Sweet Strange escrita por Juu_Kaulitz


Capítulo 12
Capítulo 12 - Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Hihi, como prometido, aqui está o capítulo na quarta! Bem, a liiiinda da Anicaamora que me ajudou a escrever esse capítulo (que honra *-*), na verdade, quem escreveu ele praticamente inteiro foi ela, eu só acrescentei algumas coisas...Muito bem, espero que gostem!



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    Depois de sussurrar aquelas palavras no meu ouvido, eu fechei os olhos por alguns segundos. Era bom sentir aquela respiração quente e suave perto de mim. Então sorri, e dei um beijo longo em sua bochecha. E respondi:



    - Com certeza esperarei.



    Aria sorriu para nós, e me puxou pelo braço. Essa garota era totalmente maluca e imprevisível.



    - Vocês ficam fofos juntos! Muito fofos! E ele vai te ver essa noite, mesmo com você de castigo. Como num lindo conto de fadas, Anna! Não é mágico? - Aria falou, enquanto rodopiava em volta de mim.



    - Aria, sinceramente, não acho que Bill fará algo. Acho que ele só diz isso para mostrar que se importa, ou sei lá. Meninos são estranhos, você sabe. - eu falei, enquanto mexia no cabelo.



    - E como são. - ela respondeu rindo.



    Aria era muito bonita, para estar solteira. Tinha cabelos loiros, olhos verdes, e um corpo de dar inveja a qualquer garota. Além disso, era muito simpática, engraçada e divertida. Eu não entendia o motivo dela estar sozinha. Ah, na verdade, entendia sim, o tal Gustav, era tão claro que os dois ainda se amavam. O grande problema era que Aria é muito orgulhosa, não é do tipo que pede perdão fácil. E Gustav também aparenta ser assim. Mas, qual o motivo deles estarem separados? Acho que todos sabem, menos eu. Se bem que ela não abre a boca para falar nada relacionado a isso, mas eu sou amiga dela, e ela precisa confiar em mim.




    Eu já estava começando a ficar impaciente. Todo aquele segredo, todo aquele mistério envolto do relacionamento "falido" do Gustav e da Aria.



    - Me conta o porquê de você e Gustav terem terminado! - implorei. - por favor.



    Ela revirou os olhos e apertou mais os braços envoltos de si.



    - Não. Anna, eu não gosto de falar sobre isso. Por favor, respeita. - finalizou.



    Bufei me dando por vencida e jogando meu corpo contra o banco de madeira onde estava sentada anteriormente.



    O sinal soou alto e Aria foi a primeira a se levantar e caminhar em direção aos portões centrais do colégio. E eu rapidamente me pus ao seu lado.



    - Me desculpa querida, não queria te pressionar. - sussurrei, envergonhada.



    Ela sorriu de canto.



    - Não é o tipo de assunto que me deixa confortável, e, por favor, me desculpe você. É bobeira infantil. Você é minha melhor amiga e eu não deveria te esconder. Mas... Eu não sei. Eu bloqueio, dá erro.



    Tudo aquilo me soou tão depressivo. Mas não deu pra ignorar. "Melhor amiga" era a primeira vez que alguém empregava aquela definição a minha pessoa.



    Nunca conheci ninguém tão adorável como a Aria, e na verdade era uma honra tê-la como amiga. E o principal: ganhar sua admiração e sua amizade.



    - Oh amiga. - a abracei por trás. - sem problemas. Eu que fui uma besta e não respeitei o seu espaço. Pode relaxar, quando você quiser contar, eu vou estar preparada.



    Ela riu e acertou um beijo na minha testa, me deu seu braço e caminhamos até a sala pra última aula do dia: técnicas de redação.
   


    Eu sempre fui boa nessa matéria, alias eu e Aria.



    Terminamos nossa redação com rapidez e eficiência recebendo os cumprimentos do professor.



    - Podem ir mais cedo. É sexta feira e vida de estudante é difícil! - disse o professor animado.



    Entreolhamos-nos por alguns segundos e agradecemos ao professor, arrumando os materiais mais do que rapidamente.



    Lancei um olhar na direção de Bill que me fitou um tanto confuso. Dei-lhe as costas e caminhei junto a Aria até a portaria onde o porteiro nos olhou um tanto desconfiado, mas não impediu nossa saída.



    - Vou passar o fim de semana em Berlim. - avisou Aria sorridente. - Volto no domingo. Te ligo antes de ir pro aeroporto.



    Ela beijou minha bochecha e saiu andando na direção contrária ao meu destino.



    Chegando em casa não restava muita coisa ser feita. Eu já tinha feito o dever de casa acumulado e bom, nada agrada mais um professor do que uma aluna responsável. Por isso não teve dever hoje.



    Tudo o que eu tinha vontade de fazer era ler. Ler e ler.



    No meu quarto, apanhei um livro de dentro da caixa de papelão velha que estava encostada no canto do meu quarto novo e decidi a escada rapidamente. Peguei uma maçã esverdeada e meu mp3, decidida a me sentar debaixo de uma árvore frondosa no jardim. O bom de morar em uma casa grande é que a possibilidade de ter árvores é bem maior do que nos conjugados do Brasil.



    Não que eu reclamasse da minha casa de antigamente, eu nasci ali.



    Mas aquele lugar me fazia bem. Fazia com que eu me sentisse verdadeiramente em casa. Como eu jamais havia me sentindo antes em qualquer outro lugar.



    Dei uma mordida na maçã e avancei no capítulo do livro onde havia parado antes.



    Perdi a noção do tempo lendo aquele livro, um romance misterioso que me instigou no inicio ao fim. Eu não tinha errado na escolha.
Cada um tem um jeito de interpretar a vida, um jeito de interpretar os sinais.



    E embora a protagonista não enxergasse a verdade que estava frente aos seus olhos por pura inocência ela mantinha... Certa doçura. Uma coisa que cobria toda a sua idiotice. E o garoto, tão presente e tão invisível. Apaixonante.   



    O fim me deu a ideia de ser um "eterno recomeço". Um tipo de dúvida no ar... Quero continuação desse livro.



    Abandonei os devaneios e deixei as sementes da maçã enterradas na terra. Levantei-me e caminhei até minha casa novamente. Maria estava colocando os pratos na mesa.



    - Seus pais ligaram, só chegam às onze. Então, vai ter que comer sozinha. - murmurou tristonha.



    Sorri de canto.



    - Come comigo, poxa. - pedi baixinho.



    Ela sorriu e assentiu.



    Subi até o meu quarto com o objetivo de tomar um banho rápido e descer pro jantar; meu celular tocou naquele momento e eu mexi na minha bolsa até encontrá-lo.



    - Fala Aria. - murmurei jogando minha mochila no canto onde ela se encontrava.



    - Estou indo pra Berlim... - respondeu do outro lado da linha. - Vai sentir minha falta?



    Revirei os olhos.



    - Você sabe que sim.



    Ela riu.



    - Ok, não foi convincente. E trago alguma coisinha de lá. Beijo, tenho que ir. Meu pai está pirando. - finalizou, desligando por fim.



    Desliguei também e joguei o celular na cama. Pronta pra me enfiar debaixo da água quentinha e esquecer os problemas por quinze minutos no mínimo. Alias, por trinta e cinco. Minha vida é difícil, ora.



    Naqueles poucos minutos, me vi confrontada com a realidade. Todo o surrealismo daquela semana me fazia ficar tonta. E eu estava tão confusa e mareada que mal conseguia reagir. Foi tudo tão irreal...



    Talvez aquele fim de semana me fizesse colocar a cabeça no lugar por cinco segundos e parar de enlouquecer.



    Chega de Bill, chega de escola.



    E para colocar em prática o meu plano, eu ficaria a noite toda assistindo qualquer besteira na televisão. E dormiria até às cinco da tarde, amanhã. Pronto, decidido.



    Desliguei o chuveiro, caminhando lentamente pelo carpete de madeira até a soleira da porta. Abandonei a toalha molhada no chão e vesti meu moletom velho do avegend sevenfold e um jeans escuro. Calcei meus tênis e desci as escadas em direção à mesa de jantar.



    Maria terminava de arrumar os filés de carne branca na assadeira e adicionar sal a salada.



    Sentei-me a mesa servindo-me da quantidade necessária de cada delícia que estava presente na mesa e conversando com Maria. Ví o tempo passar rapidamente.
   


    Ajudei minha empregada a colocar os pratos na cozinha e subi até o meu quarto com alguns boxes de seriados que pertenciam ao meu pai.



    Liguei a televisão e caminhei até o lavabo a fim de escovar meus dentes e começar logo a assistir, antes que o sono e o cansaço me levassem para a cama.



    Até que aquela pasta de dente tinha um gosto bom. Meio estranho, mas bom.



    Senhor, até que ponto eu cheguei... Falando de pasta de dente.



    Balancei a cabeça negativamente e cuspi o fruto da fricção da pasta com os dentes direto no ralo. Apanhando uma boa dose de água e gargarejando fundo.



    Quando já ia me espreguiçar uma pedra atingiu o vidro da minha janela fazendo com que eu soltasse um grito involuntário.



    Maria percebeu.



    - Anna, está tudo bem aí em cima? - gritou.



    - Aham! - devolvi aos berros.



    Abri a janela vagarosamente e uma pedra quase atingiu o meu nariz.



    - Bill seu cretino! - gritei acariciando meu nariz de leve. - O que faz aqui, nesse horário?



    Ele se controlou pra não gargalhar diante da minha insatisfação.



    - Eu falei que você não me escapava. Agora desce logo marrentinha, ou a sua empregada vai ter um enfarto pensando que eu estou te sequestrando. - falou equilibrando sua voz entre o murmúrio e o normal tom alto.



    - Estou de castigo, idiota. Se meus pais não me encontram por aqui, fico presa no meu quarto pelo resto da vida!



    - Dane-se! O que importa é hoje, e nada mais! Desça logo.



    Foi impossível recusar esse pedido de Bill Kaulitz. Ele estava especialmente sedutor e sexy aquela noite. Não me aguentei. Olhei para os lados, mas antes de descer, tranquei a porta do meu quarto, e coloquei o volume da tv no mais baixo e suave o possível.



    Com cuidado comecei a andar pelas beiradas do telhado até uma árvore bem alta e retorcida que deixava seus galhos apoiados na latrina.



    Graças as minhas habilidades de "gato ninja", eu finalmente consegui descer sem me machucar.



    - Estou impressionado. Você desce e sobe árvores, agora?- indagou o Kaulitz.



    - Faço coisas que você nem imagina. - sussurrei maliciosa. - mas agora eu que vou te apressar, diga-me o que de tão importante você quer fazer comigo.



    Ele riu e me beijou lascivamente.



    - Estou te sequestrando, docinho.



    - Como assim? - eu perguntei, rindo.



    -Você vai ver... - finalizou, puxando-me em direção ao seu Audi preto, quase oculto pela escuridão.


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Notas finais do capítulo

Ah, esse capítulo ficou ENORME não é? Bem, deixem seus reviews falando o que acharam do capítulo, e até o próximo!