JUSTIN NARRANDO.

- Quem ela pensa que é? Ela não pode me julgar assim, como se eu na fosse ninguém. Eu sou Justin Bieber, e posso ter quem eu quiser. Obviamente ela não vai ser diferente. Eu vou ganhar essa aposta..ela não sabe com quem se meteu...
- Ei, Justin. Falando sozinho? Ah, aliás.. acho que nós ganhamos nossa pequena aposta – disse Chaz, rindo.
- É – concordou Ryan.
Christian riu, também concordando.
- Calem a boca – revirei os olhos.
- Queremos 200 dólares – exigiu Chaz.
- Pra cada um?! – disse, meio incrédulo. Eles não queriam nada antes.
- Não, cara. Nós ganhamos e queremos 200 dólares, mas, confesso, foi sem preço ver você perder. Queremos 200 dólares apenas. Estamos falidos – ele disse, dramático. - Mas não pra cada um, óbvio – explicou Ryan.
Sentei em um puff. Apoiei a cabeça nos mãos. Levantei a cabeça e olhei ao redor. Joguei o cabelo pro lado. Estava impaciente. Ansioso. Nervoso.
- Não – eu disse.
Eles se entreolharam.
- O quê? – disseram todos juntos.
- Ainda não perdi.
- Ah, por favor JB, assuma os fatos – disse Chaz, segurando o riso.
- Não. Vou ficar com aquela garota – eu disse indiferente.
- Kate. O nome da garota é Kate. Qual o problema de vocês? Elas não são um objeto, tá legal? - disse Christian, abraçando sua amiga.
- Tudo bem. Então... porque você não beija logo a Karen? – respondi, olhando pra a amiga dele. A Karen.
Os dois coraram. 
Eu ri.
- Porque ela é minha amiga... – ele disse, confuso, e depois bufou.
- É... – Karen disse, sem graça, concordando.
- Vamos, por favor, todo mundo sabe que vocês tem alguma coisa. Ou querem ter – disse o Chaz, entrando na conversa também.
- Cala boca, cara. – Christian disse. Ele e Karen se afastaram e foram pra pista.
- Então..continuando..vou ficar com aque..com a Kate – me corrigi, rápido.
- Vamos ver.
- Ei, calma cara. Ainda está cedo. A noite não acabou. Tenho tempo – sorri.
- Está bem..- riram.
Bufei.

E fui ao encontro de Kate. O lugar não era muito grande, então não seria muito difícil encontra-la. 
Enquanto andava, rezava pra que dessa vez funcionasse. Porque isso já estava virando uma palhaçada. 
E de certo modo, eu estava gostando. Ganhar algo conquistado. Isso ia ser incrível. Ou não.

KATE NARRANDO

De fato, fui no banheiro. Enquanto andava até lá, senti os olhos do Vitor em mim. Ou melhor, nas minhas pernas brasileiras. Ah qual é, não estou me gabando. Juro.
Me olhei no espelho e me arrumei um pouco. Talvez eu não estivesse apenas razoávelauto-estima subindo, oba! . Talvez eu possa dizer que estivesse bonita.
Continuei a me olhar no espelho. E pensei em tudo que aconteceu desde que eu cheguei nessa "festa" .
Primeiro, chegamos aqui e o Marcus ainda me olhava como se quisesse me comer. E depois, me deixando sozinha pra ir curtir a 'festa' sozinho. Ou nem tão sozinho assim. Numa situação normal, eu até poderia ficar indignada com isso. Mas eu ri, acostumada.
Segundo, aparece o tal do Justin, e tenta me agarrar e me beijar a força.
E aí eu percebo que aquele lugar era para, também, 'famosos'. Eu bufei, me perguntando como Marcus conseguiu tickets pra nós entrarmos aqui.
Terceiro, o Vitor. Foi tão bom...e foi realmente uma pena eu não ter agarrado ele. Ele provavelmente iria me achar uma louca mas, também, poderia gostar da brasileira aqui. Ri de novo, com certo tom de arrependimento e brincadeira.

Peguei minha bolsa em cima de um pequeno balcão ao lado da pia. Ia sair do banheiro, mas...

JUSTIN NARRANDO
Procurei aquela garota em todo lugar. Na pista, no bar. Na sala de strippers (que era uma sala escondida, pois é). Até debaixo de um palco eu procurei.
Foi aí que eu tive uma idéia. Eu conhecia aquele lugar como a palma da minha mão. Só faltava uma parte aonde procurar. 
Como sou amigo do gerente e do dono do lugar, fui falar com quem estava lá. O gerente. O dono nunca está (é óbvio).
Disse todo meu plano (ou quase ele todo) e o porque (quase todo o porque).
Ele apenas riu;
- Tudo bem, garoto. Mas apenas 20 minutos. Não temos outros banheiros.. ah, você sabe – demos um toque de mãos e eu fui executar meu plano.
Coloquei o papel na porta, com o aviso.
Etapa 1. OK.
Entrei de vagarinho, tranquei a porta e me escondi.
Etapa 2. OK.
Verifiquei se não haviam outras garotas além dela no banheiro. Nenhuma.
Etapa 3. OK.

Ela se arrumou um pouco. E logo depois estava rindo sozinha. 
E aí, eu olhei ela por inteiro. Pela primeira vez.

Cara, o que era aquilo? Me fizeram uma aposta para aquilo ? Muito obrigado, Deus.

Ela não tinha o quadril nem muito largo, nem fino. E... a... ahn... vamos, garotos olham para aquelas ''partes'' em garotas, e eu não sou diferente, certo? Não irei descrever, porque posso ter um ataque cardíaco antes disso, tudo bem? Mordi os lábios, porque...WOW! ... As pernas, com coxas grossas, eram torneadas, aveludadas e macias. Não era preciso tocar pra perceber. Justin Drew Bieber, como você um dia disse que as pernas que tinha visto eram lindas? O que você diz sobre o que está na sua frente agora?, Pensei. A pele dela, também macia, era morena, um bronzeado natural. Os cabelos, castanhos e pareciam estar de babyliss. Ela era linda. Nada em excesso. Nada de incrivelmente expetacular pare Justin, você está mentindo. O suficiente pra mim...
O suficiente pra eu ganhar a aposta, é claro!
Ela iria sair, enquanto pegava sua bolsa, eu me encostei na porta sem fazer barulho. Ela iria me ver assim que se virasse. Então... Três, 2..Um!