My Fairytale - Jakeness escrita por Mandy


Capítulo 10
10 – NOS ENTENDEMOS


Notas iniciais do capítulo

Oooi, gente! Sentiram minha falta? =D



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– Por que vocês não vão para a floresta, Nessie? Você precisa caçar. E não fique longe de Jake. – meu pai disse calmamente, sem tirar os olhos da tela, mas lançando um olhar ameaçador para o jogo – mas que obviamente era pra mim – do tipo "Você entendeu muito bem o jeito que é para ficar perto de Jacob. Não abuse da sorte."

Minha mãe queria protestar, mas preferiu não falar nada. Tia Rosalie bufou e o resto da sala ficou em completo silêncio.

– O que você quer, Jake?

– Vem comigo. – Ele disse se desencostando da parede, mas esperando que eu chegasse mais perto dele como se pra ter certeza de que eu iria segui-lo para fora de casa.

Quando estávamos dentro o suficiente da floresta para que ninguém nos ouvisse, ele se encostou em uma árvore e ficou olhando para o céu, respirando fundo, como se pensasse no que falar; o que me deu tempo suficiente para me perder olhando o homem lindo que estava na minha frente.

Jake sempre fora muito bonito. Lindo, melhor dizendo. Mas desde quando eu fui embora, parecia que ele estava bem mais forte e musculoso. Não sei se era apenas a falta que eu tinha sentido dele ou se ele realmente havia mudado, – Provavelmente um pouco das duas alternativas – mas ele estava diferente. Não apenas fisicamente. Seus passos estavam silenciosos; seus movimentos mais leves, mais firmes. Ele estava menos "esquentado", como se medisse as conseqüências de todas as suas ações, como se pensasse antes de agir. Realmente ele estava irresistível.

Ele fechou os olhos, respirou fundo mais uma vez e olhou pro chão. Parei de olhá-lo antes que ele percebesse e perguntei sarcástica:

– Já acabou sua ronda, Jacob?

– Se você esteve com Seth, deve saber que Leah foi embora quando você saiu correndo e que eu estava indo te procurar, e então não teve ronda nenhuma.

– Como você não esteve com Seth, não sabe que eu não pretendia falar contigo tão cedo, então, fale logo o que você quer.

– Ness, para! Você sabe que eu precisava fazer a ronda, ainda mais depois daquele ataque invisível, que até agora eu não entendi o que foi, e mesmo assim não a fiz!

– A Leah também acha isso?

– Ness, você... Você está com ciúme? – perguntou ele com um brilho nos olhos, como se fosse isso que ele esperava ouvir há muito tempo. Sua fisionomia mudou de um Jacob impaciente e cansado de tentar explicar a mesma coisa para um Jacob meio surpreso e feliz, com um sorrisinho alegre e debochado no rosto.

– Ciúmes? Eu não! Você não é nada meu! Não tenho motivos pra isso – Disse, mas logo me arrependi. Jake me lançou um olhar do tipo: "nossa, achei que você tinha mais consideração pela nossa amizade." – Quer dizer, você é meu melhor amigo, Jake.

Ele deu um sorriso fraco, que não chegava aos seus olhos, desencostou da árvore, vindo em minha direção, e me abraçou forte. Mais forte do que hoje de manhã.

– Ness, nunca mais saia correndo daquele jeito. Eu achei que iria te perder pra sempre! E mesmo sendo seu melhor amigo eu não agüentaria te perder. – Jake começou a chorar e eu me assustei. Nunca havia visto Jake chorando.

– Jake, não chora. Você sabe que eu não consigo te odiar por muito tempo. Nem se eu quisesse, eu conseguiria. – Falei. As lágrimas começando a escorrer pelo meu rosto, mas Jake as secou antes que elas chegassem no fim do meu rosto.

– Entenda que aquilo era pra sua própria segurança. Eu não me perdoaria nunca se acontecesse algo com você, sabendo que eu tinha a chance de pelo menos tentar pegar aquela coisa e não tentei.

– Seth tentou me dizer isso...

– E você devia tê-lo escutado. O que você pensou naquela hora?

Encostei em seu braço e passei a ele tudo o que eu havia sentido de manhã, desde a sensação de ter sido trocada pela Leah, até a minha conversa com Seth. Jake não gostou muito de quando eu pedi para Seth passar a tarde comigo e me interrompeu na hora:

– Eu não posso fazer ronda com a Leah, mesmo que seja para seu próprio bem, mas você pode ficar com o Seth a tarde toda. Hú, muito justo.

– Jake, pare com esse ciúme bobo. Seth é meu amigo.

– Ness, pare com esse ciúme bobo, Leah foi apenas fazer ronda comigo.

– Eu não viajei com a Leah.

– Como você sabe que eu... Ah, Seth, você está morto! – ele disse. Os punhos fechados com a raiva. Ele tentava controlar ao máximo a respiração.

– Ei, não é culpa dele!

– Pare de defendê-lo o tempo todo! Parece que está apaixonada por ele!

– E se eu estivesse, Jacob?

Jake me olhou com dor. Como se o que eu disse o tivesse machucado mais do que qualquer outra coisa.

– Jake... – Falei tentando passar minha mão em seu rosto, mas ele se afastou.

– Não, Renesmee. Vá ficar com o Seth. – Ele disse e saiu correndo. Tentei o seguir, mas no meio do caminho fui levantada a 6m do chão, como da primeira vez, na floresta com meus pais.

– JAKE! – Eu gritei e depois não vi mais nada. Desmaiei.


**

Acordei numa sala branca que eu reconheci ser um hospital. Provavelmente o hospital em que Carlisle estava trabalhando.

– Minha mãe estava sentada em uma cadeira ao meu lado, segurando minha mão, e Jake estava sentado em um sofá no canto da sala, parecendo estar dormindo.

– M-mãe? – A chamei com a voz meio grogue.

– Ness? Ah, graças a Deus você está bem! Ficamos tão preocupadas, filha...

– Jake está...

– Está dormindo. Ele nunca sai daqui. A cena me parece estranhamente familiar. – Minha mãe disse rindo.

– Há quanto tempo eu estou aqui?

– Faz dois dias que você está desmaiada.

– Mas o que aconteceu?

– Você estava na floresta com Jake e... – Não queria lembrar que nós tínhamos brigado, mas fiquei quieta. Minha mãe continuou - Então ele disse que você tinha levitado há 6 metros do chão, como naquela vez em que eu, você e seu pai estávamos caçando, lembra? – assenti com a cabeça e ela continuou: - então ele voltou correndo quando te ouviu gritar, mas você já havia caído no chão. Ele te pegou e a levou direto pra casa. Carlisle tinha acabado de chegar do hospital e voltou correndo com você pra cá. Você quebrou três costelas e o braço direito.

Olhei meu braço e estava engessado.

– Droga, vai demorar muito pra eu tirar isso?

– Você se cura rápido. Carlisle disse que no máximo em dois dias, você já pode tirar.

– Hum... E cadê meu pai?

– Está na floresta, com Emmett e Jasper.

– Ahn... Ele não está... Furioso com Jacob por ter me deixado sozinha, não é?

– "Furioso" não seria a palavra correta. Agora, ele só está com um pouco de raiva. Vai passar logo.

– Mas não foi culpa dele, eu fui quem disse... que...

– Disse...

– Mãe, Jake... Não gosta de mim, não é? Quero dizer, ele é só meu amigo, não é? – perguntei. Nada me tirava da cabeça que ele não devia ter tido aquela reação quando insinuei que eu estava apaixonada por Seth. Se ele é só meu amigo, ele não deveria sentir ciúmes de mim. Eu acho.

– Jake... – Minha mãe respirou fundo e disse: - Jake sempre vai querer o melhor pra você, Nessie. Ele vai ser seu amigo até quando você não quiser que ele seja.

– Eu nunca vou querer isso. – Falei rápido. A ideia de um dia não ter Jake por perto era mais dolorosa do que qualquer outra coisa.

– Então ele sempre será seu amigo.

Ficamos em silêncio por um tempo até que ouvimos Jake dizer um "Bom dia".

– Bom dia, Jake. – Minha mãe respondeu, se levantando. – Bom, vou deixar vocês dois conversarem. Vou procurar Alice e Rosalie e dizer ao seu avô que você já acordou.

Ela me deu um beijo na testa e um beijo na bochecha de Jake e foi embora.

– Como se sente? – Ele perguntou se sentando na cadeira onde minha mãe estava e segurou minha mão. Foi como se uma corrente elétrica passasse pela minha mão e fosse se espalhando pelo corpo todo. O aparelho que marcava meus batimentos começou a apitar mais fortemente. Céus, isso vai ser constrangedor.

– Estou bem. Só... Queria saber o que essa coisa invisível que me ataca o tempo todo.

– Eu e o resto dos lobos vamos continuar fazendo rondas em La Push e os seus tios também. Você não vai poder ir mais à floresta sozinha. Vamos descobrir o que é essa coisa.

– Ah.

O silêncio se arrastou entre nós por alguns minutos, que para mim, mais pareciam horas.

– Hum... Jake?

– Sim?

– Meu pai... Não ficou com muita raiva de você, não foi?

– Ora, Nessie.. Edward é o Edward. Ele disse que eu fui irresponsável por ter te deixado um segundo sozinha na floresta, e eu disse que se não fosse eu estar perto, o estrago poderia ter sido maior. – Estremeci. Ele continuou: - Então ele disse "Mas se não fosse você ter ficado com raiva e saído correndo, ela talvez não estivesse no hospital agora" – Ele falou numa imitação horrível de meu pai. Rimos juntos por um bom tempo, até que o silêncio se instalou no quatro de novo. Era como se estivéssemos com medo de dizer algo errado. Quebrei o silencio novamente:

– Jake, o que aconteceu enquanto eu estive inconsciente?

– Nada de interessante. Sua mãe ficou aqui e saiu daqui pra caçar umas duas vezes. Seu pai esteve aqui também. Acho que saiu umas três vezes pra caçar só. Acho que o cheiro de sangue os obrigava a ir caçar quase o tempo todo. Seus tios vieram algumas vezes te ver também. Rosalie quis arrancar meu pescoço varias vezes. Seth também veio aqui nos dois dias. Vinha e perguntava se você já tinha tido alguma melhora e coisa do gênero. Parecia preocupado. – Ele disse, parecendo contrariado.

– E você, Jake? Há quanto tempo está aqui?

– Desde que Carlisle te trouxe pra cá. – Mais uma vez o monitor cardíaco do meu lado começou a fazer mais barulho.

– Jake, isso é loucura! Quer dizer, você precisa comer, precisa descansar, ir ver Billy, fazer as rondas, e olha essas olheiras! Você precisa dormir direito e...

– Shiiu, Ness... – Ele disse colocando um dedo na frente da minha boca em sinal pra eu me calar.

– Primeiro: Billy não é uma criança, Nessie. Ele sabe se virar sozinho. Segundo: Estou bem, não preciso dormir. Terceiro: Os outros estão fazendo as rondas. Eu tenho coisas mais importantes com o que me preocupar. – Ele disse se aproximando mais de mim.

– Como o que, por exemplo? – perguntei num sussurro. O monitor cardíaco apitava freneticamente e eu teria que explicar isso às enfermeiras depois. Mas isso não importava. Nada mais importava. Até que Carlisle chegou no quarto, nos assustando.

– Oh, desculpe, não queria incomodar vocês. – Ele disse sorrindo e fazendo menção de sair de novo.

– Não! Quer dizer, não está incomodando. Eu e Jake estávamos só conversando.

– Sim. Como amigos. – Jake disse abrindo um sorriso no fim da frase tentando convence-lo.

Jacob ia mesmo me beijar?

– Bom, nesse caso, vou olhar os aparelhos e sua ficha e se estiver tudo bem, você pode ir pra casa agora mesmo.

Carlisle checou a prancheta na frente da cama, mediu minha pressão e finalmente foi olhar o monitor cardíaco. Por favor, não faça nenhum comentário. Por favor, por favor, por favor!– Eu repetia mentalmente.

– Nessie, tem uma mudança significativa aqui nos seus batimentos car... – Ele começou a dizer, mas se interrompeu quando viu meu rosto extremamente corado e Jake tentando esconder o que seria um sorriso presunçoso. – Muito bem, não há nada de errado. Já esta de alta.

Troquei de roupa o mais rápido possível, no banheiro do quarto, e fui falar com Carlisle que estava saindo:

– Vovô?

– Sim, Nessie?

– Será que você poderia... Hum... Não comentar nada sobre o acidente com o Monitor Cardíaco com meu pai?



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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações?
Beeijos ;**



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