Can You Give Me Some Chocolate?

            Teddy Lupin estava sentado em uma cadeira na cozinha dos Weasleys.

            O garoto olhava o chocolate na panela. Era páscoa e Teddy esperava ansiosamente que seu chocolate ficasse pronto.

            Entretanto, diferente de seus “primos”, ele não esperava seu chocolate para que pude-se come-lo. Não, não, não. O garoto de apenas 10 anos, de olhos e cabelos azuis e sem pais esperava seu chocolate para que ele pude-se dá-lo. Mas ele não iria dar seu ovo para qualquer um. Ele iria dar para ela. E ela amava chocolate. Disso o garoto tinha certeza.

            -Querido, por que não vai brincar com seus primos? Quando o chocolate estiver pronto eu lhe chamo está bem? –disse Molly Weasley.

            O garoto desceu da cadeira onde estava sentado e foi em direção aos jardins d’A Toca.

            Chegando aos jardins, no entanto, ele viu uma pequena garotinha de 8 anos a brincar feliz em cima da árvore.

            -Teddy! –disse Victoire assim que o viu.

            Teddy então foi correndo brincar com a “prima” e lá passaram a tarde inteira até Molly Weasley gritar da cozinha:

            -Crianças! O chocolate está pronto!

            E então todos entraram na casa.

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            O menino de cabelos azuis estava novamente sentado, mas desta vez no sofá da sala da casa dos Weasleys. Ele estava indeciso. Dar ou não dar? Ele tinha medo de passar vergonha. Mas queria mostrar a ela o quanto ele iria sentir falta da mesma quando fosse para Hogwarts no ano seguinte.

            Novamente. Dar ou não dar?

            Teddy olhava fixamente para Victoire. O garoto nem se quer piscava. Estava igual uma criança trouxa em frente à televisão. E então aconteceu.

            Como se soubesse que alguém a olhava Victoire olhou em sua direção e seus olhares se encontraram.

            Tomando coragem o jovem Lupin se levantou e caminhou em direção a pequena Weasley.

            E quando ele já estava perto dela ele disse:

            -Para você. –e estendeu o chocolate para ela.

            Victoire se levantou do sofá e, ficando nas pontinhas dos pés, beijou-lhe o rosto dizendo:

            -Obrigada, Teddy.

            E então o garoto sorriu.

            Sorriu por saber que tinha feito a coisa certa e que ele nunca passaria vergonha. Não com Victoire.

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7 anos depois

            Aquele mesmo garotinho estava sentado no sofá do Salão Comunal da Grifinória. Agora, porém, ele estava com traços de homem, mas, mesmo com seus 17 anos, o jovem Lupin insistia em continuar com os cabelos azuis.

E, novamente, ele insistia em ficar nervoso.

O garoto tinha em suas mãos um pequeno ovo de páscoa.

E novamente observava a garota loira de olhos azuis como um trouxa encara a televisão.

Dar ou não dar?

E essa pergunta se repete em sua cabeça.

E de novo o medo. Medo de passar vergonha.

Mas por outro lado ele queria mostrar que iria sentir a falta da garota quando esta voltasse para Hogwarts no ano seguinte.

E como se a sensação de déjà vu já não fosse grande a jovem Weasley olha na direção de Teddy ou Ted como ele preferia ser chamado com a alegação de que já estava velho demais para ser chamado pelo nome: Teddy.

Bem... Não preciso nem dizer que mais uma vez o olhar de ambos se encontraram.

E ele se levantou... Assim como fez anos atrás.

Chegou perto dela e disse:

—Para você.

Ela se levantou.

Ficou na ponta dos pés.

Mas ao contrario de sete anos atrás...

Ela não beijou-lhe o rosto...

Ao invés disso...

Ela beijou-lhe os lábios.

—Obrigada, Teddy. –disse Victoire para logo depois voltar a beijá-lo.

E ele sorriu.

Mas desta vez ele não sorriu por saber que tinha feito a coisa certa e que ele nunca passaria vergonha.

Pelo menos não só por isso.

Ele sorriu também por saber que a garota que ele amava também o amava.

Que ela sempre seria dele.

E assim foi.

Eles começaram a namorar.

E essa cena se repetiu por todos os anos até que a morte finalmente os separasse.

Ou não.

Talvez a morte não tenha os separado.

Não para sempre.

Talvez a morte tenha os separado só por tempo suficiente para que eles sentissem saudade.

Para logo depois se re-encontrarem.

E Teddy teve motivos para sorrir.

Durante toda sua vida.

Durante toda sua vida com Victoire.

FIM