Eles se separaram. A garota limpou a boca e me olhou com uma cara de "Eca, quem é essa garota?". Eu bufei baixinho pra ela e revirei os olhos. Olhei pra Justin. E esperei por respostas.
– Eu.. eu só.. Eu posso explicar... – gaguejou.
– Não. Você NÃO PODE. – fechei os olhos e suspirei. Dei alguns passos pra trás e sacudi a cabeça. Me virei e corri, mas não tão rápido.
Minha bolsa balançou – e eu havia esquecido dela, digamos que estava mais preocupada em chegar ao meu quarto, – e caiu. 
Algumas coisas caíram pra fora – sei lá como. Eu me agachei e recolhi tudo. 
Até que vi o bilhete dele, o último bilhete. O único que eu achava que importava: "Eu te amo". Me levantei e pisei, com todo o desprezo que pude ter por aquele papel. Me virei e fui embora.
Meu olho ardia e eu não consegui evitar que algumas lágrimas molhassem o meu rosto, enquanto corria de volta. Mas depois... Depois eu choraria muito mais. Mas não estava preocupada com isso. Eu estava mais preocupada com o "nós" que havia entre eu e ele. Talvez ele nunca existisse. Nem mesmo ontem. E eu acho que esse "nós" também não vai existir.

JUSTIN NARRANDO.

Se eu dissesse que estou me sentindo péssimo, estaria mentindo. Pois estou me sentindo bem pior do que isso, não consigo lhe descrever. 
Odeio ver garotas chorando – ou sofrendo -, ainda mais quando essa garota é Kate. A minha Kate. E dessa vez, não foi diferente.
Mais uma vez eu consegui estragar tudo. De novo.
Mas Kate tinha que – e devia – acreditar em mim.
Sabe, todos temos defeitos. E eu não sou tão diferente assim.
Por quê? Porque tive que a maldita idéia de aceitar o pedido daquela fã? Talvez simplesmente por eu querer agradar a todos? Eu não sei o que me deu... Eu procurei Kate no olhar e no beijo daquela garota. Talvez eu não pudesse ficar muito tempo longe de Kate, que ficava louco. Porque eu fiz aquilo? Por impulso? Por eu ainda ser um adolescente 'normal'? Bom, talvez isso também tivesse alguma coisa a ver com: "garotos não podem ver um rabo de saia" – e acredite, num momento como esse isso não soa engraçado. – Mas... enós? E como eu e Kate ficaríamos? Não, eu não pensei nisso naquele instante...
Entre tantos pensamentos em minha mente, um me fazia entorpecer: Eu faria tudo para que Kate acreditasse em mim e voltasse a ser minha. Ela não era mesmo, pelo menos não oficialmente – eu acho... – Mas eu queria que ela voltasse... Como ontem... E voltasse pra ser mais do que uma noite. Que voltasse pra ser todas as noites que eu ainda viveria.
Talvez nós nunca tenhamos sido apenas um só, por minha culpa. Talvez Kate tivesse trabalhado mais em nós, do que eu. Talvez nós nunca mais fossemos existir [...]

Se eu dissesse que estou me sentindo péssimo, estaria mentindo. Pois estou me sentindo bem pior do que isso, não consigo lhe descrever. 
Odeio ver garotas chorando – ou sofrendo -, ainda mais quando essa garota é Kate. A minha Kate. E dessa vez, não foi diferente.
Mais uma vez eu consegui estragar tudo. De novo.
Mas Kate tinha que – e devia – acreditar em mim.
Sabe, todos temos defeitos. E eu não sou tão diferente assim.
Por quê? Porque tive que a maldita idéia de aceitar o pedido daquela fã? Talvez simplesmente por eu querer agradar a todos? Eu não sei o que me deu... Eu procurei Kate no olhar e no beijo daquela garota. Talvez eu não pudesse ficar muito tempo longe de Kate, que ficava louco. Porque eu fiz aquilo? Por impulso? Por eu ainda ser um adolescente 'normal'? Bom, talvez isso também tivesse alguma coisa a ver com: "garotos não podem ver um rabo de saia" – e acredite, num momento como esse isso não soa engraçado. – Mas... enós? E como eu e Kate ficaríamos? Não, eu não pensei nisso naquele instante...
Entre tantos pensamentos em minha mente, um me fazia entorpecer: Eu faria tudo para que Kate acreditasse em mim e voltasse a ser minha. Ela não era mesmo, pelo menos não oficialmente – eu acho... – Mas eu queria que ela voltasse... Como ontem... E voltasse pra ser mais do que uma noite. Que voltasse pra ser todas as noites que eu ainda viveria.
Talvez nós nunca tenhamos sido apenas um só, por minha culpa. Talvez Kate tivesse trabalhado mais em nós, do que eu. Talvez nós nunca mais fossemos existir [...]
Eu precisava ir atrás dela, e era exatamente isso o que eu iria fazer.
As coisas não podiam terminar assim. Não agora.
Deixei a garota que tinha feito todo aquele estrago – sim, a fã – no beco. Não disse nada, apenas a olhei com um ar de reprovação, e fui atrás de Kate. Ao andar para trás, avistei um dos bilhetes que eu havia escrito: "Eu te amo", para ela, caído no chão.

Me ajoelhei para pega-lo, enquanto uma lágrima escorria em meu rosto. Como eu pude ser tão insensível a ponto de fazer isso?
Me levantei, com um pouco de dificuldade – as lágrimas incomodavam minha visão – e corri até o Hotel de Kate.
Cheguei. A recepcionista me olhou assustada, pois eu estava ofegante e suado.
Com um pouco de esforço, ela me deixou subir para o quarto de Kate.
Enfim, subi e encontrei a porta aberta. Kate devia estar tão angustiada e magoada comigo que mal pensou em fechá-la. A abri lentamente, para que ela não percebesse, e a imagem que eu tive não foi nada agradável [...]

Kate estava deitada em sua cama, chorando - sua maquiagem estava borrada e seus sapatos jogados no chão -, e eu me senti a pior pessoa do mundo, naquele momento.
- Kate... – Suspirei. Ela deve ter reconhecido minha voz, mesmo assim hesitou ao responder.
- Como você pode? Como você consegue fazer isso comigo? Com a gente...? – Ela disse, com sua voz fraca. Minha vontade era de me ajoelhar em sua frente e cair em seus braços.
- Me perdoa... – Ofeguei.
- Tão fácil assim, não é? – Ela disse irônica e virou-se, para me olhar. Seu olhar era frio, e me causou arrepios.
- Eu errei, eu sei. Mas... você tem que me ouvir. – Pedi.
- Não! Eu não tenho, e não quero ouvir você. – Ela aumentou seu tom de voz, me assustando. – Saia daqui, AGORA!

- Não Kate, isso não pode acabar! Não assim... – Supliquei. – Aquela garota era uma fã. Ela me pediu um beijo, eu não podia negar um pedido desses a uma fã – sim, Justin, você podia. Pensei, assim que as palavras saíram. – Você sabe como eu sou em relação a elas...
- Não, eu não sei. Por favor, saia daqui. – Ela levantou-se da cama e veio em minha direção com os punhos fechados. – Antes que eu faça o que eu estou com vontade de fazer desde o momento em que o vi com aquela garota, a sua “fã”. – Ela fez aspas com os dedos.
- Kate, não... – Eu disse, dando um passo para trás, enquanto Kate dava dois para frente.
- Eu. Odeio. Você. Justin. Bieber. – Ela disse pausadamente e começou a bater em meu peito. Ela chorava bastante. Ela estava sem forças. Ela me deixava com uma vontade incontrolável de querer beijá-la, até mesmo em um momento como esse.
- Eu te amo. – Falei, querendo que ela me perdoasse. Mas eu sabia... a palavra perdão, não existia no dicionário de Kate.
- Não, você não ama! – Ela discordou. Isso não era novidade pra mim. – Se me amasse, não teria feito isso... ainda mais depois de ontem. Depois de tudo. – Kate ainda me batia. Mas eu deixava, eu merecia aquilo.
- Ontem, significou tudo pra mim, Kate. – Respondi, segurando seus pulsos. – Você nem imagina o quanto.
- Oh, posso até imaginar. – falou, irônica, tentando se soltar.
- Você me fez descobrir o que é o amor. – Eu disse, tentando beijá-la. Não seria novidade se eu dissesse que ela desviou, seria?
- Eu tenho nojo de você! Ouviu? N-O-J-O. – Kate soletrou, me olhando com mais nojo ainda. – Nunca mais chegue perto de mim. Me esqueça, tá bom?!
- Não. – Suspirei. Desviei seu olhar do meu, que até então estavam fixos um no outro. – Eu não vou fazer isso. Eu não posso fazer isso. Seria como esquecer uma parte de mim...