Attempts. escrita por Duda Guedes


Capítulo 22
Capítulo 22




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No instante que olhei pra ele, que nossos olhares se encontraram, minhas pernas moveram-se de alguma forma, e eu caí da arvore. Assim que bati minha cabeça – e eu não senti dor alguma –, acordei. Um flash de visão me fez fechar o olho com força e ver que Justin estava ao meu lado e que cumpria a promessa: " Eu vou estar lá sempre se você precisar de mim". Abri os olhos.
*
Eu tinha acordado, e percebi que, inconsciente, procurava por ele. Mas... Ele não estava ao lado.
Eu tinha dormido o dia inteiro. Entre sonhos vazios e os que eu não lembrava, um só me fazia entorpecer: Eu vou tentar de novo – dissera ele.

Abri a janela. Observei a lua minguante – minha fase preferida – brilhando, bem lá, no alto e a chuva que descia e deixava uma "recompensa" das partes de mim que se foram – a esperança. Fiquei olhando por alguns minutos – talvez horas. Eu não me importei. Afinal, eu podia ficar ali. Pra sempre.
A chuva me trazia um ar bom. Um ar de esperanças. Um ar diferente a cada vez que eu o inspirava. O vento que batia em meu rosto tentava tirar tudo de minhas lembranças. Mas era inevitável: eu não conseguia. Ele , não saía de minha mente. A cada lufada de ar eu sentia que só faltava uma coisa para eu conseguir respirar direito, além do oxigênio – Justin. Eu recapitulei tudo, sem lágrimas, sem nenhum sentimento – a não ser o arrependimento, ou só o fato de eu estar conformada com o "não era pra dar certo" que martelava em meus pensamentos –, e fechei os olhos. 
– Vá... – pedi à ele de novo, baixinho. Aquilo foi só o que consegui dizer.

POUCAS SEMANAS DEPOIS

Eu estava péssima. 
Tinha faltado os 3 dias anteriores no estágio. Os dois dias anteriores a estes, não tiveram aula – algum acidente havia ocorrido dentro da escola, e acharam melhor nós ficarmos em "casa".
No primeiro dia, Erick tinha ido no meu quarto pra tratar daquele assunto. Ele entendeu bem e até disse que poderíamos ser amigos. Ele disse que estava ficando com uma garota, e eu já sabia quem era. O resto do dia foi monótono e passei assistindo TV, na cama.
No segundo dia, Ryan chegou depois do horário do estágio e perguntou pra mim o que havia acontecido por eu ter faltado. Eu expliquei tudo. Bem... Quase tudo. Mas ele soube que eu estava meio "balançada" por aquele alguém e esse "alguém" fez aquilo. Ele disse que iria tentar conversar com Justin. Mas eu disse que não queria, então Ryan resolveu não insistir. 
No terceiro dia, eu marquei uma consulta no psicólogo. Mas faltei à consulta também, até porque eu não entenderia nada do que ele dissesse – se ele dissesse alguma coisa. Eu estava passando um pouco mal e liguei pra Ryan, que em 10 minutos já estava no meu quarto. 
– Vamos assistir um filme. Não tenho nada pra fazer – reclamara ele, deitando na cama junto comigo. 
E assim fizemos.
Domingo. Estou sozinha. É aniversário da minha irmã – que está no Brasil, claro. E provavelmente estão fazendo uma festa pra ela. Ninguém faz 15 anos todo dia e ela merecia a festa. Eu sorri lembrando de seu sorriso. Aliás, lembrando de todos os sorrisos da minha vida: dos meus amigos, da minha família...
Não pensei duas vezes e peguei o telefone nas mãos.
(...)
Eu estava no computador, procurando alguma coisa de útil pra fazer. Até que recebo um e-mail. Era de Victoria – minha melhor amiga, do Brasil.
Adivinha? Estou indo te visitar! Pode dar pulinhos e decorar seu quarto de lilás porque eu estou chegando! Haha! Você ainda tem meu telefone, né? Então me liga porque eu quero que você me busque no aeroporto, ok? BEIJOS! :* " .
Dei uma risada. Sentei na cama e disquei o número.


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