Attempts. escrita por Duda Guedes


Capítulo 15
Capítulo 15




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- Por favor, o que? – eu disse, concentrada no livro.
Ele pulou em cima de mim do nada e jogou meu livro longe. Foi tão rápida e desesperada a atitude dele, que cheguei a me assustar e arregalar os olhos.
- Já chega – ele disse, me fitando. Segurou meus pulsos no alto – Agora.. você sabe que eu te amo. Você me ama? – ele perguntou, com um olhar sorridente e eu só balancei a cabeça afirmando. – Será que eu posso...? Ou você vai ter que ser obrigada? – ele sorriu malicioso, com cara de impaciente ao mesmo tempo.
- Uau, eu estou com tanto medo – eu disse, ainda irônica.
Ele começou a me beijar, loucamente (sim, imagine essa parte). Já estávamos só de roupas intímas. E eu não tinha percebido. Nossa... que...Uau, pensei. Rápido ele? Lógico que não, né?
- Não, por favor... Pára... Assim não vale... Você é mais forte que eu – minha voz estava um pouco trêmula e eu tentei rir. Ele ainda me segurava, deixando meus braços no alto. 
Ele só riu e me beijou de novo.
- GAROTO, PARA! – gritei, nervosa.
Ele me soltou imediatamente, os olhos arregalados e arrependidos.
- O que foi?
Eu ofegava.
"Massageei" meus pulsos, que estavam doloridos. Ele tinha apertado muito.
- Eu te machuquei? – ele disse, preocupado.

- Não, foi só... – ele me interrompeu.
- Me desculpa, eu não..! – ele disse.
E saiu de cima de mim. Sentou na ponta da cama.
Fui até ele. Beijei seu pescoço e dei uma leve mordida em sua orelha.
- Ei... Não foi nada... 
- Foi sim, eu te machuquei.
- Não – dei outro selinho no pescoço dele –, é sério. 
Ele não disse nada.
- Só... Só porque você pediu... Vamos... Você ainda não me mostrou o outro plano.
Ele riu. Virou-se pra mim e me beijou.
E ali começava a primeira noite. A primeira noite da minha vida. Com ele. A primeira noite, de muitas... Muitas tentativas futuras, para amar. Ou demonstrar o meu... O dele... O nosso amor.
– Sabe... Nessas duas... Ou foram 3?... Semanas, eu não parei de pensar em você – ele disse, romântico. Essa é a parte que todos falam "awn!" e eu tento não ficar surpresa pela primeira vez que alguém dissera isso pra mim e que fora verdade.
– Eu também – o informei.
– E você sabe o que isso quer dizer? – ele me fitou.
Balancei a cabeça, negando.
– Significa... Eu estou apaixonado – ele riu.
– Uau – eu disse, ninguém nunca falou isso pra mim... – E quem seria a garota sortuda por quem o Sr. Bieber se apaixonou? 
– É uma garota linda, brasileira... – ele dizia, como se descrevesse outra pessoa.
– Sério? – eu disse, como se estivesse interessada.
– É. Ela também é muito inteligente. Me deixa...louco. – ele fez movimentos com as mãos – Bom, talvez você já conheça ela.
– É. Qual o nome dela? – perguntei. Já acreditando que era outra garota, porque a forma que ele falava... Não sei, mas... Argh! Droga. Eu estava louca ou o quê?
– Você – ele sussurrou no meu ouvido, o que me fez arrepiar e me sentir importante, pelo menos pra alguém. Dei um riso trêmulo e abafado. – Ah, e, aliás... Seu namorado vai querer me matar – ele riu também.
– Que namorado? – eu disse. Mas lembrei de Erick, e do que eu lhe disse na boate.

– Aquele cara...
– Ah, ele pode esperar... – ri pra ele.
– Então... que bom – ele disse, sacudindo a cabeça.
"Sugeri" pra que continuássemos o que estávamos fazendo antes, e ele continuou a me beijar.
Era eu. Ele... me escolheu. Nós estávamos sorrindo um pro outro e dizendo que nos amávamos. Finalmente? Aleluia? Ainda bem? Obrigado, Deus? Não sei. Mas nós estávamos lá. E poderíamos estar pra sempre. Pra todo o sempre. Até a nossa tentativa de amar, valer a pena e não for em vão. Assim espero que seja. Pra mim. E pra ele.

(...)

Justin não parava de me beijar. Quero dizer... me beijar.
Eu estava nervosa. Ele estava me enrolando já fazia pelo menos 20 ou 25 minutos. Tudo bem, isso é o que eu acho. Ele, provavelmente, diria algo do tipo "estou apenas recuperando o tempo perdido". Mas a minha língua estava começando a ficar dormente. E isso não era agradável.
Talvez ele não entendesse que eu o queria. Talvez ele não soubesse que eu estava pronta pra fazer amor com ele, agora. Talvez, talvez.
Eu ia começar a protestar, quando o celular dele tocou – em cima da cabeceira.
Ele saiu de cima de mim e eu dei Graças a Deus.
– Alô?
Ele me olhou como quem espera uma resposta.
– Alô? – ele repetiu.
Justin finalmente olhou a tela do aparelho. Não era um telefonema. Era o alarme.
– Ah, droga.
– O que? – perguntei.
– Amanhã.
– Tudo bem, o que tem amanhã?


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