Attempts. escrita por Duda Guedes


Capítulo 25
Capítulo 25




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– Oi – disse Ryan, tímido, assim que Victoria abriu a porta. – Ahn... Oi... – ela disse, mais tímida ainda e um pouco desajeitada. O quê? Vic, desajeitada? Tudo bem Ryan, essa você superou. – Ryan, você trouxe o que eu pedi? – tentei quebrar o clima. – O que... E-eu quero dizer... Aquela coisa? – Ryan, gaguejando? Tudo bem, tem algo de muito errado aqui. – É, as duas. – Ah, claro – ele sorriu pra mim. Eu esperei. – Você não vai me dar? – arqueei uma sobrancelha. – Ah, é... Sim. Ele me entregou uma das coisas. Meus deveres. A outra coisa, era um presente pra Victoria... Eu acho. Olhei pros dois com reprovação e bufei baixinho. – Ok. Ryan, essa é Victoria. Minha amiga, você sabe... – Sim, eu sei – ele sorriu pra ela. – Ahn... Ela gosta de... Chocolate. Sapatos. Garotos. Festas... – Eu estava tentando ajudar. Mas talvez não estivesse ajudando tanto assim. – Ah, e... E, cinema... Filmes, claro... – dei uma risada. Ryan e eu fazíamos curso de cinema – como você deve saber –, então... Ele estendeu a mão. – Prazer – ela só sorriu e apertou a mão de Ryan. – Vic, esse é o Ryan – continuei. Sussurrei no ouvido dela: – Faça ele te contar o que gosta. Se não entender alguma coisa, só sorria e... – Acene – cochichou ela, no meu ouvido. Eu engoli uma gargalhada das mais escandalosas que eu mantinha dentro de mim. – Deixa de ser idiota... – eu ainda estava me segurando. – Bom, sorria e pergunte mais. Ah, e não deixe de falar. Ryan é inseguro e um pouco tímido, tá bom? E... Se você não entender alguma coisa que ele disser, como eu sei que talvez aconteça, por favor... Me pergunte depois, talvez seja importante. Eu havia sussurrado tudo no ouvido dela extremamente rápido. – Então, pessoal... Eu vou lá... Em...Algum lugar ... Fiquem a vontade... – imediatamente me arrependi do que disse. – Digo, se quiserem... Vocês sabem...Vá pra o seu quarto, está bem, Ryan?..Eu acho... Acho que é só isso. Ainda faltava alguma coisa. – Ah! – corri e sussurrei no ouvido de Vic: – Banheiro, terceira gaveta, não faça nada que contenha oral porque isso é nojento e não quero você me contando como uma fofoca normal amanhã de manhã. Victoria me olhou boquiaberta e olhos arregalados. As palavras fugiram, mas ela conseguiu dizer: – Tá bom... – Acho que é só isso – sorri para Ryan. – Tchau – eles disseram juntos, acenando. Sim, pois é. Meus dois melhores amigos vão se pegar daqui a uma ou 2 horas, e estão me expulsando do meu quarto. Não que eu não fosse sair. Eu olhei pra eles boquiaberta e fiz o meu melhor olhar de indignada. Mas depois lancei uma careta pra que eles tomassem juízo. Eu dei um beijo rápido na bochecha de ambos e saí, sem rumo... Pra qualquer lugar que a vida me levasse naquele momento [...]

Eu estava andando, tranquilamente.
Fazia uma noite um pouco fria e eu estava com os braços expostos. A lua estava brilhante lá em cima, e eu sentia que devia agradecer pela noite azul.
Eu coloquei meus fones a fim de deixar a noite mais bonita – com uma trilha sonora perfeita.
Eu senti uma mão cobrindo a minha boca e uma mão na minha cintura. Não era uma arma que eu sentia. Eram dedos urgentes. Eu não iria ser assaltada. Ser assaltada a essa altura seria um belo acontecimento pra compartilhar com meus pais pelo telefone. Eu sentia... Sentia medo. Eu senti que iria ser... – e, por favor, não me force a falar a palavra. 
Eu havia pensado o pior...

Fui levada até um beco. Uma rua abandonada.
Quando ele tirou a mão de minha boca...
– Por favor... Eu não tenho dinheiro agora, mas posso te dar meu... – pensei no meu celular, eu estava escutando música com ele. Me virei e fiquei de frente para o homem (ou garoto), tirando os fones e guardando-os.


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