Attempts. escrita por Duda Guedes


Capítulo 14
Capítulo 14




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KATE NARRANDO
Me soltei de Erick. Precisava respirar.
- Então... Nós estamos...? – ele parecia confuso e ao mesmo tempo esperançoso.
Pensei um pouco. 
- Sim – eu disse -, nós estamos – sussurrei em seu ouvido, em inglês.
Percebi um sorriso. O abracei.
- Já volto – dei um beijo estalado em sua bochecha.
Fui até o bar e sim, eu iria ficar bêbada de novo.
[...]
Chegamos ao hotel. Erick me levou ao meu quarto. Foi me dar um selinho de despedida e eu roubei um beijo. Pulei nele e envolvi minhas pernas em sua cintura.
- Vamos ali... – eu disse, em meio ao beijo e apontei pra cama.
Estava bêbada. Louca. Não tinha noção do que falava ou fazia.
Continuamos nos beijando e ele fechou a porta.
Eu comecei a falar coisas sem sentido (e com certeza, muito tensas), e ele só sorria e me beijava.
Fiquei por cima dele e tirei sua camisa. Nos beijamos de novo. E quando eu ia tirar a calça dele...
- Não – um sussurro. Parei imediatamente. Pensei vir de Erick, mas abri os olhos e ele balançou a cabeça como se tivesse dito "não fui eu". Então, devagar virei meu rosto. E corei. Minhas bochechas queimaram e meu maxilar quase caiu de vergonha. 
Ele estava parado na porta, olhando. Com uma lágrima pronta pra cair.
Sentei na cama.
- Oq-que você está fazendo aqui? – eu disse.

Ele não respondeu.
Olhei pra Erick. Ele me sussurrou um "desculpa" e eu sussurrei um "não foi sua culpa". Ele se levantou, colocou a camisa e foi embora. Alguns minutos se passaram e o efeito do álcool foi totalmente embora.
Justin continuou lá, como uma estátua, olhando pra mim. Ele só limpava as lágrimas assim que elas começavam a cair.
- Eu... – minha respiração ficou rápida – Por quê?
- Eu... – ele disse, depois sussurrou, mas eu ouvi: - Eu te amo.
Fiquei sem reação.
- Você... O que? 
Ele sorriu, e no exato momento que ele abriu seu sorriso, uma lágrima cristalina caiu e molhou seus lábios. Ele fechou os olhos.
Me levantei e fui até ele. Delicadamente, toquei seu rosto. Sequei suas lágrimas. Senti seus lábios em minhas mãos. E sussurrei em seu ouvido:
- Eu também – sorri. Ele se arrepiou.

Não havia mais como negar. Não podíamos. Não conseguíamos. Depois de algumas semanas, nós não conseguíamos parar de pensar um no outro – e isso eu podia ver em seus olhos. Eu pensei que ele... Ele nunca iria olhar. Mas agora... Agora sentimos juntos. 
O que eu sinto agora? Você precisa de mim?... Meu coração deseja poder estar queimando com você... Todo o tempo ... – ele cantou no meu ouvido, enquanto passava a mão em meus cabelos.
- Que música é essa?
- Eu escrevi. Pra você. – ele sorriu.
- É mesmo? – eu disse.
Ele balançou a cabeça.
- Você não acha que temos coisas mais importantes pra fazer? Eu não quero conversar... – ele disse, revirando os olhos e me apertando mais contra si.
- Ah... Claro! Você tem shows amanhã? Eu tenho compromissos... Que pena. Vamos ter que ir dormir, certo? Então, até mais. – eu disse, irônica.
- Ah, é uma pena mesmo. Só porque eu tinha planos pra hoje... – ele disse, entrando no jogo.
- Quais planos?
- Esses. – ele me beijou.
Fechou a porta com uma mão e a trancou. Andamos até o meio do quarto.
Paramos o beijo com selinhos.
- Só esse plano? Ahn, acho que você não está pensando direito... – eu disse, ainda irônica.
- Ah, e é sua culpa.        
- Minha culpa? – fingi parecer indignada.
Ele balançou a cabeça, afirmando.
- Quem disse isso? – perguntei.
- Ninguém – ele respondeu – Ah, tive outro plano.
- E eu posso saber qual é?
- Esse. – ele me levou correndo pra cama e me beijou.
- Eu disse que não podia repetir o mesmo plano. – eu disse.
- Não, você não disse. – ele disse, em meio a outro beijo, rindo.
- Tudo bem, tudo bem... Você venceu – me rendi, também rindo.
- Eu sempre venço – ele disse no meu ouvido.
Eu ri mais alto.

- Ah, sério? 
Ele afirmou.
- Talvez não, hein...
Ele sorria em cima de mim.
Consegui me conter um pouco. Ele também. 
Eu coloquei minhas mãos em seu peito e o empurrei de leve, como se precisasse fazer alguma coisa. Me sentei na cama, saindo de seus braços. Ele deitou do meu lado e eu sabia o que ele estava pensando: que eu iria no banheiro fazer alguma coisa.
Peguei um livro, em português, na minha mesinha de cabeceira, e comecei a ler donde tinha parado. Me cobri com o lençol. 
Ele agarrou minha cintura de lado.
- Ah não, por favor... Não faz isso comigo – ele implorou.
- O que? Eu não estou fazendo nada – continuei a ler o livro.
Ele chegou perto do meu braço e beijou-o. Depois me beijou até o ombro, depois até meu pescoço.
Por favor... – ele choramingou. 
- Por favor, o que? – eu disse, concentrada no livro.


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