mal dormidas.

 -Ai... Ai. – sentindo uma pontada no peito.

Fechou os olhos e levou uma de suas mãos ao peito, apertando, sentiu outra pontada dessa vez mais forte, fazendo um murmuro de dor escapar por sua boca rosada.

 -Droga, por que dói tanto? – perguntou pra si mesma.

Tentou caminhar de leve, respirando calmamente e ainda com uma mão ao peito.

 -Celas...? – ouviu uma voz lhe chamar em seu íntimo.

Fazendo o que ficasse paralisada e perplexa.

 -O... Que será isso? – com um olhar assustado. Abaixou os olhos para suas mãos, encarando o chão. ___Não posso acreditar, nisso eu... Eu acabei de ouvir alguém me chamar dentro de mim! – continuou.

Sacudiu a cabeça para os dois lados.

 -Calma Lizzie não deve ser nada, isso é loucura, causado por não dormir. – disse tentando retomar o controle de sua mente, de seu corpo e não entrar em desespero.

Respirando uma e duas vezes com mais tranquilidade, voltou para a casa do doutor.

Entrou fechou a porta, foi para seu humilde aposento, sentou-se na cama e tudo que ocorrerá á tarde vinha à ment

- Meu Deus quem era essa Celas? – segurou a cabeça sentindo uma pontada de dor.

Um pensamento lhe passou, trincou os dentes no lábio inferior, apertando com tanta força que só recuou quando sentiu o gosto de sangue a boca.

Pôs a mão no coração e tentou ao máximo se concentrar naquela voz.

 Ate que pode ouvir um pouco fraco a voz, mas pode.

 -Policial... Consegue me ouvir? – perguntou uma voz masculina e aparentando preocupação.

 -Eu... Eu... – engoliu seco e respirou fundo de vagar. ___Sim posso. – respondeu meio incerta.

Pude ouvir um risinho e senti uma pontada de alegria invadindo seu coração. E antes que ouvisse alguma resposta perguntou.

 -Mas quem é você? – esperançosa, que aquela pessoa pudesse dizer quem era e como se chamava. Assim esperava.

Um longo silencio surgiu e que foi abafado por Nicole uma menina doce, de aproximadamente 16 anos, longos cabelos avermelhados, olhos verdes, que mostrava tristeza e esperança ao mesmo tempo, possuía um belo corpo, esbelto e bonito. Que realçava mais sua beleza.

Entrou ao quarto, com uma bandeja de chá e bolachas, sorria contente com a nova amiga que fizera, assim não sentia mais sozinha naquela casa e naquele lugar. (Pensou Nicole).

- Trouxe chá e bolachas. – sorrindo de modo delicado.

Virou para ela, retribuiu o sorriso para menina, aceitando de bom agrado, acabou se esquecendo do que estava fazendo e não ouvirá mais a voz que parecia familiar...

- No outro lado da Inglaterra.

Alucard andava de um lado ao outro preocupado com sua pequena policial, finalmente havia conseguido fazer contato com ela e quando conseguirá mal segurava a alegria que sentia, mas o que deixará aflito da pergunta dela, de quem ele era.

-Será que perdera a memória? – analisou uns minutos tudo e concluiu que sim.

Se isso aconteceu teria que acha-la antes que aconteça algo, apesar de saber que Celas podia muito bem se cuidar, com o aumento dos ataques de quimeras, tinha certa preocupação e sua perda de memória não beneficiava sua situação.

Soltou um suspiro cansado e decidiu falar com Integra sobre o caso. O que agradará com toda certeza, porém também com certeza fara com que esse caso seja tratado com total cuidado.

Conhecia bem sua chefe iria mandar uma tropa para lá e deixar que cuidasse disso.

*Meia hora depois.

Contou todos os acontecimentos para a senhora, que somente escutava com uma expressão séria e cautelosa na face.

 -Entendo você cuida dos ataques desses projetos de vampiros e vou mandar uma tropa para encarregar de Celas Victória. – disse por fim, retirando os óculos do rosto cansado.

 -Como desejar minha senhora.

 -Mais uma coisa. – falou antes que Alucard fosse.

 -Sim? – disse se virando.

 -Quanto a nós? – quis saber.

Alucard arqueou uma de suas sobrancelhas finas, sorriu malicioso e um sorriso sarcástico surgira em seus lábios.

-Se fosse em outra época teria sugerido uma orgia a três, entretanto as circunstancias são outras e não haverá mais nada entre nós minha cara, mas serei ainda sim seu fiel cão, prometi que iria servir e é o que farei.

-Alucard... – respondeu com uma voz chorona.

O vampiro se aproximou de sua mestra, puxou para seus braços, Integra aceitou de bom agrado, envolveu seu corpo ao dele e os soluços saíram.

Por mais que tentava manter-se forte perto de todos, não conseguia manter essa pose na frente dele, sempre que estava perto de Alucard sentia a mesma menina de antes, sentia inúmeros sentimentos e fraquezas.

Enxugou as lágrimas antes que escorresse pelo casaco longo do seu serve e afastou dele.

 -Obrigada. – disse gentilmente.

Ele sorriu.

 -Foi um prazer minha senhora. – inclinou beijou sua mão segurou com delicadeza seu queixo e beijou a mulher a sua frente.

Integra contornou seus braços em seu pescoço, aceitando aquele último beijo e caricia...

-Enquanto isso em um vilarejo em Londres.

As novas experiências de alquimias junto com o sangue vampiro cresciam a cada dia mais, se tornava mais forte e seguiam em direção na região sul do país.

Sendo passagem de massacres de pessoas, por onde seguia. A tropa Hellsing disponibilizou todos seus soldados que fossem lutar contra esses projetos de vampiros e médicos aos feridos.

Não era uma guerra, mas se não derrotar e acabar com aqueles ataques poderia de fato acontecer uma guerra e era o que mais preocupava os burgueses e o clero.

***

Celas corria o mais rápido que podia, seu pulmão doía, sua respiração estava acelerada, olhava de um lado para o outro, desviando das pessoas, que corriam desesperadas, viu um mostro logo à frente devorando uma garota, arregalou os olhos com medo, sentindo o desespero crescer dentro de si, olhou a redor a vila estava sendo invadida por espécie de vampiros de laboratórios, não sabia o certo o que era ouvira uma conversa rápida do doutor Cole com sua filha e segundos depois tudo estava naquele caos.

                

Ordenou que as pernas se mexessem, voltou a correr depois que viu aquele mostro terminar sua presa.

Colocou a mão na boca quando escorregou e viu que era braços de alguma pessoa pra fora, rastejou, parou sentindo algo a suas costas virou e não pode evitar o líquido que vira de sua garganta, vomitou e limpou a boca.

Com os olhos fechados foi levantando lentamente, evitando olhar resto dos órgãos que deveria ser de uma mulher e todo o sangue que estava em sua volta no chão.

Abriu os olhos e seu sentido de sobrevivência lhe mandara correr novamente. Fugiu para uma pequena floresta que estava logo ali, um mostro viu sua tentativa de fuga e começou a perseguir.

Celas soltou um grito de horror, quando viu que o vampiro aproximava de si, tropeçou num tronco, perdendo o controle e deslizando de um barranco.

Abriu e piscou os olhos, tentando-se levantar, sentiu uma pontada de dor no tornozelo direito, soltou um gemido baixo, levantou sem jeito, observou o lugar desnorteada e quando ia se mover o mostro pulou em sua frente.

O meu Deus e agora? – perguntou-se mentalmente. Com adrenalina correndo em suas veias, o medo em seu semblante servia de diversão para o vampiro que sorriu ao ver que estava apavorada como um animal indefeso.

 -Você me parece ser bem especial, tem um cheiro muito bom, me diga quem é? – perguntou.

Engoli seco, pois nem ela mesma sabia quem era. Ficou em silencio, estática.

 -Não vai me dizer?- rindo. ___Não importa vou mata-la do mesmo jeito, depois sugar todo seu sangue. – se divertindo.

Então esse era seu fim? Não haveria mais nada depois?

Por que isso causava grande frustação. Não Lizzie mantenha a calma. Droga!

Não pode dizer e nem pensar mais nada; aquele mostro venho em sua direção, deu um golpe no rosto que a fez cair na terra de novo, tossiu cuspindo sangue, ele aproximara dela, segurou seu cabelo com força, rindo e bateu sua cabeça com força no chão.

  -Ahhh. – gritou de dor, sentindo algo escorrer por sua cabeça, logo percebeu que era seu sangue.

Virou-se encarando aquele ser, vendo sua expressão de deleite e prazer.

Enfiou uma de suas garras na sua perna direita. Fazendo Celas contorcer de agonia e gritar.

Sentiu embrulhar o estômago de tanta dor que sentia, quis chorar, implorar por sua vida, mas algo dentro de si fazia  com que não fizesse isso e gritou por socorro ate a garganta não poder mais sair nenhuma voz.

E quando ia dar outro golpe, dois tiros atravessaram seu corpo, o mostro recuou, cuspiu sangue, mirou a frente viu um vampiro de capa vermelha, terno e um chapéu da mesma cor da capa, com duas armas em sua direção, recuou novamente e caiu no chão morto.

Alucard se virou para Celas no chão, olhou com paixão e suavizou sua face dura.

 -Oh minha pequena, desculpe pela demora. – falou fintando-a atentamente.

Celas fitou aquele homem que acabara de salvar sua vida, sem entender nada e regalou os olhos ao identificar a voz dele.

 -Como... Como se chama? – perguntou num fio de voz.

 -Alucard e sou seu mestre. – respondeu calmo e abraçou forte.

Sentindo seu miúdo corpo ao seu, seu calor invadindo sua alma.

-Achei que não a veria mais, sabe o quanto estive preocupado contigo.

Celas não falava nada, só mantinha junto de Alucard, sem compreender quase nada do que dissera, mas sabia que estava segura com aquele desconhecido. Fechou os olhos e as lágrimas vieram.

Alucard cariciou de leve sua face rosada, suas bochechas delicadas, sua pele macia, limpou seu rosto, pegou á no colo, levantando, sua policial aconchegou mais em seus braços como um gatinho assustado e logo Celas perdeu  os sentidos.

Ele sorriu para ela.

 -De gora em diante vou te proteger meu amor... - falou aconchegando Celas mais em seu corpo, segurando ela, firme e encarando seus lindos olhos cor de ãmbar.

***

Ultimo Capitulo

*Dois dias depois.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos leitores
beijos *-*



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