Sunset escrita por Gragra


Capítulo 6
5. Sofrer, verbo de nossa vida.


Notas iniciais do capítulo

Oie...Perdão pela demora da postagem... Mil desculpas mesmo!!!Sexta eu fiquei depressiva - muito mesmo - e sábado fiquei quase que o dia inteiro fora... Devo ter ficado no pc só uma hora, então... desculpa mesmo!!!A hist, continuará sendo postada de sexta-feira, não se preocupem. Ah, tem aviso importante nas notas finais.



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5. Sofrer, verbo de nossa vida.


— Nos diga, Alice. - pediu Jasper novamente com a voz baixa.

A baixinha Alice focou seus olhos dourados nos dele, mas depois os desviou para Jane e Nessie.

Sim, realmente, coisa boa não era.

— Diga, Alice. - disse Edward do outro lado da sala.

Todos os rostos viraram para o fitarem. Sua expressão era firme e dura. Só vi essa expressão em seu rosto angelical quando Alice teve aquela outra visão, que desencadeou tudo o que estávamos vivendo agora.

— Fale logo. - pediu mamãe.

Alice foi até ela e passou os braços sobre seus ombros caídos e a levou para o branco sofá de Esme.

— Nessie... Eu vi... - ela fez uma pausa. - Eu vi Raphael.

Gelei. O que ela tinha visto? Será que tinha visto meu irmão morrer, sendo morto por algum dos Volturi ou...

Minha mente formou mil possibilidades, mas eu não queria pensar que algo tinha acontecido com meu irmão gêmeo... Eu ia morrer se realmente tivesse acontecido alguma coisa...

— Fale logo o resto, Alice! - gritei em desespero.

Seus olhos dourados se voltaram para mim.

— Se acalme! Ele não está... Bem, você sabe. Ele está bem. - soltei um suspiro com aquela fala dela. - Mas, está mudado.

Arquei uma sobrancelha.

— O que quer dizer com mudado? - perguntou Jane se apoiando em Alec.

— Quero dizer que ele está assumindo o trono Volturi.

Estaquei com aquelas palavras.

Raphael, meu irmão... Meu gêmeo estava do lado deles? E ainda por cima como novo rei?

Eu não podia acreditar no que meus ouvidos ouviam agora.

— Não pode ser. - sussurrei.

— Malditos sanguessugas! - gritou papai.

— O quê? - perguntou mamãe. - Não... Não é verdade. Ele nunca nos trairia...

— Nunca diga nunca. - falou Alec.

Olhei para ele e tentei acalmar meu coração, mas minha visão ficou detida em Jane.

Seu rosto ficou mais pálido do que de costume, mas nenhuma lágrima tentava escapar.

Sua expressão ficou mais severa, com a boca selada e sua respiração um pouco mais ofegante. Mas só.

— Ele nos trocou. - falou em um sussurro.

Mamãe que se diluía em lágrimas tentou visualizar seu rosto.

— Não... Ele foi obrigado... - tentou dizer em prol do filho.

— Se ele nos amassa, Chelsea nunca teria conseguido desfazer nossos laços. Ela pode fazer isso em clãs, mas não em famílias.

Jane estava certa. Muito certa.

Senti o chão se aproximar de meu rosto.

— Sophie! - ouvi o grito de Alec, mas minha mente já estava longe.

Estava tentando me ausentar de todo o sofrimento e dor que agora se instalavam em meu coração.


Mãos frias em meu rosto acabaram me trazendo de volta, despertando-me. Eu achava que não tinha ficado muito tempo desmaiada, mas ainda assim todos deveriam estar preocupados.

Muito mais quem agora estava me tocando. Pelo cheiro adocicado de vinho e mel, era Alec o dono dessas mãos.

Abri meus olhos para fitar os seus carmesins.

Ele não mais matava pessoas, mas também não deixava de tomar-lhes o sangue.

Jane e Alec agora tomavam uma pequena quantidade de duas ou três pessoas todos os dias.

Ainda que não matassem, eu achava errado largar o humano inconsciente no chão e sair andando, mas era a única opção.

— Sophie? - sua voz melodiosa estava preocupada agora. - Você está bem, meu amor?

Eu estava um pouco confusa e profundamente magoada com meu irmão, então mentalmente, a resposta era não. Mas, se Alec referia-se ao meu estado físico, a resposta erra sim.

— Acho que sim. - respondi com a voz fraca.

Alec me ajudou a ficar de pé.

Olhei em volta. Todos os rostos de minha família demonstravam preocupação, tanto comigo quando com Raphael.

Olhei para o rosto molhado de Renesmee. Vê-la assim me partiu o coração.

Tive vontade de estar frente a frente com Raphael para lhe dar uma boa e dolorosa surra.

Corri até ela e a abracei. Mamãe enterrou seu rosto em minha omoplata e continuou a chorar.

— Shhhh... - eu disse. - Não fique assim por causa dele.

— Não é culpa de Raphael, Sophie. Foi Chelsea, ela...

Eu a interrompi.

— Não. Tal como disse Jane, ele escolheu o mal. - falei eu da forma mais doce que consegui. - Todos têm duas partes dentro de si, o bem e o mal, e ele escolheu seu lado sombrio.

Eu tentava falar com calma, mas a verdade era que eu queria matar Raphael.

Não conseguia entender como ele pôde nos trair daquela forma. Não podia.

E ainda por cima, aquele idiota destruíra qualquer melhora que mamãe teve.

Ah, como eu tinha raiva dele agora!

De relance olhei para Jane. Ela também parecia ter raiva de Raphael e eu tinha certeza de que ela também o achava um traidor fraco.

Alec também deve ter percebido o que se passava na cabeça da irmã, pois foi abraçá-la e murmurou alguma coisa tão baixo em seu ouvido, que nem uma híbrida como eu pude ouvir uma palavra.

Bem, o que quer que ele disse não surtiu efeito, Jane o ignorou e continuou com a expressão de raiva nos olhos.

Eu tinha certeza que era a mesma que agora se apossava dos meus olhos castanhos.

Ah, Raphael que fizesse qualquer coisa para nos prejudicar, que ele teria que se ver comigo.

Ele podia até tentar, mas esta família não iria se desintegrar por sua culpa. Eu não permitiria que isso ocorresse. Não ia deixar.

Eu não deixaria que sofrer continuasse sendo o verbo de nossa vida.

Em um momento meu de raiva - que quase chegava a ódio - me levantei e sai pela porta - sim, deixando Nessie - e pulei o rio.

Não sabia o que estava fazendo, e nem para onde iria, mas eu tinha que ficar sozinha para pensar.

Surpreendi-me quando percebi que ninguém havia me seguido.

Ninguém, eu estava sozinha, como queria, mas percebi que não era esse, exatamente, o meu desejo.

Tudo o que eu mais queria era que esse pesadelo nunca tivesse acontecido.

Queria que todos estivéssemos juntos e felizes, sem preocupações.

Mas não. Eu sofria. Todos sofríamos.

Sofrer, verbo de nossa vida. Verbo que eu não via como mudar.

Mentalmente cansada sentei-me em uma pedra grande e lisa para pensar.

A tarde se transformou em noite e não conseguira encontrar nenhuma solução.


Ouvi quando o vento mudou e o cheiro de Alec me alcançou.

Em silêncio, ele passou os braços a minha volta e eu recostei minha cabeça em seu peito.

Nenhum de nós disse nada, mas não precisamos.

Entendíamos perfeitamente e completamente o que o outro sentia.

Nesse silêncio, com os braços de Alec a minha volta, e com a noite estrelada sob nossas cabeças, nos velando e embalando, adormeci.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaaram? Espero que sim. Por favor, dixem seus reviews!Gente o aviso é o seguinte... Não sei se posto esta sexta, motivo? Ocupadíssima. Vou fazer de tudo para postar, mas não prometo.
Bem, então é isso.Beijinhos, meus amores!