- Oi. – Ouvi uma voz masculina, um tanto rouca mas ao mesmo tempo suave. Senti um peso sobre minha cintura. Com certeza deve ser algum adolescente bêbado e inconseqüente.
- Me solta. – Falei, sem me virar e tirando as mãos do individuo, da minha cintura. – Já disse pra... – Me virei para olhá-lo, foi quando ele tava a audácia de por novamente as mãos em minha cintura e puxá-lo para si. – me soltar.. – Terminei a frase, já com nossos rostos de frente um para o outro. Mas o que ele esta pensando? Se pensa que eu sou um tipo qualquer, que beijaria qualquer estranho, ele esta enganado. Muito enganado.
- Desculpe. – Disse ele, me soltando. – Prazer, Justin Bieb... – Disse se inclinando pra mim, e colocando suas mãos em minha cintura de novo. ELE ESTAVA TENTANDO ME BEIJAR? HELLO?! Fala sério. Me soltei novamente. Ele iria terminar a frase, mas eu fiz questão de interromper..
- Sim, eu sei. Você é Justin Bieber. Bom pra você. Você está louco?

- Sim, estou. Pra te... – se inclinou de novo. MEU DEUS! 
- Me larga, garoto. E sabe o que eu acho de você? ... Você é um jovem inconseqüente. Pensa que tem o mundo nas mãos. É vulgar. Metido. E além do mais, achou que só em falar ‘Justin Bieber’, eu logo iria cair aos seus pés. Desculpe, mas você estava um pouco enganado.
- Nossa, você realmente tem uma imaginação um pouco fértil. Você não pode julgar as pessoas apenas pela aparência delas, ou algo assim, ok? – falou, ficando impaciente. Eu mereço...
- Tanto posso, como já fiz. Agora tchau. – Falei, indo em direção ao outro lado da pista, com a tentativa frustrada de não encontrá-lo novamente.
- Ei, espere. – Senti uma mão pousando sobre meu braço. Certamente era ele.

- Olha aqui, já disse pra voc... – Ao me virar, percebi que não era ele. – Oi, desculpe. – Percebi que era um garoto com no máximo uns dezoito anos, um pouco mais alto do que eu, cabelos castanhos e olhos claros.
- Tudo bem, me desculpe você. – Disse ele.
- Desculpar? – Perguntei.
- Sim. Confundi você com outra garota, por isso segurei seu braço. – Se explicou ele. Rimos um pouco da situação, mas logo pensei no que falar. Ele realmente era muito bonito, e conseguira me acalmar e me fazer esquecer o idiota que eu tinha conversado ainda há pouco.
- Garota... Sua namorada? – Perguntei um pouco incrédula comigo mesma por ter perguntado uma coisa dessas.
- Não! – exclamou ele. – Longe disso. Minha irmã. Digamos que ela me dá um pouco de trabalho.
- Ah sim, sei como é isso. Bom, pra falar a verdade não sei, sou filha única. – Rimos.
Conversamos alguns minutos, e eu esquecera completamente de perguntar seu nome. Mas que falta de educação a minha.
- Desculpe ser intrometida, mas... Posso saber o seu nome?
- Ah, claro. Desculpe não ter me apresentado antes. Meu nome é Vitor. O seu é?
- Kate. – Foi apenas o que eu consegui dizer. Parece idiotice, mas eu estava hipnotizada pelo sorriso dele.
- É um bonito nome. – Disse ele.
...
Conversamos mais. Ele comentou sobre sua vida, e eu logicamente, comentei da minha. Rimos e nos divertimos.
- Preciso ir ao banheiro. Um minuto. – Falei, sorrindo um pouco. Precisava sair dali por um instante. Eu já estava o secando, e não queria dar muito na ‘cara’ que eu estava a fim. Ele sorriu de novo, e eu quase me joguei e tasquei um beijão nele. Quase. Tive de me segurar. Foi uma pena...